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Matemática

Comercial e
Financeira
A P O S T IL A D O A P R ENDIZ
COORDENAÇÃO GERAL
Maria Denise Crespo Nunes - EDUCAR Projetos & Consultoria

Assessoria ao Desenvolvimento e Atualização dos Manuais e Apostilas


Ana Mariza Ribeiro Filipouski
Diana Maria Marchi

Equipe de Desenvolvimento e Atualização dos Manuais e Apostilas


Alessandra Fernandes
Ana Mariza Ribeiro Filipouski
Diana Maria Marchi
Eduardo Britto Velho
Eduardo Cazon
Gilvane Kern
Liliane Vargas
Maria Denise Crespo Nunes
Vinícius Marchi Appel

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM DO COOPERATIVISMO.


Matemática Comercial e Financeira: apostila do aprendiz. 2ª Edição: Brasília-DF, 2019.
INTRODUÇÃO
Elaboramos para você, Aprendiz Coope- trabalho, como entender a linguagem e com-
rativo, a apostila de Matemática Comercial e preender as ideias básicas da Matemática
Financeira, dentro dos valores que apoiam o Comercial e Financeira. E quase sempre, ao
sistema cooperativista. final dos capítulos, há um momento de avalia-
Selecionamos conteúdos específicos, ção/autoavaliação, no qual você poderá refletir
apresentados em quatro capítulos: Raciocí- sobre as aprendizagens obtidas.
nio Lógico e Conjuntos Numéricos; Razão Para desenvolver as habilidades necessá-
e Proporção; Juros Simples e Compostos e rias ao desempenho profissional, você encon-
Estatística. O objetivo é desenvolver as com- trará também atividades colaborativas e coo-
petências matemáticas, necessárias para o perativas, de aplicações práticas em situações
ingresso no mundo do trabalho. Sempre que cotidianas, que possibilitam maior interação
possível, os conteúdos são exemplificados por entre você e seus colegas. A expectativa é
situações vividas nas cooperativas. que possam se unir para solucionar problemas
Ao longo dessa unidade temática, você comuns, aproveitando o potencial de cada um,
desenvolverá competências e habilidades dentro do espírito do cooperativismo.
fundamentais para o ingresso no mundo do Bom trabalho!
SUMÁRIO

7 1 RACIOCÍNIO LÓGICO E CONJUNTOS NUMÉRICOS


1.1 Jogos/ 8
1.2 Pesquisa na web e operações com conjuntos/ 12
5

22 2 RAZÃO E PROPORÇÃO

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2.1 Grandezas diretamente e inversamente proporcionais/ 22
2.2 Regra de Três Simples/ 37
2.3 Regra de Três Composta/ 39

46 3 JUROS SIMPLES E COMPOSTOS


3.1 Cálculo de Porcentagem/ 46
3.2 Compra à Vista ou a Prazo?/ 61

63 4 ESTATÍSTICA
4.1 Noções básicas/ 63
4.2 Medidas de dispersão/ 79

84 REFERÊNCIAS
1. RACIOCÍNIO LÓGICO
E CONJUNTOS
NUMÉRICOS
Neste capítulo, foram selecionados alguns tos e resultados, proposição de estratégias,
jogos e desafios lógicos que não requerem uma análise e organização de dados e informações.
7
prévia compreensão de conceitos específicos Na segunda parte do capítulo, as ope-
para a sua resolução. Isso quer dizer que você rações com conjuntos serão apresentadas a
não precisa ser um grande conhecedor de você com a utilização de recursos da internet.

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matemática para resolvê-los. Você vai perceber que o trabalho em equi-
Os desafios irão auxiliá-lo a desenvolver pe é fundamental!
competências para antecipação de movimen-

1.1. JOGOS

Além de aspectos lúdicos do ato de brin- Embora as propostas se apoiem na dispo-


car ou jogar, muitos jogos propõem a cons- nibilidade de jogos online, você e seus colegas
trução de conceitos e o desenvolvimento de podem realizá-los no modo tradicional. Com-
habilidades e competências. binem com seu professor e adotem a maneira
As atividades propostas a seguir favore- mais viável à situação de seu curso.
cem essencialmente o desenvolvimento do
raciocínio lógico e a antecipação de movi-
mentos, jogadas e resultados.
Xadrez adaptado para cegos

O Programa Especial da TV Brasil visitou a Associação de Cegos do Rio Grande do


Sul, em Porto Alegre, uma instituição com vários cursos e atividades para pessoas com
deficiência visual, onde acompanhou uma partida de xadrez para cegos e conversou com o
bicampeão nacional da modalidade, Adroildo Martins. O vídeo está disponível em: https://
www.youtube.com/watch?v=iU9s_OIl6x4. Acesso em 09/10/2017.

Lenda do Xadrez

O Xadrez é um dos jogos mais antigos do mundo, inventado há muitos séculos, na


Índia. Segundo a lenda, o Rei Sheram, entusiasmado com o novo jogo, resolveu recom-
pensar Sessa, professor e inventor do xadrez.
“Eu desejaria recompensar-te pelo teu maravilhoso invento”, disse o Rei, cumprimen-
tando Sessa. “Gostaria de satisfazer o teu mais caro desejo”, continuou o Rei.
Sessa, humildemente, disse: “Majestade, eu gostaria de receber um grão de trigo pela
8 primeira casa do xadrez, dois grãos pela segunda casa, quatro grãos pela terceira, oito
pela quarta, e assim sucessivamente, até completar as 64 casas”.
Admirado, e até mesmo um pouco irritado pelo pedido aparentemente tão modesto,
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o Rei solicitou aos seus sábios que calculassem o número de grãos, ordenando que seus
criados entregassem a recompensa pedida por Sessa.
No dia seguinte, os sábios procuraram o Rei e lhe informaram o número de grãos: 18.
446.744.073.709.551.615.
Adaptado de BONGIOVANNI, Vicenzo; VISSOTO, Olímpio Leite; LAUREANO, José Luiz Tavares. Matemática e vida. São Paulo:Ática, 1993. p.61.

XADREZ E ESCOPA

Estes dois jogos – Xadrez e Escopa – en- Em seguida, explore os jogos. Se tive-
volvem fundamentalmente a observação, as rem dúvidas ou não souberem jogar, peçam
habilidades de reconstituição e antecipação auxílio para o professor ou para colegas que
de movimentos e jogadas e o desenvolvimento conhecem o jogo.
de estratégias. Participantes: 2 jogadores, um para as
Inicie consultando as regras dos jogos de peças brancas (o primeiro a começar) e o
Xadrez (jogo de tabuleiro) e de Escopa (jogo outro para as pretas.
de cartas, também conhecido como Escova)
e discutindo-as com os colegas.
Xadrez

Os jogadores movimentam alternadamente uma das suas peças. Um movimento


consiste em pegar uma peça e colocá-la em uma nova casa, respeitando as regras de
movimento. Um jogador pode capturar peças do adversário, movimentando uma de suas
peças para uma casa que contenha uma peça inimiga, seguindo as regras de movimento.
A peça capturada é retirada do tabuleiro. (A captura não é obrigatória).

Regras de movimento

Cada um inicialmente tem dezesseis peças:


As peças da esquerda para a direita são: Torre, Cavalo, Bispo, Dama, Rei, Bispo, Cavalo
e Torre na primeira linha e na segunda, oito peões.
Rei – pode mover-se para uma casa na horizontal, vertical ou diagonal. Nunca pode
estar em xeque após a realização de uma jogada. Se não for possível evitar o xeque, a
posição passa a ser de mate e o Rei atacado perde.
Dama – pode movimentar-se em qualquer número de casas na horizontal, vertical ou
diagonais.
Torre – pode movimentar-se em qualquer número de casas na horizontal ou vertical.
Bispo – pode movimentar-se em qualquer número de casas em diagonal.
9
Cavalo – movimenta-se em forma de L (duas casas em uma direção e outra na per-
pendicular). É a única peça que pode “saltar” por cima de outras.
Peão – pode movimentar-se avançando uma casa na vertical em direção ao lado do

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adversário. Estando na casa inicial, pode avançar uma ou duas casas. Para capturar o
peão, move-se em uma casa na diagonal.

Adaptado de http://www.web-donkey.com/regrasxadrez/. Acesso em 27/09/2017.


Para jogar Escopa, usa-se um baralho co-
mum, retirando-se os curingas e os 8, 9 e 10
de todos os naipes. Restarão 40 cartas.
Também é possível jogar em uma
versão online, disponível em vários sites
(www.megajogos.com.br, www.ojogos.com.
br, www.clubedexadrez.com.br, www.jogos-
decartas.com.br, etc.)

Os jogos exigem muito raciocínio e lógica de pensamento, ou seja, o participante deve


analisar cada passo do adversário para elaborar as suas jogadas.

DICA
10

Também é possível conhecer ou relembrar as regras destes jogos nos


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sites a seguir:

Xadrez – pt.wikipedia.org/wiki/Xadrez#Regras
Escopa – http://pt.wikipedia.org/wiki/Escopa

Deficiência em xeque é um site educativo com jogos voltados para deficientes visuais.
Assista o vídeo Introdução ao Xadrez para Deficientes Visuais disponível na internet. Ele
pode auxiliá-lo a desenvolver suas habilidades no jogo de Xadrez.

https://www.youtube.com/watch?v=eks2aSZbrvU. Acesso em 09/10/2017.


CURIOSIDADE

Você sabia que existe um complexo problema matemático que envolve o movimento do
cavalo do jogo de Xadrez? Apenas com estudos realizados por importantes matemáticos,
como Euler, Abraham de Moivre e Vandermonde ele pôde ser resolvido! Esse problema
(conhecido por Tour do Cavalo) consiste simplesmente em percorrer todas as casas do
tabuleiro apenas movimentando o cavalo de acordo com as regras do Xadrez. Parece fácil,
não? Você gostaria de testá-lo?
Existem várias versões online. Acesse, divirta-se e aprenda.
https://rachacuca.com.br/jogos/passeio-do-cavalo/ 11
http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=13466.

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PONTINHO

Este jogo é conhecido pelo nome de Pon- Ele pode ser jogado por duas ou mais
tinho ou Ratinho. pessoas, com o uso de um papel pontilhado.
Os jogadores devem traçar linhas horizon-
tais ou verticais (nunca diagonais) de forma
que liguem os pontinhos dois a dois.
A cada jogada, o jogador tem o direito de
fazer apenas uma linha.
Ao fechar um quadrado, o jogador marca-o
como seu (é comum marcar com a inicial do
nome) e faz mais uma linha.
Encerrado o jogo, ou seja, quando não
mais existir a possibilidade de fazer linhas
horizontais ou verticais para ligar dois pontos,
o jogador que tiver o maior número de qua-
dradinhos marcados será o vencedor.
Para jogar, é necessário apenas papel e
caneta.
Desafie o computador numa tradicional partida de pontinho, no site http://www.diver-
tudo.com.br/pontos.html. Clique para ligar um ponto a outro e fechar o maior número de
quadrados. Colete os três presentes para um estágio bônus.

12
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Fonte imagem: http://www.divertudo.com.br/pontos.html. Acesso em 27/09/2017

1.2. PESQUISA NA WEB E OPERAÇÕES PERGUNTAS E PRIMEIRAS PESQUISAS


COM CONJUNTOS
Para começar, esqueça, por alguns instan-
A realização de pesquisas por meio de tes, preocupações com escola, formação para
buscadores na web tem se tornado uma im- o trabalho e pense: sobre que assunto você
portante ferramenta para enfrentar diferentes gostaria de saber mais? Que problema real
situações encontradas no mundo do trabalho você gostaria de conhecer melhor? Quais são
e no cotidiano. as suas curiosidades? Formule uma pergunta
A atividade a seguir se propõe a qualificar que possa sugerir uma pesquisa. Ela pode ser
e construir possibilidades pessoais de uso sobre relacionamentos, experiências, situações
de sites de busca na internet, explorando os vivenciadas ou imaginadas etc.
conceitos de união, intersecção e diferença, Registre a sua pergunta no espaço abai-
dentro da Teoria dos Conjuntos, com o uso de xo. Mas atenção: a pergunta não pode ter uma
buscadores na web. resposta já elaborada, ou um simples “sim” ou
“não”! Deve realmente representar uma coisa
que você quer saber ou conhecer e que demande pergunta que abarque os interesses de ambos e
investigação! Uma “curiosidade”! formulem um plano de pesquisa para obterem
respostas. Planejem e registrem o modo como
imaginam fazer uma pesquisa na internet:
Que palavras colocarão no buscador? Como
selecionarão as informações?

Agora, apresente a pergunta a um colega


próximo, verificando se está claramente for- PESQUISAS NA WEB
mulada e se é relevante. Ouça o que o colega
Iniciem a pesquisa na internet, mas lem-
tem a dizer sobre sua pergunta, discuta com
brem-se de registrar as palavras utilizadas na
ele e faça as alterações sugeridas. Proceda
busca (exatamente o que foi colocado no bus-
de forma semelhante com a pergunta que
cador). Façam um breve comentário sobre o
ele formulou.
resultado obtido. Como sugestão, utilizem o site
www.google.com.br, ou outro de preferência. 13
ORGANIZAÇÃO DA PESQUISA

Num breve momento de socialização das

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perguntas, verifique quem mais tem pergun-
ta semelhante ou sobre o mesmo assunto.
Em duplas, formadas agora por afinidade de
temas a serem investigados, organizem uma

CURIOSIDADE
Verdade ou mentira? Como saber?

1) O turista do World Trade Center

Após os atentados de 11 de setembro,


surgiu uma foto de um turista em cima de
uma das torres gêmeas com um avião bem
próximo da torre, momentos antes dos ata-
ques terroristas. Na verdade, trata-se de uma
montagem. O avião que se chocou é um Bo-
eing 767, e o que é mostrado na foto é um
757. Além disso, a foto mostra o avião se
aproximando da torre norte, que, no entanto,
não tinha ponto de observação para turistas.
2) Alerta do site Wikipédia

Esta página ou seção não cita nenhuma


fonte ou referência, o que compromete sua
credibilidade (desde março de 2008).
Por favor, melhore este artigo providen-
ciando fontes confiáveis e independentes,
inserindo-as no corpo do texto por meio de
notas de rodapé.

