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ESCOLA DE GUERRA NAVAL

DISCIPLINA: ESTRATÉGIA NAVAL I E


TECNOLOGIA

DOCENTE: CMT JOSÉ AUGUSTO

DISCENTE: MANNOM COSTA

TRABALHO: CURTO RESUMO SOBRE OS TEXTOS


ENVIADOS PELO PROFESSOR DOUTOR, DIA 01
JUNHO 2021

TEXTOS:

“ONE BELT, ONE ROAD, ONE BIG MISTAKE”

“CHINA’S MARITIME SILK ROAD: STRATEGIC


AND ECONOMIC IMPLICATIONS FOR THE INDO-
PACIF REGION”
Os textos tratam sobre a Política Externa da China, fundamentada na estratégia
marítima para o comércio buscando embasamento de desenvolver uma infraestrutura em
conjunto com outros países aliados politicamente. Os autores mencionados são expertos
em assuntos de geopolítica asiática, alguns deles, membros sêniores do Centro
Estratégico e Estudos Internacionais -CSIS que visa como estudo a Política Externa dos
Estados Unidos na Ásia e Oceano Pacífico, são eles: Diretor sênior da Iniciativa de
Transparência Marítima na Ásia: Greg Poling; Jonathan Hillman. Os demais autores são:
Gurmeet Kanwal – militar do Exército Indiano, Harsh Pant – estudioso em Relações
Internacionais e o jornalista Tanner Greer.

O ponto de partida do jornalista greer retrata o assunto como um erro e merecedor


de ser ignorado, não devendo ser visto como uma estratégia política ou expansão. Baseia-
se que o programa Belt and Road Iniciative -BRI é um empreendimento pessoal de uma
Política Externa com a assinatura própria do presidente chinês em exercício, o senhor Xi
Jinping (Partido Comunista Chinês -PCC, em exercício desde 2013, faz parte da
Comissão Militar Central e é militar do Exército local.) Uma ideia de minar a segurança
e a arquitetura econômica da ordem internacional moldada nos preceitos chineses do
partido em questão. Com a linha de frente conceitual humanitária de ajuda, com o slogan:
Comunidade de Destino Comum” para reerguer países com apoio financeiro para
infraestrutura e desenvolvimento de países no oceano Pacífico, a China tem fornecido
assistência e criando laços políticos. O PCC acredita que será uma potência com amior
prestígio do mundo, tendo papel único a desempenhar para civilização política em larga
escala aos moldes da China e como enfrentar problemas adaptando o socialismo moderno
às fragilidades humanitárias com uma resposta política única. Os países em questão são
em sua maioria, vulneráveis à economia e mais adeptos àqueles Estados aptos a ajudar,
mesmo que para isso tem que ceder nos acordos. O BRI foi desenvolvido para integrar
mercados internos da China aos vizinhos, trazendo estabilidade geopolítica para a região
Indo-pacífica, além da segurança energética com a construção de rotas de transportes
financiadas pelo programa. Uma visão de inclusão política e representatividade no
comércio com essa infraestrutura direcionais para os programas portuários, o que causa
desconforto político estratégico para países como Estados Unidos -EUA e Japão. O eixo
principal do BRI é o sul e sudeste da Ásia. Através das palavras do escritor, percebe-se
que as decisões do BRI para escolha de onde e qual país financiar, são mais impulsionadas
por necessidades geopolíticas do que econômicas. O Presidente chinês e os líderes
partidários caracterizam os investimentos do BRI na Eurásia como seguidos de corredores
econômicos definidos que interagem diretamente com o mercado da China nas outras
partes do continente. As políticas de infraestrutura e a interna estão submissas à Política
externa, mesmo que grandes empresas estatais e políticas governamentais forneçam mais
de 95% do financiamento do programa, adjetivando o BRI como “novo colonialismo”.
Buscou ressaltar alguns países contra a política do BRI, como Malásia, Bangladesh,
Paquistão e Birmânia, informando inclusive que tais Estados mereciam atenção, não pela
ação humanitária, mas por terem sido alvo da atenção chinesa perante sua vulnerabilidade
econômica e possível aceitação da decisão de acordo com o BRI para atender as
necessidades de infraestrutura. Cita a declaração do investimento trilateral dos EUA-
Austrália-Japão frente ao progresso chinês nesses países, objetivando a ajuda humanitária
e indo de encontro com a pressão diplomática chinesa para uma economia financiada pelo
programa BRI. Menciona a fragilidade desses acordos, que à princípio podem ter como
ênfase o desenvolvimento de países subdesenvolvidos, mas uma dependência à economia
chinesa, possibilitando posteriormente pedidos de ajudo ao fundo Monetário
Internacional -FMI, para sanar a dívida.

