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A influência chinesa no continente africano e os interesses do mundo

globalizado
2L Caio portolese 08, Felipe Almeida 09, marco Aurélio 24, Rafael remondini 36, João
oda 15

A China busca recursos naturais na África para atender às demandas de sua


economia em rápido crescimento. O continente africano é rico em jazidas e recursos
minerais, que são essenciais para as indústrias chinesas. A China tem realizado
investimentos maciços em projetos de extração e exploração desses recursos, muitas
vezes em grande acordos de cooperação econômica.
Primeiramente para entender o porquê dessa busca chinesa no continente
africano precisamos observar o passado. A China passou por um período de reformas
a partir de 1980, impulsionando seu crescimento econômico. Durante esse processo, a
China buscou recursos naturais, mercados e parcerias estratégicas em várias partes
do mundo, incluindo a África. Além de que durante o século XIX e a primeira metade
do século XX, a maioria dos países africanos estavam sob domínio europeu. No
entanto, a descolonização ganhou força na segunda metade do século XX, levando à
independência de muitas nações africanas. Esse processo deixou muitos países
africanos em busca de parceiros econômicos para poder se desenvolver. Além do
tratado FOCAC ( fórum de cooperação China-Africa) que foi estabelecido em 2000
para ser um meio de diálogo entre a China e países africanos.
Atualmente, a influência da China no continente africano continua sendo um tema
quente no cenário mundial. A China tornou-se um parceiro estratégico de muitos
países africanos, estabelecendo importantes laços econômicos e políticos. Essa
influência é impulsionada por vários fatores e é importante analisar a situação atual
com base em dados reais. Economicamente, a China tornou-se um dos principais
parceiros comerciais da África. De acordo com dados do Banco Mundial, o comércio
bilateral entre a China e a África cresceu de cerca de US$ 10 bilhões em 2000 (ano
que foi criada a FOCAC) para mais de US$ 200 bilhões em 2022. A China importa
muitos tipos de recursos naturais africanos, como petróleo, minério de ferro, cobre e
madeira, e exporta produtos manufaturados, máquinas e equipamentos para a África.
A relação comercial beneficia ambas as partes, embora os críticos apontem para
desequilíbrios e desafios, como a dependência excessiva de alguns países africanos
das exportações financeiras.
Além do comércio, a China também se tornou um grande investidor na África.
Segundo dados da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e
Desenvolvimento (UNCTAD), os investimentos diretos da China no continente africano
totalizaram cerca de US$ 49 bilhões em 2022. Esses investimentos incluem
investimentos em diversos setores, como infraestrutura, energia, mineração. A China
financiou a construção de estradas, ferrovias, portos e usinas elétricas em vários
países africanos, promovendo o desenvolvimento de infraestrutura regional. A
construção dessas infraestruturas ajudam a China a escoar os produtos minerais e
agrícolas que são extraídos da grande maioria dos países africanos
No entanto, a crescente influência da China na África também está sujeita a críticas
e desafios. Existem preocupações sobre a sustentabilidade da dívida da África com a
China, especialmente em países que tomaram empréstimos pesados para financiar
projetos de infraestrutura. O think tank do Centro de Estudos Estratégicos
Internacionais (CSIS) estima que a dívida da África com a China chegará a cerca de
US$ 152 bilhões até 2022. A questão levanta preocupações sobre a solvência,
pagamentos dessas dívidas dos países africanos e os possíveis efeitos na soberania e
nas finanças públicas. Além disso, a presença da China na África tem sido criticada
por questões relacionadas a direitos humanos e governança. Alguns acusam a China
de não exigir bastante transparência, direitos trabalhistas e meio ambiente nos
projetos que patrocina. No entanto, é importante ressaltar que esta não é uma questão
exclusiva das relações China-África e que outros países e atores internacionais têm
enfrentado críticas semelhantes nos últimos anos em suas interações com a África. No
contexto da globalização, a influência da China na África reflete a necessidade da
China de recursos, mercados e influência geopolítica em um mundo cada vez mais
interconectado. A China se estabeleceu como uma potência econômica global e busca
desenvolver.
A influência da China no continente africano é resultado de uma complexa interação
de fatores políticos, econômicos, culturais e sociais. Esses fatores desempenham um
papel importante no estabelecimento e desenvolvimento das relações China-África.
No plano político, a política externa da China, baseada no princípio da não
ingerência nos assuntos internos de outros países, conquistou muitos governos
africanos. Ao contrário de algumas potências ocidentais que frequentemente fazem
exigências de governança e direitos humanos, a China adota uma abordagem mais
pragmática e flexível. Isso permite que os líderes africanos consolidem o poder e
evitem as críticas internacionais, em troca de uma parceria econômica com a China.
Economicamente, a China depende dos abundantes recursos naturais da África para
alimentar seu crescimento econômico. O continente africano é rico em minerais,
petróleo, gás natural e outros recursos necessários às indústrias chinesas. A China
investe pesadamente em projetos para extrair e explorar esses recursos, muitas vezes
em troca de acordos de fornecimento de longo prazo. Esses investimentos são vistos
como oportunidades para estimular o crescimento econômico e melhorar a
infraestrutura em muitos países africanos. Politicamente, a China busca aumentar sua
influência geopolítica, expandindo sua presença em diferentes partes do mundo,
inclusive na África. Por meio de investimentos em infraestrutura, projetos de
desenvolvimento e apoio financeiro, a China está fortalecendo os laços com os
governos africanos e estabelecendo relações diplomáticas estratégicas. Isso dá à
China maior influência sobre a formulação de políticas e decisões dos líderes
africanos, permitindo que a China busque seus interesses políticos regional e
globalmente.

