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Passo Fundo
2022
Cinthia da Costa Berwanger
Tecnóloga em Agroindústria
Passo Fundo
2022
RESUMO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 9
2 OBJETIVOS....................................................................................................................... 13
3.1.1 Legislação............................................................................................................ 16
5 CRONOGRAMA ............................................................................................................... 54
5 ORÇAMENTO................................................................................................................... 55
9
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A demanda do interesse por esse tipo de bebida tanto aumenta o interesse de cientistas
em estudar as propriedades desses compostos, quanto aumenta o potencial de desenvolvimento
de novos produtos que utilizem esses compostos. A inovação e o atendimento às necessidades
e expectativas dos consumidores são a chave para o sucesso na indústria de bebidas funcionais.
3.1.1 Legislação
das folhas frescas, e secá-las em temperaturas elevadas. Esse processo deve ser realizado logo
após feita a colheita, assim a enzima polifenoloxidase é inativada e se consegue a prevenção da
oxidação e polimerização dos compostos polifenólicos do chá (DONLAO; OGAWA, 2019).
O chá verde contém vários grupos de polifenóis que incluem principalmente
flavonoides, cafeína, ácidos fenólicos e teanina. A bioatividade do chá verde é atribuída ao seu
alto teor de catequinas, divididas em: epicatequina (EC), epigalocatequina (EGC), epicatequina
galato (ECG) e epigalocatequina galato (EGCG), que exibem uma série de atividades biológicas
e são os componentes solúveis em água mais abundantes do chá. A EGCG corresponde à 65%
de todas as catequinas do chá verde (KHAN; MUKHTAR, 2019). As catequinas estão entre os
agentes quimiopreventivos e indutores de apoptose mais eficazes presentes nessa bebida
(SOLDATO et al., 2022).
O chá preto é bastante popular na América do Norte, Europa e Índia, e é a bebida não
alcoólica mais consumida no mundo. Na fabricação do chá preto, a enzima polifenoloxidase
atua de forma que as folhas, previamente maceradas, sejam totalmente fermentadas. Esse
processo é responsável por conferir o aroma e a cor característicos do chá preto. Preparado
esmagando folhas de chá murchas e permitindo a oxidação mediada por enzimas, as catequinas
do chá oxidam para formar flavonoides, incluindo teaflavinas e tearubigina (RAHMAN et al.,
2020).
Devido a esses componentes, os chás verde e preto são conhecidos por suas propriedades
antioxidantes, as quais vêm sendo estudas in vivo e in vitro (ANTOLAK et al., 2021). Os
estudos sobre Camellia sinensis têm crescido nos últimos anos. O número de artigos indexados
que estudaram Camellia sinensis e foram publicados em revistas científicas de 2017 a 2021 foi
de 2.410 documentos, um aumento de >46% em 5 anos. Os principais tópicos investigados
estão relacionados ao seu perfil bioativo e ao uso de extratos ou compostos isolados no
desenvolvimento de novos produtos para as indústrias alimentícia e farmacêutica (BORTOLINI
et al., 2021).
Os antioxidantes são compostos químicos capazes de fazer a eliminação de radicais
livres produzidos naturalmente pelo corpo humano, e os polifenóis presentes no chá ajudam na
proteção de células e tecidos contra danos oxidativos de espécies reativas de oxigênio com
propriedades antioxidantes desempenham um papel importante para a saúde humana, pois
inibem ou reduzem os efeitos do envelhecimento e de doenças crônicas não transmissíveis
(SHANG et al., 2021).
Segundo a literatura, as folhas de chá verde têm maior capacidade antioxidante do que
as folhas de chás fermentados, como o chá preto. A menor capacidade antioxidante em folhas
20
Catequinas
C15H14O6 1.13 - 6.42 0.33
Catequina
C15H14O6 3.18 - 14.21 0.45 - 1.33
Epicatequina
C15H14O7 6.21 - 21.02 0.91
Epigalocatequina
C22H18O10 6.71 - 22.64 1.12 - 2.62
Epicatequina galato
C22H18011 90 - 64 - 95.50 1.34 - 2.15
Epigalocatequina galato
- 106.02 - 154.54 3.95 - 38.69
Catequinas totais
- 1.16 - 29.9 3.36 - 62.10
Flavonoides totais
- 12.36 - 252.65 11.33 - 101.29
Compostos fenólicos totais
Aminoácidos
C7H14N2O3 2.63 - 14.23 1.43 - 11.00
Teanina
C4H9NO2 0.02 - 1.12 0.06 - 0.79
Ácido aminobutírico
- 26.05 13.38
Aminoácidos totais
Metilxantinas
C7H8N4O2 3.95 - 8.39 0.70 - 4.43
Teobromina
C8H10N4O2 2.64 - 42.20 4.05 - 39.55
Cafeína
Fonte: Adaptado de Bortolini et al. (2021)
Os chás têm sido descritos também por suas propriedades antimicrobianas, anti-
inflamatórias, de proteção hepática e renal, anticancerígenas, cardioprotetoras,
hipoglicemiantes, antiobesidade e neuroprotetoras.
