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CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO - UNIPLAN

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

María Ivanice Berto - Ul 19206732


Michele Souza da Silva - Ul 19206493
Luany de Sousa Bonfim Santos - Ul19204570

IMPLANTAÇÃO DO MARCAPASSO CARDÍACO DEFINITIVA EM IDOSOS

Pré-projeto de Pesquisa

BRASÍLIA
2022
CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO - UNIPLAN
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

María Ivanice Berto - Ul 19206732


Michele Souza da Silva - Ul 19206493
Luany de Sousa Bonfim Santos - Ul19204570

IMPLANTAÇÃO DO MARCAPASSO CARDÍACO DEFINITIVO EM IDOSOS

Pré-projeto de Pesquisa

Trabalho de conclusão de curso


apresentado ao Centro Universitário
Planalto do Distrito Federal, como
requisito parcial para obtenção de
graduado em Enfermagem.

Orientadora: Profa. Esp. Rayanne Bastos


Koch

BRASÍLIA
2022
A persistência é o caminho do êxito!
(CHARLES CHAPLIN)
SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO............................................................................................ 5

2 - REVISÃO DE LITERATURA...................................................................... 8
2.1 - Panorama das doenças cardíacas..................................................... 8

2.3 - Fatores que indicam a utilização de marcapasso cardíaco............... 9


2.4 - Como estão classificados os MP...................................................... 10

2.5 - Desvantagens na utilização do marcapasso definitivo (MPD) em


idosos......................................................................................................... 11

2.6 - Aspectos que definem o momento oportuno para o implante do dispositivo


nos idosos................................................................................ 12

2.7 - Ações para manutenção do MP........................................................ 13

4 - ANEXOS.................................................................................................... 17

4.1 - Anexo 1: Cronograma....................................................................... 17


5

1 - INTRODUÇÃO
O tema da presente pesquisa, ora apresentada é a implantação do marcapasso
cardíaco. De acordo com Oliveira et al (2020, p.312), em relatório que incorpora
estatísticas oficiais fornecidas pelo Ministério da Saúde, dentre outras agências
governamentais, além de dados gerados por outras fontes e estudos científicos
sobre doenças cardíacas, no âmbito nacional, elas constituem a principal causa de
morte no Brasil, onde 72% das mortes resultam de doenças crônicas não
transmissíveis, 30% de doença cardiovascular, e apenas 22% de neoplasias e
doenças respiratórias (NASCIMENTO et al, 2018; GBD, 2018).

Também cabe destacar que, embora as taxas de mortalidade por doenças crônicas
não transmissíveis no Brasil tenham diminuído significativamente nos últimos anos, o
número total de mortes aumentou, possivelmente como resultado do envelhecimento
da população brasileira, principalmente naqueles com histórico de tabagismo,
presença de diabetes e hipertensão, todos considerados fatores de risco
cardiovascular (GBD, 2017; MASSA; DUARTE; CHIAVEGATTO, 2019; OLIVEIRA et
al, 2020).

Por outro lado, em estudo junto ao Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade
Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), junto a pacientes de cirurgia cardíaca,
Ferrari et al (2011) argumentam que a maioria deles apresentou distúrbios
transitórios do sistema de condução cardíaca após o procedimento. Esses pacientes
vão necessitar de estimulação cardíaca. Nesse contexto, baseado nos dados
apontados e diante da irreversibilidade do quadro, uma parcela de 1 a 3% serão
submetidos a implante de marcapasso definitivo (MPD).

 Isso exposto, o tema específico escolhido para a pesquisa é a implantação do
marcapasso cardíaco definitivo
 em pessoas idosas, considerando que os pacientes com idade superior a 70
anos apresentam maior concentração de fatores de risco significativo, como
afirmam Zaslavsky e Gus (2002, p.636):
A incidência de cardiopatia isquêmica, na idade de 70 anos, é de
15% nos homens e 9% nas mulheres. Com diagnóstico clínico, a
6

doença coronariana aumenta para 20% tanto no homem quanto na


mulher. Estudos de autópsia em clínicas de pacientes com idade de
90 anos ou mais revelaram que 70% desses tiveram uma ou mais
oclusões de vasos coronarianos. A idade tem sido mostrada como
um fator independente para a doença coronariana.