No setor cultural, a China tem promovido intercâmbios culturais e educacionais com


a África. Bolsas de estudo e programas de intercâmbio universitário ajudaram a
fortalecer os laços culturais entre os dois continentes. Além disso, a divulgação da
cultura chinesa através dos meios de comunicação, cinema, música e gastronomia
tem despertado o interesse e a curiosidade do povo africano, contribuindo para uma
melhor compreensão e aceitação da imagem da influência chinesa.
No plano social, a influência da China também se reflete em seus investimentos em
projetos de desenvolvimento social, como saúde, educação e combate à pobreza. A
China apoiou a construção de hospitais, escolas e outras infraestruturas sociais em
muitas partes da África. Esses projetos têm impacto direto nas comunidades locais e
são considerados contribuições positivas para o desenvolvimento socioeconômico. No
entanto, é importante reconhecer que a influência da China na África também
apresenta desafios e críticas. Há preocupações com a sustentabilidade das dívidas da
África com a China, a falta de transparência em alguns acordos econômicos e a
concorrência com a indústria local. Também surgiram questões relacionadas a direitos
trabalhistas, meio ambiente e práticas comerciais desleais. 
Do ponto de vista econômico, a China está procurando recursos naturais e
mercados para sustentar seu crescimento econômico e atender às necessidades de
sua população em rápido crescimento. A África, com seus ricos recursos naturais,
oferece uma oportunidade estratégica para a China garantir o acesso a matérias-
primas vitais, como minerais, petróleo e gás natural. Além disso, a China busca
desenvolver suas indústrias exportando produtos manufaturados para países
africanos. Essa relação econômica favorável torna a China o ator dominante na
exploração e comércio dos recursos naturais da África.
Além disso, é importante considerar o aspecto da assimetria de poder entre a China
e muitos países africanos. A China, como potência econômica e política, muitas vezes
negocia em uma posição de superioridade sobre os estados africanos individuais. A
dependência de recursos naturais, a necessidade de investir em infraestrutura e a
busca de oportunidades comerciais criam o ímpeto para que os países africanos
possam se tornar dependentes da China. Essa assimetria de poder pode afetar as
negociações e acordos estabelecidos entre as duas partes. 

FONTES: https://revistas.unifacs.br/index.php/rde/article/view/3581#:~:text=A
%20maior%20atuação%20chinesa%20no,de%20pa%C3%ADses%20africanos
%20são%20grandes.

https://pucminasconjuntura.wordpress.com/2018/10/19/presenca-da-china-na-africa-
novo-desenvolvimento-ou-novo-colonialismo/

https://www.naval.com.br/blog/2022/12/13/china-aumenta-ajuda-militar-a-africa-a-
medida-que-crescem-as-preocupacoes-com-a-russia/

https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/4751/1/BEPI_n1_interesses.pdf
https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/168552/Monografia%20do
%20Lucas%20Nienkoetter%20da%20Silva.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Ficha técnica:
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