3) Na hora de escolher

Um dos passos da pesquisa na internet é aprender a selecionar os sites. Na dúvida,


os jovens muitas vezes optam por um ‘.org’ ou ‘.gov’, porque acreditam que páginas co-
merciais (‘.com’) têm menos credibilidade. Será? Duvidar das informações que circulam
na web, na qual qualquer pessoa pode postar o que bem entender, é uma forma de se
proteger. É essencial também compreender que qualquer ponto de vista carrega consigo
certa parcialidade, por isso a importância de saber selecionar as informações confiáveis,
afinal, nem tudo o que está disponível na internet é verdadeiro!
Como, então, acessar dados confiáveis? Quando temos de localizar algo específico
14
para uma tarefa escolar, por exemplo, a complexidade da busca aumenta: procuramos,
lemos o site, tentamos avaliar a qualidade dos dados oferecidos e refazemos o processo
várias vezes, até ter alguma certeza de que os nomes, números e datas conferem. Mas o
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processo é eficaz? Não sabemos! Isso prova que buscar informação na internet é altamente
complexo, embora isso venha se confirmando como uma prática social de leitura. No caso
desta unidade, sempre que tiver dúvida, recorra ao auxílio do professor.
http://www.brasilescola.com/curiosidades/as-7-maiores-mentiras-internet.htm. Acesso em 27/09/2017.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Confi an%C3%A7a. Acesso em 27/09/2017.

COMPARTILHAR RESULTADOS

Compartilhem com as outras duplas a


pergunta de investigação de vocês, co­mentem
como procederam na pesquisa inicial e com
quais palavras obtiveram me­lhor resultado.

É bem provável que você já tenha realizado esse tipo de pesquisa nas aulas de Infor-
mática. Para relembrar, reproduzimos aqui uma sequência de quadros que exemplificam
uma pesquisa no Google sobre o tema “Cooperativas de Jovens”.
1

3
15

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Fonte: http://somoscooperativismo.coop.br/servico/6/aprendiz-cooperativo, acessado em 01/06/2018

?
REFINAR PESQUISA Operadores booleanos

De posse dos relatos dos colegas, voltem São algumas expressões simples e
monossilábicas criadas por Booler, de
a trabalhar em dupla, analisando e registrando modo que conduzam ao raciocínio.
os principais conceitos sobre as perguntas. George Booler foi um matemático
Limitem esses conceitos entre 6 e 10. inglês que viveu no século XIX. Ele
A seguir, observem os três operadores criou um sistema de álgebra e foi um
dos precursores da lógica moderna.
booleanos possíveis na pesquisa na internet.
1) + Com esse operador, a busca traz PESQUISA NA WEB
como resultado todos os sites que contêm as
duas palavras indicadas. Por exemplo, para Deem seguimento às pesquisas sobre
fazer uma pesquisa sobre cooperativas brasi- as perguntas, agora utilizando os operadores
leiras, é possível fazer a busca com o seguinte booleanos apresentados. Continuem registran-
texto: cooperativa + Brasil. do as palavras utilizadas na busca e escre-
2) - Com esse operador, a busca traz vam um breve comentário sobre os resultados
como resultado todos os sites que contêm a encontrados.
palavra solicitada e não contêm a outra pa- É importante indicar as palavras utilizadas
lavra indicada. Por exemplo, para fazer uma e os resultados obtidos. O levantamento dos
pesquisa sobre cooperativas brasileiras, porém principais conceitos sobre a pergunta pode con-
em páginas que não sejam sobre agricultura, tribuir para a qualidade da busca.
é possível fazer a busca com o seguinte texto:
cooperativa – agricultura.
3) OR Com esse operador (em inglês),
a busca traz como resultado todos os sites
que contêm qualquer das palavras solicitadas.
Por exemplo, para fazer uma pesquisa sobre
cooperativas de jovens (independentemente de
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as páginas conterem uma ou as duas palavras
destacadas), é possível fazer a busca com o
seguinte texto: cooperativa OR jovens.
Como o grupo pode utilizar esses opera-
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dores para qualificar a busca de informações


a respeito das perguntas da dupla? Discutam
e registrem as opções sugeridas.

DICA
Para realizar pesquisa em sites de busca, além dos operadores booleanos
aqui utilizados, há outros conectores, como as aspas, por exemplo. Ao
utilizá-las, surgem apenas resultados que contenham a exata cadeia
de palavras. Também há outros tipos de sintaxe, utilizados para fins
especiais e que permitem refinar a sua busca. Eles podem ser descobertos
por você e seus colegas.
OPERAÇÕES COM CONJUNTOS

Há materiais concretos que permitem ao portador de deficiência visual a interagir e


compreender as operações de conjunto. É o seu caso? Converse com o seu professor, peça
auxílio, ajude seu colega!

Em grande grupo, analisem os operadores Com base nas propostas dos colegas e
utilizados. nas intervenções realizadas, criem diagramas
Com a orientação do professor, discutam semelhantes aos que estão abaixo, com os
os relatos e procurem construir diagramas para termos de busca utilizados:
representar as operações realizadas.
Para iniciar a construção de diagramas, A B
utilizem dois conjuntos: o dos sites com a
palavra A, por exemplo, e o dos sites com a
palavra B. A+B
Suponham que existam sites com as duas
palavras, e construam o seguinte diagrama: 17

A B
A B

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A-B

A B
A partir daí, identifiquem onde estariam
localizados os sites dados como resultado B-A
para as buscas com cada um dos operadores.
Depois, socializem com a turma o que
encontraram, a fim de poderem ouvir sugestões

A B
de busca que porventura não tenham utilizado.

A OU B
Observem a existência da operação lógica Diferença: é a subtração de dois ou mais
OU ... OU. Ela pode ser entendida como a conjuntos. Está representada no diagrama
soma das operações A-B e B-A. Em outras A-B ou B-A.
palavras, essa operação traz como resultado
os sites que ou contêm a palavra A ou contêm A B
a palavra B. O diagrama que representa essa
alternativa é:
A-B
A B
A B
OU A OU B

B-A

Essas operações, analisadas de busca-


União: é a soma de dois ou mais conjun-
dores da internet, também são estudadas na
tos. Está representada no diagrama A ou B.
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Teoria dos Conjuntos, e denominam-se Ope-
rações com Conjuntos. Todas as operações
utilizadas e os diagramas construídos podem A B
ser relacionados com a nomenclatura própria
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da Teoria dos Conjuntos.


Nessa teoria um conjunto é descrito co- A OU B
mo uma coleção de objetos bem definidos.
Esses objetos são chamados de elementos
ou membros do conjunto. Os objetos podem
ser qualquer coisa: números, pessoas, outros
conjuntos, etc. Por exemplo, 4 é um número Apresentação das pesquisas
do conjunto dos inteiros. Como pode ser visto
por esse exemplo, os conjuntos podem ter um Com seu parceiro de pesquisa, converse
número infinito de elementos. sobre os resultados obtidos até o momento
As operações com conjuntos podem ser: e formulem uma resposta provisória para a
Intersecção: é a comparação entre dois questão, a fim de comunicar aos colegas como
ou mais conjuntos. Está representada no dia- concluíram esta etapa.
grama A+B. Compartilhem em grande grupo os resul-
tados obtidos nas pesquisas. Para isso:
A B
• retomem a pergunta;
• contem como reuniram informações
A+B para elaborar a conclusão;
• comuniquem a solução provisória
produzida.
ATIVIDADE 1

Após as apresentações, respondam:

No mundo do trabalho, qual a utilidade de conhecer os conceitos básicos da teoria dos


conjuntos para subsidiar a pesquisa na web?

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CURIOSIDADE

Numa conversa entre duas pessoas, foi escutada a seguinte brincadeira:

Se você seguir as indicações que eu passar, terei condições de ler o seu pensamento.
Pense em um número entre 1 e 9. Multiplique por 9 o número que escolheu. Pegue esse
resultado e some os dois algarismos, um com o outro. Do resultado dessa soma, diminua
5. Veja a que letra do alfabeto corresponde o número que resultou dessa diminuição.
Escolha rapidamente um país com essa letra. Agora pegue a quinta letra desse país e
escolha também rapidamente um animal de zoológico com essa letra. Vou adivinhar que
país e que animal você escolheu!
Após serem seguidas todas as instruções, o “adivinhador” disse e acertou: Dinamarca
e macaco.
Qual a explicação?

Ela vem do raciocínio matemático: todo número entre 1 e 9 multiplicado por 9 dá um


resultado no qual a soma dos dois algarismos entre si dá sempre 9. Exemplo: 4 x 9=36
(3+6=9), 7 x 9 = 63 (6 +3=9) 3 x 9= 27 (2+7=9). Se eu subtrair cinco desse resultado,
vai dar sempre 4. Na ordem alfabética, 4 é D. Quando se pede um país com essa letra,
o primeiro que aparece é Dinamarca, por ser o único conhecido (Djibuti, Dominica), mas
ninguém lembra. A quinta letra de Dinamarca é M. Pede-se um animal de zoológico para
induzir o nome do macaco. Se fosse só animal, alguém poderia vir com mosquito, mamute,
morsa ou qualquer outro, estragando a brincadeira!
http://vidacuriosa.blogspot.com/2007/10/curiosidade-matemtica.html. Acesso em 29/09/2017.

AUTOAVALIAÇÃO

Resolver desafios matemáticos é uma maneira de avaliar o seu raciocínio lógico.


20 Vamos lá?

Três homens querem atravessar um rio. O barco suporta no máximo 130 kg. Eles
pesam 60, 65 e 80 kg. Como devem proceder para atravessar o rio, sem afundar o barco?
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No jogo de xadrez, a torre, o cavalo e o bispo realizam diferentes movimentos no


tabuleiro, como você já está acostumado. A partir deles, é possível traçar os “caminhos”
percorridos por qualquer das peças, como no caso do famoso Tour do Cavalo. Conside-
rando que os pontos pretos da imagem são obstáculos que precisam ser desviados e
respeitando o movimento de cada peça do xadrez, qual é a menor quantidade de jogadas
necessárias para que a torre branca chegue à casa C1? E as outras peças (cavalo e bispo),
conseguiriam partir de H8 e chegar em C1? Em quantos movimentos?
21

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


Se você precisasse realizar uma pesquisa na internet sobre Cooperativas que atuas-
sem no ramo da agricultura e/ou pecuária, qual seria uma boa estratégia? E se em algum
momento da pesquisa você desejasse excluir as cooperativas brasileiras dos resultados,
seria possível?
Pensando na Teoria dos Conjuntos, quais operações você teria utilizado nas buscas?
2. RAZÃO E
PROPORÇÃO
Compreender razão e proporção é um dos indo em direção ao seu centro, ou ponto de
aspectos fundamentais do raciocínio lógico- apoio, a fim de equilibrar uma criança mais
-matemático. Por esse motivo, apresentamos leve colocada na outra extremidade.
neste capítulo situações do cotidiano da co- Propomos a introdução desse conteúdo
operativa nas quais você poderá identificar a com o uso de um objeto de aprendizagem
presença dos conceitos de razão e proporção. chamado Gangorra Interativa. Com ela é pos-
sível compreender o significado existente nas
2.1. GRANDEZAS DIRETAMENTE E atividades que abordam o relacionamento
INVERSAMENTE PROPORCIONAIS de grandezas direta e inversamente propor-
cionais.
No dia a dia há dificuldade em relacionar A atividade proposta pode ser realizada na
grandezas, como, por exemplo, a relação de sala de informática, acessando o site indicado
proporcionalidade inversa existente na veloci- (https://wiki.sj.ifsc.edu.br/wiki/images/c/ce/
dade utilizada por um carro ao percorrer uma Ganchos.swf), ou a partir da construção de
certa distância ou a relação de proporcionali- uma gangorra.
22
dade direta entre a quilometragem percorrida Combine com seu professor a melhor
e o volume de combustível requerido para o alternativa!
respectivo consumo.
MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA

Outro exemplo de proporcionalidade inver-


sa do nosso cotidiano é encontrado nas gangor-
ras de parques e praças, onde as crianças mais
pesadas têm que se afastar da extremidade,
Conhecido o conceito, é possível ver que a cular o preço de 1 quilo de arroz, com base
proporcionalidade entre grandezas é utilizada no preço de um pacote de 5 quilos; calcular 23
em diversas áreas e em diferentes situações o tempo necessário para uma pessoa realizar
do dia a dia, como: comparar o preço de um um trabalho; calcular a quantidade de água

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mesmo tipo de produto vendido em embala- consumida num banho etc.
gens contendo quantidades diferentes; cal-

A ESTRATÉGIA DE TALES

Diz a lenda que, quando Tales de Mileto¹,


cerca de seiscentos anos antes do nascimento
de Cristo, se encontrava no Egito, um men-
sageiro do faraó pediu que ele calculasse a
altura da pirâmide de Quéops. Tales apoiou-
-se a uma vara espetada perpendicularmente
ao chão e esperou que a sua sombra tivesse
comprimento igual ao da vara. Disse então a
um colaborador:
“Vai, mede depressa a sombra: o seu com- do lado da base desta, porque a pirâmide
primento é igual à altura da pirâmide” tem uma base larga, que rouba uma parte da
Tales, para ser rigoroso, deveria ter dito sombra que teria se tivesse a forma da vara
para adicionar à sombra da pirâmide metade reta e fina espetada por ele.

1
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm28/tales.htm. Acesso em 27/09/2017.
ATIVIDADE 1

Em pequenos grupos, de acordo com a orientação do professor, expliquem a estratégia


utilizada por Tales para medir a altura da pirâmide. Para isso, que tal realizarem a experiência
vocês mesmos? Em data combinada com o professor, realizem a medição de algo, utilizando
a mesma técnica. Lembrem-se de anotar o horário no qual a medição foi feita por vocês.

No retorno da atividade, discuta com os demais aprendizes as dificuldades encontradas.


24 Seria possível descobrir a altura da pirâmide de Quéops usando o método de comparação
das sombras, mesmo em momentos nos quais a sombra não tivesse o mesmo comprimento
da vareta?
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No caso de a sombra da vareta medir exatamente a metade da medida da vareta, o que


se pode concluir da medida da sombra da pirâmide? E da altura da pirâmide de Quéops?
Prosseguindo os exercícios, vocês perceberão que o Teorema de Tales pode ser aplicado
em triângulos que possuem uma reta paralela a um dos lados. Por exemplo, ele pode ser
utilizado para medir a altura de uma árvore, de um prédio, de um poste etc., sem que haja
necessidade de utilizar um metro!

