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Africa um Plano Estratégico e um Continete de Incerteza

RESUMO

Para qualquer processo de planeamento estratégico, é melhor começar com uma


forte visualização de como seria um futuro melhor, e depois reverter os diferentes
passos necessários para realizar essa visão ousada. com base na visão dos seus juízes,
funcionários do cartório e das suas diversas partes interessadas, este plano estratégico
definiu os passos indispensáveis a serem dados para aprofundar a confiança do público
no tribunal africano dos direitos do homem e dos povos.

Neste contexto, delineamos um percurso que permitirá ao Africanos trabalhar


de forma mais estreita com os seus vários intervenientes com vista a reforçar as
capacidades uns dos outros, aprender com as experiências uns dos outros, evitar a
duplicação de esforços e, ao invés, reforçar os pontos fortes uns dos outros. Afinal, o
objectivo primordial é melhorar o plano estrategico em Africa.

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Africa um Plano Estratégico e um Continete de Incerteza

INTRODUÇÃO

A Estratégia de um palano Africano de Desenvolvimento para 2023-2033


reflecte as aspirações de todo o continente africano. Assenta num conhecimento e
experiência profundos do percurso de África na última década e dos objectivos traçados
para os próximos dez anos.

África encetou um processo de transformação económica, com um crescimento


sólido e sustentado ao longo de uma década. Porém, este processo foi desigual, não teve
uma base suficientemente estável e não se encontra, de modo algum, finalizado. Esta
Estratégia foi concebida para colocar no centro da transformação de África e elevar a
qualidade do crescimento africano.

O plano Estrategico Visa alargar e aprofundar o processo de transformação,


garantindo sobretudo que o crescimento é partilhado e não isolado, abrangendo todos os
cidadãos e países africanos e não somente alguns. Além disso, pretende gerar um
crescimento não só ambientalmente sustentável, mas também economicamente
potenciador.

Quando o crescimento é inclusivo e ecológico, proporciona a criação dos postos


de trabalho de que o continente africano necessita e necessitará cada vez mais, com
milhões de jovens dinâmicos e ambiciosos a entrar no mercado laboral. A visão do
Banco é a visão de África, o seu futuro é o futuro de África. Os inúmeros sucessos do
Trabalho reflectem os sucessos do continente africano, ao passo que os pontos fracos
nos êxitos alcançados reflectem uma verdadeira transformação nos seus paí- ses
membros regionais.

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Africa um Plano Estratégico e um Continete de Incerteza

AFRICA UM PLANO ESTRATÉGICO E UM CONTINETE


DE INCERTEZA

Entende-se por Planeamento Estratégico o processo ou modo sistemático de


gerir a mudança e de criar o melhor futuro possível para uma determinada organização,
entidade,empresa ou território.

É um processo criativo para identificar e realizar as acções mais importantes


para a sustentabilidade do sistema, tendo em conta os respectivos pontos fortes e fracos,
conjugados com as ameaças e as oportunidades futuras que se lhe apresentam.

Numa outra definição pode ler-se que consiste num processo através do qual se
tenta “definir objectivos concretos longínquos (médio e longo prazos) e objectivos
concretos actuais (curto e médio prazos); definir a forma de os alcançar (com, quando e
onde), o que pode incluir a ultrapassagem de ameaças ou obstáculos (acção estratégica
em termos substanciais)".

O Plano Estratégico visa incorporar os mesmos valores que nortearam o seu


desenvolvimento, quais sejam:

 Orientado para produzir impacto – o Plano define exactamente como


pretende alcançar um impacto genuíno no panorama africano dos direitos
humanos e explica a lógica subjacente a cada intervenção estratégica.
 Perspectiva do utilizador – o Plano permite que cada parte interessada
no trabalho do Tribunal Africano identifique formas significativas de
interagir com o Tribunal e contribuir para a materialização da sua missão
conjunta de proteger os direitos humanos em África.
 Abordagem holística – o Plano traça de forma abrangente todos os
aspectos do funcionamento do Tribunal que podem influenciar a sua
capacidade de cumprir o seu mandato.
 Responsabilização – o Plano destaca vários mecanismos destinados a
garantir que o Tribunal progrida na execução do Plano e aprenda
continuamente com as suas experiências anteriores.