O chá exibe atividade antimicrobiana e anti-inflamatória e, os polifenóis do chá,
especialmente as catequinas (EGCG) são os principais contribuintes (SHANG et al., 2021;
TARIQ; REYAZ, 2012). Os polifenóis do chá verde atenuaram a inflamação hepática induzida
por ácidos graxos perfluorados (WANG et al., 2020) e também a insuficiência renal aguda
causada por gentamicina em camundongos (VELJKOVIĆ et al., 2016).
As catequinas do chá, especialmente a EGCG, tem capacidade de diminuir a
proliferação das células de câncer de mama e próstata. Esse efeito está relacionado ao aumento
21
3.2.2 Kombucha
A produção da kombucha começa com o preparo da infusão do chá (Figura 1). Cerca de
4 g de folhas de chá são adicionados a 1 L de água e deixados em infusão com temperatura
inicial entre 70 ºC e 100 °C, por 10 minutos. Após a remoção das folhas por filtração, para a
preparação do substrato, dissolve-se no chá quente 50 g/L de açúcar. Antes da introdução da
cultura starter e do SCOBY no mosto, a infusão é resfriada a cerca de 25 °C (ANTOLAK et
al., 2021).
A adição do líquido starter, que age como inóculo microbiano, destina-se a diminuir o
pH (<4,6) do líquido recém-fabricado, direcionando assim o crescimento dos microrganismos.
O recipiente também deve ser coberto com papel toalha ou pano para evitar que poeira e insetos
entrem em contato com a bebida e a contaminem (DUTTA; PAUL, 2019).
Durante o processo de simbiose, as bactérias e leveduras presentes na kombucha
cooperam e competem, e isso leva a enormes quantidades de reações onde diferentes
24
componentes químicos são formados, como ácido acético, ácido glucônico, ácido glucurônico
e etanol (TAMER et al., 2021). As leveduras convertem a sacarose em etanol (além de ácidos
orgânicos e dióxido de carbono); o etanol é então convertido pelas bactérias do ácido acético
em ácido glucônico, glucurônico e ácido acético. O ácido acético é o principal composto
produzido (MAY et al., 2019).
A Figura 2 apresenta a dinâmica do processo de fermentação da kombucha.
acidez, para serem sucedidas por espécies tolerantes a ácidos (VILLARREAL-SOTO et al.,
2018).
Após o tempo de fermentação, as bebidas de kombucha são geralmente refrigeradas a
4°C, a fim de manter suas propriedades biológicas e funcionais (GRASSI et al., 2022).
A kombucha é tradicionalmente produzida a partir de chá verde, oolong ou mais
comumente de chá preto. Porém, Jakubczyk et al., (2020) descobriram que o chá verde é uma
fonte mais rica de polifenóis do que o chá preto. Portanto, o uso do chá verde pode ser uma
alternativa mais atraente para a produção da kombucha do que a produção com o chá preto. Os
principais compostos fenólicos identificados na kombucha são a galocatequina-galato, a
epigalocatequina, a catequina e a quercetina. Além disso, o teor de fenólicos totais e o teor total
de flavonóides da kombucha são 50 % maiores do que os do chá não fermentado (WONGTHAI
et al., 2021).
Além do tipo de chá utilizado para a produção da kombucha, outros parâmetros de
preparo do chá, como tempo e temperatura, têm um impacto significativo no conteúdo de
compostos bioativos e atividades antioxidantes da bebida final (YANG et al., 2022).
Sabe-se que a temperatura e o tempo de infusão são os principais fatores que afetam a
extração das catequinas do chá. A temperatura de 98 °C com tempo de infusão de 7 a 15 minutos
aumenta o conteúdo de compostos bioativos e, portanto, a capacidade antioxidante do chá.
