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SUMÁRIO
A série de programas
Este e-book
Referências Bibliográficas
Ficha Técnica
A série de programas Sabores da Agricultura Familiar
A série busca valorizar todos aqueles que participam dessa cadeia que leva o
alimento da horta até o nosso prato. E também todos os envolvidos no processo
de ampliar a oferta de alimentos da agricultura familiar, priorizando e possibilitando
cada vez mais a produção de alimentos com certificação orgânica ou de propriedades
em transição agroecológica. Você é nosso convidado a assistir aos programas e
participar da corrente que vai divulgar por todo o Brasil os Sabores da Agricultura
Familiar, ampliando a sua execução em outros estados e municípios!
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A Agricultura Familiar
A agricultura familiar é aquela em que a própria família se envolve na produção,
cultivando em pequena propriedade, no campo ou na cidade, e tirando seu
maior rendimento dessa atividade. Quando compramos direto do agricultor
familiar, temos mais chance de consumir alimentos diversificados, da estação,
que respeitem a cultura e tradições do hábito alimentar local. No Brasil são mais
de 4 milhões de agricultores familiares produzindo de sol a sol para abastecer
o campo e a cidade!
Sim. Desde 2009, a Lei nº 11497/09 determina que pelo menos 30% do que é
servido na alimentação escolar pública de todo o Brasil tem que vir da agricultura
familiar e do empreendedor familiar rural. Essa Lei Federal também prioriza
a produção local, de assentamentos da reforma agrária, de comunidades
tradicionais indígenas e comunidades quilombolas, bem como a produção
orgânica, de quem planta respeitando o equilíbrio ambiental e de forma mais
saudável.
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Em 2021, durante a pandemia da COVID 19, a Coordenadoria de Alimentação
Escolar (CODAE) da Secretaria Municipal de Educação (SME) da Prefeitura do
Município de São Paulo, adquiriu diversos alimentos da agricultura familiar para
compor a “Cesta Saudável”, uma cesta de alimentos contendo itens básicos
não perecíveis (como arroz, feijão, farinha de mandioca, leite integral em pó e
outros da agricultura familiar) e perecíveis (legumes e frutas, sendo a banana da
agricultura familiar) distribuída para todos os alunos da rede pública municipal de
ensino (aproximadamente 1 milhão e 100mil alunos).
Por isso, para mostrar a importância das compras públicas do PNAE (Programa
Nacional de Alimentação Escolar) para a agricultura familiar, convidamos para dar
depoimentos nos programas Sabores da Agricultura Familiar quatro agricultores
familiares que participaram do abastecimento dos alimentos para a composição
das “Cestas Saudáveis” entregues aos alunos das escolas municipais de São
Paulo. Alguns dos alimentos da agricultura familiar adquiridos pela CODAE
também foram distribuídos nas Unidades Educacionais para o preparo das
refeições dos alunos frequentes no período de atendimento presencial parcial
devido à pandemia.
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a cooperativa da qual participa, a Coopafagro, ainda não tem a quantidade
suficiente de cooperados com certificados orgânicos. A boa notícia é que
diversos cooperados desta cooperativa de Prudentópolis (PR) estão buscando
apoio da certificação pública de orgânicos através da TECPAR, no estado do Paraná.
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Para saber mais
Como é possível ter acesso aos alimentos com certificado de orgânicos e certificado
do protocolo de transição agroecológica da agricultura familiar ou urbana?
A cidade de São Paulo foi contemplada com uma premiação pela sua proposta
de fazer a conexão entre agricultores urbanos e rurais e consumidores. Essas
conexões foram mapeadas na plataforma SAMPA+RURAL.
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Este e-book
Com este e-book você pode acompanhar em detalhes as receitas que estarão
sendo apresentadas nos programas da série Sabores da Agricultura Familiar
disponíveis no canal YouTube, e que podem ser acessadas a qualquer momento.
As receitas dos três programas iniciais foram apresentadas por chefs de cozinha
ou cozinheiros educadores, mas poderão vir também de cozinheiros de escolas
ou da agricultura familiar, nutricionistas, educadores/professores e pais de
alunos de escola pública. E poderão ser replicadas no mesmo programa por um
aluno ou uma família da escola pública municipal ou estadual.