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O mundo está atento à África como sempre estiveram as grandes potências e as


ex-metrópoles. O peso da África na Guerra Fria não se circunscreveu a ser margem do
sistema internacional.

E hoje o sistema de Estados, as instituições multilaterais, as grandes empresas e


os produtores de cultura estão acompanhando, de perto, a reinserção africana na política
internacional. Relatórios e cenários vêm sendo lançados com profecias otimistas acerca
das escolhas políticas e do novo perfil de desenvolvimento social que a África requer.

Essas tendências eram naturais, assim como as avaliações produzidas pelo Royal
African Society, no Reino Unido, já nos anos 1960. Mas aumentou em quantidade e
qualidade nos anos mais recentes.

Um dos mais novos documentos do início do século XXI é o interessantíssimo


trabalho, com fins estratégicos, organizado pelos professores Samantha Power (da
Univer- sidade de Harvard) e Anthony Lake (da Georgetown University), em fins de
2006, ladeando o ex-secretário de Estado assistente para África dos Estados Unidos,
Chester Crocker.

Lançado em 2007 pelo afamado Council of Foreign Relations, dos Estados


Unidos, nele se nota perfeitamente a retomada da prioridade africana na política externa
norte- -americanal.

A estratégia norte-americana fala por si ao lançar as bases conceituais dos norte-


americanos para a África de Clinton a Obama. A segunda visita de Obama à África (a
três países: Senegal, África do Sul e Tanzânia), em junho de 2013, demonstra, mais uma
vez, a continuidade dos planos norte-americanos na nova África.

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Africa Um Plano Estrategico

Pragmatismo mais do que humanitarismo, ampliação da diversificação no


campo da energia, cooperação com os governos democráticos e ocupação de espaços na
luta contra o terrorismo são as linhas gerais de trabalho para hoje e aparentemente para
os próximos anos da presença dos Estados Unidos na África.

Outros trabalhos sobre a África do século XXI estão sendo desenvolvidos pelos
chineses. A universidade chinesa tem se mostrado hábil na elaboração Plano estratégico
para a África.

E já vinha Um Plano estratégico da China desde o tempo do governo do


primeiro ministro Li Peng, nos fins da década de 1980 e início dos anos 1990. O marco
político foi o dia 4 de junho de 1989, ante o drama da Praça da Paz Celestial e o
isolamento imposto pelo Ocidente ao regime político de Pequim.

Começou aí a conexão África-China, por razões mais políticas e econômicas,


que agora, na economia, tem todas as condições de ser a mais duradoura sobre todos os
demais intentos de qualquer país, mesmo os Estados Unidos, de estabelecer bases de
cooperação ativa como o renascimento africano.

A estratégia chinesa é explícita e se dedica aos seguintes itens:

exportação para a África do modelo chinês de tratamento dos temas da agenda


internacional, apresentando-se como uma representante natural dos países em
desenvolvimento;

 Exportação de bens industriais e armas e importação de produtos


primários, particularmente minerais;
 Participação nas fontes possíveis e necessárias de recursos minerais,
Estratégicos e de energia que garantam a sustentabilidade do crescimento
econômico chinês;
 Investimentos em engenharias de infraestrutura de aeroportos, estradas,
entre outros parques de modernização urbana e logística da África.

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Os métodos para realizar esses objetivos são múltiplos. Variam dos


investimentos, empréstimos e doações à cooperação técnica e tecnológica, além de
exercício de cooptação política das elites africanas.

O ambiente político da cooperação abraça o econômico como parte da


engenharia estratégica elaborada empiricamente. A raiz foi, de fato, no início, o
isolamento político do regime chinês depois do evento de 4 de junho de 1989 e a
solidariedade conferida por grande maioria dos governos na África, depois de serem
cortejados com recursos chineses.