ESCALA

Até agora tratamos de um objeto muito e qualquer boa representação devem ter é
grande e de difícil “manejo”, certo? Para estabelecer uma relação fixa com o modelo,
estudar e melhor compreender o que Tales fez que determine como serão comparados os
intuitivamente, precisamos aplicar o aprendi- tamanhos reais e representados. Essa relação
do a um objeto menor, mas que preserva as é a conhecida escala.
características que nos interessam, neste caso Um exemplo simples de uso de escala é
a relação com a sombra. representar, em um desenho, todos os com-
Lembrem-se das maquetes utilizadas para primentos da figura original com a metade
dar uma visão de casa, condomínios etc. Ou do tamanho. Neste caso, temos como escala
de protótipos construídos para dar apoio à a relação de 1 cm do desenho equivale a 2
produção de objetos como motores, peças cm do real.
mecânicas etc. Uma das principais carac- As escalas também são muito utilizadas
terísticas que uma maquete, um protótipo em mapas, como vemos nas ilustrações: 25

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


https://s3.amazonaws.com/qcon-assets-production/images/provas/25974/Imagem%20022.jpg. Acesso em 29/09/2017.

Maquete

Representação em escala reduzida de uma obra de arquitetura ou engenharia a ser


?
executada.

Protótipo

Produto fabricado unitariamente ou feito de modo artesanal segundo as especificações de


um projeto, com a finalidade de servir de teste antes da fabricação em escala industrial.
ATIVIDADE 2

Faça um desenho reduzido da figura abaixo com, no máximo, 6 cm de largura por 8 cm


de comprimento.

26
MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA

http://www.unimed.com.br/portal/conteudo/materias/1254320676273Logomarca_Dia_C.jpg
DICA
Se você tiver dificuldade para manter a escala, é interessante que seja
feita uma malha quadriculada para auxiliar o desenho. Uma sugestão é
fazer linhas horizontais e verticais com dois ou quatro centímetros de
distância na imagem original e com a metade da distância no desenho
(1 ou 2 cm).

Para realizar a próxima atividade, você à mesma escala, ou seja, todo centímetro
usará os conhecimentos de escala, portanto desenhado representa dois centímetros reais.
vamos nos ater um pouco a ela. Nessa escala, portanto, 5 cm desenhados
A escala é uma relação entre o tamanho representam 10 cm reais; 8 cm desenhados
real de um objeto e o tamanho da sua repre- representam 16 cm reais, todos obedecendo
sentação. Indicamos uma escala pela razão à relação de que 1 cm equivale a 2 cm reais,
entre a medida da representação criada e o ou seja, as medidas reais são o dobro das
tamanho real do objeto. medidas desenhadas.
Por exemplo, no desenho que você acabou Você deve ter notado que, muitas vezes, é
de fazer, uma medida de 2 cm foi representada simples descobrir as dimensões da represen-
por 1 cm. Assim, temos que a escala utilizada tação (do seu desenho, por exemplo), sabendo 27
foi de 1 : 2, ou seja, cada 1 centímetro dese- as dimensões reais e a escala utilizada. Mas
nhado representa 2 centímetros na figura real. há casos em que você não conseguirá realizar
É importante lembrar que a escala utili- os cálculos mentalmente! Para esses casos

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


zada deve, necessariamente, ser a mesma em existem estratégias que podem ser utilizadas.
toda a representação. No desenho que você Que tal criar uma?
fez, por exemplo, todas as medidas obedecem

ATIVIDADE 3

1. Dada uma escala 1 : 20 (ou seja, cada 1 cm desenhado representa 20c m do objeto
real), diga uma estratégia para definir as medidas que devem ter a representação dos seguintes
comprimentos: 80 cm, 120 cm e 70 cm.
Dada a escala e a dimensão real, complemente a seguinte tabela:

Representação Real

Escala
Dimensões

2. Procure, na cooperativa onde é aprendiz, algo que lhe chame a atenção. Pode ser um
símbolo, um produto, a imagem de algo ligado à prestação de serviço que ela realiza, o local
em que ela é localizada etc. O importante é que seja algo que você relacione diretamente à
cooperativa.
Decidido o objeto, a imagem ou o local, a proposta é a seguinte:

28 a) Construir uma representação desse objeto/imagem/local. Essa representação pode ser


uma maquete, um protótipo, um desenho, entre outros. O importante, nesse momento, é que
você estabeleça uma escala e use-a para realizar essa atividade.
MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA

Sugestão:

Se você não sabe qual a escala mais apropriada para essa construção, utilize uma es-
tratégia semelhante à criada na atividade 2, só que agora o valor a descobrir será na escala.
Para isso, escolha uma medida do objeto/imagem/local e decida qual deverá ser o tamanho
da sua representação. Então desenvolva os cálculos, como na atividade anterior.

Por exemplo: Medida real 3 metros (300 cm).

Medida na representação 60 cm.

Representação Real

Escala 1 x

Dimensões 60 300

60 . X = 1 . 300
60X = 300
X = 300 : 60
X=5
Assim, a escala utilizada seria 1 : 5, ou seja, cada 1 cm da representação equivale a 5
cm do real.

b) Utilize a sua produção para fazer uma propaganda da cooperativa, mostrando para
todos porque o objeto representado, do seu ponto de vista, se relaciona diretamente com a
cooperativa.

3. De acordo com o site do cooperativismo no Brasil, “o Sistema OCB representa hoje mais
de 6.600 cooperativas em todo o País com cerca de 9 milhões de cooperados, abrangendo os
13 ramos do cooperativismo. Estas cooperativas atuam de forma positiva nas comunidades
próximas, gerando trabalho, renda e promoção social”.
Considere a relação entre o número de cooperativas e a quantidade de cooperados di-
retamente proporcional, ou seja, na mesma medida que um varia, o outro também varia, e
determine:

a) a quantidade de cooperados para o caso de ampliação do número de cooperativas 29

para 9900.

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


Atual Ampliado

Cooperativas
Cooperados
b) a quantidade de cooperados quando havia 6000 cooperativas.

Atual Anterior

Cooperativas
Cooperados

c) o número de cooperativas quando for alcançada a marca de 12 milhões de cooperados.

Atual Ampliado

Cooperativas
30
Cooperados
MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA

http://www.ocb.org.br/site/cooperativismo/cooperativa_em_destaque.asp

PROPORCIONALIDADE INVERSA

Na proporcionalidade inversa, também entre a duração de uma viagem e a velocidade


tratamos de uma relação proporcional. No do veículo. Por exemplo: Rafael percorre um
entanto, uma das grandezas aumenta e a ou- trajeto em 3 horas, viajando a 40 km/h. Já a
tra diminui, ambas na mesma medida. Por sua irmã, Renata, percorre o mesmo caminho
exemplo, se uma triplica, a outra é dividida em 1 hora e 30 minutos, portanto, ela viajou
pela terça parte. a 80 km/h.
Uma situação bastante conhecida e que Essa situação pode ser explicada de modo
trata de uma proporção inversa é a relação semelhante às atividades anteriores:
Duração da viagem Velocidade

Rafael 3 horas 40 km/h

Renata 1 horas e 30 minutos = 1,5 hora 80 km/h

Note que a diferença da proporção di- 3 . 40 = 1,5 . 80


reta é que, nesse caso, uma das grandezas 120 = 120
foi dividida por dois e a outra multiplicada ou
por dois. Neste caso, ao invés de termos a 3÷80 = 1,5÷40
igualdade da multiplicação cruzada, temos a 0,0375 = 0,0375
igualdade da multiplicação das linhas ou da ou
divisão cruzada. Observe: 80÷3 = 40÷1,5
26,67 = 26,67

31

ATIVIDADE 4

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


1. Sabemos que Leandro costuma se deslocar de ônibus, a 50 km/h em média e que leva
uma hora e quatro minutos para ir de casa até a cooperativa onde é aprendiz. Sua vizinha
Fabiana, empregada na mesma cooperativa, se desloca de carro e faz o mesmo caminho que
ele costuma fazer, mas anda a uma média de 80 km/h. Quanto tempo dura a ida de Fabiana
para o trabalho?

Duração da viagem Velocidade

Rafael
Renata
2. Um grupo de cinco cooperados resolveu visitar uma Cooperativa na região da serra a fim
de observar o armazenamento de sementes. Depois de tudo planejado, um dos gestores avisa
que gostaria de ir junto. Como não havia mais lugar no carro do grupo, um dos cooperados
vai junto com o gestor do ônibus. Partiram todos ao mesmo tempo: o grupo de cooperados
deixou o colega na rodoviária e seguiram com os demais para a serra. A tabela abaixo mostra
o tempo que carro e ônibus levaram para percorrer o trajeto da rodoviária até a serra.

Ônibus 3h
Carro 2h

Se a distância era a mesma, por que eles levaram tempos diferentes?

Se a velocidade média do ônibus era 60 km/h, em que velocidade o carro do grupo de


32
cooperados se deslocou?
MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA

SUDOKU, KAKURO E NÚMEROS LÓGICOSs

Antes de iniciar o novo tópico sobre a luções de problemas no seu dia a dia e na
regra de três, selecionamos para você alguns cooperativa.
desafios numéricos que têm como foco (além Três são os grupos de desafios: Sudoku,
da diversão, é claro!) a antecipação de re- Kakuro e Números Lógicos. Os nomes são
sultados, a criação de estratégias e análise, engraçados, não é? Você conhece algum de-
a organização de dados e informações e a les? Eles são normalmente encontrados em
construção de noções matemáticas. revistas, em alguns jornais e nas revistinhas
Juntos, eles auxiliarão você a mobilizar Coquetel, as mesmas das palavras cruzadas.
seu conhecimento matemático para as reso-
À medida que você for concluindo, passe Convide um colega para formar dupla com
para outro desafio, mas converse com seu você. Com parceria sempre é melhor, não?
professor, pois, se todos estiverem resolvendo
o mesmo desafio, será interessante discutir
as estratégias utilizadas.

Sudoku

Sudoku, por vezes escrito Su Doku, (em japonês: 数独 ) é um quebra-cabeça baseado


na colocação lógica de números. O objetivo do jogo é a colocação de números de 1 a 9 em
cada uma das células vazias numa grade de 9×9, constituída por 3×3 subgrades chama-
das regiões. O quebra-cabeça contém algumas pistas iniciais, que são números inseridos
em algumas células, de maneira que permita uma indução ou dedução dos números em
células que estejam vazias. Cada coluna, linha e região só pode ter um número de cada
um, de 1 a 9. Resolver o problema requer apenas raciocínio lógico e algum tempo. Os
problemas são normalmente classificados em relação à sua realização.

33

DICA

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


Você pode encontrar um grande número de atividades no site www.
coquetel.com.br. Acesse, divirta-se e desenvolva seu raciocínio lógico!

As regras do jogo são as seguintes:

1. Sudoku é jogado numa malha de 9×9 de 1 a 9, de modo que, em cada


quadradinhos, dividida em submalhas submalha, o número apareça uma
de 3×3 quadradinhos, chamadas única vez.
“quadrantes”. 4. O número pode aparecer uma única
2. O jogo inicia-se com quadrantes já vez em cada linha da malha.
preenchidos com alguns números. 5. O número pode aparecer uma única
3. O objetivo do jogo é preencher os vez em cada coluna da malha.
quadradinhos vazios com números Agora é com você! Divirta-se.
Estratégias utilizadas para a resolução
dos desafios:

34
MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA

DICA

Se você tiver alguma


dificuldade para jogar, fale
com seu professor e acesse
os sites https://rachacuca.
com.br/logica/sudoku/ e
https://www.geniol.com.
br/logica/sudoku/tutorial/..
Neles você encontrará
um passo a passo sobre
o quebra-cabeça, além de
outros jogos.
Kakuro

O Kakuro (カックロ em japonês) é um jogo de raciocínio lógico, considerado mais difícil


que o Sudoku. De origem japonesa, resulta da palavra adição com a palavra inglesa cross,
que em português significa cruzar. É conhecido nos Estados Unidos como Cross Sums,
ou seja, Somas Cruzadas. É um desafio para quem aprecia Sudoku. Joga-se igualmente
com números de 1 a 9, e não é necessário ser um gênio matemático para saber resolver
estes quebra-cabeças, mas praticar e ter muita paciência. Os quebra-cabeças de Kakuro
apareceram pela primeira vez, na Inglaterra, no outono de 2005.

As regras do jogo são as seguintes:

1. As células em branco devem ser


preenchidas pelos algarismos de 1 a
9, de forma que cada série represente
(somadas as células) o número
indicado na sua respectiva célula
cinza, dividida por uma linha diagonal.
2. O número colocado acima da linha
diagonal corresponde à série horizontal 35
iniciada à sua direita.
3. O número colocado abaixo da linha

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


diagonal corresponde à série vertical
iniciada abaixo do número.
4. Utilize os algarismos de 1 a 9.
5. Cada número só deve aparecer uma
vez por série, ou seja, um número Estratégias utilizadas para a resolução
só pode ser formado por somas de dos desafios:
algarismos diferentes.

Vamos tentar?
Números lógicos

Números Lógicos é um jogo de passatempo, também publicado em revistinhas. O


objetivo do jogo é preencher os campos em branco, com números acompanhados por
operações matemáticas, que fazem a equação obtida, tanto na horizontal quanto na
vertical, ser verdadeira. As operações matemáticas disponíveis são: adição, subtração,
multiplicação e divisão.

As regras do jogo são as seguintes:

1. Use somente números inteiros e


positivos, incluindo o zero.
2. As operações devem ser feitas na
ordem em que aparecem, de cima para
baixo e da esquerda para a direita.

Observe o exemplo resolvido, adaptado de


Números Lógicos, no 7, p. 2, 3 e 4. Depois
experimente resolver os desafios a seguir. Estratégias utilizadas para a resolução
36
dos desafios:
MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA
2.2. REGRA DE TRÊS SIMPLES

A regra de três simples serve para tratarmos de situações de proporcionalidades, assim


como as que discutimos na seção anterior.
Na prática, a regra de três é um modo mais simplificado de representar as mesmas
tabelas que usamos nas atividades anteriores.
Por exemplo, vamos relembrar a tabela da Atividade 3.

