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ESTRUTURA DO TEXTO DO ARTIGO

Introdução
Apresentar uma contextualização do problema de pesquisa;
Apresentar o objetivo do artigo (ideia central a ser defendida no artigo);
Apresentar os autores a serem discutidos no artigo

Desenvolvimento do artigo (não precisa aparecer essa palavra no corpo do texto)


Desenvolvimento das ideias do artigo (apresentação dos argumentos)
Organizar essa parte em tópicos com os seus respectivos títulos (dica: os quatro aspectos
solicitados podem ser utilizados, porém com um título novo)

1 – Os diferentes discursos acerca da cabanagem ressaltando o momento histórico em que


foram construídos e o lugar social de seus autores;
2 – A tradição de luta dos negros (quilombos/mocambos) no Grão-Pará colonial e imperial no
pré-cabanagem e durante a cabanagem;
3 – A perspectiva da “ação por derivação” e a crítica formulada por Pinheiro (1999) a essa
perspectiva;
4 – As tensões entre os presidentes cabanos e destes em relação à massa populacional;

Conclusão
Fechamento do artigo com um balanço geral da discussão apresentada e o apontamento de
sínteses.
Pode ser utilizado também para apresentar perspectivas futuras de novas pesquisas (objetos,
metodologias, fontes, abordagens) relacionadas à temática em questão.

Bibliografia consultada

Redija o seu texto


Siga a estrutura "introdução, desenvolvimento e conclusão" - e, em cada parte, distribua a
informação da seguinte forma:
 Introdução - indicação do tema abordado, local, época;
 Desenvolvimento: indicação do conteúdo do filme (como os acontecimentos se
desenrolam, mas sem narrá-los), intenção e público a que se destina;
 Conclusão: indicação das dificuldades para entender o filme, se é interessante, se se
destaca e comparação com outros filmes do mesmo gênero.

Verifique se o seu texto tem as características essenciais:


 Descrição: reflete a capacidade que você teve de descrever o conteúdo do filme, dando
o leitor a conhecer o tema abordado nele;
 Concisão: reflete a capacidade que você teve de escrever um texto sucinto, mas
completo;
 Objetividade: reflete a capacidade que você teve em abordar o que é mais importante
no filme;
 Argumentação: no caso da se a crítica, reflete a capacidade que você teve de expor as
suas ideias de forma organizada e a chance de convencer o leitor sobre elas.
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COLÉGIO CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

NOME DO ALUNO

NOME DO TEMA

XINGUARA- PA
2022
3

NOME DO ALUNO

NOME DO TEMA

Trabalho apresentado para disciplina de Artes do Colégio Carlos


Drummond de Andrade, como requisito básico para obtenção de nota
para o 4º (quarto) Bimestre sob orientação da professora Vanessa
Nascimento Martins Sales.

XINGUARA- PA
2022
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NOME DO ALUNO

NOME DO TEMA

COMISSÃO EXAMINADORA

_____________________________
Profa. Vanessa Nascimento Martins Sales
Colégio Carlos Drummond de Andrade

XINGUARA/PA
2022
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Dedico este trabalho aos meus filhos Victor Gabriel e Gustavo Yuri,
razões da minha vida.
Ao meu querido esposo Alexsandro Sales.
Aos meus amados pais Vanda Nascimento e Ronaldo Martins.
Aos meus irmãos, Rosevane e Ronaldo. (TROCAR POR SEUS
DADOS)
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AGRADECIMENTOS ( TROCAR POR SEUS DADOS)

Primeiramente, agradeço a Deus, por concedei-me sabedoria, paciência e saúde


para concluir essa caminhada.
Ao meu esposo Alexsandro, que sempre esteve presente ao meu lado,
presenciando meus momentos de angustias e aflições. Soube ter paciência nas horas difíceis, e
como um bom companheiro soube aconselhar-me nos momentos de angustia e fraqueza.
À minha amada mãe Vanda, que sempre acreditou que eu fosse capaz de chegar
ao final da minha graduação e conclui-la. Sua presença em minha vida e no meu dia a dia foi
importante para minha estabilidade emocional.
À minha sogra Maria Antônia, que a considero como uma segunda mãe, seu
apoio e incentivos foram imprescindíveis nas horas que precisei está presente nas atividades
acadêmica.
À minha amada e querida professora e orientadora Lucilvana Ferreira Barros, pela
competência, incentivo, amizade, cuidado e compreensão ao meu bem estar na gravidez.
Soube escolher com alegria sua bolsista para o Projeto: Formação de professores e novas
perceptivas para o ensino de história local: diálogo entre a universidade e o ensino básico na
cidade de Xinguara. Seu acompanhamento ajudou-me no crescimento e desempenho enquanto
discente na universidade.
Agradecer ao meu querido professor Roberg J. Santos e demais professores do
Instituto Unifesspa, pela contribuição na minha formação acadêmica. Agradecer aos meus
caros colegas de turma, em especial a Candida Lisboa, Poliana Honostório e Melques Zedeck
pela ajuda necessária nas horas de angustias. Desde já agradecer a todos pelo apoio
necessário.
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[...] Nossas festas são capazes de estabelecer a mediação entre a