Obviamente essa matriz foi evoluindo gradualmente ao capitalismo chinês com


presença global, a conformar-se a segunda grande economia do mundo e a maior
potência exportadora da Terra. Foi o primeiro-ministro Li Peng quem coordenou toda a
operação de aproximação com os governos africanos.

Vários desses governantes da África de então aceitaram os argumentos da China


e se moveram no xadrez internacional, ao lado dos líderes chineses. Para exemplificar, a
China oferecia, em 1988, cerca de US$ 60 milhões de ajuda direta a trinta países da
África. Em 1990, depois do apoio dos governos africanos ao regime de Pequim, os
países africanos receberam já a soma de US$ 374 milhões.

Hoje os volumes, já bilionários, que os chineses investem na África são parte da


explicação da emergência de uma nova África. Embora predominantemente econômica,
a presença chinesa na África origina-se da política e seguirá tendo uma forte conotação
política e estratégica.

As palavras de Li Peng, em 12 de março de 1990, na chegada a Pequim de


imensa delegação de chefes de Estados africanos foram claras. Falou Li Peng de uma
nova ordem política internacional que deveria significar que todos os países são iguais e
deveriam respeitar os outros com relação a suas diferenças no sistema político e na
ideologia. Para o líder chinês, os países capitalistas do centro e as democracias
ocidentais não podem interferir nos assuntos domésticos dos países em
desenvolvimento, especialmente avançar poder político em nome de “direitos humanos,
liberdade e democracia”.

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Outros países se moveram para a África. Um deles é a França, uma das maiores
investidoras individuais no conjunto da economia africana. Há preocupações da França
tanto na área comercial quanto na área da cooperação direta, da China com regimes
políticos na África que desrespeitam o capítulo dos direitos humanos.

Daniela Kroslak estudou essa matéria de forma mais detalhada, com ênfase ao
tema do envolvimento militar da França naquele continente. O fato objetivo é que,
desde 1990 – e renovando-se em 2000, com a criação do Fórum de Cooperação África-
-China, no qual oitenta ministros de Estado africanos foram levados de Pequim à área
industrial de Guandong para verem o colosso do crescimento industrial chinês, passando
pela segunda edição, em novembro de 2006, do Fórum de Cooperação, além da terceira
visita do presidente Hu Jintao à África em fevereiro de 2007 –, a China desembarcou na
África de forma estrutural.

É difícil andar em qualquer rua comercial de qualquer país africano que não
esteja inundada por produtos chineses. Não há capital na África sem uma obra pública
imponente feita com recursos chineses.

Não há infraestrutura importante de aeroportos e estradas que não tenha uma


mão chinesa. Em semelhança ao modelo do nacional-desenvolvimentismo brasileiro dos
anos 1970 e 1980, mesmo no período militar, pode-se dizer que o Brasil teve uma
diplomacia cooperativa e não confrontacionista com o continente africano.

Quase a seguir o mesmo modelo brasileiro de antes, a China dos últimos anos
buscou a África sem truculência, violência ou presunção de superioridade. Em alguma
medida, a própria, China executa meios que fazem lembrar aspectos do Brasil na
África.23 Há, portanto, uma África em crescente internacionalização e nada marginal.

Ela está no centro de uma concorrência fortíssima de interesses e interessados de


várias partes do globo. Se os investimentos externos diretos crescem de forma
consistente, oriundos tanto das grandes empresas financeiras quanto das produtivas, é
também verdade que esses investimentos estão dirigidos por certa lógica de fora para
dentro.

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Africa o continete de incerteza

A formação das estruturas mentais é remissiva aos primórdios da evolução do


povo africano. É um tempo imemorial no qual o sentido da evolução começa a delinear
o tipo humano semi-ereto.

Uma longa decorrência de especificidades tempo-espaço induziria a evolução ao


posicionamento ereto, favorecendo o desenvolvimento da capacidade de observação,
reflexão e raciocínio. É a introdução ao pensamento. A racionalidade africana agregou
progressivamente novos valores no cenário restrito dos ambientes nos quais os diversas
incertezas se desenvolviam entre os povos africano. O homem sapiente abre as
primeiras janelas do conhecimento.