Atual Ampliado

Cooperativas 6600 9900

Cooperados 9000000 x

Com a regra de três temos: Lançamos mão da multiplicação cruzada e voltamos a ter:

6600 ------> 9900 6600 . X = 9000000 . 9900


9000000 ------> X 6600X = 89100000000
X = 89100000000÷6600
X = 13500000 37

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


ATIVIDADE 5

Aplicando o raciocínio acima apresentado, resolva os seguintes exercícios da maneira


que considerar mais adequada. Se você estiver encontrando dificuldade, converse com o seu
professor e peça para realizar o exercício em dupla com um colega.

1. A geração de energia elétrica tem se mostrado um verdadeiro problema social e motivado


diversas manifestações em busca de fontes alternativas, conhecidas como energias limpas
por serem produzidas com o uso de recursos naturais, como o sol e o vento. A captação e o
uso da energia solar têm se tornado especialmente frequentes em pequenas propriedades
rurais do Rio Grande do Sul, por exemplo. Um empreendedor que precisa produzir a energia
de sua propriedade deparou-se com a seguinte situação: com uma área de absorção de raios
solares de 1,8 m2, um motor movido a energia solar consegue produzir 480 watts por hora
de energia. Mas ele decidiu aumentar essa área para 2,1 m2, com o objetivo de gerar mais
energia elétrica. Qual será o total de energia produzida nessa propriedade pelo empreendedor?

2. Um trem de alta velocidade, também conhecido como trem-bala, deslocando-se a uma


velocidade média de 363 km/h, faz certa viagem em 3 horas. Em quanto tempo ele faria esse
mesmo trajeto, se a velocidade alcançada fosse de 484 km/h?

DICA
38
Utilize o tempo em minutos!
Além disso, lembre-se que velocidade do veículo e duração da viagem
são grandezas inversamente proporcionais.
MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA

3. Visitando uma cooperativa de artesanato, em Campina Grande, na Paraíba, Rafaela com-


prou 4 camisetas e pagou R$ 128,00. Quanto ela pagaria se tivesse comprado 9 camisetas do
mesmo tipo e preço?
4. Em uma construção civil, um grupo de trabalhadores cooperativados, que trabalhou
7 horas por dia, realizou certa obra em 18 dias. Caso o número de horas de serviço tivesse
sido reduzido para 3 horas diárias, em que prazo teria sido concluída a mesma empreitada?

2.3. REGRA DE TRÊS COMPOSTA

Agora que você já entendeu a utilização da de água doce em 20 horas. Quantas torneiras
regra de três simples e identifica as situações seriam necessárias para encher 3 desses tan-
de proporção direta e de proporção inversa, ques em exatas 30 horas?
observe que a regra de três composta é um Inicialmente, agrupamos os dados em
método utilizado para resolver problemas que uma tabela, de modo que cada uma das gran- 39
envolvem mais de duas grandezas, sejam elas dezas fique em uma coluna. Como são três
direta ou inversamente proporcionais. grandezas diferentes (número de torneiras,

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


Veja o exemplo abaixo: horas e número de tanques), a tabela deve
Em uma cooperativa de piscicultores, qua- ter 3 colunas.
tro torneiras enchem um tanque para peixes

Número de torneiras Horas Número de tanques

4 20 1
x 30 3

Em seguida, colocamos uma seta com sentido para baixo na coluna que contém a incógnita.

Número de torneiras Horas Número de tanques

4 20 1
x 30 3
Incógnita – grandeza a ser determinada na solução de uma equação, de um problema
[símbolo: x]
Grandeza – valor (ou medida) associado a um objeto matemático (p.ex., a área, o
ângulo etc.)
Seta para baixo – indica as grandezas diretamente proporcionais com a incógnita
Seta para cima – indica as grandezas inversamente proporcionais com a incógnita

Comparamos, com isso, cada grandeza (mantendo o número de tanques


(coluna) com aquela que contém a incógnita. A constante).
comparação deve ser feita mantendo a terceira • Quanto mais torneiras houver, mais
grandeza constante, ou seja, desconsiderando tanques serão cheios (mantendo a
a existência de variações na terceira coluna. quantidade de horas constante).
Temos, então, as seguintes conclusões:
• Quanto mais torneiras houver, menor
será o número de horas necessárias

Número de torneiras Horas Número de tanques

4 20 1
40 x 30 3

Igualamos a razão que contém a incógnita o número de horas aumentou de 20 para 30


MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA

com o produto entre as outras duas razões, (2/3), o número de torneiras deverá reduzir
respeitando o sentido das setas. para 2/3 do que pensamos inicialmente, pas-
sando de 12 para 8.
Se você continuar com dúvidas, ou qui-
ser aprimorar sua competência matemática,
seguem mais alguns exercícios com as reso-
luções comentadas.

EXEMPLO RESOLVIDO 1

Em 8 horas de trabalho, os funcionários


Serão necessárias 8 torneiras. da Cooperativa Mineral de Areia e Cascalho
da Baixada transportam 160 m3 de cascalho
Considerando somente o número de tan- utilizando 20 caminhões. Em 5 horas, os fun-
ques, como este último triplicou, deve também cionários dessa Cooperativa necessitariam de
triplicar o número de torneiras, passando de quantos caminhões para transportar, no mes-
4 para 12. Porém, ao mesmo tempo em que mo ritmo de trabalho, 125 m3 de cascalho?
o número de tanques triplicou, o número de Resolução: organizamos a tabela, de mo-
horas aumentou, o que fará reduzir, na mes- do que cada coluna possui as grandezas de
ma proporção, o número de torneiras. Como mesma espécie:
Horas Caminhões Volume

8 20 160
5 x 125

Identificação dos tipos de relação:


Inicialmente colocamos uma seta para baixo na coluna que contém o x (2ª coluna).

Horas Caminhões Volume

8 20 160
5 x 125

A seguir, devemos comparar cada grandeza ou seja, a relação é diretamente proporcio-


com aquela onde está o x. Observe que: nal (seta para baixo na 3ª coluna). Devemos,
O aumento do número de horas de trabalho então, igualar a razão que contém o termo x
gera a diminuição do número de caminhões. com o produto das outras razões, de acordo
Portanto a relação é inversamente proporcional com o sentido das setas. 41
(seta para cima na 1ª coluna).
Com o aumento do volume de cascalho, Assim, montamos a proporção e, resol-

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


devemos aumentar o número de caminhões, vendo a equação, temos:

Horas Caminhões Volume

8 20 160
5 x 125

Portanto, a Cooperativa deve dispor de 25 caminhões para realizar esse carregamento.


EXEMPLO RESOLVIDO 2

Numa cooperativa formada por artesãos 8 horas de produção em cada dia e supondo
que realizam trabalhos em madeira, 8 traba- que mantenham sempre o mesmo ritmo?
lhadores montam 20 pequenas esculturas em Resolução: organizamos a tabela, lem-
5 horas. Quantas peças seriam montadas por 4 brando que cada coluna possui as grandezas
desses homens após dois dias de trabalho, com de mesma espécie:

Homens Carrinhos Dias

8 20 5
4 x 16

Observe que: EXEMPLO RESOLVIDO 3


O aumento da quantidade de trabalhado-
res gera o aumento da produção de pequenas A cooperativa João de Barro, que congrega
esculturas, portanto a relação é diretamente trabalhadores da construção civil, recebeu
proporcional. o pedido de construir um muro de 4 m de
42 Com o aumento do número de horas, a altura, mas o cliente quer saber quanto tem-
produção de pequenas esculturas aumenta, po e quantos funcionários serão necessários
portanto a relação também é diretamente pro- à execução do serviço, para poder avaliar o
MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA

porcional. Devemos igualar a razão que contém orçamento recebido. O auxiliar administrativo
o termo x com o produto das outras razões, que atendeu o cliente sabe que dois pedreiros
sem invertê-las. levam 9 dias para construir um muro com 2 m
Montamos a proporção e, resolvendo a de altura. Se indicar 3 pedreiros e aumentar a
equação, temos: altura para 4 m, conforme o desejo do cliente,
qual será o tempo necessário para completar
esse muro?
Resolução:
Organizamos a tabela e colocamos uma seta
para baixo na coluna que contém o x. Depois,
colocamos as flechas para baixo para as grande-
zas diretamente proporcionais com a incógnita,
Logo, serão feitas 32 pequenas esculturas e para cima para as inversamente proporcionais,
pelos trabalhadores da cooperativa. como vemos abaixo:

Pedreiros Altura Dias

2 2 9
3 4 x
Montando a proporção, e resolvendo a equação, temos:

Portanto, serão necessários 12 dias para a construção do muro.

ATIVIDADE 6 43

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


A seguir, você encontrará alguns exercícios, entre eles, quatro problemas lançados na
1ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP/2005) e na XXVII
Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM/2005). Procure resolvê-los, individualmente ou
em duplas, conforme indicação do professor.

1. OBM/2005 – 17 (nível 1). Figuras com mesma forma representam objetos de mesma
massa. Quantos quadrados são necessários para que a última balança fique em equilíbrio?

A) 7 B) 8 C) 9 D) 10 E) 12
2. OBMEP/2005 – 17 (adaptada). Valdemar vai construir um muro de 2 m de altura
por 7 m de comprimento. Ele vai usar tijolos de 5 cm de altura por 20 cm de comprimento,
unidos por uma fina camada de cimento. Sabendo que os tijolos são vendidos em milheiros,
quantos milheiros Valdemar vai ter que comprar para construir o muro?

A) 1 B) 2 C) 3 D) 4 E) 5

3. OBM/2005 – 8 (nível 3). Uma loja de sabonetes realiza uma promoção com o anúncio
“Compre um e leve outro pela metade do preço”. Outra promoção que a loja poderia fazer
oferecendo o mesmo desconto percentual é:

A) “Leve dois e pague um”;


B) “Leve três e pague dois”;
C) “Leve cinco e pague quatro”;
D) “Leve três e pague um”;
E) “Leve quatro e pague três”.

4. Se um tijolo tem 1 kg mais meio tijolo, quantos quilogramas tem um tijolo e meio?

44

5. Uma equipe composta de 20 trabalhadores da cooperativa de extração de areia e cas-


MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA

calho retira 3,6 toneladas de areia por mês. Considerando que essa média refere-se a meses
de 30 dias, se forem contratados mais 5 trabalhadores, em quantos dias os funcionários
conseguirão extrair 5,7 toneladas de areia?

6. Organizados em uma cooperativa habitacional, 16 operários, trabalhando 5 horas por


dia, gastam 20 dias para construir um muro de 400 m. Quanto tempo levará uma equipe de 12
operários, trabalhando 8 horas por dia, para construir um muro de 360 m? 

7. Um caminhoneiro da Cooperativa de Motoristas Autônomos entrega uma carga em 30


dias, viajando 6 horas por dia, a uma velocidade média de 60 km/h. Quantas horas por dia
ele deveria viajar para entregar essa carga em 18 dias, a uma velocidade média de 75 km/h? 
8. Com certa quantia de linha, um grupo de 65 trabalhadores do setor têxtil de uma co-
operativa produz 8100 m de tecido com 1 m e 20 cm de largura em uma hora (60 minutos).
Quantos metros de tecido, com 1 metro e 50 centímetros de largura, seriam produzidos em
30 minutos por esse mesmo grupo?

Resolvidos os problemas propostos, debata em grande grupo. Os raciocínios desenvolvi-


dos para a solução desses exercícios podem ser utilizados no mundo do trabalho? Para que
servem? Qual a sua utilidade? Você seria capaz de indicar uma situação real, da cooperativa
em que é aprendiz, na qual esses raciocínios poderiam ser utilizados?

45

AUTOAVALIAÇÃO

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


1. Um cliente de Sinop, no Mato Grosso, pediu ajuda ao Aprendiz da Cooperativa de
Piscicultores. O cliente precisava calcular quanto tempo, em horas, é necessário para 15
torneiras encherem 3 tanques, sabendo que a única informação de que dispõe é que, na
sua propriedade, 4 torneiras enchem 1 tanque em 9 horas. Como você o ajudaria?

2. Forme os números de 0 a 10, utilizando apenas quatro algarismos 4 e as quatro


operações matemáticas (adição, subtração, multiplicação e divisão). Fique atento para
formar, quando necessário, o número 44 e 444 com alguns desses algarismos. Por exem-
plo, para formar o número 15 : 4 + 44 : 4 = 15.
3. JUROS SIMPLES E
COMPOSTOS
Para realizar qualquer plano de trabalho Na prática, todos os economistas nos
ou um contrato de prestação de serviços, por aconselham a fazer o seguinte raciocínio:
mais simples que sejam, é sempre necessário
incluir os recursos financeiros, os resultados • se eu economizar o mesmo valor que
esperados, o valor global, os reajustes previs- estou pagando por mês pela prestação
tos, a forma de pagamento etc. E para isso, e adquirir o produto que desejo depois
algumas habilidades precisam ser desenvolvi- de fazer a economia, provavelmente,
das, entre elas: saber calcular porcentagens; sobrará dinheiro!
diferenciar juros simples de juros compostos;
calcular o montante de um financiamento para Há casos, porém, que se tem necessidade
juros simples e compostos sobre o capital imediata de um bem, e pode ser interessante
inicial; identificar a evolução do valor do mon- assumir prestação. No entanto, é exercício de
tante para juros simples e juros compostos; e cidadania ter a noção correta de como são
aplicar juros simples e compostos em casos calculados os juros, para que se evite pagar
usuais do comércio. pelos produtos valores bem maiores do que
o necessário.
46
3.1. CÁLCULO DE PORCENTAGEM É provável que você já saiba como efetuar
o cálculo de porcentagens. Este capítulo,
Na nossa vida cotidiana, em família, é nesse caso, servirá como uma revisão desse
MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA

comum a compra de eletrodomésticos, ma- conteúdo, junto com os conceitos de capital,


teriais de construção e outros produtos para montante e juros.
pagar em prestações mensais, calculadas por O domínio dessas habilidades permiti-
uma determinada taxa de juros. rá sua aplicação na resolução de problemas
Em muitos casos, de modo equivocado, tanto na vida privada quanto no contexto da
fazemos o cálculo da compra de um produto cooperativa.
desejado pelo valor da prestação com relação
ao nosso salário, quando o correto é verificar
a taxa de juros que está sendo aplicada.