Maior concentração de ácido gálico, epigalocatequina e cafeína são obtidas em temperatura
superior a 80 °C (PÉREZ-BURILLO et al., 2018).
Quando (SHARPE et al., 2016) desenvolveram uma pesquisa sobre a influência de
fatores nas propriedades do chá, concluíram que os maiores teores atribuídos a capacidade
antioxidante são obtidos quando as folhas são deixadas em infusão por 5 a 10 min em
temperaturas na faixa de 80 a 100 °C.
Com a fermentação, o teor de polifenóis e flavonoides do chá aumenta (WANG et al.,
2022b). Além disso, a capacidade de eliminação de radicais superóxido in vitro, a capacidade
de redução e a concentração de compostos fenólicos totais aumentam durante a fermentação
por consórcio com kombucha (COTON et al., 2017) .
A bebida de chá fermentada por consórcio de kombucha é considerada um reservatório
de microrganismos. Dependendo das condições geográficas, climáticas e ambientais, da origem
do inóculo e dos substratos vegetais e, também das condições da fermentação, diferentes
gêneros, espécies e cepas de bactérias do ácido acético, bactérias do ácido lático e leveduras
são identificados no SCOBY (WANG et al., 2022). Levando em conta a atividade metabólica
de várias cepas de microrganismos, os produtos obtidos podem ser caracterizados por várias
26
principalmente aos polifenóis que são extraídos do chá (TRAN et al., 2020). Por meio de
observação visual o consumidor pode ver bolhas, comuns pela carbonatação, dentro do produto.
Assim como a cerveja, a kombucha pode ser carbonatada naturalmente como resultado do
trabalho das leveduras no processo de fermentação, ou por injeção direta de gás carbônico
(CO2), chamada de carbonatação forçada (BISHOP et al., 2022).
Para descrever o perfil de aroma da kombucha, tem-se utilizado frequentemente o termo
“cidra” (JAYABALAN et al., 2014), e esse perfil de aroma é derivado principalmente do ácido
acético e de compostos orgânicos voláteis produzidos pelas leveduras (ROSEND et al., 2019).
Já a doçura da kombucha, é baseada na concentração de açúcares não fermentados que sobraram
na matriz da bebida. O amargor, muitas vezes referido no consumo da kombucha, é
consequência da cafeína e dos polifenóis do chá utilizado na fermentação da bebida, enquanto
os ácidos orgânicos originados desse processo são responsáveis pelo teor de acidez (LAUREYS
et al., 2020; TRAN et al., 2020). As bactérias do ácido acético são as bactérias mais
caracterizadas na fermentação da kombucha e, essas culturas são predominantemente usadas
para produzir vinagre, por isso não é raro que a kombucha seja descrita tendo elementos de
sabor semelhantes ao vinagre (KHOSRAVI et al., 2019).
A produção de etanol é um produto natural do processo de fermentação da kombucha
(ZHANG et al., 2021). O controle do teor de etanol é feito com o uso de Acetobacter que
converte o etanol em ácido acético por meio de fermentação aeróbica. Devido à natureza não
filtrada e probiótica da bebida, as kombuchas adoçadas podem passar por uma fermentação
anaeróbica secundária dentro da embalagem, aumentando o teor de etanol da bebida (DUTTA;
PAUL, 2019). O aumento no teor de etanol pode fazer com que a bebida deixe de ser
classificada como “não alcoólica”, sendo que no Brasil a bebida comercial deve então ser
rotulada com declaração da graduação alcoólica presente, no painel principal do rótulo do
produto e com a porcentagem expressa em volume (% v/v) (BRASIL, 2019).
Aspectos importantes do ponto de vista das propriedades promotoras de saúde da
kombucha que tem recentemente despertado a atenção de pesquisadores e consumidores são
suas características probióticas, que resultam da presença de microrganismos vivos
(VILLARREAL-SOTO et al., 2018). Além das bactérias do ácido lático e das leveduras,
estudos recentes afirmam que as bactérias do ácido acético também podem ser uma alternativa
nesta área. De acordo com a definição da Organização das Nações Unidas para Agricultura e
da Organização Mundial da Saúde, os probióticos são “microrganismos vivos que, quando
administrados em quantidades adequadas, conferem um benefício à saúde do hospedeiro”
(MARCO et al., 2017).