As conexões neurais do pensamento primitivo se estabeleceriam e evoluiriam a


partir de percepções recolhidas na visão transitiva do mundo de reações instintivas
imediatas à sobrevivência e o mundo da racionalidade em evolução lenta e progressiva
em africa.

Há uma indeterminação temporal para o momento de ruptura da configuração


mental primitiva que afastou o homem da condição irracional, comum e identificada na
convivência ambiental com os demais seres.

Esse descolamento de origem foi crucial ao desenvolvimento do pensamento.


Recolhendo dados das práticas empíricas, produzindo informação e conhecimento, a
mente humana foi desencadeando e ativando, continuamente, novas conexões
neurônicas.

Para os Pobres, Africa e um pais de incerteza, mas para os ricos não, Mas não se
traça o futuro da África apenas de fora para dentro. Os africanos estão reivindicando e
construindo autonomia decisória. Buscam soluções nacionais para suas Incertezas e
desafios na área social e da cidadania.

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O controle do Estado e sua orientação para o crescimento econômico e o


desenvolvimento sustentável são a boa novidade no continente. Tornaram-se os líderes
africanos refratários à noção de “fim do Estado” e de “governança global” vendidas
para a África como solução as Incerteza do Povo africano quanto a Establidade no
Continente Africano.

Desejam falar de transição de modelo para uma forma mais logística de


construção do desenvolvimento, com democracia e mais inclusão social. Passaram a
operar em novas bases conceituais no período.

Ao revisitar a história antiga da África, não podemos deixar de notar que esta
conheceu movimentos migratórios significativos.

Os povos africanos não permaneceram confinados a seus próprios países.


Grupos étnicos ou indivíduos deslocavam-se constantemente entre o Egito, a Etiópia, a
Líbia... Apesar da existência de fronteiras ente os diferentes Estados, a fim de fixar os
povos, os movimentos migratórios permaneceram importantes.

Além disso, as migrações registradas na África durante a Antiguidade não se


restringiam aos africanos. A África antiga acolheu estrangeiros de diversas origens em
seu solo.

Entre eles estavam gregos, fenícios... A África Antiga era o continente onde
muitos estrangeiros sonhavam conhecer. Mas, o que poderia explicar estes
deslocamentos de indivíduos ou povos dentro, fora ou em direção à África? Tiveram
esses movimentos migratórios impacto sobre as relações sociais? A análise destas
questões nos levará a elucidar as causas da migração na África e suas consequências
sobre as relações entre os povos autóctones e os migrantes.

"A África é, sem dúvida, o continente que apresenta os piores indicadores


sociais do mundo. O continente africano abriga, atualmente, cerca de 930 milhões de
habitantes. Desse total, grande parte se concentra na Nigéria, Egito, Etiópia, República
Democrática do Congo e África do Sul, que são países mais populosos.

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As regiões que apresentam maiores densidades demográficas são aquelas que


possuem solos férteis, como o vale fluvial e o delta dos rios Nilo e Níger, além da costa
litorânea, lugar com boa incidência de chuvas.

As regiões da África que apresentam baixa densidade demográfica


compreendem as áreas desérticas, como o deserto do Saara (África Islâmica), deserto da
Namíbia e do Calaari e nas florestas do Congo (África Subsaariana).

Atualmente, o continente tem passado por um intenso processo de urbanização,


mesmo assim, são restritos os centros urbanos de grande porte, as maiores cidades são
Cairo (Egito), com cerca de 7 milhões de habitantes; Alexandria (Egito), com 4
milhões; Lagos (Nigéria), com 7 milhões; Casablanca (Marrocos), com 3,7 milhões;
Kinshasa (República Democrática do Congo), com 9 milhões; Argel (Argélia), com 2,5
milhões; e Cidade do Cabo (África do Sul), com 3,4 milhões."

