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FICHA DE LEITURA:
Coimbra, 2021
Motivo da pesquisa:
Após o primeiro contacto com o Hospital Cuf, tornou-se evidente que uma das principais
realidades com que nos iríamos confrontar é a existência de cirurgias de colocação de
prótese total da anca (PTA). Posto isto, considerei relevante elaborar uma ficha de leitura
acerca deste tema, uma vez que me suscitou interesse e curiosidade, com vista a adquirir
conhecimento para a minha vida pessoa e académica.
Síntese
A colocação de prótese total da anca não só proporciona alívio da dor como também o
ganho de amplitude de movimento e, melhoria das funções nos quadros de degeneração
articular grave. A PTA é a substituição da articulação coxofemoral por matéria artificial.
A prótese é formada por duas peças, uma substitui a cabeça do fémur e a outra o acetábulo.
(P. Leite & D. Soares, 2018)
A PTA pode ser concebida a partir de metal, cerâmica ou polietileno e metal, sendo que
as superfícies articulares podem ser de metal-metal, cerâmica-cerâmica, cerâmica-
polietileno ou metal- polietileno. (V. Barbosa, 2015)
Metal/Metal - apresenta uma articulação com pouco desgaste, sem risco de fratura,
permitindo maiores diâmetros. É indicado para pacientes jovens e ativos. No entanto,
problemas inesperados de reações alérgicas a partículas provocam desgaste do metal.
Cerâmica/Cerâmica - é articulação que tem menor desgaste e a mais tolerada, sendo que
não apresenta reações. As atuais cerâmicas apresentam um risco de fratura diminuído e
apresentam uns dos ângulos mais resistentes. Atualmente existem próteses cerâmica-
cerâmica com grandes diâmetros.
Relativamente à fixação, a PTA pode ser cimentada ou não cimentada, sendo que o fator
de escolha são as características da articulação, a idade, o peso, entre outros. De acordo
com a DGS, a prótese cimentada implica a utilização de um cimento que assegura a
fixação do implante ao osso, sendo que a não cimentada é ajustada ao osso, sendo que é
ralizada uma fixação secundária , esta é feita pelo próprio organismo.
O pós-operatório pode ter início no dia da cirurgia ou no primeiro dia após a mesma,
sendo o fator definitivo a tolerância à dor do utente.
Os planos de cuidados de enfermagem têm por base os protocolos existentes nos serviços,
com a devida adaptação ao tipo de doente, ajustando ao estado de saúde atual do utente.
O planeamento e a implementação dos exercícios têm como objetivo facilitar a
recuperação do utente e minimizar as limitações motoras do mesmo.
Posto isto, de acordo com os autores o utente deverá realizar programa com exercícios de
força muscular, amplitude articular, equilíbrio/marcha e amplitude articular/força
muscular, com recurso a exercícios isotónicos e isométricos, mobilizações passivas,
ativas-assistidas e ativas-resistidas. Assim como exercícios de fortalecimento dos
rotadores, sentar e levantar, flexão e extensão do joelho, treino de marcha e transposição
de obstáculos. (Santos, 2019)
Yang, L., Wang, X.-M., Zuo, X.-L., Gong, S.-Q., & Meng, F.-J. (2016). Systematic
evaluation of the clinical nursing pathway with the GRADE approach applied to
functional exercise in patients with hip replacements before and after surgery. Chinese
Nursing Research, 3(4), 185–193. Disponível em:
https://doi.org/10.1016/j.cnre.2016.11.008