28
3.2.3 Switchel
O switchel é uma bebida isotônica natural popular nos Estados Unidos, onde é
consumida desde o tempo colonial. Ela é feita tradicionalmente a partir de vinagre de cidra de
maçã, água, suco de gengibre e a adição de um adoçante natural, como mel, xarope de
bordo, açúcar mascavo ou melaço (KIRO, 2022). Acredita-se que o switchel tenha se originado
no Caribe, e eventualmente se tornado popular ao redor da América por meio dos colonizadores
no século XVII. Conforme o fim do século XIX se aproximou, a bebida se tornou popular nas
lavouras da zona rural. (MACLEAN, 2011).
O switchel pode funcionar como um substituto do refrigerante e bebidas esportivas
industriais (SUNA; TAMER; ÖZCAN-SINIR, 2019). As bebidas feitas à base de vinagre são
bem populares entre pessoas que buscam o bem-estar e uma vida saudável (CANTADORI et
al., 2022).
O rizoma de gengibre tem sido utilizado há muito tempo em práticas tradicionais, como
a Ayurveda, terapias chinesas, indianas e árabes, para o tratamento de diferentes condições de
saúde como gripe e resfriado, enxaquecas, hipertensão e dores de cabeça (STYAWAN et al.,
2022). A ciência moderna atual também reconhece, explica e confirma seus efeitos benéficos à
saúde, incluindo atividade antioxidante, antimicrobiana e antiviral (CHANG et al., 2013;
ISLAM et al., 2014). Muitos estudos confirmaram seus efeitos antidiabéticos
(FADDLADDEEN, 2022), anticancerígenos (LEE et al., 2008), e anti-inflamatórios (KIM et
al., 2005; OJEWALE, 2006). Seus compostos bioativos como os compostos fenólicos, os
compostos flavonoides e os óleos essenciais são os responsáveis pelas suas atividades
farmacológicas (ŠVARC-GAJIĆ et al., 2017) .
Gingerol é o principal composto fenólico no rizoma de gengibre. Outros compostos
como polissacarídeos, aminoácidos, ácidos orgânicos e minerais também estão presentes.
30
3.2.3.2 Vinagre
extratos vegetais aromáticos e de condimentos, também pode ainda ser denominado como
fermentado acético (BRASIL, 2012).
Adicionalmente, os parâmetros definidos pela legislação brasileira para o fermentado
acético são divididos conforme sua classificação. Os parâmetros definidos para o fermentado
acético de vegetal são apresentados na Tabela 3.
seguidos de municípios da região centro-sul, como Santa Maria, Minas do Leão, Sentinela do
Sul, Canguçu, Rio Pardo e General Câmara (MARTINS et al., 2018).
parcialmente responsáveis pela estabilidade da coloração e pelo sabor das nozes. Tocoferóis,
também conhecidos como vitamina E, são compostos naturais com atividade antioxidante e
amplamente encontrados em diversos tecidos vegetais (PRADO et al., 2009).
Na Tabela 5, ficam demonstrados a média dos conteúdos de extrato seco, fenólicos
totais, taninos condensados e capacidade antioxidante do chá da casca de noz-pecã também
obtidos por (PRADO et al., 2009), onde obteve-se resultado para teores de compostos fenólicos
totais (118,4 GAE/g) semelhantes a matérias primas consideras ricas em compostos fenólicos
totais, como o chá verde (117,3 GAE/g). Os resultados obtidos indicaram um teor elevado de
compostos fenólicos totais e taninos condensados no chá da casca de noz-pecã.
Tabela 5 - Extrato seco, fenólicos totais, taninos condensados e capacidade antioxidante do extrato aquoso da
casca de noz-pecã
CAD CAE
ESA FTB TCC
30min 24h
g/100g mg GAE/g mg CE/g
mg TEAC/g mg TEAC/g
Média 23,8 ± 5 138,2 ± 26,1 43,4 ± 6,9 385,1 ± 93,7 572,2 ± 102,3
A: Extrato Seco - rendimento; B: Fenólicos Totais - mg GAE/g (equivalentes em ácido gálico) de peso seco; C:
Taninos Condensados - mg CE/g (equivalentes de catequina) de peso seco; D: Capacidade Antioxidante - mg
TEAC/g (atividade antioxidante equivalente em Trolox) de peso seco; E: Capacidade Antioxidante - mg TEAC/g
(atividade antioxidante equivalente em Trolox) de peso seco; média para extrato seco do chá ± desvio padrão
(n=3).