O conceito Rota da Seda Marítima do Século XXI- MSR- é uma estratégia para
impulsionar a Oceania, Oceano Índico, África Oriental e Sudeste Asiático, aqui
representado como Singapura, Tailândia, Timor Leste, Vietnã, Brunei, Camboja,
Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia e Mianmar (países vistos como Sudeste Asiático pela
Organização das Nações Unidas-ONU), esse conceito veio através do projeto da China
para influenciar política e economicamente com iniciativas do programa One Belt one
Road (OBOR), que se concentra no desenvolvimento da Ásia Central: Cazaquistão,
Quirguistão, Tajiquistão, Turquemenistão, Uzbequistão. A estratégia chinesa foi
motivada pela falta de infraestrutura e fragilidade de desenvolvimento dessas nações com
financiamentos de bancos chineses para melhorias estruturais dos países e a China
vislumbrou uma influência viável econômica e política a ser exercida com os acordos. As
inciativas da MSR têm sido em grande parte ao litoral da região do Indo-Pacífico, em
especial portos, o que tem gerado desconforto mundial devido à dupla utilidade do
programa: no período de paz: desenvolvimento portuário, em período de instabilidade da
soberania chinesa: pontos estratégicos para apoio logístico naval chinês. Alguns
especialistas do CSIS, procuraram explicar a lógica econômica e estratégica chinesa por
trás do incentivo portuário em países vulneráveis:
-portos de alto mar,

-proximidade de Zonas Econômicas Especiais (ESZ), áreas especificamente destinadas


para o direcionamento da atividade industrial a partir do oferecimento de vantagens para
atrair investimentos estrangeiros;

-terminais de oleodutos e gasodutos

-possibilidade do porto se tornar base naval devido ao arrendamento e controle por 99


anos do local

-redução da dependência do Estreito de Malaca

-controle de mais da metade do comércio marítimo mundial de petróleo, ao se controlar


o Oceano Índico, etc

Devido a tais itens, portos como Kyaukpya (Mianmar), Hambantota (Sri Lanka),
Gwadar (Paquistão), Chabahar ( Irã) tem sido alvos de investimentos chineses e fonte de
estudos para outros atores mundiais. Os autores utilizaram três critérios para avaliam a
viabilidade econômica dos projetos de infraestrutura chinês e assim analisarem sua real
intenção militar: 1- proximidades de rotas marítimas, 2- proximidades de portos
existentes, 3- conexão com o interior ou o grau em que o projeto portuário está conectado
com a estratégia de desenvolvimento do interior. Chegaram à conclusão de que os
objetivos econômicos estão desalinhados com o informado. A economia chinesa depende
fortemente das rotas comerciais no Oceano Índico, uma via vital, em particular para o
fornecimento de energia. Sendo natural e até sensato que o país busco proteger tais
interesses nacionais.

Como resposta ao OBOR, democracias marítimas no local como EUA, Japão,


Índia e Austrália buscam uma coordenação estratégica ampla visando garantir a paz e a
estabilidade no oceano índico sem a supremacia chinesa, com o conceito “Diálogo de
Segurança Quadrilateral” ou “Quad”, buscando integrar considerações políticas, militares
e econômicas.

A conclusão foi mista, que o MSR poderia ser visto como comercial e também
militar. Como estudante acredito que a pesquisa precisa se baseada nos mesmos aspectos
utilizados para a criação do projeto. Com bases e indicadores diferentes, é possível se
obter uma gama de possibilidades resultantes das combinações desses indicadores
utilizados como referências de análise. Podendo inclusive, ser plausível de manipulação,
partindo de um resultado satisfatório para quem analisa chegar à dados iniciais diferentes
dos usados no projeto inicial. Isso levando em conta que os estudos foram feitos por
americanos e aliados ao governo norte americano e todos contra a política externa
chinesa.

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