DICA

Aplicar um percentual (ou porcentual) sobre determinado valor significa calcular


uma fração desse valor, considerando que essa fração tem o denominador
100. Por isso o nome por cento, que significa por 100.
Na prática, aplicar o percentual sobre Para isso, vamos pensar um pouco mais
determinado valor significa estabelecer uma na cooperativa. Você conhece a cooperativa
comparação por cem. Por exemplo, 20% de na qual é aprendiz? Você tem alguma curio-
50 são calculados da seguinte forma: sidade?
Na atividade seguinte, propomos que
você busque informações sobre algo curioso
(para você) na cooperativa que envolva dados
numéricos.
Vamos relembrar um pouco das porcen-
tagens?

ATIVIDADE 1
47

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


1. Com um colega, levantem uma questão pela qual vocês tenham curiosidade sobre a (as)
cooperativa (as) e que permita a busca de dados numéricos (quantidades). Essa questão pode,
por exemplo, envolver o número de pessoas que se empenham em uma ou outra atividade, uma
comparação entre cooperados do sexo masculino e feminino, quantidade mensal de produção
ou clientes atendidos, entre outros.

Decidam a questão, registrem e negociem com o professor uma estratégia para buscar
as informações necessárias.

Depois, resolvam o problema e exponham-no ao grande grupo.

2. Agora, vamos aproveitar os dados da atividade 1 e analisar os percentuais. Inicial-


mente, verifiquem os dados que podem ser analisados com percentagens e conversem com
o seu professor.
Podem ser comparações, tais como:

• percentuais de pessoas envolvidas em cada atividade da cooperativa;


• percentuais de homens e mulheres cooperadas;
• percentuais de vendas/atendimentos/prestações de serviço diário, semanal ou mensal.

Sugestão: Usem as estratégias trabalhadas nos encontros passados, que tratam de pro-
porções e regras de três.
Observem o exemplo de cálculo de porcentagem para os dados hipotéticos abaixo:

Dados Quantidade Percentual

Homens cooperados 68

Mulheres cooperadas 57

Total de cooperados 125 100,00%

Para calcular a porcentagem de homens cooperados, podemos usar a seguinte estratégia:

125 ---------- 100%


48
68 ---------- X

125 . X = 68 . 100
MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA

125 . X = 6800
X = 6800 : 125
X = 54,4%

Assim, 54,4 dos cooperados são do sexo masculino.

Podemos, agora, realizar cálculos semelhantes para determinar o percentual de mulhe-


res cooperadas ou, como todos os cooperados não homens, são mulheres, apenas subtrair
54,4% de 100%.
Assim, as mulheres representam 45,6% (100 – 54,4) dos cooperados.

Dados Quantidade Percentual

Homens cooperados 68 54,4%

Mulheres cooperadas 57 45,6%

Total de cooperados 125 100,00%

Ao final, exponham ao grande grupo os problemas e as soluções.


CAPITAL, MONTANTE E JUROS

?
Capital
Para que possamos realizar o cálculo dos
Em um empréstimo, é o valor
juros simples, alguns conceitos precisam ser presente da quantidade a ser
compreendidos. financiada.
Na introdução deste capítulo, fizemos
referência a um empréstimo de valor para Juro
efetuar a compra. Na linguagem financeira, É o valor que se paga a mais por
ele corresponde ao capital. um determinado empréstimo, como
Como remuneração pelo empréstimo, o remuneração àquele que empresta
financiador cobra um valor a mais, que cor- o dinheiro.
responde aos chamados juros.

CURIOSIDADE

Faça uma pesquisa simples, em jornais, panfletos ou na internet, e você verá inúmeros
exemplos da grande quantidade de instituições existentes no Brasil, atualmente, que man-
têm suas atividades graças à remuneração que recebem ao emprestarem dinheiro. É uma
49
remuneração cobrada pelo fato de elas terem o dinheiro no momento que outros necessitam
dele, possibilitando àquele que obtém o empréstimo acesso a um determinado bem, desde
que pague juros pelo dinheiro obtido.

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


A soma do capital com os juros a serem CÁLCULO DE JUROS
pagos representa o montante.
Os juros são cobrados devido à necessida- Como vimos no título deste capítulo, há
de, nem sempre real, de consumo imediato. diferentes tipos de juros – os juros simples e
Aquele que for capaz de esperar até possuir os juros compostos – no entanto, vamos inicial-
a quantia suficiente para adquirir um produto mente tratar apenas de juros, genericamente.
desejado não precisará pagar juros, além de ter Sabemos que juro é um valor que se paga
forte argumento para negociar seu valor final, a mais ao comprar uma mercadoria ou con-
pois comprará com moeda viva. O tempo, o tratar um empréstimo. A nossa questão no
risco e a quantidade de dinheiro disponível momento é saber como determinar qual será
no mercado para empréstimos definem como o juro a pagar.
será calculada a remuneração, mais conhecida Para isso, devemos observar a taxa de
como taxa de juros. juros, normalmente expressa por uma taxa
A taxa de juros, normalmente, vem expres- percentual, ou seja, uma porcentagem.
sa na forma percentual, seguida do período Vamos observar algumas taxas de juros e
de tempo correspondente. calculá-las como simples porcentagens nos
Por exemplo: 2% a.m. (lê-se 2 por cento ao exercícios seguintes, com situações do nosso
mês) e 15% a.a. (lê-se 15 por cento ao ano). cotidiano.
ATIVIDADE 2

1. Os sócios de uma cooperativa, em assembleia, decidiram investir um capital de


R$600,00 aplicando-o por um mês. A melhor taxa de rendimento é de 3% de juros ao mês.
Quantos reais de juros serão obtidos pela cooperativa?

50
2. No Estudo de Viabilidade Econômica de uma cooperativa, foi prevista a aquisição
de alguns equipamentos. Ainda no seu primeiro ano de funcionamento, há necessidade de
comprar um computador. O aprendiz foi encarregado de viabilizar a compra. Para isso, fez
levantamento de preços, encontrando, em uma loja, o equipamento completo por R$ 990,00.
MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA

O valor pode ser pago pelo preço à vista em 30 dias ou em uma parcela única para 60 dias,
mas com juros de 7%. Qual será o montante pago pela cooperativa se decidir pagar em 60
dias? Você saberia indicar qual a melhor condição de compra?
JUROS SIMPLES E JUROS COMPOSTOS

Há diferenças entre os juros simples e os juros compostos.


Em pequenos grupos, façam uma rápida pesquisa nas ofertas presentes em jornais e
panfletos comerciais, identificando situações em que juros simples somente são aplicados
ao valor principal.

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Em até 15x R$ 53,27 sem juros no Cartão de crédito

51

Com o auxílio de seu professor, perceba exceção do instante inicial, estará acrescido
que, nas ofertas, os juros podem ser capi- de juros. É o conhecido “juros sobre juros”.

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


talizados segundo dois regimes: simples ou A representação gráfica a seguir mostra a
composto. diferença entre os dois regimes de aplicação
No caso dos juros simples, o juro de cada dos juros.
intervalo é sempre calculado sobre o capital
inicial, não incidindo sobre os juros que já
foram aplicados.
Intervalo

Conjunto dos números reais compreendidos


?
Já, nos juros compostos, aplica-se a ta-
entre dois outros números (seus extremos).
xa de juros sobre o valor anterior, que, com
No caso dos juros simples, tem-se um 5000 ---------- 100%
crescimento linear (a) do montante, enquanto, X ---------- 3%
para os juros compostos, o montante tem um
crescimento exponencial (b). 100 . X = 5000 . 3
Os juros simples são sempre calculados 100 . X = 15000
sobre um mesmo capital inicial, ou seja, dada X = 15000 : 100
uma taxa de juros, o juro não varia ao longo X = 150
dos meses.
Em seguida, multiplicamos o juro de um
mês de aplicação pelo total (n) de meses da

?
Linear aplicação.

Que envolve medição em uma 150 . 4 = 600


única dimensão.
Como o montante é a soma do capital e
Exponencial
do juro, temos:
Em que uma variável independente M=C+J
aparece em um dos expoentes
(diz-se de função matemática). M = 5000 + 600
M = 5600
52
Ou seja, o montante após quatro meses
Assim, para determinarmos o montante de aplicação, a uma taxa de juros simples de
a ser pago, devemos calcular o juro de um 3% a.m., é de R$ 5.600,00.
MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA

período (por exemplo, um mês) e multiplicá-lo


pelo total de períodos (quantidade de meses) CÁLCULO DE JUROS SIMPLES
e, após, somá-lo ao capital inicial.
Como você e seus colegas já sabem cal- Pois bem, agora faça um exercício pa-
cular porcentagens, perceberão que trabalhar ra se colocar no lugar do responsável pela
com juros simples é um caso particular das contabilidade de uma grande cooperativa.
atividades que foram desenvolvidas nos exer- Imagine repetir cálculos como esses, muito
cícios anteriores. comuns em matemática financeira, uma in-
Vamos, então, tentar resolver a seguinte finidade de vezes, para realizar balancetes,
situação: imagine que a cooperativa que havia relatórios, orçamentos etc. Muito trabalho,
aplicado (no exercício 1) R$ 600,00, agora não? A pergunta que você faria logo a seguir,
dispõe de uma quantia bem maior: nós podemos adivinhar: “Não existe um modo
mais simples de fazer esses cálculos?”
Qual é o montante que resulta da apli- A boa notícia é que existe: de tanto repetir
cação de R$ 5.000,00 a uma taxa de juros e de tanto buscar, foi descoberta uma estra-
simples de 3% a.m., durante quatro meses? tégia mais rápida e simplificada de realizar
os cálculos.
Inicialmente, calculamos o juro de um Foram criadas fórmulas que resumem os
mês de aplicação. diversos passos que deveriam ser seguidos na
resolução das situações encontradas e permitem Com base nisso, como tratamos de cal-
a sua conclusão rápida e correta. cular o montante e sabemos que ele é igual
Para que você compreenda e utilize essas à soma do capital e do juro, podemos reunir
fórmulas, é preciso apenas adotar mais uma todas as fórmulas na seguinte:
maneira de expressar a taxa de juros, que é a
forma decimal. No caso da situação anterior, M=C+C.i.n
temos:
3% = 3÷100 = 0,03 Ou, ainda, utilizando propriedades da
multiplicação
Representamos, então, a taxa de juros
M = C ( 1 + i . n)
como:
i = 0,03 A situação anterior, assim, poderia ser
resolvida do seguinte modo:
Com isso, podemos calcular o juro mensal
de uma nova maneira: Qual o montante que resulta da aplica-
ção de R$ 5.000,00 a uma taxa de 3% a.m.
J=C.i durante 4 meses?

Como sabemos que o juro total é igual


ao juro mensal multiplicado pelos n meses 53
de aplicação, temos:

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


J=C.i.n

Calculadora: para calcular os juros simples com máquinas de calcular, utiliza-se


basicamente a multiplicação.
ATIVIDADE 3

Individualmente ou em dupla, conforme orientação do professor, resolver os seguintes


exercícios com juros simples. Lembre-se de que, se você for trabalhar em uma cooperativa
de crédito, esse tipo de cálculo será corriqueiro! Qualquer dúvida, pergunte ao seu professor.

1. Qual é o montante que resulta da aplicação de R$ 2.000,00 a uma taxa de juro


simples de 2% a.m. durante 5 meses?

2. Qual é o montante que resulta da aplicação de R$ 3.500,00 a uma taxa de juro


simples de 5% a.m. durante 8 meses?

3. Durante quantos meses deve ficar aplicado um capital inicial de R$ 1.000,00 a uma
taxa de juro simples de 4% a.m. para se ter um montante de R$ 1.360,00?

54
MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA

CÁLCULO DE JUROS COMPOSTO

Você se lembra da expressão “juros sobre não mais em relação ao capital inicial, como
juros”? no caso dos juros simples.
Ela trata dos juros compostos, que, dife- Sendo assim, nas tabelas a seguir, vamos
rentemente dos juros simples, é o regime de comparar uma aplicação de R$ 2.000,00
juros efetivamente praticado pelo mercado, a uma taxa de 50% a.a., em cada um dos
em caso de um empréstimo, uma aplicação regimes de juros, considerando o tempo, o
ou a compra de um bem. montante e, ao lado, o cálculo. Observe que
A diferença dos regimes de juros com- nas tabelas o sinal * (asterisco) é utilizado
postos é que os juros são calculados sempre para indicar a multiplicação!
em relação ao montante do período anterior, e
JUROS SIMPLES

t M Cálculo
0 R$ 2.000,00
1 R$ 3.000,00 2.000,00 * (1+0,5*1) = 3.000,00

0 R$ 2.000,00

1 R$ 3.000,00 2.000,00 * (1+0,5*1) = 3.000,00

2 R$ 4.000,00 2.000,00 * (1+0,5*2) = 4.000,00


3 R$ 5.000,00 2.000,00 * (1+0,5*3) = 5.000,00
4 R$ 6.000,00 2.000,00 * (1+0,5*4) = 6.000,00
5 R$ 7.000,00 2.000,00 * (1+0,5*5) = 7.000,00
2.000,00 * (1+0,5*n) = M
Fórmula Geral
C * (1+i*n) = M

55
JUROS COMPOSTO

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


t M Cálculo
0 R$ 2.000,00
1 R$ 3.000,00 2.000,00 * (1+0,5) = 3.000,00

2 R$ 4.500,00 3.000,00 * (1+0,5) = 4.500,00

3 R$ 6.750,00 4.500,00 * (1+0,5) = 6.750,00

4 R$ 10.125,00 6.750,00 * (1+0,5) = 10.125,00

5 R$ 15.187,50 10.125,00 * (1+0,5) = 15.187,50

O primeiro aspecto que chama atenção ção? E por que, em alguns casos, mais vale
é a grande diferença entre os valores finais. ser previdente e economizar antes de gastar?
Depois de 5 anos, o cálculo para o juro com- Eis aí mais um conteúdo matemático muito
posto (R$ 15.187,50) ultrapassou significati- útil à vida cotidiana e também ao mundo do
vamente o valor do cálculo para juros simples trabalho!
(R$ 7.000,00).
Você notou a diferença que faz saber
calcular o juro ao adquirir um bem à presta-
ATIVIDADE 4

1. Reúna-se com seu colega e montem uma fórmula geral para o caso dos juros com-
postos. O desafio é encontrar uma fórmula que se baseie também nos três valores utilizados
para o cálculo dos juros compostos.
Uma dica: pela tabela dos juros compostos acima, o cálculo está sempre baseado na
linha anterior, diferentemente da tabela dos juros simples, que se baseia no capital inicial
(C), na taxa de juros (i) e no período (n).