Fonte: PRADO et al. (2009)
Devido a essa composição, foi verificado que o extrato aquoso da casca de noz-pecã
pode constituir uma fonte alternativa de compostos com alta capacidade antioxidante (PORTO
et al., 2013).
O extrato de noz-pecã em um estudo conduzido por Ribeiro et al. (2017) para proteger
amostras de margarina, demonstrou ter a mesma eficiência dos antioxidantes comerciais,
naturais e sintéticos, sugerindo seu uso potencial na indústria de alimentos. Em folhas de alface,
foi capaz de inibir o crescimento de bactérias mesófilas e psicrotróficas ao longo de 5 dias de
armazenamento do produto em temperatura de refrigeração (CAXAMBÚ et al., 2016).
A utilização de filmes de gelatina com incorporação de compostos bioativos
provenientes da casca de noz demonstrou boa proteção contra a oxidação de hambúrgueres
bovinos, o que pode criar boas oportunidades para a comercialização de produtos cárneos com
menor quantidade de aditivos sintéticos (VILLASANTE et al., 2020).
A oxidação de compostos relacionados com a pigmentação dos alimentos também pode
levar a descoloração ou formação de outros compostos de coloração desconforme às
características de certo alimento em seu estado fresco, e a utilização de substâncias
antioxidantes é uma alternativa que pode retardar esses processos (RIBEIRO et al., 2017).
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Para a análise dos resultados, assume-se dois estados possíveis para os dados obtidos.
Esses dados podem ser rotulados como 0 e 1, quando o 1 indica que aquele termo foi
selecionado por determinado julgador, e o 0 indica que o termo não foi selecionado. Uma tabela
de frequência resume a frequência de seleção de cada termo descritor, e dessa forma pode ser
calculada a relevância de cada termo. Para o tratamento dos dados da tabela de frequência se
utiliza a metodologia de análise de correspondência (DAMIANI et al., 2021; OLIVEIRA,
2010).
O uso de metodologias de análise sensorial aplicadas a bebidas funcionais tem sido
usual. Liu et al. (2021) verificaram a avaliação da qualidade sensorial de chás especiais
taiwaneses com infusão fria usando CATA; Marín-Arroyo; González-Bonilla, (2022)
utilizaram métodos rápidos de análise sensorial para fazer a caracterização sensorial e
aceitabilidade de uma nova bebida solúvel, e Wu et al. (2022) estudaram a aceitação, o perfil
sensorial e os motivos da preferência dos jovens consumidores taiwaneses pelas bebidas de chá
GABA oolong com infusões frias através do método CATA.
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4 MATERIAL E MÉTODOS
4.1 MATÉRIAS-PRIMAS
A kombucha será preparada utilizando o chá verde, o qual tem maior capacidade
antioxidante do que as folhas de chás fermentados, como o chá preto (KC et al., 2020). O chá
verde utilizado neste estudo será obtido na loja online “Chá Dō”, da marca Amaya Chás
(Registro/SP).
As culturas simbióticas fermentadoras de kombucha (SCOBY’s) serão de produção
artesanal disponíveis no Laboratório de Bioquímica e Bioprocessos da UPF.
As cascas de noz-pecã serão obtidas diretamente da empresa beneficiadora de nozes
Nozes Pitol LTDA, de Anta Gorda/RS. As variedades das nozes utilizadas para obtenção das
cascas serão Barton, Melhorada, Success e Imperial, e a safra será a de 2022. Estas cascas,
embora obtidas de diferentes variedades, comporão uma amostra única a ser utilizada nos
processos posteriores.
A sacarose (açúcar refinado, marca Alto Alegre, Colorado/PR), o gengibre e o suco de
maçã integral (marca Naturale, Porto Alegre/RS) serão comprados em supermercado, nas
cidades de Tapera/RS e Passo Fundo/RS.
Os reagentes utilizados serão todos de padrão analítico (P.A.), disponíveis no
Laboratório de Bioquímica e Processos da UPF.
na cinética de fermentação, avaliada pelos valores de pH, ºBrix e acidez total titulável ao longo
do tempo de fermentação.
Na etapa 3, serão elaboradas formulações de bebidas funcionais tipo switchel, sendo
variados os percentuais e a utilização de extrato aquoso da casca de noz-pecã, suco de maçã e
mel; e os percentuais de fermentado de kombucha, suco de gengibre e água. Nesta etapa
também será realizada a caracterização das bebidas funcionais tipo switchel.