As análises acerca da realidade presente dos países africanos acabam por anular,
por diversas vezes, uma perspectiva de futuro, revelando, sim, uma realidade marcada
pela incerteza titânica. Estas análises comportam em si duas dimensões sobre as
realidades africanas que estabelecem, desde logo, uma relação dialéctica complexa e
contraditória em si.

A primeira dimensão identifica uma África rica, que possui inúmeras riquezas
naturais e uma população jovem que constitui uma força de produção futura. Estes dois
aspectos representam importantes factores para a projecção de uma perspectiva
esperançosa quanto ao futuro de África.

Por sua vez, a segunda dimensão apresenta os países africanos como realidades
sociopolíticas marcadas por bastante turbulência e conflitualidade política e social,
muitas vezes, resvalando para conflitos armados.

À luz desta segunda dimensão torna-se muito difícil antever um futuro para
África. Inserindo-se numa típica representação de África como uma realidade marcada
por uma guerra étnica e fratricida.

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Assim, a primeira dimensão valoriza os recursos naturais e outras riquezas


africanas per se, não colocando em cima da mesa uma reflexão económico-filosófica,
política e mesmo moral sobre as possibilidades de exploração destas riquezas. Estes
recursos naturais nunca foram explorados pelos próprios africanos e raramente serviram
os habitantes das regiões exploradas.

Por isso, quem hoje associa o futuro de África aos seus recursos naturais está
apenas a ajuizar um futuro marcado pela incerteza para os próprios africanos.

Por seu turno, a segunda dimensão apresenta uma África condenada ao caos
político e militar, onde os próprios africanos são incapazes de resolver os seus assuntos,
vendo-se forçados a solicitar constantemente ajuda de terceiros para solucionar os seus
problemas. De acordo com esta dimensão, o futuro do continente está fortemente
condicionado pelos auxílios de terceiros.

Entendemos que a primeira tarefa associada a uma análise sobre o presente de


África passa, necessariamente, por numa inversão de perspectiva político-filosófica e
económico-filosófica, de forma a suscitar um processo de estruturação política
promovido pelos decisores africanos.

Ou seja, colocar os africanos no topo da escala de actuação política, presente e


não futura, porque compreendemos que o futuro é consequência das acções do presente
e não uma obra divina ou do acaso.

Reafirmamos, assim, que a prioridade deve estar na satisfação das necessidades


essenciais dos africanos e no investimento na juventude através da formação académica,
tornando-a mais consciente politicamente, crítica e dotada de um potencial
transformador.

A juventude esclarecida e consciente tem de deixar de ser identificada como um


factor de instabilidade político-militar, como é possível observar na literatura
especializada em conflitos armados em África.

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Porque o presente de hoje em África deve rimar com a realização concreta dos
africanos, daí que o discurso retórico que faz um apelo à calma e à compreensão quanto
às dificuldades do presente acabe por ter um impacto redutor junto dessa população
jovem.

Em suma, o futuro em África deixará de soar incerto quando existir uma


inversão de valores, quando o sujeito africano passar a ser mais relevante nas
apreciações do potencial africano, por oposição aos recursos naturais ou riquezas.

De acordo com este novo paradigma, as diferenças humanas devem ser


valorizadas e encaradas como uma mais-valia e não instrumentalizadas pelos agentes
políticos que desejam somente dispor das riquezas e não pensar nas condições de vida
dos africanos.

Estrutura e incerteza dos africanos

Em cada época o povo africano desenvolveu uma estrutura cognitiva em relação


à realidade natural e social. Essa capacidade permite estabelecer as incerteza e as
relações com a natureza e condicionamentos às normas de funcionamento da sociedade.
A mente Africana não se mantém em inércia cognitiva, embora pressionada e
condicionada por costumes, crenças e ideologias de época.

Ainda que não expressas, a dinâmica das idéias acaba por forçar as molduras que
as aprisionam, manifestando-se sob a forma de protestos, teorias e novos
conhecimentos.