Isso é devido principalmente, à maior incidência do componente obstrutivo


coronariano (eventualmente isquêmico) e de doenças degenerativas do sistema de
condução, nesse público (FERRARI et al, 2011). Nesse contexto, a utilização dos
sistemas de monitoramento definitivo (MPD) tem sido efetiva para evitar a morbidade
em pacientes idosos com doença cardiovascular.

Como problemas de pesquisa, foram formuladas três perguntas, em acordo com a


prática pedagógica indicada, são elas:
1. Existem fatores que indicam a utilização de marcapasso cardíaco temporário
e definitivo?
2. Existem desvantagens na utilização do marcapasso definitivo (MPD) em
idosos?
3. Que aspectos definem o momento oportuno para o implante do dispositivo
definitivo nos idosos?

Esses questionamentos darão origem aos tópicos da revisão de literatura do


trabalho e também aos objetivos da pesquisa. Nesse sentido, o objetivo geral da
pesquisa é estudar vantagens e desvantagens na utilização do marcapasso
definitivo (MPD) em idosos. Já como objetivos específicos são indicados:
1. Descrever o panorama das doenças cardíacas no Brasil, principalmente
considerando o público com mais de 70 anos.
2. Apontar os fatores que determinam a utilização de marcapasso cardíaco
definitivo (MPD) em idosos, bem como o momento oportuno para isso;
3. Discutir, à luz dos dados existentes, as vantagens e desvantagens na
utilização do MPD em idosos.

Como principal justificativa de pesquisa, e como discutido anteriormente, existe o


determinante processo de envelhecimento da população brasileira.
Uma das características da sociedade atual é o grande número de
pessoas que atinge idade avançada, o que torna um problema novo
7

a ser enfrentado por médicos, sociólogos, psicólogos e assistentes


sociais. Está relacionado ao progresso mundial, ao aumento cada
vez maior de pessoas preparando-se para uma vida mais longa, com
melhores perspectivas de vida social e psicologicamente sadia
(ZASLAVSKY; GUS, 2002, p.635)

Segundo Nogales e Gomes (2012), essa transição demográfica é um fenômeno fruto


da redução de taxas de natalidade e mortalidade no século XX, combinadas à
recente estabilização das taxas de crescimento populacional. Agindo integralmente,
essas taxas levam ao envelhecimento da população e com isso, cada vez o sistema
de saúde tenderá a tratar idosos, uma vez que o número de indivíduos nessa faixa
etária está aumentando.

Somado a disso, segundo Nascimento et al (2018) e Ribeiro (2016), as doenças


cardiovasculares têm sido a principal causa de mortalidade desde a década de 1960
no Brasil, acometendo principalmente idosos, cujo “sistema cardiovascular passa por
uma série de alterações, tais como arteriosclerose, diminuição da distensibilidade da
aorta e das grandes artérias, comprometimento da condução cardíaca e redução na
função barorreceptora” (ZASLAVSKY E GUS, 2002, p.636). Para eles, os
dispositivos de estimulação cardíaca artificial e monitoramento definitivo dessas
funções vitais, estão a ser cada vez mais utilizados no atendimento ambulatorial.

No sentido de tudo que já foi exposto, mostra-se oportuno estudar num trabalho de
conclusão de curso de enfermagem, temas que relacionam monitoramento da saúde
cardiovascular em pessoas idosas. Além disso, a pesquisa poderá trazer ao
ambiente de um curso de graduação em enfermagem, com contribuições à
comunidade em geral, a necessária reflexão sobre o tema da saúde cardiovascular
em pessoas idosas.

O presente trabalho de pesquisa, será desenvolvido como pesquisa bibliográfica


exploratória, fundamentada na leitura de livros e artigos científicos afeitos ao objeto
de estudo, na busca da obtenção de respostas para os questionamentos aventados.
Artigos esses publicados e hospedados em plataformas digitais, como o Google
Acadêmico, o Portal de Periódicos da Capes e da Scielo, obtidos a partir das
seguintes palavras-chave: marcapasso definitivo, idosos, risco, doença cardíaca.
8

2 - REVISÃO DE LITERATURA

Na sequência, segundo dinâmica pedagógica proposta, são apresentadas citações


diretas de seis artigos organizados em subitens, de modo a conformar uma estrutura
lógica preliminar do trabalho final.