utopia e a ação transformadora, pós através da vontade de realização
da festa muitos grupos se organizam, em nível local, chegando até
mesmo a crescer política e economicamente, mesmo que em modo
local. A organização para a festa tem visado, inclusive, muitas vezes,
atingir finalidades específicas, de ordem social, passando esta
organização primária a existir como instituição oficial.

(Rita de Cássia de Mello Peixoto Amaral)

Gente eu vim do Marajó/ Vim brincar neste boi/ Porque dizem que é
melhor/ Morena bela venha apreciar/ Esta beleza pura que tenho lá
no Guamá/ Eu vim ver de perto/ Para olhar de certo/ Eu fiquei de pé/
Este boi bonito nasceu lá na Santa Fé/ Este boi bonito/ É o boi de São
José/ É de madrugada que ele vem/ É de madrugada que ele traz/ As
toadas bonitas para o seu Fabico cantar/ As toadas bonitas para o
seu Fabico cantar.

(Toada: João Fabiano Balera) (TROCAR POR UM VERSO DE


SUA ESCOLHA)
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RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo analisar os significados das festas no Brasil em
especial na região do Sul do Pará e a cidade de Xinguara que mantém o “boi” como o
principal símbolo de cultura popular, e a construção e realização da festa FAX (Feira
Agropecuária de Xinguara) pelo poder público municipal, bem como a análise das
receptividades da festa por parte dos moradores locais. Compreende-se a festa FAX e a
“Cavalgada”, como parte dos valores culturais da cidade de Xinguara e região Sul do Pará,
espaço colonizados pela cultura do latifúndio e por conseguinte a valorização da cultura do
boi. Assim, percebeu-se que uma festa que se inicia tão pequena e ao longo do tempo se torna
influente em uma cidade e região ao ponto de movimentar “camadas” subjacentes das
estruturas econômicas, sociais e políticas das cidades vizinhas, caracterizando-se, portanto,
como uma tradição inventada, difundida e legitimada pelas estruturas político-econômicas da
cidade e região, assim, a partir da pesquisa realizada, questiona-se por que a necessidade de
afirmação que tal cultura (da FAX, do latifúndio, do sertanejo, etc) é a identidade dessa
cidade e região, onde há outras formas de culturas tão presentes, quanto marcantes?

Palavra-chave: Festas, FAX, Xinguara.


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ABSTRACT

The present work has the objective of analyzing the meanings of the parties in Brazil, especially in
the southern region of Pará, and the city of Xinguara, which maintains the "ox" as the main symbol
of popular culture, and the construction and Agropecuária de Xinguara) by the municipal public
power, as well as the analysis of receptivity of the party by local residents. It is understood the FAX
party and the "Cavalcade", as part of the cultural values of the city of Xinguara and southern region
of Pará, space colonized by the culture of the latifundio and therefore the valorization of the ox
culture. Thus, it was perceived that a party that begins so small and over time becomes influential in
a city and region to the point of moving underlying "layers" of the economic, social and political
structures of the neighboring cities, characterizing, therefore, , as a tradition invented, diffused and
legitimized by the political-economic structures of the city and region, so, from the research carried
out, it is questioned why the need to affirm that such culture (FAX, latifundio, sertanejo, etc. ) is the
identity of this city and region, where there are other forms of cultures as present, as remarkable?

Keyword: Parties, FAX, Xinguara.