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O Guia Alimentar para a População Brasileira
e a educação alimentar e nutricional
Estudos mostram que a melhoria da imunidade decorrente de um bom alimento
para o corpo físico, mental, emocional e espiritual pode contribuir para evitar a
contaminação por vírus e o desenvolvimento de doenças. Mas o que é mais
saudável comer? O Ministério da Saúde recomenda em o Guia Alimentar para
a População Brasileira os alimentos e a forma mais saudável de se alimentar
respeitando a cultura da população brasileira. Há orientações para que cada
pessoa consiga no seu dia a dia buscar uma alimentação mais saudável.
Alguns destaques da área “Eu quero me alimentar bem” do portal Saúde Brasil
(Ministério da Saúde).
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As 10 recomendações básicas são:
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Para divulgar as principais diretrizes do Guia nas escolas, o FNDE criou
recomendações para serem publicadas na quarta capa dos livros didáticos,
como por exemplo: “Alimentação Saudável em 10 lições”.
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O Ministério da Saúde, visando divulgar a importância de ampliar a biodiversidade
em nossa alimentação, também publicou o livro Alimentos Regionais Brasileiros,
que está disponível on-line.
horizontal
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ISBN 978-85-334-2145-5
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18/02/2015 10:52:19
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O projeto Viva Agroecologia:
estímulo à biodiversidade na horta, no prato e na arte
Desde 2017 o projeto Viva Agroecologia estimula, com diversos materiais
educativos, a implantação da biodiversidade das PANC, as Plantas Alimentícias
Não Convencionais, na pedagogia, nas hortas e nos cardápios escolares. O
projeto realizado pelo Instituto Kairós e pela Secretaria do Verde e do Meio
Ambiente/UMAPAZ, com apoio do MUDA-SP e diversos parceiros, contou com
recurso de emenda parlamentar e buscou aplicar o que estava previsto no
Decreto nº 56913/16, que regulamentou a Lei de Orgânicos na Alimentação
Escolar do Município de São Paulo (Lei 16140/15), sendo iniciado na EMEF
Desembargador Amorim Lima, no município de São Paulo (2017-2018).
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PANC nas Escolas
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O que você encontra no site:
> Guia Prático de PANC para Escolas: traz dicas de cultivo e como utilizar 24 tipos
de PANC mais recomendadas para cultivos nas escolas, e diversas receitas que
podem ser preparadas com estas PANC.
> Tabela ampliada de mais de 70 tipos de PANC que também podem ser
cultivadas nas escolas
> Apostila com dicas de cultivo: Como é uma horta PANC na escola?
> Vídeo geral sobre o projeto piloto do Viva Agroecologia na EMEF Desembargador
Amorim Lima
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Outras dicas para aprender mais sobre o Cultivo de PANC
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Dicas de cultivo das PANC usadas nas receitas
Para se conseguir cada vez mais acesso a alimentos saudáveis, além de buscar
alimentos in natura e minimamente processados, e consumir, sempre que
possível, diretamente do agricultor familiar rural e urbano, você também pode
cultivar em casa e, sobretudo, as hortaliças PANC que são mais resistentes e
precisam de menos cuidados e manejo.
Episódio 1
1, 2 feijão com arroz e o 3 …é banana no prato
Cultivo externo: plantar a pleno sol, enterrando a pelo menos 1 cm. Regar
abundantemente.
Cultivo dentro de casa: cultivar próximo a uma janela, com pelo menos 2 horas
de sol direto por dia.
OBS: Outros dois tipos de feijão, o mungo e o azuki, são muito consumidos
como brotos crus e podem ser consumidos como germinados também. Do
Feijão mungo se produz o broto conhecido como moyashi.
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Broto depois de sete a dez dias de cultivo na terra, que já pode ser podado e
consumido sempre cozido em preparações diversas.
Guilherme Ranieri
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Episódio 2
Canja Amorosa
Ora-pro-nóbis
Pereskia aculeata Mill., Pereskia grandifolia Haw.
Época de plantio: período chuvoso e quente. Luz direta e aceita menos água,
mas regas regulares para uma produção contínua.
Cultivo dentro de casa: use janelas ou locais que tenham ao menos 5 horas de
sol direto. Deve-se regar sempre que o solo secar. Pôr o dedo na terra e ver se
estiver mais seca, aguar para que a terra permaneça fresca.
