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História:

O Estado somali remonta a um sultanato* árabe fundado no século VII d.C.


por imigrantes coraixitas do Iêmen. Durante os séculos XV e XVI,
comerciantes portugueses governam várias cidades costeiras. O sultão de
Omã e Zanzibar posteriormente assumiu o controle dessas cidades e
arredores.

A história do atual território da Somália remonta à antiguidade, quando a


região foi conhecida pelos antigos egípcios. Entre os séculos II e VII d.C. da
nossa era, muitas partes dos territórios foram anexados ao Império de Axum.
Pouco tempo depois, certas tribos árabes se instalaram ao largo da costa do
Golfo de Áden, e ali fundaram um sultanato, concentrado no Porto de Zeilá.
Ao mesmo tempo, o país se tornou islâmico devido à influência dos xiitas
vindos do atual Irã. De todas as formas, os habitantes conservaram suas
línguas ancestrais em vez de adotar o árabe.

Importância econômica histórica:

Na Antiguidade, a Somália foi um importante centro de comércio com o resto


do mundo antigo. Seus marinheiros e mercadores eram os principais
fornecedores de incenso, mirra e especiarias.[6][7] De acordo com a maioria
dos estudiosos, a Somália é também o local onde o antigo Reino de Punt
estava localizado.[8][9][10][11] Os antigos Punties eram uma nação de pessoas
que tinham relações estreitas com o Egito faraônico durante os tempos do
faraó Sefrés e da rainha Hatexepsute. As estruturas piramidais, templos e
casas antigas de alvenaria em torno da Somália acredita-se que datam deste
período.[12] Na época clássica, várias antigas cidades-estado como Opone,
Mosyllon e Malao, competiam com os sabeus, partos e axumitas pelo rico
comércio indo-greco-romano que também floresceu na Somália.

Economia:

"De acordo com dados do Banco Mundial, metade da população da Somália vive abaixo da linha de pobreza

(com menos de 1,25 dólar por dia). A taxa de mortalidade infantil é uma das maiores do mundo: 106 óbitos a

cada mil nascidos vivos. O analfabetismo e a subnutrição atingem muitos somalis."

"A economia nacional é pouco industrializada, consequência da guerra civil. A agropecuária é a principal

atividade econômica, correspondendo a 40% do Produto Interno Bruto (de acordo com o PIB) e 65% das

exportações. A Somália possui o maior rebanho de camelo do mundo, atividade desenvolvida por pastores

nômades.
→ Agricultura:

A banana é um importante item de exportação. O açúcar, o sorgo, o milho e os peixes são produtos para o

mercado interno.

A agricultura do país é muito pequena. A Somália produziu, em 2019.

cana de açúcar; sorgo, mandioca, legumes, milho, gergelim, feijão, tomate, banana, damasco e laranja;

Além de produções menores de outros produtos agrícolas.

→ Pecuária

A economia do país é extremamente dependente da pecuária. A Somália produziu, em 2019: 958 milhões de

litros de leite de camela; 410 milhões de litros de leite de vaca; 395 milhões de litros de leite de ovelha; 373

milhões de litros de leite de cabra; 50 mil toneladas de carne bovina; 47 mil toneladas de carne de camelo; 45

mil toneladas de carne de cordeiro; 38 mil toneladas de carne de cabra, entre outros.

→ Indústria

O Banco Mundial lista os principais países produtores a cada ano, com base no valor total da produção. Pela

lista de 2019, a Somália tinha a 185ª indústria mais valiosa do mundo (US $ 40 milhões).

→ Energia

Nas energias não-renováveis, em 2020, o país não produzia petróleo. Em 2011, o país consumia 5,6 mil

barris/dia (163º maior consumidor do mundo).

Cultura:

ETNIA SOMALI E SOMÁLIA

Somali é também a designação de um etnia africana, que está presente em vários locais na África, como por

exemplo em Quênia e Angola. A palavra “somali” teve origem vinda de uma figura mítica, dita como um

ancestral comum de todo e qualquer pessoa de etnia somali: A figura paterna de Somaal.

Obviamente pode-se perceber que a maioria do povo de etnia somali está localizado na Somália, que é

considerado um dos países mais etnicamente homogêneos do continente: 85% da população é de etnia somali.

O restante é formado por minorias étnicas também africanas,


LÍNGUAS

A língua oficial da Somália é Somali. Uma curiosidade sobre essa língua é a de que só foi oficializada como

escrita após Janeiro de 1973. Existem diferenciações da língua somali: Somali Comum, Somali Costal e Somali

Central.

Devido a motivações religiosas – religião islã, que abrange 99,8% da população –, a segunda língua mais falada

é o árabe. Uma pequena porcentagem da população também fala italiano e inglês.

RELIGIÃO

A religião mais seguida na Somália é o . A maioria é composta por muçulmanos sunitas, ou seja, o braço

menos radical desse grupo.

Os muçulmanos seguem os cinco pontos do Islamismo, e na Somália não é diferente. Segue abaixo esses

pontos:

1- Shahadah: A crença de que “Não há outro Deus a não ser Allah, e Mohamed é o profeta de Allah”.