Estruturas cognitivas dos Africano

As estruturas cognitivas dos Africano têm se alterado ao longo dos anos. Em


algumas sociedades dominam por maior tempo, em outras se alteram mais rapidamente,
de acordo com o processo inato à inovação e à mudança. Se o domínio cognitivo é
muito longo, por exemplo, os quatro séculos de idade média, há uma substancial perda
no tempo- espaço para o processo de inovação e mudança. A sociedade se atrasa em
fundamentações ideológicas e teológicas, particularmente. Tomando os últimos 10.000
anos de evolução do pensamento e da geração do conhecimento, colocam-se duas
suposições importantes:

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1) A sociedade com os condicionamentos referidos;

2) A sociedade sem eles. No primeiro caso, a época atual mostra o nível e o desnível de
conhecimento, cultura e saber científico, ou seja, sociedades avançadas, médias e
atrasadas, a partir do maior ou menor domínio ideológico e teológico nelas introduzidos.

No segundo caso, seria uma situação ideal, sem tais impactos e, por conseqüência, seria
alcançada uma etapa mais avançada do conhecimento.

Estruturas mentais

A estruturas mentais do povo africano se formam e evoluem de acordo com a


maior ou menor liberdade de pensamento e expressão, a contraposição de idéias, a
formulação de hipóteses e a elaboração de teorias. Assim se amplia o campo mental a
partir da capacidade de observação e experimentação. A observação, a formulação e a
experimentação são os requisitos básicos para o entendimento da realidade, num dado
momento do processo de desenvolvimento da civilização no continete Africano.

Observar os fenômenos naturais e os eventos sociais e sobre eles formular uma


hipótese de entendimento, sustentá-la pelo desenvolvimento de teorias físicas e
socioculturais induz à experimentação e comprovação de sua validade ou não.

O que conhecemos hoje sobre os fenômenos naturais é o produto do


conhecimento gerado, não raro, no confronto de idéias. A ruptura de grandes certezas
impostas dogmaticamente, ou resultantes da evolução epistemológica do pensamento,
assegurou avanços no campo do conhecimento dos africanos.

A teoria geocêntrica, a teoria heliocêntrica, a teoria das órbitas elípticas, a teoria


da mecânica celeste, a teoria da evolução das espécies, a teoria quântica e a teoria da
relatividade foram etapas decisivas do pensamento para se alcançar o conhecimento
científico avançado e o aparato tecnológico atual. Essas três últimas teorias mudaram
exponencialmente a compreensão da realidade, criando novos padrões tecnológicos que
puseram fim ao longo período da era industrial no final do século XX.

A geração das tecnologias microeletrônicas introduziu a modernidade


cibernética, uma transformação profunda nos meios de produção, nas relações sociais,
culturais e nos comportamentos. Ainda mais, essas teorias fundamentaram as novas

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relações do homem com natureza, com a organização social da qual faz parte e,
igualmente, dele com ele próprio. O homem em busca de seus próprios mistérios!

Ao tentar desvendar a natureza quântica do cérebro o homem procura,


compreender as complexas reações físico-químicas processadas, impulsionadas pelos
sentidos. À estrutura biológica em evolução, amparada em características antecedentes,
transmitidas no processo de replicação, somam-se características adquiridas nos
modelos sociais, criando identidades pessoais e formas de comportamento em cada
época.

CONCLUSÃO

Com base nas pesquisas feitas cheguei a conclusão que O plano estratégico em
Africa é um processo organizacional compreensivo de adaptação através da aprovação,
tomada de decisão e avaliação.

O Americano e o Europeu são os Povos que sempre tiveram planos em Africa


desde os mais antingos áte a epoca actual. Por esse mesmo motivo muitos africanos
acabarm por se concencialisar-se que a africa e um Coninete de incerteza por motivos
de ocupação de Terra que pertence a ele por direito. Por esse mesmo motivo muitos
africano acabaram por emigrar para europa, aprocura de melhor condições de vida.

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REFERENCIAS UTILIZADAS

www.manueldefai.com
www.Biblioteca.virtual.com
www.Wikipedia.com

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