De acordo com a NBR 10520, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT,


2002), ao identificar por meio de leitura um artigo ou qualquer referência, ainda que
eletrônica, seu relato no texto produzido pode ser feito de duas formas: a citação
direta, que é transcrição textual de parte da obra do autor consultado, e também por
meio da citação indireta, texto próprio baseado na obra do autor consultado.
Já para Amadei e Ferraz (2022, p.4):
A elaboração de um texto científico exige que os argumentos, dados
e conceitos apresentados estejam bem fundamentados. As
argumentações apresentadas devem ser sustentadas na correta
apresentação das referências utilizadas, bem como na precisão da
citação dos autores ao longo do texto.

No caso das citações diretas, é possível inclusive “enfatizar trechos da citação” ou


mesmo intercalá-las com outros textos, desde que se utilize reticências entre
parênteses ou colchetes (ABNT, 2002). Contudo, a referência sempre deve ser
indicada, dessa vez conforme a NBR 6023 (ABNT, 2018).

Especificamente nas citações indiretas, geralmente produz-se a chamada paráfrase:


“um exercício de reformulação textual (...), para reconstruir um enunciado matriz em
um novo enunciado a partir de palavras próprias, mantendo-se com aquele uma
compatibilidade semântica” (BERNARDINO; QUEIROZ; NASCIMENTO, 2017;
HILGERT, 2002).

2.1 - Panorama das doenças cardíacas


“À medida que a população envelhece, cresce também o número de doenças
cardiovasculares, resultando em aumento do número de atendimentos nos serviços
de emergências . As arritmias cardíacas ou disritmias são uma das causas mais
comuns observadas na assistência aos pacientes idosos, com 65 anos ou mais ,
atendidos nas unidades de pronto socorro nos Estados Unidos da América (EUA) .
No Brasil , pesquisas realizadas com dados do Sistema de Informações sobre
9

Mortalidade (SIM) demonstram que, embora a mortalidade por doenças


cardiovasculares tenha diminuído ao longo dos anos , ainda é a primeira causa de
morte no país” (SILVEIRA et al, 2022, p.7662)

2.2 - O que são marcapassos e origem dos marcapassos


“Marcapassos Cardíacos Artificiais (MP) são dispositivos eletrônicos de estimulação
multiprogramável capazes de substituir impulsos elétricos e/ou ritmos ectópicos,
para se obter atividade elétrica cardíaca a mais fisiológica possível” (RAMOS, et al,
2003, p.854).

“A estimulação cardíaca artificial nasceu no final dos anos 50, com o objetivo
primordial de eliminar os sintomas e reduzir a mortalidade dos pacientes com
bloqueios atrioventriculares (BAV) avançados. Essa finalidade foi conseguida já nas
primeiras gerações de marcapassos (MP), que inicialmente eram assincrônicos
(VOO) e depois sincrônicos ou de demanda (VVI)” (ANDRADE et al., 1999, p.1).
“(...) a amplitude de suas indicações alargou-se consideravelmente. Isso se deveu,
sobretudo, ao desenvolvimento da tecnologia de sua fabricação, a rápida evolução
dos conhecimentos em eletrofisiologia e métodos diagnósticos em cardiologia,
associados a novas técnicas, simples e seguras, de implante de MP” (RAMOS, et al,
2003, p.854).

A partir daí:

“(...) A associação do desenvolvimento da tecnologia de fabricação e de implante do


marcapasso ao maior conhecimento eletrofisiopatológico dos distúrbios de condução
cardíaca permitiu um progresso consistente na estimulação cardíaca artificial,
extremamente diversificada no seu modo de funcionamento, com alta confiabilidade,
segurança e cada vez mais fisiológica” (ANDRADE et al., 1999, p.1).

2.3 - Fatores que indicam a utilização de marcapasso cardíaco


“(...) atualmente os MP, além das bradicardias (disfunção sinoatrial, BAV congênito e
adquirido, fibrilação atrial de baixa freqüência ventricular), são indicados em
pacientes com freqüência cardíaca normal (bloqueios bi ou trifasciculares) e na
presença de taquicardia (ventriculares e supraventriculares) (...) Trata-se de um
10

procedimento de simples execução e que pode salvar vidas” (RAMOS, et al, 2003,
p.855).