2- Salah: Se ajoelhar com o rosto virado em direção à cidade sagrada de Mecca e rezar cinco vezes ao dia

3- Zakah: Doar dinheiro à caridade, para ajudar os pobres.

4- Sawn: Jejuar por 30 dias, durante o Ramadan, de forma que se lembre do jejum do profeta.

5- Hajj: Viajar a Mecca pelo menos uma vez em sua vida.

Alimentação:

A alimentação dos Somali é de baixa caloria e de elevada quantidade de proteína, ou seja, é de grande maioria

vinda de origem animal. Tradicionalmente eles se alimentam de leite, uma espécie de gordura animal e carne.
Porém, devido à religião muçulmana, eles tem algumas limitações do que podem ingerir, e algumas delas são

carne de porco (e outras partes do porco, como gordura) e álcool.

O costume somali é de que amigos e família se alimentem utilizando suas mãos de um único prato e de um

único copo.

Vestimentas

Vestimentas tradicionais Somali são diversas. Dependem do ambiente, do informal o formal, da importância da

cerimônia. A cultura de fato existe e persiste, mas são muitas as influências que recebem de outros locais.

Feminina:

Tradicionalmente falando, uma vestimenta masculina teria duas camadas brancas de tecido de algodão,

amarradas com uma espécie de lenço colorido. Esse tipo de vestimenta se chama Macawis. Outro tipo de roupa

masculina é o Khamiis, uma longa e larga camisa de algodão, apta ao clima quente. Também podem estar

utilizando chapéus tradicionais do local.

Masculina:

Uma vestimenta feminina, por sua vez, depende de região, estado civil, religião e tradição familiar. Normalmente

mulheres utilizam um longo vestido, feito de algodão, chamada Baati. Há também o Guntiino, que é parecido

com o Sari indiano, porém menos colorido, em que há lenços que circundam sua cintura e chegam aos ombros.

Mulheres casadas utilizam lenços em seus cabelos, e solteiras normalmente mantém seus fios presos em

tranças. Em ocasiões de comemoração, a pintura de suas mãos e pés utilizando henna é um grande traço

cultural que resiste até hoje.

Demografia:

A Somália tem uma população estimada de 9,9 milhões de pessoas. Cerca de 85% são da etnia somali. Estas

estimativas são difíceis de ajustar, devido à complicada situação política do país, e também à natureza nômade
muito de seus habitantes. O último recenseamento foi no ano de 1975, baseado em alguns analistas

estrangeiros. A taxa de crescimento da população somali é uma das mais elevadas na África e no mundo.

Atualmente, cerca de 60% da população somali é de nômades ou seminômades, criadores de gado, camelos e

cabras. Aproximadamente 25% dos habitantes são agricultores assentados nas regiões férteis entre os rios Juba

e Shebelle, a sul do país. O resto da população está concentrada nas áreas metropolitanas.

Geografia:

Somália é o país mais oriental da África, e ocupa uma área de 637 657 km² (aproximadamente igual à soma da

área dos estados brasileiros de Minas Gerais e Espírito Santo). A região ocupada pelo país é comumente

chamada Chifre da África - pela semelhança entre o desenho de seu mapa com o chifre de um rinoceronte. A

região do Chifre da África (ou Corno de África, como é conhecida em Portugal) também inclui os vizinhos Etiópia

e Djibuti.

O país está situado na costa leste africana ao norte da linha do Equador, entre o Golfo de Aden, a norte, e o

Oceano Índico a leste. Seu território consiste de muitos platôs, planícies e montanhas. O norte do país é

montanhoso, com altitudes entre 900 e 2 100 metros.

DEUS TE ABENÇOE RONYELLY

História Política:

A Somália britânica tornou-se independente a 26 de junho de 1960 e 5 dias depois, a 01 de julho, a

parte italiana é declarada independente, as duas unindo-se no mesmo dia para formar a República da Somália.

Em junho de 1961 a constituição é aprovada em referendo que previa um governo parlamentar

baseado no modelo europeu. O governo abandona qualquer pretensão sobre as áreas somalis na Etiópia,

Quênia e Djibuti, estabelecendo boas relações com os vizinhos. A aproximação com a Etiópia, vista como rival

desde o século XVI, foi o estopim para o golpe de outubro de 1969, liderado pelo general Mohamed Siad Barre,
que alia-se à União Soviética e institui um serviço de segurança nacional, controlando a informação, iniciando

uma série de projetos de desenvolvimento de base. Barre reduziu as liberdades políticas e usou o terror contra a

população para consolidar seu poder.

Após a derrubada do imperador da Etiópia em 1974, a Somália invade o país em 1977, buscando

conquistar a região do Ogaden. Mas, após a revolução etíope, o novo governo aliou-se à União Soviética,

provocando a derrota da Somália. Em novembro de 1977, Barre expulsou todos os conselheiros soviéticos e

revogou o acordo de amizade com a URSS.

fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Economia_da_Som%C3%A1lia

https://www.infoescola.com/africa/somalia/

https://medium.com/revista-subjetiva/entenda-a-situa%C3%A7%C3%A3o-pol%C3%ADtica-e-hist%C3%B3rica-d

a-som%C3%A1lia-e0ba076b4782

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dicionário de palavras

*região ou país governado por um sultão.

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