Para o cálculo dos juros compostos,


utiliza-se, numa calculadora científica, a
função potência, que envolve uma base e
56
um expoente. A forma de digitar a função
potência varia de acordo com a calcula-
dora. A tecla a ser digitada pode aparecer
MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA

como o acento circunflexo (^), como Xy,


ou algo parecido.

Calculando o juro composto, com base na fórmula geral, diga qual o montante, depois
de 4 meses, para um capital inicial de R$ 500,00 aplicado a uma taxa de 3% a.m.?
2. O Programa Minha Casa Minha Vida é um programa do Governo Federal em parceria com
os estados e municípios, operacionalizado pela CAIXA.
O objetivo do Programa é a produção de unidades habitacionais que, depois de concluí-
das, são vendidas, sem arrendamento prévio, às famílias que possuem renda familiar mensal
até R$ 1.600,00.

Você conhece alguém que tenha adquirido sua casa pelo programa Minha Casa Minha Vida?

Suponha que você esteja interessado em adquirir uma casa ou apartamento. Faça
uma pesquisa na internet, listando os critérios para obter o benefício: salário necessário,
percentual da renda que pode ser comprometido, diferença entre os juros que a CEF cobra
e outros. Organize os dados e traga-os para a sala de aula. Em um círculo, debata com os
demais aprendizes.
57
Há vantagem em ingressar no programa?

Qual a diferença de taxas e juros entre o programa Minha Casa Minha Vida e os outros

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


financiamentos?

Conforme você pôde observar, existem muitas formas para calcular a prestação de um
financiamento imobiliário, sendo utilizadas tabelas predefinidas pelo sistema financeiro. A
fim de simplificar a vida dos clientes, a maioria das financeiras disponibilizam online uma
espécie de “calculadora” que simula os valores, antes da efetivação do contrato de compra.
Provavelmente você tenha encontrado algumas durante as pesquisas! Se quiser visitar mais
dessas “calculadoras”, o site Tudo sobre imóveis tem uma bem interessante: http://www.
tudosobreimoveis.com.br/conteudo.asp?t=1&id=234&sid=4&subid=

http://www1.caixa.gov.br/gov/gov_social/municipal/programas_habitacao/pmcmv/index.asp Acesso em 28/09/2017.


Informação Básica de Planos de Financiamento

Os planos de financiamento são a fórmula de calcular e reajustar a sua prestação.


Antes de qualquer coisa, é necessário conhecer o significado de alguns termos:

• Capital – valor financiado.


• Juros – custo do capital financiado.
• Taxa de juros – a taxa de juros define a forma como serão calculados os juros.
Normalmente é informada como uma porcentagem ao ano. Ex.: 12% a.a. (ao ano)
ou 1% a.m. (ao mês).
• Amortização – valor pago para redução do capital financiado.
• Prestação – soma dos juros devidos mensalmente e da amortização de parte do
saldo devedor.
• Prazo – limite de tempo definido para o pagamento do financiamento.
• Encargo mensal – soma da prestação com os prêmios de seguro.

Como calcular?

Existem diversas formas, ou sistemas, que podem ser utilizadas para o cálculo de
58 um financiamento. A mais utilizada pelos bancos e demais financeiras é o Sistema de
Prestação Constante (Tabela Price), sistema francês de amortização, também utilizado
pelos lojistas e financeiras no crédito direto ao consumidor. Os outros dois sistemas,
que também são bastante utilizados em financiamentos imobiliários são: o Sistema de
MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA

Amortização Constante (SAC) e o Sistema de Amortização Crescente (Sacre). Você pode


simular e comparar financiamentos utilizando algumas calculadoras online! Em seguida,
vamos apresentar um exemplo com os três sistemas.

Sistema de Prestação Constante (Tabela Price)


1) Cálculo da prestação (amortização + juros)

• Informe o prazo, em meses, e o valor do financiamento;

Calculadora Financeira - Tabela Price


Prazo em meses 12
Taxa de juros 1%
Valor do financiamento 10000
Prestação 888,48
2) Cálculo do valor do financiamento

• Informe qual a prestação que você pode pagar e o prazo, em meses (Não utilizar
separador de milhar. Escreva 1000 ao invés de 1.000; como separador de centavos
deve ser utilizada a vírgula, porém, em algumas “calculadoras” pode ser usado
um ponto. Nesses casos, tanto faz escrever 1,45 ou 1.45;

Calculadora Financeira - Tabela Price


Prazo em meses 12
Taxa de juros 1%
Prestação 888,48
Valor do financiamento 10000

Sistema de Amortização Constante (SAC)

1) Cálculo da prestação (amortização + juros)

59
• Informe o prazo, em meses, e o valor do financiamento;

Calculadora Financeira - Tabela SAC

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


Prazo em meses 12
Taxa de juros 1%
Prestação 933,33
Última prestação 841,66
Valor do financiamento 10000

Sistema de Amortização Crescente (Sacre). Esse sistema foi desenvolvido pela Cai-
xa Econômica Federal (CEF) e tem como objetivo permitir maior amortização do valor
emprestado, reduzindo simultaneamente a parcela de juros sobre o saldo devedor. Para
financiamentos com prazo maior do que 12 meses, no Sistema Sacre a prestação é re-
calculada em função no saldo devedor.

Simulação - Sacre
1) Cálculo da prestação ( amortização + juros)

• Informe o prazo, em meses, e o valor do financiamento;


Calculadora Financeira - Tabela SAC
Prazo em meses 12
Taxa de juros 1%
Valor do financiamento 10000
Prestações do primeiro ano 933,33

Como reajustar?

Além do cálculo da prestação, existe a fórmula do reajuste, que pode ter incidência
mensal ou anual. A maioria dos contratos de financiamento prevê o reajuste pelo mesmo
índice que reajusta as contas de caderneta de poupança. Atualmente, este índice é a
Taxa Referencial de Juros (TR), calculada pelo governo.
Os financiamentos diretos, feitos pelos incorporadores, utilizam como índice, em sua
maioria, o Índice Nacional do Custo de Construção (INCC), e, em alguns casos, o Índice
Geral de Preços (IGP) ou o Índice Geral de Preços no Mercado (IGPM), todos calculados
pela Fundação Getulio Vargas.
60
MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA
3.2. COMPRA À VISTA OU A PRAZO?

Com a intenção de ilustrar quem de fato O pagamento a prazo facilita para quem
lucra com a venda a prazo das mercadorias não consegue economizar e comprar à vista
compradas nas lojas, vamos observar uma com desconto.
oferta de compra retirada de um anúncio de Forme dupla com um colega e acompa-
jornal e veremos que, feito o cálculo matemáti- nhem os cálculos com a calculadora.
co financeiro, torna-se possível economizar na 1º passo: multiplicar o valor das parce-
hora de comprar. Mais do que saber calcular las (R$ 80,00) pelo número de meses das
a porcentagem de juros simples e compostos, prestações (12).
é preciso aprender noções de educação para 2º passo: subtrair o valor à vista
o consumo. (R$799,00) do total a prazo (R$960,00).
Observe o preço cobrado por uma determi- Vocês concordam que a diferença é con-
nada loja por um televisor de 29 polegadas: siderável, e que a loja lucra com as várias
preço à vista: R$799,00 ou 12X R$ 80,00 vendas feitas, graças à falta de condições dos
(taxa de juros 2% ao mês) consumidores para comprar pelo preço à vista?

Há diferença entre o valor total pago à


vista e a prazo?
A compra a prestações dá ao produto um
61
acréscimo de valor considerável, graças à taxa
de juros cobrada pela loja.

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


ATIVIDADE 5

Os exercícios abaixo são simples e têm o objetivo de auxiliar você a desenvolver o raciocínio
lógico e o cálculo matemático com base em situações do cotidiano.

1. Desejo tomar emprestado R$ 7.500,00, a juros simples contratados a 2,5% ao mês,


por 8 meses. Qual o valor final que irei pagar?
 
2. Qual foi a taxa mensal de juros simples empregada a um valor que elevou meu
empréstimo de R$ 2.500,00 para R$ 3.300,00, num período de 8 meses?

3. Qual é o montante que resulta da aplicação de R$ 15.000,00 a uma taxa de 1,5%


a.m. a juros simples durante 11 meses?
4. Qual é o montante que resulta da aplicação de R$ 1.800,00 a uma taxa de 3% a.m.
a juros simples durante três trimestres?

5. Qual é o montante, depois de 7 meses, para um capital inicial de R$ 250,00 aplicado


a uma taxa de 2,5% a.m. a juros compostos?

AUTOAVALIAÇÃO

Observe a simulação abaixo. Ela foi realizada na web, na página de uma cooperativa
de crédito. Preste atenção nos dados solicitados e, depois, no resultado. Suponha que
você pretenda entrar no consórcio para adquirir uma casa. Que cálculos você faria para
ter certeza de que seria um bom negócio?

62
MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA
4. ESTATÍSTICA
A Estatística e sua linguagem são apre-
sentadas com o objetivo de formular perguntas
que possam ser respondidas com base na
organização em quadros, tabelas e gráficos, da
interpretação e da análise de dados. Assim, o
trabalho de Estatística é realizado com ênfase
no processo de investigação, favorecendo o
desenvolvimento do pensamento estatístico/
probabilístico.
As atividades propostas neste capítulo
pretendem que você, aprendiz, desenvolva
seu conhecimento lógico-matemático, apli- PROBABILIDADE
que conceitos da estatística em exemplos
práticos, compreenda a organização de dados Vai chover amanhã?
em tabelas e gráficos e saiba interpretar a Neste final de semana, haverá mais acidentes de
distribuição normal de probabilidade. trânsito que no da semana passada?
63
Meu time de futebol vai se classificar?
4.1. NOÇÕES BÁSICAS Chegarei atrasado à escola?

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


A familiaridade com a linguagem da O grau de incerteza (ausência de segu-
estatística proporciona a compreensão e a rança) é maior ou menor, dependendo dos
significação dos conceitos a ela relacionados casos.
e a possibilidade de interpretar e se decidir Os acontecimentos cuja realização de-
diante de aspectos da vida cotidiana que a pende da sorte, ou do acaso, são chamados
envolvem. de eventos aleatórios.
A estatística, atualmente, representa uma A teoria da probabilidade procura medir
área de conhecimento de grande utilidade, até que ponto se pode esperar que ocorra o
pois fornece dados para a tomada de decisões evento. Essa medida recebe o nome de pro-
sobre uma certeza que pode ser medida. Usar babilidade.
a estatística não significa eliminar o erro na Se um determinado evento tem uma pro-
tomada de decisão, mas permite conhecer babilidade de 70%, significa que, na média,
e quantificar os resultados mais prováveis, de cada 100 vezes que se apresentam determi-
de modo que amplie as possibilidades de nadas condições, o evento ocorre 70. Também
controle e sucesso. se diz, neste caso, que a probabilidade é de
70/100 = 0,7
A probabilidade de um evento é um nú- 2. A probabilidade de obter um 3, ao
mero compreendido entre 0 e 1, mas também lançar um dado é de 1/6 (aproximada-
pode ser expresso como uma porcentagem: mente 16,7%), porque isso ocorre, em
• Um evento de probabilidade próxima a 0 média, uma vez a cada seis tentativas.
(0%) é um evento raro, pouco provável; 3. A probabilidade de obter OURO ao
• Um evento de probabilidade muito próxi- extrair uma carta de um baralho es-
ma a 1 (100%) é um evento quase certo. panhol é de ¼ (25%), pois uma de
cada quatro cartas é OURO. A proba-
Faça a seguinte reflexão: bilidade de obter um ÁS é de 1/10
(10%), porque há apenas um ÁS a
1. Ao atirar uma moeda para o ar, a proba- cada dez cartas.
bilidade de que saia CARA é a mesma
de que saia COROA, ou seja ½ (50%).

64
MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA

O baralho espanhol consiste em um maço de 40 cartas, classificadas em 4 “naipes”


(ouro, espada, copa e bastão).
As figuras do baralho espanhol correspondem aos números 10, 11 e 12 e são cha-
madas “sota” (mais conhecidas como valete), “cavalo” e “rei”, respectivamente.
http://www.clubedotaro.com.br/site/n44_0_figuras.asp

Esses são experimentos com probabilidade previsível, pois os instrumentos com os quais
são realizados são “regulares” (dado ou moeda corretos, baralho de cartas completo e com
sua composição conhecida).
Quando os instrumentos aleatórios apresentam certas condições de regularidade, é
possível estimar a probabilidade de cada evento antes de realizar a experiência.

Há outros eventos para os quais a esti- das. Ao extrair uma, sem olhar, que
mativa de probabilidade não é tão fácil. Por probabilidade existe de que ela seja
exemplo: vermelha?

1. Ao jogar uma tachinha (ou percevejo) Como a tachinha ou o dado de madeira


para o ar, qual a probabilidade de que do exemplo são instrumentos irregulares, seria
caia com a ponta para cima? imprudente dizer que há duas possibilidades:
2. Um dado de madeira irregular, ao ser cair com a ponta para cima ou para o lado. Se
lançado, que probabilidade tem de cair se quer estimar uma probabilidade, é preciso
com cada uma de suas faces viradas antes experimentar e se familiarizar com seu
para cima? comportamento.
3. Em um pote, há bolas verdes e ver-
melhas, em quantidades indetermina-

?
Aleatório 65
Quando o instrumento aleatório é irre-
gular, só se pode estabelecer a probabilida- Relativo ao azar, que não pode
de depois de experimentá-lo muitas vezes. ser previsto.

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


TORRE DE HANÓI 2

A lenda
Conta a lenda que no tempo de Benares, sob a cúpula que marcava o centro do
mundo, existia uma bandeja de bronze com três agulhas de diamante, cada uma de um
palmo de altura e da grossura do corpo de uma abelha.
Durante a Criação, Deus colocou 64 discos de ouro puro em uma das agulhas, o maior
deles imediatamente acima da bandeja e os demais, cada vez menores, por cima. Esta torre
foi chamada de Torre de Brahma.
Dia e noite os sacerdotes trocavam os discos de uma agulha para outra, de acordo
com as leis imutáveis de Brahma, que dizia que o sacerdote do turno não poderia mover
mais que um disco de cada vez, e que o disco fosse colocado na outra agulha, de maneira
que o de baixo nunca fosse menor do que o de cima.