2.4 - Como estão classificados os MP


“(...) Os MP são classificados (...) : a) temporários ou definitivos, segundo a
necessidade clínica temporária ou permanente do MP; b) tipo de bateria, sendo a de
lítio a mais utilizada e com duração de cinco a dez anos; c) tipo de cabo,
endocárdico (implante sob anestesia local) ou epicárdico (sob anestesia geral),
segundo o local de implante no coração; d) números de pólos existentes, unipolares
ou bipolares, sendo que estes últimos sofrem menos interferências externas; e)
câmaras estimuladas, em que a preferência recai sobre o átrio direito e/ou ventrículo
direito; contudo, pode-se estimular de uma câmara (monocameral) até quatro
(tetracameral). Atualmente os MP definitivos são preferencialmente bicamerais,
ficando os temporários mais comumente na modalidade monocameral; f) modo de
estimulação, assincrônicos ou competitivos e sincrônicos ou não-competitivos ou de
demanda” (RAMOS, et al, 2003, p.855).

“(...) as várias situações clínicas em que se discute o implante de marcapasso


cardíaco permanente foram classificados em: Classe I: situações em que existe
concordância geral quanto à indicação do implante de marcapasso.
Classe II: situações em que frequentemente há indicação de estimulação artificial,
mas nas quais não existe concordância geral quanto à sua necessidade absoluta.
Nessas condições, a ampla avaliação, o senso clínico, a experiência e a
individualização de cada decisão poderão incluir ou excluir certo número de casos.
Classe III: situações em que há concordância geral de que o implante de
marcapasso não é necessário” (ANDRADE et al., 1999, p.1-2).

“Mesmo quando não mortais, as doenças cardiovasculares levam, com freqüência, à


invalidez parcial ou total do indivíduo, com graves repercussões para ele, sua família
e a sociedade. Isso mostra que o investimento na prevenção destas doenças é
decisivo não só para garantir qualidade de vida, mas também para evitar gastos com
a hospitalização, que a cada dia se torna mais cara em razão do alto grau de
sofisticação em que se encontra a medicina moderna. O objetivo da terapêutica,
nesses casos, é reduzir a severidade ou deter a progressão da doença e de seus
11

sintomas. Além disso, há ainda a necessidade de se dar atenção à habilidade do


paciente em lidar com sua nova situação, auxiliando-o a viver da melhor maneira
possível. Apesar de o tratamento alcançar pequena redução na morbimortalidade, a
qualidade de vida dos pacientes pode ser alterada” (WENGER et al., 1984; DAHLOF
et al., 1991; STEWART, 1992 apud BRASIL, 2001, p.2-3) .

2.5 - Desvantagens na utilização do marcapasso definitivo (MPD) em idosos


“Os idosos são considerados como um grupo especial de pacientes nas indicações
de estimulação cardíaca artificial. Portadores de doen~as cardiovasculares por
vezes ja em adiantado estado de evolução apresentam [frequentemente associado
com outras patologias como: doenças metabólicas, osteo-articulares, musculares,
arteriais periféricas, cerebro vasculares, etc …” (LOURENÇO, 1990, p.19).

“A escolha do tipo de MP está hoje definida por normas já estabelecidas (...), que
determinam suas indicações e contra indicações de acordo com as características
de cada paciente” (LOURENÇO, 1990, p.19).

“Um outro fator a considerar na indicação do tipo de estimulação para urn idoso e a
frequente ocorrência da instabilidade atrial que, quando acentuada, também é fator
adverso para MP com resposta de frequência seja com um comando atrial seja por
controle de urn biossensor. Frequentemente que estes pacientes necessitam, além
dos cardiotônicos, diuréticos, antiarrítmicos, etc, e de uma estimulação com menor
frequência (...)” (LOURENÇO, 1990, p.19).

“A estimulação cardíaca artificial que utiliza o marcapasso cardíaco definitivo é uma


das alternativas para o tratamento das arritmias. Entretanto, o uso do marcapasso
tem provocado reações singulares e alterações nos hábitos de vida dos portadores,
o que, indiretamente, pode afetar sua qualidade de vida” (BRASIL, 2001, p. vii).