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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...............................................................................................................................10
1 FESTA E CULTURA COUNTRY: POR UMA HISTÓRIA DAS FESTAS NO BRASIL
............................................................................................................................................................14
1.1 A NOVA HISTÓRIA CULTURAL E A FESTA COMO CULTURA POPULAR
1.2 A FESTA COMO ESPAÇO DE INTERAÇÃO DE DIFERENTES CULTURAS E
SOCIABILIDADE ..................................................................................................................... 19
1.3 FESTA E CULTURA COUNTRY: OS DIVERSOS TIPOS DE FESTAS QUE POSSUEM O
BOI COMO ELEMENTO SIMBÓLICO ................................................................................... 24
2 A FESTA COMO PROPAGANDA: O “ESPETÁCULO” DA FAX NA CIDADE DE
XINGUARA/PA .............................................................................................................................. 30
2.1 HISTÓRIAS E FESTAS NA REGIÃO SUL DO PARÁ
2.2 A FESTA FAX ........................................................................................................................... 35
2.3 OS SONS DA FESTA ................................................................................................................ 47
3 RECEPCIONANDO A FESTA: OUTRAS VISÕES SOBRE A FAX ....................................51
3.1 FREI HENRI: DESCONSTRUINDO O BEZERRO DE OURO ...............................................52
3.2 APROPRIAÇÕES DA FESTA PELA EDUCAÇÃO BÁSICA ................................................ 58
4 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES ............................................................................................... 67
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................... 68
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INTRODUÇÃO
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CAPÍTULO 1- FESTAS E CULTURA COUNTRY: POR UMA HISTÓRIA DAS


FESTAS NO BRASIL

“Lembrai-vos que em toda festa, tendes dois convivas a entreter - o


corpo e a alma; e o que dais ao corpo, na realidade o perdeis. Mas o
que dais à alma, permanece para sempre.”
Epicteto

1.1 A Nova História Cultural e a Festa como Cultura Popular

Por muito tempo a história focava-se nas investigações dos estudos em uma história
tradicional, factual, com ênfase somente nas histórias gloriosas nos grandes homens e da
história política. Essa forma de escrever história acabou deixando de lado os estudos dos
aspectos, das experiências e vivências humanas. Nesse sentido a Escola dos Annales surge em
1929 com perspectivas revisionistas da História a partir dos estudos de Marc Bloch e Lucien
Febvre, com a 1ª geração dos Annales, tecendo uma “história nova”, que buscava novas
tendências na historiografia das ciências humanas e a interdicisplinaridade com as outras
áreas afins. O historiador Roger Chartier fruto da Escola dos Annales, trouxe sua importante
contribuição estudando os conceitos de “cultura”, “práticas” e “representações”. Para ele
estudar a história cultural social é uma forma de compreender o sentindo que tem as narrativas
históricas que o homem produz em virtude do meio social ao qual está inserido. Ou seja, o
sentido que o ser humano constrói para cada fato histórico. Para Chartier a História produz
uma narrativa histórica sustentada pela “verdade dos fatos”. Diante das mudanças
apresentadas no campo da História, este trabalho busca analisar as representações acerca da
Festa Agropecuária na cidade de Xinguara/PA, a cavalgada e as estratégias políticas
apresentadas pela estrutura de poder local no uso político-cultural da festa/evento.
Para muitos lugares do mundo quando se fala em uma festa de âmbito nacional,
subentende-se que os significados das festas são de caráter singular. Entretanto é necessário
fazer o leitor compreender o verdadeiro sentindo de festa para cada lugar, de modo que no
Brasil cada festa tem suas particularidades ou seu sentido. De modo geral, quando nos
referimos para o carnaval, as festas juninas, ou bumba meu Boi, nos remetemos de imediato
as suas características de um modo em que em vários lugares do Brasil comemora-se (festeja-
se) da mesma forma. Todavia é necessário e importante entender como em cada lugar ou
região o sentindo de cada uma é diferente. Ou seja, é perceber para cada grupo social, cidade,
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região, estado, o que de fato significa essas festas, pois as mesmas representam sentidos
diferentes em determinados lugares em que se comemoram as festas brasileiras. Para Rita
Amaral o significado de festa é:

[...] as festas ocupam um espaço privilegiado na cultura (entendida como um


conjunto de valores compartilhados em todas as regiões do país) adquirindo, no
entanto, significados particulares. Tendo sido, desde o período colonial, um fator
constitutivo de relações e modos de ação e comportamento, ela é uma das
linguagens favoritas do povo brasileiro. Para ela são traduzidas muitas de suas
experiências, expectativas de futuro e imagens sociais (AMARAL, 1998, p.7).