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Plantio de ora-pro-nóbis por estaca
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Episódio 3
Nhoque da gratidão
Folha da batata-doce
Ipomoea batatas (L) Lam.
Época de plantio: épocas mais quentes do ano. Tolera eventual falta de água.
Cultivo dentro de casa: procure uma janela ou localidade com ao menos 5 horas
de sol direto. Deve-se regar sempre que o solo secar. Pôr o dedo na terra e ver
se estiver mais seca aguar para que a terra permaneça fresca.
Uso: Folhas têm sabor que lembra o espinafre. Têm que ser consumidas cozidas.
Usado para fortificar qualquer prato. Sabor agradável.
Parte consumida: além da raiz que é a própria batata-doce, você pode consumir
sua folha, uma verdura muito versátil.
Para plantar: Pode ser por meio de suas estacas ou pela própria batata, que
brota sozinha em um vaso com terra e cascalho ou areia.
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Brotação espontânea da batata-doce na sombra: depois pode plantar a batata no vaso
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Mais informações sobre cultivo de PANC:
Comida Ecológica
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Conexão de sabores: as receitas dos programas
da série Sabores da Agricultura Familiar
Em plena pandemia encontramos uma maneira de estabelecer esta conexão
de sabores nos três episódios da série Sabores da Agricultura Familiar. Três
chefs e cozinheiros educadores foram convidados a sugerir receitas com um
dos alimentos da agricultura familiar da “Cesta Saudável” distribuídos pela
prefeitura de São Paulo a todos os alunos das escolas municipais, e ainda
com uma PANC que pudesse ser cultivada em casa. As receitas foram então
reproduzidas, em suas casas, por quatro alunos de escola pública municipal e
seus familiares. E a conexão se deu de forma muito acolhedora e dedicada.
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EPISÓDIO 1
Curiosidades
Sobre a banana verde: O uso da banana verde ainda é pouco difundido. Apresenta
boa quantidade de vitamina C, B6, carotenóides pró vitamina A, minerais (magnésio,
zinco, potássio). A banana verde é rica em amido resistente, aumentando as
fibras nas preparações e assim melhora quadros de prisão de ventre, equilibra a
microbiota intestinal e ajuda na imunidade. Mas para ser usada verde, no preparo
de um purê chamado de biomassa, e não perder o amido resistente, não pode
ter passado por processo de aceleração do seu amadurecimento em estufa
(climatização). A biomassa é muito usada para engrossar feijão, caldos, sucos,
colocar em inúmeras preparações salgadas e doces.
Yes, nós temos Bananas. Histórias e receitas com biomassa da banana verde.
Heloisa de Freitas Valle e Marcia Camargos. Editora SENAC São Paulo,2002.
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Conexão de Sabores
A ecochef Adriana Vernacci ensina a aluna Berta a fazer o burguer de feijão com
arroz, o pão de biomassa da banana verde e o molho de bionese da biomassa
da banana verde. As receitas utilizam feijão e arroz da agricultura familiar que
compõem a “Cesta Saudável” e a banana verde não climatizada como uma
sugestão de uso para as famílias, para ser ofertada na alimentação escolar. No
programa também se ensina o cultivo de broto de feijão carioca ou preto, que
pode ser cultivado em casa. Ele deve ser sempre consumido cozido e pode ser
adicionado na receita do burger, do pão de biomassa e em outras preparações.
Receita:
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Burguer de arroz e feijão
Rendimento: 10 unidades
Ingredientes
Modo de preparo
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Biomassa da Banana Verde
Passo a passo:
1. Usar bananas verdes (a mais usada é a nanica) própria para fazer a biomassa
que não pode ter sido amadurecida em estufa (aclimatizada).
2. Separe as bananas bem verdes, uma a uma sem cortar as pontas para não
abrir ao cozinhar;
3. Lave em água corrente utilizando uma escovinha específica para lavar alimentos;
OBS: O óleo deve ser colocado na água de cozimento da banana para que a
seiva da banana não grude na panela, dificultando na hora de lavar.
6. Coloque outra água para ferver (ela será utilizada para bater a banana cozida,
que irá auxiliar no processamento da banana)
OBS: Não usar a água da cocção porque ela tem a seiva da banana verde que
deixa um gosto muito amargo, portanto deve ser desprezada totalmente.