Na etapa 4 será realizada a análise sensorial das bebidas funcionais tipo switchel
desenvolvidas, utilizando o teste de aceitabilidade e a metodologia CATA (Check All That
Apply) – Marque tudo que se aplica ao produto. Nesta etapa também será realizada a
caracterização físico-química e a elaboração de rótulo das 2 bebidas com melhores resultados
nos testes sensoriais.
As amostras de extrato aquoso das cascas de noz-pecã serão preparadas por infusão e
utilizando as variáveis do delineamento fatorial completo 23 com pontos centrais, apresentados
na Tabela 5.
Após a preparação, os extratos serão filtrados em filtro de papel e resfriados à
temperatura ambiente. Durante este procedimento, os extratos serão protegidos da luz e
armazenados em frasco âmbar., conforme Trevizol et al. (2011).
Tabela 5 – Níveis normalizados e reais das condições experimentais do planejamento 2 3 para a produção de
extrato aquoso da casca de noz-pecã
% (m/v) TI (ºC) tI (min)
Tratamento
Normalizado Real Normalizado Real Normalizado Real
T1 - 10 - 80 - 5
T2 - 10 - 80 + 15
T3 - 10 + 100 - 5
T4 - 10 + 100 + 15
T5 + 30 - 80 - 5
T6 + 30 - 80 + 15
T7 + 30 + 100 - 5
T8 + 30 + 100 + 15
T9 0 20 0 90 0 10
T10 0 20 0 90 0 10
T11 0 20 0 90 0 10
Fonte: elaborado pelo Autor (2022)
As infusões obtidas serão avaliadas em função dos compostos fenólicos totais; teor de
taninos condensados e determinação de capacidade antioxidante, segundo metodologias que
serão descritas posteriormente.
Os ensaios do delineamento experimental, bem como as determinações analíticas, serão
realizados em duplicata.
A partir da etapa anterior terá sido possível verificar as melhores condições de extração
das cascas de noz-pecã. O fermentado de kombucha será produzido seguindo as diferentes
formulações associando o chá ao extrato aquoso da casca de noz-pecã.
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Figura 5 - Formulações para fermentação de kombucha com associação a extrato aquoso da casca de noz-pecã
O interesse dos consumidores por vinagres e bebidas com baixo teor de ácido acético,
impulsiona a exploração de matérias-primas não convencionais com potencial de melhorar as
propriedades funcionais dos produtos finais (CANTADORI et al., 2022).
A elaboração da bebida funcional a base de fermentado de kombucha e extrato aquoso
da casca de noz-pecã será realizada utilizando-se os fermentados otimizados, com adições a
serem testadas de suco de gengibre, água, suco de maçã e mel.
Todos os ensaios para caracterização das amostras serão realizados em duplicata. Após,
as formulações serão submetidas à avaliação sensorial e as escolhidas serão analisadas em
função da composição química para possibilitar a confecção da rotulagem nutricional.
Esclarecido – TCLE, onde será declarado não serem alérgicos aos componentes das amostras,
permitido o uso da informação prestada para seu devido fim e também informado o direito de
desistência da participação do teste a qualquer momento. Os julgadores deverão ser maiores de
18 anos de idade e de ambos os sexos. As avaliações serão realizadas no Laboratório de Análise
Sensorial do Centro de Pesquisa em Alimentação (CEPA) da UPF.
Os testes afetivos têm como objetivo avaliar a preferência geral de produtos. Para este
trabalho, dentre os diferentes testes que compõem essa metodologia, será aplicado o método
afetivo quantitativo – teste de aceitabilidade.
Será utilizada uma escala hedônica verbal com nove categorias, variando de “1”
(desgostei extremamente) a “9” (gostei extremamente). Os atributos avaliados serão Aparência,
Cor, Aroma, Textura e Impressão global.
A avaliação sensorial das formulações de bebida funcional tipo switchel a partir do teste
de aceitabilidade, será realizada com amostras codificadas com números aleatórios de três
dígitos, apresentadas sob luz ambiente, distribuídas de forma balanceada e oferecidas a cada
um dos julgadores. Para cada julgador será servido 20 mL de cada amostra da bebida funcional
tipo switchel, na temperatura aproximada de 5 °C e água mineral em temperatura ambiente para
ser consumida entre as amostras, evitando assim, interferência na análise.
