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LICENCIATURA EM CARDIOPNEUMOLOGIA
AVC HEMORRÁGICO
LUANDA, 2023/2024
II
AVC HEMORRÁGICO
Nº de Inscrição: 50065
Docente
Gabriel Nangayafina
LUANDA, 2023-24
III
RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................................................7
1.2 Justificativa.....................................................................................................................9
2 OBJECTIVOS...................................................................................................................10
2.1 Geral..............................................................................................................................10
2.2 Específicos....................................................................................................................10
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA....................................................................................11
3.2 Epidemiologia...............................................................................................................12
3.5 Fisiopatologia................................................................................................................14
3.6 Diagnóstico...................................................................................................................14
3.7 Tratamento....................................................................................................................16
3.8 Complicações................................................................................................................19
3.9 Prognóstico...................................................................................................................19
4 METODOLOGIA.............................................................................................................21
4.4 Amostra.........................................................................................................................21
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................23
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS..............................................................................24
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1 INTRODUÇÃO
Nos países em desenvolvimento a incidência das doenças crônicas que não são
transmissíveis vem tendo um rápido crescimento quando se comparado com países
desenvolvidos, sendo que na atualidade, cerca de dois terços dos Acidentes Vasculares
Cerebrais (AVC) ocorrem nesses países. A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é a
principal causa que oferece risco para o desenvolvimento dessa patologia (Carvalho et al.,
2019). Os AVC podem ocorrer tanto por obstrução de um vaso sanguíneo no cérebro
(Derrame Isquêmico), ocorrendo em cerca de 80% dos casos, como também por hemorragias
cerebrais (Derrame hemorrágico), compreendendo os 20% dos casos restantes. (Amorim,
2012).
De acordo com (Carvalho et al., 2019), diz que o AVC é uma doença silenciosa, com
grande impacto na população mundial devido sua grave taxa de morbidade entre o grupo de
doenças vasculares, sendo a principal causa de incapacidade e invalidez entre adultos e
idosos, chegando a ser fatal em 40% a 50% das vítimas após seis meses, onde a maioria dos
sobreviventes mostram déficits neurológicos e deficiência residual significativos, tornando o
AVC a principal causa da deficiência funcional mundial.
Quais são as causas que levam a uma pessoa a ter AVC Hemorragico ?
1.2 Justificativa
O acidente vascular cerebral hemorrágico pela sua epidemiologia, e pelos seus altos
índices de mortalidade, exige uma resposta rápida e incisiva para que os doentes recebam o
melhor tratamento possível. Para tal é necessario que a resposta seja efectiva, há que
reconhecer os factores de risco e os factores passíveis de alterar o índice da mortalidade
elevada por essa doença. Por esta causa foi neste sentido que o estudo foi desenhado, para
identificar factores de risco passíveis de alterar o resultado final perante doentes com acidente
vascular cerebral hemorrágico, dando especial atenção ao volume inicial de hemorragia e
edema como factores de mau prognóstico. Sendo assim foi necessario recolher-se aos dados
do suporte informático da tomografia computorizada crâneo-encefálica de entrada e dos
processos clínicos dos doentes internados no Hospital do Americo Boa Vida sendo este o
local do campo para a nossa investigação. Todos os doentes internados na Unidade de AVC
do Hospital Americo Boa no período de 2022 a 2023 foram identificados. Os doentes são
elegíveis para o estudo se tiverem o diagnóstico de AVC hemorrágico, definido como défice
neurológico súbito provocado por hemorragia no parênquima cerebral.
10
2 OBJECTIVOS
2.1 Geral
2.2 Específicos
.
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3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Entende-se por AVC “um défice neurológico súbito, motivado por isquemia (deficiência
de irrigação sanguínea) ou hemorragia no cérebro”. Assim o documento do (Serviço Nacional
Classifica o AVC em quatro tipos, consoante o seu mecanismo de origem: (1) isquémico, (2)
hemorrágico, (3) criptogénico e o (4) acidente isquémico transitório. De entre os vários tipos
de AVC, o Isquémico ocorre em 87% dos casos e é originado aquando da interrupção do fluxo
sanguíneo a uma determinada área do cérebro (AHA, 2018). O AVC Isquémico ocorre
mediante a interrupção da circulação sanguínea cerebral provocada por um trombo (coágulo
da artéria) ou êmbolo (origem cardíaca ou nas artérias do pescoço), que causa isquémia e, por
sua vez enfarte (AHA, 2018). “A cascata isquémica compromete a bomba sódio-potássio
levando à despolarização neuronal, provocam um fluxo maciço de iões e água, o que
determina o edema das células cerebrais” (BARCH, 2003).
O AVC de origem Hemorrágico representa cerca de 13% dos casos de AVC e, ocorre por
hemorragia causada por rutura de um ou mais vasos sanguíneos, comprometendo a circulação
sanguínea cerebral. Este tipo de AVC pode subdividir-se em dois grupos: (1) A hemorragia
intracerebral (quando a hemorragia ocorre no interior do cérebro), a subaracnoideia (no
exterior do mesmo), o AVC Criptogénico acontece por etiologia desconhecida e, representa
cerca de 30% dos casos de AVC; (2), O Acidente Isquémico Transitório diz respeito à
interrupção temporária da circulação sanguínea, cujos défices são reversíveis (AHA, 2018).