7. Com uma pinça ou pegador, separe a polpa da casca e coloque a polpa bem quente no
liquidificador (pode ser usado espremedor de batata ou amassar a banana com o garfo).
8. Reserve as cascas.
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OBS: Nunca bata a banana cozida fria, pois esse procedimento pode quebrar
seu liquidificador.
12. Tempere
A casca é rica em fibras e pode ser utilizada para preparar um saboroso refogado,
como se fosse uma vagem.
OBS: Pode ser misturado ao arroz, macarrão, compor recheio de tortas e pães, etc.
Recomendações de Consumo:
(Colaboração da nutricionista Natália Marques)
- A partir de 14 anos até vida adulta: 1 colher de sopa. A recomendação para adulto é de 1
colher de sopa, podendo evoluir até 2 colheres de sopa (com orientação de nutricionista).
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Bionese de biomassa de banana verde com PANC
Rendimento: 1 xícara
Ingredientes
Modo de Preparo
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Pão integral de biomassa de banana verde
Ingredientes
Modo de preparo
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EPISÓDIO 2
TEMA: A CANJA AMOROSA
Boneco: Ora-pro-nóbis
(Coletivo Bichos do Mato)
Curiosidades:
Sobre a canja: A canja é talvez um dos pratos da nossa cultura que mais
carrega memória afetiva. O ato de cuidar com uma canja quando se adoece
(gripe, indisposição, convalescendo de doenças, depressão, estresse, etc.)
tem demonstrado o acolhimento de mãe, de avó, de amigos. Parece que essa
receita, que carrega esse significado amoroso, tem também um sentido de unir
as pessoas em prol de uma cura e do resgate da saúde.
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Conexão de sabores
Receita:
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Canja de arroz com caldo da carcaça do frango e PANC
Rendimento: 5 porções
Ingredientes
Base do caldo
1 kg de carcaça de ossos de ossos de frango
3 colheres de sopa de óleo vegetal (azeite, óleo de soja, óleo de coco, óleo de girassol...)
1 cebola roxa
Talos de 1 alho-poró
1 colher de sopa de açafrão da terra
2 litros de água
2 dentes de alho
Sopa
1 xícara de arroz branco ou integral
1 alho-poró
2 inhames
2 batatas
1 batata-doce
¼ de abóbora japonesa
1 xícara de chá de repolho roxo
Capuchinha, ora-pro-nóbis, beldroega a gosto (se encontrar)
Modo de preparo
Base do caldo
Aquecer a gordura, refogar alho-poró, cebola, açafrão
Acrescentar as aparas de frango
Refogar e acrescentar a água
Cozinhar por 30 minutos em panela de pressão
Reserve
Sopa
Aquecer 1 colher de sopa de azeite
Refogar o alho-poró e o alho
Acrescentar inhame, batata, batata-doce, abóbora japonesa com casca,
abobrinha, repolho roxo, arroz
Acrescentar o caldo coado e cozinhar até os legumes estiverem cozidos
Desfiar os frangos das aparas e acrescentar na sopa
Finalizar com as PANC
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EPISÓDIO 3
TEMA: NHOQUE DA GRATIDÃO
Curiosidades
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Conexão de Sabores
Receita:
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Nhoque de batata-doce ao pesto de suas folhas com chips de
suas cascas
Ingredientes
Nhoque
3 batatas-doces bem lavadas (pode ser da normal) - 500g
1 xícara farinha de trigo e mais um pouco para modelar (*) - 120g
3 colheres de sopa farinha de mandioca fina - 45g
sal (uma pitada)
Chips
cascas das batatas
sal (uma pitada)
azeite ou óleo de girassol para passar um fio após assar (opcional)
Pesto
1|2 Xícara de folhas de batata-doce levemente escaldadas ou outras ervas
aromáticas fresca - 80g
1|4 Xícara de azeite, óleo de girassol ou a mistura dos dois - 40ml
½ pão ou seu farelo torrado (pode ser usado 1/4 xícara de amendoim ou
qualquer outra castanha ) - 30g
1/4 de xícara de queijo parmesão (opcional) - 30g
1 dente de alho pequeno ou 1/2 grande (cuidado, muito forte)
Sal (uma pitada) e pimenta a gosto
(*) Podem-se utilizar outras farinhas ou combinações entre elas. Ex.: Somente
fécula de batata ou polvilho com farinha de arroz ou a mistura dos três, sempre
respeitando a medida. Neste último caso ficaria 1/3 de xícara de cada farinha.