Em estudo realizado para avaliação da qualidade de vida de pacientes portadores


com MP, BRASIL (2001) utilizou o Índice de Qualidade de Vida ( IQV ) de Ferrans e
Powers (1992), encontrou para a maioria dos pacientes do sexo masculino (65,0 %)
com mais de 61 anos (52,5 %):
12

“(...) falta de ar (62,5%), cansaço (51,3%), tontura (45,0%), precordialgia (42,5%) e


dor ou edema nas pernas (41,3%). Os demais sintomas referidos no pré-implante
foram palpitação (26,3%), fraqueza (26,3 %), síncope/desmaio (21,3%), turgor
jugular (5,0%) , inapetência/insônia (5,0%), hipertensão/nervosismo/suor frio (5,0%),
cefaléia (3,8%). Todos os sintomas regrediram significativamente após o implante,
exceto o turgor jugular. Dentre as atividades que deixaram de fazer pós-implante,
25,0% deixaram de pegar peso e 23,3% de trabalhar. O uso de eletrodoméstico foi
mantido por 60,0% dos pacientes, 25,0% deixaram de usar ferro elétrico, 13,4% não
usam mais chuveiro elétrico e 10,0% não usam mais telefone celular nem ligam a
televisão. Os incômodos referidos por serem portadores de marcapasso foram
atrapalhar o sono, interferir no trabalho, gerar medo, dor no sítio do gerador e
interferência das pessoas na própria vida (BRASIL, 2001, p. vii)

Concluindo que

“(...) existe diferença entre a qualidade de vida antes e após o implante de


marcapasso cardíaco definitivo , sendo maior , o Índice de Qualidade de Vida após o
implante ( 14,88 versus 17,43 )” (BRASIL, 2001, p. vii).

2.6 - Aspectos que definem o momento oportuno para o implante do


dispositivo nos idosos
“(...) Sua implantação, assim como o seguimento do paciente, devem ser executados
por cardiologista especializado em marcapassos ou por cirurgião cardíaco. Os
distúrbios do sistema excito-condutor, principalmente as bradiarritmias, bloqueios
avançados e totais são as patologias que mais respondem à utilização da
estimulação cardíaca artificial” (SANTOS et. al, 2008, p. 5).

“Os estudos atuais comprovam que os resultados da estimulação cardíaca a longo


prazo são positivos, de modo que, salientando que sua indicação deva ser feita com
rigor, dilatou-se o uso dessa prática terapêutica.

Os quadros clínicos a seguir apresentados, quando irreversíveis e sintomáticos, são


aqueles aos quais a indicação do implante de marcapasso cardíaco definitivo é
largamente aceito:
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1. Síndrome do seio carotídeo hipersensível,


2. Síncope neurocardiogênica (forma cardioinibidora maligna),
3. Doença do nó sinusal,
4. Síndrome braditaquicardia que não responde a drogas antiarrítmicas,
5. Fibrilação atrial com freqüência ventricular reduzida,
6. Bloqueio atrioventricular de terceiro grau,
7. Bloqueio atrioventricular de segundo grau tipo I,
8. Bloqueio atrioventricular de segundo grau tipo II,
9. Bloqueio atrioventricular avançado,
10. Lesão His-Purkinje grave (intervalo H-V>70ms),
11. Bloqueio de ramo alternante.

Há, por outro lado, situações em que a indicação relatada é bastante controvertida,
como se vê a seguir:
1. Pacientes com síncopes de repetição e bloqueio bifascicular sem nenhuma
outra causa aparente que justifique os sintomas,
2. Bloqueio de ramo alternante assintomático,
3. Bloqueio Mobitz II assintomático,
4. Bloqueio atrioventricular congênito” (SANTOS et. al, 2008, p. 6).

2.7 - Ações para manutenção do MP


“Após a implantação de marcapassos definitivos, os pacientesdevemser submetidos
a constante acompanhamento de cardiologistas clínicos ou cirurgiões cardíacos
especializados nos mesmos, seja para prevenção de eventuais disfunções ou
mesmo para o ajuste do sistema de estimulação quando necessário.
A primeira avaliação do paciente deve ser procedida 30 dias após a retirada dos
pontos do implante. Posteriormente, durante o primeiro ano do implante, são
necessárias reavaliações a cada três meses.
Nos anos que se seguirem, as reavaliações devem ser realizadas a cada seis
meses, até que se opere o término da garantia do gerador, quando, então, o
paciente deverá ser novamente submetido a análises, pelo menos, a cada três
meses” (SANTOS et. al, 2008, p.7).
14

3 - REFERÊNCIAS

1. AMADEI, J. R. P.; FERRAZ, V. C. T. Guia para elaboração de citações em


documentos: ABNT NBR 10520: 2002. Bauru: Serviço de Biblioteca e
Documentação da FOB-USP, 2022.

