Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Legislanda Vasconcelos 2
Lucas Emmanuel 3
Lilian Lima 4
Lucas Tadeu 5
Maria Jéssica 6
INTRODUÇÃO
A equipe de multiprofissionais integrantes da comissão da Associação Médica
do Estado de São Paulo (AMSP) que é regida pela Lei 0.000/00, regulamentada pelo
Decreto 000.000/00 e suas condutas éticas que estão regulamentadas através da
Resolução CRM n° 000/0000. Vem por meio deste informar que após o surgimento
de questionamentos por parte de um dos membros da Associação Médica do Estado
de São Paulo (AMSP), quanto à metodologia utilizada pela equipe na decisão de não
incluir a hidroxicloroquina no protocolo de tratamento da COVID-19, os demais
membros desta associação decidiram aprofundar os estudos e realizar uma nova busca
por evidências que possam trazer respostas com mais precisão e objetividade.
Diante dessas dúvidas a equipe em reunião, estabeleceu que a diretriz a ser
seguida seria a de revisão sistemática, uma vez que estas revisões possuem vantagens
quando comparadas às revisões tradicionais. As revisões sistemáticas com
metanálises e overview, utilizam métodos rigorosos, confiáveis e auditáveis. Tendo
em vista que esse método busca avaliar e sintetizar o conjunto de evidências dos
estudos de forma imparcial. Os resultados achados são otimizados, o que faz com que
diminua a ocorrência de vieses, uma vez que a análise quantitativa destes estudos
incluídos na revisão fornece informações adicionais.
Esse trabalho tem como objetivo corroborar dados científicos com base em
uma análise sistemática da literatura disponível que sustentem a decisão de não
incluir a hidroxicloroquina no protocolo de tratamento da COVID-19.
METODOLOGIA
A pesquisa foi realizada durante o mês de outubro de 2022, sendo utilizada a
metodologia de revisão sistemática de metanálises e overview, nas bases de dados do
Google acadêmico, LILACS, Pubmed e Elsevier, utilizando os termos
“Hidroxicloroquina” + “Covid19” + “terapia” + “eficácia”. Dos resultados foram
filtrados os publicados entre 2020 e 2022, classificados com maior relevância pelas
plataformas.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Dentro dos critérios estabelecidos foram filtrados quatro trabalhos que
apresentam relevância e estavam de acordo com a tese defendida.
O primeiro pesquisador traz a pesquisa realizada pelo Núcleo de Avaliação de
Tecnologias em Saúde do Hospital Sírio-Libanês (NATS-HSL), que fez uma revisão
das revisões (OVERVIEW). O artigo apresenta os critérios supracitados, bem como o
fato de se tratar de um hospital de renome, cujas pesquisas são reconhecidas
mundialmente. O Hospital analisou 5.785 referências, e foram incluídas 14 revisões
sistemáticas avaliando o uso de hidroxicloroquina/cloroquina para tratamento e/ou
prevenção de Covid-19, considerando o cenário ambulatorial ou hospitalar. Dentre essas
revisões, três preencheram os critérios de priorização e contribuíram com os resultados
e as conclusões de overview.
O uso de hidroxicloroquina para o tratamento de Covid-19 resultou em pouca ou
nenhuma diferença na taxa de mortalidade, caracterizando uma (evidência de alta
certeza), houve um aumento do risco de qualquer evento adverso e não houve redução
da necessidade de ventilação mecânica (evidência de moderada certeza), e pouco ou
nenhum efeito sobre o risco de eventos adversos graves (evidência de baixa certeza) e
seu efeito sobre o tempo até a melhora clínica ainda é incerto (evidência certeza muito
baixa). MARTIMBIANCO et al (2021).
No que diz respeito ao uso de hidroxicloroquina para a prevenção de Covid-19,
os resultados foram um pequeno aumento ou pequena redução do risco de ter Covid-19
confirmada laboratorialmente, (evidência de moderada certeza), houve pouca ou
nenhuma diferença na taxa de mortalidade e na taxa de hospitalização (evidência de alta
certeza) aumentou o risco de qualquer evento adverso e de eventos adversos que levam
à interrupção do tratamento (evidência de moderada certeza). MARTIMBIANCO et al
(2021).
Conforme Martimbianco et al (2021, p.16)
O segundo pesquisador, fez uma busca no Google acadêmico usando as palavras
chaves: “Hidroxicloroquina” + “Covid19” + “terapia” + “eficácia”. Na sua busca ele
analisou os métodos, resultados e conclusão de seis artigos, onde a maioria eram
revisões literárias vagas, dentre eles apresentou-se um artigo com uma base de dados
mais completa, o mesmo utilizou para a busca PubMed, LILACS, SciElo e Google
Acadêmico num período entre 24 de março de 2020 a 10 de abril de 2020.
No artigo de revisão do Jornal of Health and Biological Sciences-JHB, foram
analisadas 30 publicações, onde sete atenderam os critérios de inclusão. Dos sete
ensaios clínicos analisados, apenas cinco obtiveram resultados de cura e/ou remissão
dos sintomas e/ou redução da carga viral dos pacientes (MENESES, SANCHES e
CHEQUER, 2020, p.7)
CONCLUSÃO
Diante das informações obtidas na literatura a equipe de multiprofissionais
integrantes da comissão da Associação Médica do Estado de São Paulo (AMSP) conclui
que continua com a decisão de não recomendar a inclusão da hidroxicloroquina no
protocolo de tratamento da COVID-19. Visto que os trabalhos encontrados relatam a
baixa eficiência da sua utilização em diversas fases dos casos de COVID-19, associados
com a presença dos efeitos adversos e aumento de casos de automedicação capaz de
trazer danos à saúde.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
GRAUTET, Philippe et al. Hydroxychloroquine and azithromycin as a treatment of COVID-19: results
of an open-label non-randomized clinical trial. Disponível em: <
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7102549/> Acesso em: 09 de setembro, às 14h34