A descrição sensorial das bebidas funcionais tipo switchel será realizada utilizando-se a
metodologia CATA (Check All That Apply – Marque tudo que se aplica). Uma ficha contendo
os termos descritivos e afetivos será elaborada a partir de dados da literatura sobre
caracterização descritiva de kombuchas. Os termos utilizados nas listas do CATA serão dos
tipos sensoriais (ácido, doce, alcoólico, presença de bolhas), emocionais (refrescante,
energizante) e funcionais (bom para o café da manhã, bom para atividades físicas. Os julgadores
serão orientados a marcar todos os termos que julguem conveniente para caracterizar as
amostras analisadas.
45
de turvação. A mistura será agitada e, após 30 minutos, será feita a leitura a 760 nm, usando um
branco preparado da mesma forma com água em lugar da amostra.
Para a preparação da curva-padrão serão pipetadas alíquotas de 10 mL de solução-
padrão de ácido tânico em balões volumétricos de 100 mL, já contendo 75 mL de água. Serão
então adicionados 5 mL do reagente Folin-Dennis, 10 mL da solução saturada de carbonato de
sódio e o balão completado com água. A mistura será agitada e, após 30 minutos, em
espectrofotômetro será feita a leitura a 760 nm, contra o branco. A curva padrão será traçada,
registrando os valores de absorbância nas ordenadas e as concentrações de ácido tânico em
mg/100 mL, nas abcissas.
A determinação do teor de taninos será obtida através da Equação 1 e será expresso em
ácido tânico (mg/100 mL).
𝐶×100
TT = (1)
𝐴
sendo:
C = concentração de ácido tânico na amostra correspondente à leitura da curva-padrão.
A = volume da amostra em mL.
O radical catiônico ABTS será preparado a partir da reação da solução estoque de ABTS
(7 mmol/L) com a solução de persulfato de potássio (2,45 mmol/L), ambas soluções dissolvidas
em água a uma razão de 1:1 v/v. Essa solução permanecerá em repouso no escuro, a
temperatura ambiente, entre 12 a 16 h antes da utilização. Posteriormente, 15 µl de amostras
diluídas dez vezes serão misturadas com 950 µl de solução ABTS; cada mistura será então
deixada em repouso por 6 min e a absorbância será medida em espectrofotômetro ultravioleta-
visível. Será construída uma curva de calibração padrão do ácido 6-hidroxi-2,5,7,8-
tetrametilcroman-2-carboxílico (Trolox). Os resultados serão expressos em mM de Trolox
equivalentes (TE) por litro de amostra.
A avaliação da atividade antioxidante será determinada utilizando-se o método proposto
por (BRAND-WILLIAMS et al., 1995; VILLARREAL-SOTO et al., 2019) com adaptações.
Será preparada uma solução 0,1 mM de DPPH com etanol absoluto. A solução será ajustada
entre 0,500 e 0,600 de absorbância em 515 nm. Em tubos de ensaio, será acrescentado 0,1 mL
da amostra e uma alíquota de 2 mL da solução ajustada. Os tubos serão agitados por 3 segundos
47
sendo:
A (controle): Absorbância dos reagentes;
A (amostra): Absorbância da amostra.
O teor de Proteínas será determinado pelo método de Lowry et al. (1951). Serão
adicionados em tubos de ensaio com tampa de rosca 0,5 mL da amostra. Em seguida, será
adicionado aos tubos de ensaio 0,5 mL de solução de NaOH 1 N. Os tubos serão então colocados
em banho-maria a 100 ºC por 5 min, e depois resfriados em água fria por 10 min. Depois, será
adicionado 2,5 mL da solução C (50 mL de Na2CO3 5 % em H2O destilada + 2 mL de Tartarato
de sódio e potássio 1 % em H2O destilada) em cada tubo, seguido de agitação. Os tubos ficarão
em repouso por 10min, e logo após será adicionado 0,5 mL da solução Folin-Ciocalteau (diluída
até 1 N) em capela de exaustão. Os tubos serão mantidos por 30 min no escuro, e depois de
transcorrido esse tempo, as amostras serão lidas em espectrofotômetro a 750 mm.
A determinação do teor de Carboidratos será realizada pelo método de Dubois et al.