2
Adaptado de: DRUCK, S. (org.). Explorando o ensino da matemática: atividades: v. 2. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2004;
BAIRRAL, Marcelo Almeida. Movendo discos, construindo torres e matematizando com futuros professores. Publicado no Boletim GEPEM n. 98, fev. 2010, p. 95-
110. FERRERO, L. El juego y la matemática. Madrid: La Muralla, 1991; COSTA, Alexandre, Torre de Hanói, uma proposta de atividade para o ensino médio. Porto
Alegre: PUCRS, s.d. (mimeo).
Quando todos os 64 discos tivessem sido transferidos da agulha que Deus colocou
no dia da Criação para outra agulha, o mundo deixaria de existir.
Dizem os sábios que o mundo foi criado há 4 bilhões de anos, aproximadamente, e os
monges, desde a criação, estão movendo os discos na razão de 1 disco por segundo. Será
que veremos o mundo acabar?
Adaptado de https://pt.wikipedia.org/wiki/Torre_de_Han%C3%B3i. Acesso em 29/09/2017.

Para desenvolver o raciocínio lógico e com base na antecipação do movimento das


introduzir a noção de probabilidade, selecio- peças do jogo e na relação de dependência en-
namos o jogo Torre de Hanói que envolve espe- tre a quantidade mínima de movimentos para
cialmente a criação de estratégias e hipóteses cada jogada e o número de peças utilizadas.

CURIOSIDADE

Você sabia que o jogo Torre de Hanói foi inventado pelo matemático francês Edouard
Lucas, em 1883, e tornou-se muito popular na China Oriental?
66

As regras do jogo consistem em: CONSTRUÇÃO DA TORRE


MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA

1. Movimentar uma só peça de cada vez. Nossa atividade inicia bem antes do jogo!
2. Uma peça maior não pode ficar acima Começa com a construção da própria torre.
de uma menor. Para isso, são necessários os seguintes
3. Não é permitido movimentar uma peça materiais: folhas de papelão grosso (tipo caixa
que esteja abaixo de outra. arquivo), régua, tesoura e folhas impressas
com o desenho representativo dos pinos do
Inicialmente procurem transportar todas jogo.
as peças para o local indicado, em seguida, Como fazer: Sobre um pedaço retangular
tentem diminuir o número de movimentos e, de papelão, desenhem, com o auxílio da ré-
por fim, busquem descobrir como calcular o gua, um quadrado de 8x8 cm. Ao lado desse
menor número de movimentos possível. quadrado, desenhem outro de 7x7 cm, pros-

https://www.ufrgs.br/psicoeduc/piaget/a-torre-de-hanoi/
seguindo o desenho dos quadrados cada vez lhados do maior para o menor, formarão uma
menores com a diferença de 1 cm do anterior torre de 6 peças.
até obterem 6 quadrados. Cada dupla deverá ter seu conjunto de
Os quadrados serão as peças que subs- peças além da folha, representando os pinos
tituirão os discos e devem ser numerados de da Torre de Hanói, onde serão colocadas as
1 a 6, do menor para o maior. Em seguida, peças.
recortem os quadrados que, ao serem empi-

COMO JOGAR

Em seguida, jogando com os jogos con- as regras enquanto o outro joga; invertam os
feccionados por vocês, tentem refletir mate- papéis a cada peça adicionada.
maticamente sobre os movimentos realizados: Vocês podem encontrar o menor número
de movimentos para transferir a torre de um 67
1. Com uma única peça, qual o núme- pino a outro, bem como uma regularidade
ro mínimo de movimentos necessários para entre as jogadas, obtendo uma solução para

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


transportar a torre para o terceiro pino? um número qualquer de discos.
Para acompanhar os movimentos, cons-
1. E com duas peças? truam uma tabela auxiliar, como o exemplo
2. E com três peças? abaixo, relacionando o número de peças com
3. E com quatro? o número mínimo de movimentos necessários
para o transporte.
Organizem-se de modo que um compo-
nente da dupla conte os movimentos e observe

EXEMPLO DE TABELA COM NÚMERO MÍNIMO DE MOVIMENTOS PARA 6 PEÇAS

Discos Movimentos de cada peça Total de


das torres Peça 1 Peça 2 Peça 3 Peça 4 Peça 5 Peça 6 movimentos

1 1 0 0 0 0 0 1

2 2 1 0 0 0 0 3

3 4 2 1 0 0 0 7
Enquanto isso, algumas questões podem
ser respondidas por vocês, auxiliando o ra-
ciocínio:

1. O número de movimentos é alterado


quando a torre é transportada para o
outro pino? Acrescentando uma peça à
torre, em quanto aumentaria o número
de movimentos?
2. Existe alguma relação matemática
entre o número mínimo de jogadas
necessárias para transportar uma torre,
e o número necessário para transportar
a torre acrescida de uma peça?
3. Existe alguma relação entre esses
números e o que ocorre no jogo?
4. Vocês utilizaram alguma ideia
matemática para escolher suas Observem a tabela que vocês elaboraram,
jogadas? em especial as colunas que se referem às pe-
5. Em caso afirmativo, qual, ou quais? ças de 1 a 4, e 6. O que podemos notar nessas
68 6. Como vocês mobilizam essas ideias? colunas? E nas linhas, o que podemos notar?

A essa altura, vocês já deverão ter perce-


MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA

bido algumas estratégias para vencer com o


mínimo de movimentos possível. Ainda não?
Então observem: por qual pino se deve come-
çar quando o número de peças é par e quando
o número de peças é ímpar?

ESTRATÉGIA DE VITÓRIA

Depois de discutirem em grande grupo


sobre as estratégias utilizadas por cada dupla,
estabeleçam uma sequência de transporte de
modo que, para retirar cada peça da torre ori-
ginal, seja necessário montar a subtorre acima
dela em um único pino, para então deslocar
a referida peça para o outro pino. Reunidos em grande grupo, discutam so-
bre as aprendizagens obtidas, pois elas serão
úteis nas próximas etapas do curso e na sua
vida profissional.
Em pequenos grupos, leiam o texto abaixo
e realizem a atividade proposta.
Jovens brasileiros com formação têm mais sucesso

Para os jovens com alguma ocupação ou profissão, a realidade tem sido menos dura
do que para os demais: embora somente 41% tenham sido absorvidos pelo mercado
formal de trabalho, 82% do universo estão de alguma forma trabalhando e conseguindo
remuneração mensal fixa ou variável.
Segundo a pesquisa, para 79% dos 1.806 jovens entrevistados, apenas ter um em-
prego já é motivo de satisfação.

Vejamos a distribuição dos entrevistados de acordo com o vínculo empregatício:

1%
2% 2%
2%
3%
5% 37%

15%
69

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


15%

18%

TRABALHAM POR CONTA PRÓPRIA EM


NÃO TEM CARTEIRA ASSINADA OCUPAÇÃO REGULAR
UNIVERSITÁRIOS E TRABALHAM COMO
NÃO TRABALHAM
AUTÔNOMOS

TEM CARTEIRA ASSINADA FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS

TRABALHAM POR CONTA PRÓPRIA


TRABALHAM PARA A PRÓPRIA FAMÍLIA
EM OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA

ESTÃO EM OUTRAS SITUAÇÕES ESTAGIÁRIOS

http://jovensadultossenac.blogspot.com.br/2015/09/o-jovem-no-brasil.html. Acesso em 29/09/2017.


ATIVIDADE 1

1. Observando o gráfico, respondam:

a) Como é caracterizado o vínculo empregatício da maioria dos jovens brasileiros com


formação?

b) Qual é o percentual de jovens com formação que trabalha?

70
MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA

c) Entre os jovens entrevistados, o que é maior, o número de jovens que trabalha por
conta própria ou jovens que não trabalham? Quais os percentuais dessas duas categorias?

d) Emitam um parecer sobre o mercado de trabalho para o jovem que busca formação
e qualificação profissional.
PESQUISA NA COOPERATIVA

Para aplicar alguns dos conceitos estudados na prática, vamos fazer uma pesquisa na
cooperativa em que são aprendizes. Formem grupos de até cinco colegas e, juntos, formulem
uma pesquisa de opinião na(s) cooperativa(s).

Pesquisa de opinião

Uma pesquisa de opinião, sondagem de opinião (vulgarmente designada apenas por


sondagem) ou estudo de opinião é um levantamento estatístico de uma amostra particular
da opinião pública. Pesquisas de opinião geralmente são feitas para representar as opiniões
de uma população, fazendo-se uma série de perguntas a um pequeno número de pessoas
e então extrapolando as respostas para um grupo maior, dentro do intervalo de confiança.

Adaptado de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pesquisa_de_opini%C3%A3o. Acesso em 29/09/2017.

71
Diversos aspectos da cooperativa podem QUESTIONÁRIO: COMO ELABORAR
ser abordados em sua pesquisa, uma possi-
bilidade é a satisfação dos clientes internos e Antes de iniciarmos as entrevistas, é pre-

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


externos da cooperativa, já que esse é um dos ciso criar um instrumento de pesquisa, neste
princípios de qualidade que você conhecerá na caso, um questionário com alternativas.
unidade temática Introdução à Administração. Componham cerca de cinco perguntas e
Nesse momento, o grupo decidirá sobre o planejem, para cada uma, cinco alternativas
aspecto da cooperativa que será pesquisado. de resposta. Como vamos estudar alguns con-
ceitos de estatística a partir dessa pesquisa,
Registrem aqui qual será o foco da pes- é importante criar alternativas que possam
quisa de vocês: ser quantificadas, como no exemplo a seguir:
Como você avalia a qualidade de atendi-
mento dos funcionários da cooperativa?

(a) Muito Ruim


(b) Ruim
(c) Satisfatório
(d) Bom
(e) Excelente

Neste caso, as alternativas podem ser


classificadas com dados numéricos: 0 para
muito ruim, 1 para ruim, 2 para satisfatório, Essa questão, útil para uma campanha
3 para bom e 4 para excelente. publicitária, por exemplo, e que também pode
Um exemplo de questão que não serviria ser analisada estatisticamente, não serve para
para essa análise, ainda que possa ser mui- o estudo que pretendemos neste tópico.
to útil em outras pesquisas de opinião, é a Construam o questionário baseado no foco
seguinte: de pesquisa escolhido e conversem com o
Qual é a sua cor preferida? seu professor antes de iniciarem a coleta de
dados, ou seja, as entrevistas na cooperativa.
(a) Azul (d) Amarelo
(b) Verde (e) Outra
(c) Vermelho

DICA

Acesse o site https://pt.slideshare.net/andrealontramoreira/roteiro-de-


uma-pesquisa-de-opinio-8817199 nele você encontrará sugestões sobre
o modo de realizar uma pesquisa de opinião.

72

REALIZAR ENTREVISTAS Exemplos:


MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA

Concluído o questionário, iniciem a apli- • População: médicos cooperados de


cação das entrevistas. um plano de saúde.
Fiquem atentos: quanto maior o número • População: candidatos a um exame
de entrevistados, maior será a confiabilidade de vestibular.
da sua pesquisa. • População: aparelhos produzidos em
Nos próximos tópicos, vamos utilizar mui- uma linha de montagem.
to os dados colhidos nas entrevistas, portan- • População: peças produzidas por uma
to, não deixem de realizá-las até o próximo máquina.
encontro!
Amostra – é qualquer subconjunto finito
POPULAÇÃO E AMOSTRA (ou parte) de uma população.

População, amostra e variáveis são concei- Duas considerações devem ser feitas so-
tos básicos da estatística que contribuem para bre o estudo amostral dos fenômenos:
identificar quem são os sujeitos ou elementos
da sua pesquisa e definir em que amplitude • a amostra deve ser representativa de
os seus resultados poderão ser utilizados. toda a população;
• os dados coletados devem ser pre-
População – é o conjunto de elementos cisos, buscando minimizar possíveis
(pessoas, coisas, objetos) que têm em comum erros.
uma característica em estudo.
Variáveis estatísticas – é o conjunto de dos números reais. Ex.: medidas de
resultados possíveis de um fenômeno. tempo, comprimento, espessura, área,
volume, peso e velocidade.
A cada fenômeno corresponde um número • Discretas: só podem assumir determi-
de resultados possíveis. Assim, por exemplo: nados valores num certo intervalo. Em
geral, representam inteiros resultantes
• para o fenômeno “número de estudan- do processo de contagem. Exemplos:
tes das escolas públicas do Brasil”, número de alunos por sala, de carros
há um número de resultados possíveis num engarrafamento ou de acidentes
expresso por números naturais; por ano num determinado cruzamento.
• para o fenômeno “estatura dos estu-
dantes das escolas públicas do Bra- Qualitativas – quando os elementos da
sil”, a situação é diferente, pois os população não são exclusivamente contáveis.
resultados podem tomar um número Muitas vezes, eles podem ser classificados
infinito de valores numéricos dentro também segundo algumas características tí-
de um determinado intervalo; picas. Nesses casos, as variáveis podem ser
• para o fenômeno “cor dos olhos”, os agrupadas em:
resultados possíveis podem ser divi-
didos, por exemplo, em: olhos claros • Nominais: podem ser reunidas em
e olhos escuros. categorias ou espécies com idênticos
atributos. Aqui se incluem os agru- 73

Classificação das variáveis pamentos por sexo, área de estudo,


desempenho, cor, nacionalidade, reli-

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


Conforme suas características particula- gião, causa de morte, grupo sanguíneo
res, as variáveis podem ser classificadas da etc.
seguinte forma: • Por postos: os elementos são reunidos
segundo a ordem em que aparecem
Quantitativas – podem ser expressas em dispostos em uma lista ou rol. São
termos numéricos. Em geral, são resultantes típicos dessa forma de agrupamento
de medições, enumerações ou contagens. São as listas classificatórias de concursos,
subdivididas em: as tabelas de campeonatos esportivos,
estágio da doença etc.
• Contínuas: podem assumir qualquer
valor em certo intervalo de medida,
podendo ser associadas ao conjunto
ATIVIDADE 2

Você consegue identificar a população, a amostra e as variáveis da pesquisa de opinião


elaborada e realizada por vocês? Identifique cada uma delas.

Realizada a atividade, confirme-a com os colegas de seu grupo.