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Modo de preparo
Nhoque
Lave bem as batatas, seque e descasque-as, reservando as cascas corte-as em
tamanhos menores e iguais (*)
Numa panela com água, cozinhe as batatas até ficarem al dente (**)
Escorra as batatas e deixe esfriar, reservando a água quente na panela
Enquanto isto prepare o pesto e o chips de cascas
Esprema as batatas até ficar um purê homogêneo, por igual
Adicione farinha de trigo ao poucos, misturando até obter uma massa que
grude levemente nos dedos.
Polvilhe farinha numa superfície lisa. Faça cobrinhas e corte em pedaços iguais
Ferva novamente a água e coloque os nhoques para cozinhar (***), assim que
subirem retire e reserve.
Envolva os nhoques no molho pesto e servia com os chips das cascas.
Chips
Coloque as cascas na forma, se quiser coloque um fio de azeite (****)
depois de assar e coloque pitada de sal. Espalhe as cascas de modo que fiquem
com espaço entre si, (isto permitirá que o calor do forno passe por toda a
superfície do alimento assando-o por igual). Leve ao forno pré-aquecido a 130
-150 graus (baixo) e asse até ficarem levemente douradas (*****)
Pesto (******)
Coloque todos os ingredientes no liquidificador ou pilão e bata até incorporar bem.
Lembre-se que o alho é muito forte e pode mascarar os outros sabores mais sutis.
(*) Tamanhos iguais, permitem um cozimento por igual evitando deixar pedaços muito duros e outros
muito moles.
(**) Significa resistente ao dente - não muito cozido (mole, macio) e que mantenha o formato sem se
desmanchar - coloque uma faca no meio da batata e levante, se ela se soltar com facilidade estará no
ponto.
(***) Se fizerem muitos, coloque aos poucos.
(****) Colocar um fio de azeite ou um outro tipo de óleo como o girassol é opcional.
(*****) Fiquem atentos - observem como o forno se comporta! Muitas vezes a parte do fundo é mais
forte que a da frente e vice e versa. Para obter uma cocção por igual gire a forma ou remexa as cascas.
(******) A consistência poderá ser rústica, com os pedaços pequenos aparecendo, ou homogênea como
uma pasta. O importante é dosar bem os ingredientes para que todos sejam sentidos.
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Mais informações sobre receitas com PANC:
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A cozinha afetiva na prática:
na nossa casa e na escola
“Comida de verdade é aquela que promove vida, que é
produzida dentro de condições justas e sustentáveis, que
promove a comensalidade, que preserva nossas raízes, nossa
identidade como coletivo”
Inês Rugani
Exemplo de lay out da quarta capa para livro didático que estimula a participação de
todos no preparo dos alimentos na cozinha. Disponível em: https://www.fnde.gov.br
› 116-alimentacao-escolar.
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Algumas escolas também vêm promovendo educação alimentar e nutricional
associando as práticas de aprendizagem de cultivo na horta pedagógica à
promoção da prática do preparo de alimentos com os ingredientes da horta, e
assim conseguem introduzir com muito mais facilidade os alimentos in natura
e minimamente processados no hábito alimentar das crianças, e também uma
maior biodiversidade alimentar. Sabe-se que os hábitos alimentares saudáveis
que forem incorporados na fase da infância poderão contribuir com uma maior
imunidade e uma melhor saúde por toda a vida.
Canal Youtube Natureza em Movimento: Vídeo mostra a Germinação do Feijão: Germinação de uma
semente de feijão usando a técnica de time-lapse. Cada segundo de vídeo equivale a uma hora do
processo natural.
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Outra sugestão é aproveitar a oportunidade do preparo dos alimentos para
exercitar o foco, a atenção e a prática de vibrações positivas e de amorosidade.
Para entendermos a influência que nossos pensamentos, nossos sentimentos
e nossa fala podem exercer nas plantas e preparações culinárias, sugerimos
assistir ao vídeo que trata de uma experiência que demonstra isso.