(1956). Serão adicionados em tubo de ensaio com tampa de rosca 1 mL da amostra, e em
seguida, adicionados 1 mL da solução de Fenol 5% em capela de exaustão. Os tubos serão
agitados em vórtex. Após, serão adicionados 5 mL de H2SO4 em capela de exaustão e os tubos
serão agitados cuidadosamente por inversão. Os tubos ficarão em repouso por 10 min, e depois
de transcorrido esse tempo, os tubos deve, ser resfriados em banho de água fria por 20 min,
para parar a reação. Depois, as amostras serão lidas em espectrofotômetro a 488 mm.
A determinação do teor de Lipídeos será realizada pelo método de Folch et al. (1957)
adaptado por Colla et al. (2004). Serão pesados 0,5 g de amostra e adicionado 5 mL de mistura
de clorofórmio:metanol (2:1). A mistura com a amostra será encaminhada para o banho de
ultrassom durante 5 min sob agitação. Posteriormente, a amostra será centrifugada a 10.000
rpm por 10 min e será recolhido o sobrenadante com uma pipeta. Esse passo pode ser repetido
várias vezes. Após centrifugar, os sobrenadantes serão filtrados em papel filtro (lavando o filtro
com 10 mL da mistura de reagentes). Em funil de separação será adicionado o volume de KCl
0,88% (misturado cuidadosamente). Na separação de fases será utilizado a fase inferior. As
amostras serão filtradas em sulfato de sódio anidro e depois transferidas para um balão de fundo
chato previamente tarado e pesado para evaporar o solvente em rota-evaporador. Depois, serão
51
A perda de peso será igual à quantidade de fibra bruta (%, m/m), dada pela Equação 7:
100×𝑁 (7)
FB (%) =
𝑃
sendo:
N = nº de g de fibra
P = nº de g da amostra
O resultado para Valor Calórico Total será calculado através da soma dos fatores de
conversão para carboidratos (4 kcal/g), proteínas (4 kcal/g) e lipídeos (9 kcal/g). (BRASIL,
2020a, 2020b).
A determinação dos açúcares redutores será determinada pelo método de Miller (1959)
com solução de ácido dinitrosalicílico (DNS), como agente oxidante. Serão adicionados 3 mL
de amostra a 3 mL de DNS em tubo de ensaio. Após a homogeneização a mistura será aquecida
em banho maria. Sacarose será utilizada como padrão para a elaboração da curva de calibração,
com leitura espectofotométrica em 575 nm. Os resultados serão expressos com base em
concentração de glicose ([glicose] g/L).
53
5 CRONOGRAMA
2022 2023 2024
ATIVIDADES 4º TRI 1º SEM 2ºSEM 1ºTRI
O N D J F M A M J J A S O N D J F M
Redação e submissão de artigo científico x x
Apresentação do projeto de dissertação x
Produção de extrato da casca de noz-pecan x
Avaliação das formulações de extrato da casca de noz-pecã através de x
determinações analíticas
Produção de kombucha com associação à formulação otimizada do extrato x x
da casca de noz-pecã
Avaliação das formulações de kombucha através de determinações analíticas x x
Produção de bebida funcional tipo switchel x x
Avaliação das formulações da bebida funcional tipo switchel através de x x
determinações analíticas
Aplicação da metodologia de análise sensorial para avaliação das x x
formulações da bebida funcional tipo switchel
Tratamento dos dados resultantes da aplicação da metodologia de análise x x
sensorial
Redação dos resultados e discussões da dissertação x x
Apresentação e entrega final da dissertação x x
55
5 ORÇAMENTO
Material de consumo:
Material Valor (R$)
Matérias-primas 1.500,00
Vidros para fermentação 560,00
Filtros descartáveis 20,00
Toalhas descartáveis 20,00
Luvas descartáveis 40,00
TOTAL 2.140,00
Material existente:
Reagentes/Equipamentos Valor (R$)
Vidrarias 2.000,00
pHmetro 6.000,00
Refratômetro 1.000,00
Balança analítica 4.000,00
Estufa 30.000,00
Estufa à vácuo 25.000,00
Dessecador 500,00
Banho-maria 1.000
Banho Ultrassônico 2.000
Chapa elétrica 1.2000
Forno Mufla 5.000,00
Capela de exaustão 2.500,00
Agitador Vórtex 1.000,00
Centrífuga 40.000,00
Espectrofotômetro 30.000,00
Extrator Sohxlet 3.000,00
Reagentes 20.000,00
TOTAL 174.200,00
56
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