Faz-nos necessário buscar compreender o sentindo da prática de uma festa, sua


importância para o estudo da cultura que o homem produz, de modo que um estudioso possa
aprofundar-se nas suas pesquisas, para compreender os motivos que impulsionam grupos, ou
pessoas praticarem tal feito (festa).
Quando nos referimos à palavra festa, o que vêm primeiramente em nossas mentes são
momentos ligados a descontrações, diversões, lazer, entre outros. Alguns sinônimos
relevantes e carregados de significados parecidos para indivíduos que praticam as festas como
cultura popular de sua região. Todavia, há aqueles que não gostam não se identificam ou até
mesmo não apreciam determinados festejos. Entretanto os mesmos são conhecedores de que
em meio ao social em que vivem, existem de certa forma momentos em que diversos grupos
praticam determinadas comemorações ou festejos de caráter significativo. Para Gonçalves a
prática da festa como cultura é:

Contudo, quando o evento de caráter cultural é criado com o objetivo principal de


gerar fluxo turístico, pode se desenvolver uma atividade sem caráter simbólico, uma
vez que o patrimônio nem sempre é apropriado por todo o núcleo receptivo,
configurando o espaço dedicado à sua realização como um cenário, sem o
envolvimento da população. Assim, os referenciais podem representar a história
local, mas perdem seu significado sociocultural (GONÇAVES, 2013, p.29).

Para ele quando a festa toma proporções econômicas, adquiridos pela prática de
aquisição benéfica, seu caráter simbólico perde sentido. Isso porque nem todos estejam
envolvidos para tornar determinada festa um patrimônio simbólico. Isto varia quando não há
uma receptividade de determinados grupos, subentende-se que para esses o significado da
festa não segue o mesmo que para os outros participantes, sendo assim, há um afastamento da
comemoração e compreensão da “não identificação” com determinadas comemorações, ou
seja, o individuo não se apropria da cultura de festejar constituída de valores na sua
concepção dita. Sendo esse um dos motivos que o afasta da receptividade e aceitação (se
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4 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

Ao longo desse trabalho buscamos demostrar através das fontes supracitadas as


constantes modificações pelas quais a Feira Agropecuária de Xinguara (FAX) passou ao
longo do tempo, de modo a tornar-se um símbolo de identificação cultural de alguns grupos
que compõe a população local de Xinguara. Essa “invenção das tradições” conforme apontado
por Hobsbawm se constituiu como elo de ligação entre diferentes migrantes que vieram para a
região sul e sudeste do estado do Pará na segunda metade do século XX, construindo um
espaço comum entre esses diferentes grupos. Essas construções que são físicas, mas também
simbólicas constroem representações e práticas que se personificam no evento.
Esse conjunto de ações voluntárias e involuntárias elege um modelo como referencial
(personificado na figura do cowboy) que requer todo um conjunto de símbolos (roupas,
adornos e acessórios) que cotidianamente pouco ou quase nada fazem parte da vida diária da
população. Assim como no sudeste do país há o Carnaval, no Nordeste as festividades juninas
e no extremo norte a Festa do Boi de Parintins, a cidade de Xinguara construiu para si uma
identidade pautada na pecuária, e as festividades da FAX são uma forma de legitimação e de
reafirmação dessa identidade construída, que ignora outros sujeitos que estiveram presentes
formação da região.
Podemos observar então que embora a FAX se proponha a ser um evento de
características populares, ele se configura como um espaço de afirmação da identidade
constituída a partir dos anseios dos grandes produtores rurais, posto que durante o evento
encontra-se um grande número de exposições de produtos, veículos e gêneros agrícolas que
são utilizados nas grandes fazendas da região, enquanto a participação efetivamente das
pessoas “populares” se restringe a participação nos shows e rodeios. No período em que está
ocorrendo a Feira Agropecuária a cidade respira outros ares, um número extenso de pessoas
chega a cidade, os hotéis ficam completamente lotados, e o trânsito no restante do ano tão
fluído se torna bastante difícil de trafegar, em decorrência de tudo isso observamos que o
poder público municipal dar uma atenção completamente diferente aos espaços mais
ocupados na cidade durante o período.
Assim sendo, objetivamos neste trabalho demostrar os diversos meandros envoltos em
uma expressão popular como a Feira Agropecuária de Xinguara que envolvem disputas
simbólicas de identidades distintas que compõem a ampla teia social da cidade.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICAS

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