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Informação e documentação: Referências e Elaboração. Rio de Janeiro: ABNT,
2018.
3. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 10520:
Informação e documentação: Citações em documentos. Rio de Janeiro: ABNT,
2002.
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A.R.B; COSTA, R.; GALVÃO FILHO, S.S.; GAUCH, P.R.A; LUCCHESE, F.A.;
MARTINELLI FILHO, M.; MEDEIROS, P.T.J.; MATEOS, J.C.P.; PIMENTA, J.;
TAKEDA, R.T. Diretrizes para o Implante de Marcapasso Cardíaco Permanente.
Reblampa, v. 12, n. 1, p. 1-9, 1999.

5. BERNARDINO, Rosângela Alves dos Santos; SILVA QUEIROZ, Leticia da;


NASCIMENTO, Daliane Pereira do. Responsabilidade enunciativa e
reformulação do discurso do outro em artigo científico de pesquisadores
iniciantes e experientes: um estudo sobre o parafraseamento nas citações por
“DI” e “MDS”. IV Simpósio Nacional de Linguagens e Gêneros Textuais,
Anais, Campina Grande, 2017. Disponível em:
file:///C:/Users/user/Downloads/TRABALHO_EV066_MD1_SA16_ID833_160320
17161733.pdf. Acesso: 4 out. 2022.

6. BRASIL, Virginia Visconde. Qualidade de vida do portador de marcapasso


cardíaco definitivo: antes e após implante. 2001. 164 f. Tese de Doutorado
(Enfermagem) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001.

7. FERRARI, Andres Di Leoni et al. Bloqueio atrioventricular no pós-operatório de


cirurgia cardíaca valvar: incidência, fatores de risco e evolução hospitalar.
Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery, v. 26, 2011, p. 364-372.

8. HILGERT, J. G. A paráfrase na construção do texto falado: o caso das


paráfrases em relação paradigmática com suas matrizes. In: KOCH, I. G. V.
(Org.). A gramática do português falado. Campinas: Editora da Unicamp,
2002, p. 131-147.

9. LOURENÇO, Arnaldo Duarte. O marcapasso VVI-M em idosos: O marcapasso


VVI-M em idosos. Journal of Cardiac Arrhythmias, v. 3, n. 1, p. 19-22, 1990.
10. NASCIMENTO B.R.; BRANT, L.C.C.; OLIVEIRA, G.M.M.; MALACHIAS, M.V.B.;
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ROTH, G.A.; RIBEIRO, A.L.P. Cardiovascular disease epidemiology in
15

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demográfica: a experiência brasileira. Epidemiol, v. 21, n. 4, Brasília, dezembro,
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16. OLIVEIRA et al. Estatística Cardiovascular – Brasil 2020. Arq. Bras. Cardiol, v.
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considerações pré e per-operatórias. Revista Brasileira de Anestesiologia, v.
53, n. 6, p. 854-862, 2003.

18. RIBEIRO, A.L.P.; DUNCAN, B.B.; BRANT, L.C.C.; LOTUFO, P.A.; MILL, J.G.;
BARRETO, S.M. Cardiovascular health in Brazil: trends and perspectives.
Circulation, v. 133, n. 4, 2016, p.422-433.

19. SANTOS, F.C.P. dos; RUBIO, E.N.; ABREU, L.F. de; BAROUCHE, E.R.;
MATEOS, J.C.P.; MATEOS, E.I.P; MATEOS, J.C.P. Marcapasso cardíaco:
quando indicar e como usar. Revista Da Faculdade De Ciências Médicas De
Sorocaba, v.10, n.4, p. 5–7, 2008.

20. SILVEIRA, S. N.; KUZNIER, T. P.; BETIOLLI, S. E.; CORDEIRO, T. L. R.;


ANDRADE, I. M. P. G.; BORK, L. C. A. Atribuições do enfermeiro no manejo do
marca-passo transcutâneo em pacientes idosos: Uma revisão integrativa.
Nursing, São Paulo, v. 25, n. 287, p. 7662-7677, 2022.
16

21. ZASLAVSKY, Cláudio; GUS, Iseu. Idoso. Doença Cardíaca e Comorbidades.


Arq Bras Cardiol, Porto Alegre, v. 79, n. 6, p.635-639, 2002.
17

4 - ANEXOS
4.1 - Anexo 1: Cronograma

Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Planejamento x
Leituras x x
Desenvolvimento x x x
Revisões x
Conclusão x

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