A expressão, “tempo é cérebro” toma aqui contornos importantes, uma vez que nos remete
para a importância da vulnerabilidade do tecido cerebral, que quando privado de aporte
sanguíneo e, portanto de oxigenação, implica uma elevada taxa de destruição de células
nervosas (DGS, 2017). Ao nível da Europa, apesar das doenças cardiovasculares serem
responsáveis pela segunda causa de morte, registou-se uma diminuição do número de óbitos
por esta etiologia. Contudo, a mesma fonte revela que os casos de AVC Isquémico
assinalaram um aumento em alguns países europeus e não europeus (Shah et al., 2019).
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3.2 Epidemiologia
Factores Etiológicos
Eclampsia
Outras
Trombose Venosa Cerebral
Transformação hemorrágica de infarto isquémico
Migrânea
3.5 Fisiopatologia
3.6 Diagnóstico
De acordo com Qureshi (2001), os quadros clínicos descritos não têm nada de
patognomónico e não nos permitem diferenciar enfarto cerebral de outras patologias
cerebrovasculares focais.
As diferentes causas dos AVC podem ser identificadas baseando-se sobre a avaliação do
exame físico e neurológico, e sobre o uso e interpretação de emergentes técnicas diagnosticas.
Exames Complementares:
Laboratoriais:
Imagiológicos:
Tomografia Computorizada (TC) de crânio é o padrão ouro. Após o início dos sintomas. A
expansão do hematoma tende a ocorrer logo após a hemorragia intraparenquimatosa e
aumenta o risco de mau prognóstico funcional e morte. Entre os pacientes submetidos a TC de
crânio, 3 horas de início da hemorragia intraparenquimatosa, 28% a 38% têm expansão do
hematoma.
Angiografia Cerebral:
Ressonância Magnética:
Em resumo, o AVC h é uma emergência médica que deve ser diagnosticada e gerenciada
prontamente. A expansão do hematoma, e a deterioração precoce são comuns nas primeiras
horas após o início.
Diagnóstico Diferencial
As situações clínicas que fazem diagnóstico diferencial com o AVCh, são variadas, dentre
elas o próprio AVC isquémico, Síncope, Crises epilépticas, lesões neoplásicas, Neuropatias,
Síndromes demenciais, Hemorragia subdural ou extradural, mielopatia, Encealopatia, Trauma
cranioencefalico, encefalopatia hipertensiva, doença de Parkinson, amnesia global transitória.
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3.7 Tratamento
Nível de Consciência:
Nutrição e Hidratação:
Para pacientes com AVCh que apresentam TAS entre 150 e 220 mmHg e sem
contraindicação para tratamento agudo da TA, diminuição aguda da TAS até 140 mm
Hg é seguro e manter a PAM em torno de 110mmHg.
Para os pacientes com AVCh que apresentam TAS> 220 mm Hg, pode ser razoável
considerar uma redução agressiva da PA com infusão intravenosa contínua e
monitorização frequente da TA.
Avaliação Neurocirúrgica:
Tomografia de controlo:
b) Tratamento Clínico:
C) Tratamento cirúrgico:
3.8 Complicações
3.9 Prognóstico
O AVCh é de pior prognóstico, quanto menor o tempo entre o início dos sintomas e a
chegada na emergência, maior é a mortalidade, este aumento, se deve a falta de tratamento
específico para esta condição e também a característica da expansão do hematoma, que ocorre
sobretudo nas primeiras 6 horas do início dos sintomas em até um terço dos pacientes.
Reabilitação
Deve ser iniciada o mais cedo possível, uma vez que a conduta pode reduzir o número
de pacientes que regressam à casa com dependências severas, depois do AVC.
A intensidade do programa reabilitativo depende do estado do paciente e do grau de
desabilidade.
20
Se a reabilitação activa não for possível, deve ser efectuada a reabilitação passiva para
minimizar o risco de contrações, dores articulares e pneumonias (IBIDEM).
21
4 METODOLOGIA
4.4 Amostra
Tratou-se de uma amostra probabilística de 1 profissional de Cardiopnemologia que
foi extraído de forma simples.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
.
24
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Dennis MS, Burn JP, Sandercock PA, Bamford JM, Wade DT, Warlow CP. Sobrevivência a
longo prazo após o primeiro AVC: o Oxfordshire Community Stroke Project. AVC 1993;
Flaherty ML, Haverbusch M, Sekar P, et al. Mortalidade a longo prazo após hemorragia
intracerebral. Neurologia 2006;
Qureshi AI, Tuhrim S, Broderick JP, Batjer HH, Hondo H, Hanley DF. Hemorragia
intracerebral espontânea. N Engl J Med 2001;
Caplan LR. Acute stroke: seeing the full picture. Hosp Pract (Minneap) 2000;
Kase CS, Aviv RI; Grupo de estudo PREDICT/Sunnybrook ICH CTA. O número do sinal
pontual é a característica do sinal pontual mais importante para prever a expansão do
hematoma usando angiografia por tomografia computadorizada de primeira passagem: análise
do estudo PREDICT. AVC. 2013;
Delgado Almandoz JE, Yoo AJ, Stone MJ, Schaefer PW, Oleinik A, Brouwers HB, Goldstein
JN, Rosand J, Lev MH, Gonzalez RG, Romero JM. O escore spot sign na hemorragia
intracerebral primária identifica os pacientes com maior risco de mortalidade hospitalar e
resultados desfavoráveis entre os sobreviventes. AVC. 2010;