74
MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA

FREQUÊNCIAS

A distribuição das frequências é um se- uma das respostas é a porcentagem de pessoas


gundo passo que se dá no tratamento esta- que escolheu cada uma delas. Para calcular
tístico de uma pesquisa. Com ela, inicia-se uma frequência relativa, utilizam-se as mes-
a tabulação dos dados. Para isso, definem-se mas estratégias trabalhadas nos capítulos
dois tipos de frequência em estatística: a ab- anteriores.
soluta e a relativa. Um exemplo de tabulação das frequências
A frequência absoluta é o número de pode ser observado na situação hipotética a
ocorrências de uma determinada resposta seguir:
ou observação coletada. Situação:
No caso de uma entrevista, como a reali- Entrevistadas 20 pessoas a respeito da
zada por você, a frequência absoluta de cada qualidade de atendimento dos funcionários
uma das respostas é simplesmente o número da cooperativa, elas responderam da seguinte
de pessoas que escolheu cada uma delas. forma:
A frequência relativa é a porcentagem de
ocorrências de uma determinada resposta ou (a) Muito Ruim => 1
observação coletada, em relação à integrali- (b) Ruim => 1
dade dos dados coletados. (c) Satisfatório => 4
No caso de uma entrevista, como a reali- (d) Bom => 12
zada por você, a frequência relativa de cada (e) Excelente => 2
Resposta Frequência absoluta Frequência relativa

Muito Ruim 1 5%

Ruim 1 5%

Satisfatório 4 20%
Bom 12 60%
Excelente 2 10%

ATIVIDADE 3 75

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


Calcule e tabule as frequências absoluta e relativa, referentes a cada uma das questões
da pesquisa de opinião realizada por vocês e registre os resultados.

Realizada a atividade, confirme-a com os colegas de seu grupo.


MODA, MÉDIA E MEDIANA

A moda, a mediana e os variados tipos de chuvas em determinadas regiões, entre outros.


média são as mais importantes medidas de Um exemplo de uso desses três conceitos
tendência central utilizadas pela estatística. pode ser observado na situação hipotética a
Entre elas, vamos nos deter nas duas primeiras seguir.
e na média aritmética, que nos fornecem inte- Situação:
ressantes informações e possibilitam observar
tendências nas nossas pesquisas. Entrevistadas 20 pessoas a respeito da
qualidade de atendimento dos funcionários
A moda é o valor ou a resposta que apa- da cooperativa, elas responderam da seguinte
rece com mais frequência entre os dados forma:
colhidos.
(a) Muito Ruim => 1
Essa é uma medida útil por indicar o (b) Ruim => 1
resultado que mais ocorre em determinada (c) Satisfatório => 4
situação. (d) Bom => 12
(e) Excelente => 2
A mediana é o valor central da distribuição
dos dados coletados. A moda é a resposta mais frequente, por-
tanto, a moda é “Bom”.
76 A mediana divide a amostra em dois gru-
pos de dados, de modo que 50% dos dados Para determinar a mediana primeiro pre-
sejam menores ou iguais à mediana e os outros cisamos pontuar, se possível, as alternativas.
50% sejam maiores ou iguais à mediana. Para Neste caso, os valores de 0 a 4 são referentes
MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA

determiná-la, é necessário ordenar os dados às alternativas (a), (b), (c), (d) e (e), respec-
coletados e observar o dado central. tivamente. Assim, ordenamos as respostas:
Observe que existem duas possibilidades
ao determinar-se a mediana de uma amostra: 0, 1, 2, 2, 2, 2, 3, 3, 3, 3, 3, 3, 3, 3,
3, 3, 3, 3, 4, 4
1. Quando a quantidade de dados for um
número ímpar. Neste caso, a mediana Como temos um número par de respostas,
é o termo central. dois são os valores que dividem a distribuição
2. Quando a quantidade de dados for um das respostas:
número par. Neste caso, a mediana
será a soma dos dois elementos 0, 1, 2, 2, 2, 2, 3, 3, 3, 3, 3, 3, 3, 3,
centrais da amostra, divididos por 3, 3, 3, 3, 4, 4
dois. Assim, a mediana é (3 + 3) : 2 = 6 : 2 =
3 (resposta Bom)
A média aritmética é o valor dado pelo A média aritmética é a soma de todos os
resultado da divisão da soma de todos os dados dados divididos pela quantidade de dados:
coletados pela quantidade de dados coletados.
A média aritmética é a medida de cen- (0 + 1 + 2 + 2 + 2 + 2 + 3 + 3 + 3 +3 +
tralidade mais presente no nosso cotidiano, 3 + 3 + 3 + 3 + 3 + 3 + 3 + 3 + 4 + 4)÷20
tanto que é comum ser utilizada em situações = 53÷20 = 2,65
corriqueiras, como em informações sobre a (Resposta mais próxima de Bom)
temperatura média diária, a quantidade de
ATIVIDADE 4

Agora, tente identificar o valor dos três conceitos em cada questão da sua pesquisa de
opinião. Registre os seus cálculos e resultados:

77

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA

Realizada a atividade, confirme-a com os colegas de seu grupo.


GRÁFICOS DE SETORES

Gráficos de setores (ou ainda gráficos Observe um exemplo de construção de um


circulares ou gráficos de pizza) são muito gráfico de setores para a situação hipotética
utilizados para apresentar os resultados de a seguir.
uma análise estatística dos dados coletados. Situação:
Eles são uma representação circular em que
os valores de cada elemento são proporcionais Entrevistadas 20 pessoas a respeito da
às respectivas medidas dos ângulos. qualidade de atendimento dos funcionários
Tomando um conjunto de dados, para da cooperativa, elas responderam da seguinte
construir manualmente um gráfico de setores, forma:
deve-se primeiro calcular o ângulo referente
a cada um dos dados e, após, representá-los (a) Muito Ruim => 1
(utilizando um transferidor) em um círculo. (b) Ruim => 1
No gráfico de setores, o círculo deve ficar (c) Satisfatório => 4
totalmente preenchido, de modo que sejam (d) Bom => 12
visualizadas as seções referentes a cada grupo (e) Excelente => 2
de dados.

78 Resposta Frequência absoluta Frequência relativa Ângulo

Muito Ruim 1 5% 18o


MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA

Ruim 1 5% 18o

Satisfatório 4 20% 72o


Bom 12 60% 216o
Excelente 2 10% 36o

5%
5%

10%
MUITO RUIM

RUIM

SATISFATÓRIO

60% BOM
20%
EXCELENTE
ATIVIDADE 5

Escolha ao menos uma das questões da sua pesquisa de opinião e represente os dados
obtidos em um gráfico de setores. Você pode construí-lo manualmente ou utilizando o compu-
tador, neste caso, registre aqui qual foi o programa utilizado e como você fez essa construção.

79

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


4.2. MEDIDAS DE DISPERSÃO

Ao ler jornais e revistas, sempre encontra- Vejamos um exemplo:


mos matérias que envolvem variáveis quanti- Foi feito um estudo dos salários dos
tativas. Para iniciar o estudo das Medidas de funcionários de uma cooperativa de crédito.
Dispersão, seria interessante encontrar, em Selecionaram-se cinco funcionários com os
periódicos, algumas matérias do seu interesse seguintes salários mensais:
que apresentem variáveis quantitativas.

Funcionários P J A M C
Salário Mensal R$ 520,00 R$ 400,00 R$ 620,00 R$ 1850,00 R$460,00
A média aritmética (MA) dos salários foi Se você calcular a média das notas dos
calculada pela fórmula abaixo, concluindo-se três competidores, obterá a média cinco para
que o salário médio dos funcionários dessa todos, impossibilitando a análise sobre a re-
cooperativa é R$ 770,00. gularidade dos competidores. Partindo dessa
ideia, precisamos adotar uma medida que
MA = 520 + 400 + 620 + 1.850 + 460 = 770 apresente a variação dessas notas no intuito
5 de não comprometer a análise.

Analise as informações do quadro e ve- VARIÂNCIA


rifique:
A variância é calculada subtraindo-se o
• o salário dos cinco empregados está valor observado do valor médio (cinco, confor-
de acordo com a média calculada? me o exemplo). Essa diferença indica quanto
um valor observado se distancia do valor mé-
• a média aritmética, neste caso, é um dio. Em seguida, deve-se elevar ao quadrado
bom número para representar o salário cada uma das diferenças e calcular a média
dos empregados da cooperativa? aritmética dos resultados (somá-los e dividir
pelo número de parcelas). Veja os cálculos:
Muitas vezes, isso acontece inclusive nos
meios de comunicação: nos dados apresenta- Competidor A
80 dos, os resultados das pesquisas feitas pare-
cem muito distantes da realidade. E há casos VA = (7 - 5)2 + (5 - 5) 2 + (3 - 5)2 = 4 + 0 + 4 = 2,667
em que a média aritmética ou outras medidas 3 3
MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA

de tendência central não são suficientes para Competidor B


caracterizar a situação estudada.
Para isso, temos outras medidas chama- VB = (5 - 5)2 + (4 - 5) 2 + (6 - 5)2 = 0 + 1 + 1 = 0,667
3 3
das de Medida de Dispersão, que revelam o
grau de variabilidade, por exemplo, dos sa- Competidor C
lários. As mais usadas são a variância e o
desvio padrão. VC = (4 - 5)2 + (4 - 5) 2 + (7 - 5)2 = 1 + 1 + 4 = 2
3 3
O que é variância? O que é desvio padrão?
DESVIO PADRÃO
Observe o exemplo a seguir. Ele é bem
É calculado extraindo-se a raiz quadrada
simples e permite que você acompanhe o
da variância, como é demonstrado a seguir.
cálculo da variância e do desvio padrão numa
situação do cotidiano juvenil.
Competidor A √2,667 = 1,633
Numa competição com skates, as notas de
três competidores em uma prova de manobras
Competidor B √0,667 = 0,817
radicais foram:

Competidor C √2 = 1,414
Competidor A: 7,0 – 5,0 – 3,0
Competidor B: 5,0 – 4,0 – 6,0
Pelos resultados obtidos, constata-se que
Competidor C: 4,0 – 4,0 – 7,0 o competidor B possui os menores valores de
variância e desvio padrão, assim é possível
afirmar que o competidor B possui uma melhor
regularidade nas notas.
Como queremos que você prossiga sua
formação e continue estudando, consideramos
importante conhecer algumas provas e/ou
avaliações, observando como as questões que
envolvem cálculos matemáticos e raciocínio
lógico são apresentadas. Por esse motivo,
selecionamos questões do ENEM, além, é
claro, de alguns problemas elaborados com o
exemplo de situações comuns com que você
se defrontará no cotidiano.
Esses exercícios podem ser considerados
por você uma espécie de autoavaliação, na
qual você “testará” as habilidades desenvol-
vidas até aqui. Bom trabalho!

81

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


ATIVIDADE 6

(ENEM, 2006) Nos últimos anos, ocorreu redução gradativa de taxa de crescimento
populacional em quase todos os continentes. A seguir, são apresentados dados relativos aos
países mais populosos em 2000 e também a projeção para 2050 (www.ibge.gov.br).
DICA
O que você sabe sobre países como a China, a Índia, o Paquistão e a
Indonésia, que aparecem no gráfico de barras como países mais populosos
do planeta? Aproveite a oportunidade para conhecer um pouco mais a
cultura de outros povos, pesquisando na internet. Consulte o site http://
olharparaomundo.blogs.sapo.pt/471101.html

1. ENEM/2006 - Com base nas informações dos gráficos, é correto afirmar que, no
período de 2000 a 2050,

A) a taxa de crescimento populacional da China será negativa.


B) a população do Brasil duplicará.
C) a taxa de crescimento da população da Indonésia será menor que a dos EUA.
D) a população do Paquistão crescerá mais de 100%.
E) a China será o país com a maior taxa de crescimento populacional do mundo.

2. ENEM/2006 - Com base nas informações dos gráficos mostrados, suponha que, no
82 período 2050-2100, a taxa de crescimento populacional da Índia seja a mesma projetada
para o período 2000-2050. Sendo assim, no início do século XXII, a população da Índia,
em bilhões de habitantes, será:
MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA

A) inferior a 2,0.
B) superior a 2,0 e inferior a 2,1.
C) superior a 2,1 e inferior a 2,2.
D) superior a 2,2 e inferior a 2,3.
E) superior a 2,3.

3. ENEM/2006 - Uma cooperativa de radiotáxi tem como meta atender, em no máximo


15 minutos, pelo menos 95% das chamadas que recebe. O controle dessa meta é feito inin-
terruptamente por um funcionário que utiliza um equipamento de rádio para monitoramento.
A cada 100 chamadas, ele registra o número acumulado de chamadas que não foram aten-
didas em 15 minutos. Ao final de um dia, a cooperativa apresentou o seguinte desempenho:
Esse desempenho mostra que, nesse dia, a meta estabelecida foi atingida:

A) nas primeiras 100 chamadas.


B) nas primeiras 200 chamadas.
C) nas primeiras 300 chamadas.
D) nas primeiras 400 chamadas.
E) ao final do dia.

4. Uma cooperativa habitacional realiza determinado serviço em 20 dias, trabalhando


3 horas por dia. Se passarem a trabalhar 8 horas por dia, em quantos dias terá executado a
mesma empreitada?

5. Qual é o montante que resulta da aplicação de R$ 6.000,00 a uma taxa de 1,8%


a.m. a juros compostos durante um quadrimestre?

83

6. Considere uma aplicação inicial de R$ 350,00 rendendo 3% ao mês a juros compostos


e outra de R$ 400,00 rendendo 3% a juros simples. Responda:

MAT E MÁ T I CA COM E RCI AL E FI NANCEI RA


a) Passado um trimestre, qual dos dois montantes será maior?

b) Calcule o montante em cada uma das situações depois de 12 meses. Qual aplicação
teve maior rendimento?

7. O consumo de energia elétrica de uma residência, em certo dia, passadas três horas,
foi de 2,4 kWh. Determine qual será o consumo de energia no final de dez horas, considerando
que o consumo médio por hora se manteve constante durante esse período.
REFERÊNCIAS

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Boletim GEPEM, n. 98, fev. 2010, p. 95-110.
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https://rachacuca.com.br/logica/sudoku/
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https://www.ufrgs.br/psicoeduc/piaget/a-torre-de-hanoi/
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