Assim o convite é para que possamos cocriar uma nova realidade. Tendo como
parâmetro a biodiversidade alimentar que possuímos e a potencialidade de
produção orgânica e de base agroecológica de forma abrangente no campo e na
cidade, acreditamos que poderemos superar todos os desafios que vivemos com
muita resiliência, amorosidade, gratidão e solidariedade.
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44
Referências Bibliográficas
Paz como se faz? Semeando cultura de paz nas escolas. Lia Diskin e Laura
Gorresio Roizman - Rio de Janeiro: Estado do Rio de Janeiro, UNESCO, Associação
Palas Athena, 2002. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/
pf0000178538
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Legislações
46
Mais informações
Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável
Instituto Kairós
Matos de Comer
Isto é PANC
Doce Limão
Facebook UMAPAZ
Reflora
47
Colaboradores na elaboração da série Sabores da Agricultura Familiar
Instituto Kairós
MUDA-SP
48
Ficha Técnica
Criação dos bonecos PANC: Coletivo Bichos do Mato - Betina Schmid, Helena
Prizendt, João Cerala, Júlia Vieira, Rita Cavalieri, Sônia Regina Rocha (in memorian)
e Susana Prizendt. Boneca da Dra Ana Primavesi criada e confeccionada por
Betina Schmid com colaboração de Susana Prizendt.
Projeto gráfico das cartilhas | e-books, ilustração da capa Maria Alice Gonzales.
Assistente Antonio Camargo.
Fotos de arquivo de: Guilherme Reis Ranieri, Susana Prizendt, Betina Schmid e
João Cerala, (Coletivo Bichos do Mato), Instituto Kairós, projeto Viva Agroecologia,
fotos extraídas de filmagem de André Luzzi.
49
Colaboração nos conteúdos; roteiros; receitas, dicas e revisão dos e-books: Ana
Flávia Borges Badue, Lucianne Marques, Fabiana Sanches-Urbal, Flávia Zanatta,
Bela Gil, Betina Schmid, João Cerala, Manoella Ségia Mignone, Guilherme Reis
Ranieri, Thais Mauad, Natália Marques, Luiz Henrique Bambini, Ana Maria Ruiz
Tomazoni, José Maria Manoel Filho, Tárcio Tognon, Luís Carlos Ternouski.
Equipe técnica do Projeto Viva Agroecologia II: Ana Flávia Borges Badue, Susana
Prizendt, Regiane Nigro, Andrea Vieira Gonçalves, Maria Alice Gonzales, Betina
Schmid, João Cerala, Helena Prizendt, Daphne Barbosa Dias Santos, Simone
Gomes Teixeira, Adriana Vernacci, Gabriel Zei, Emily Otero Dias.
Colaboração no Projeto Viva Agroecologia II: Guilherme Reis Ranieri, Catarina Bessell de
Jorge, André Luzzi, Vera Helena Lessa Villela, Márcia Simões, Edgar Moura, Araci Kamyama,
Natália Marques, Luiz Henrique Bambini, Thais Mauad, Jéssica Caroline Chimera da Silva,
Bianca Martini, Julia Vieira, Rita Cavaliere, Douglas Teixeira e Irwing Renan.
Corpo consultivo e apoio na produção geral: Ana Flávia Borges Badue (Comissão
Gestora da lei 16140/15), André Luzzi (Fórum Paulista de Soberania Segurança
Alimentar e Nutricional Sustentável), Vera Helena Lessa Vilella (COMUSAN-
Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de São Paulo), Márcia
Simões (CAE - Conselho de Alimentação Escolar do Município de São Paulo),
Susana Prizendt (MUDA-Movimento Urbano de Agroecologia e Coletivo Bichos
do Mato), e Edgar Moura (Agentes da Pastoral Negra do Brasil).
50
Sobre o conteúdo dos materiais do projeto Viva Agroecologia
51
eventuais dúvidas sobre a identificação e uso das mesmas, recomendamos:
o apoio de técnicos e agricultores orgânicos experientes; e/ou, com o nome
científico de cada PANC, deve-se consultar as referências bibliográficas aqui
citadas, as entidades especializadas tais como: o site da Embrapa Hortaliças
Tradicionais, o site do SiBBr, o herbário virtual Reflora ou Herbário Municipal de
São Paulo.
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Concepção dos programas
Apoio
Realização
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