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POR QUE A CLOROQUINA NÃO É EFICAZ NO COMBATE A COVID-19

Daniela Lemos

O método científico, um processo sistemático de exploração de fenômenos e aquisição


de novos conhecimentos, tem sido fundamental para a compreensão dos efeitos e da eficácia
dos tratamentos para doenças, incluindo a COVID-19. Esta explicação seguirá os passos do
método científico para elucidar por que a Cloroquina, inicialmente considerada um tratamento
potencial, foi considerada ineficaz contra a COVID-19.

1. Observação: O surto da pandemia de COVID-19, causado pelo vírus SARS-CoV-2,


levou a uma crise de saúde global. Na busca por tratamentos, observou-se que a
cloroquina, um medicamento antimalárico, tinha supostos efeitos antivirais in vitro,
sugerindo que poderia inibir o vírus.

2. Pergunta: Dadas as propriedades antivirais da cloroquina em ambientes laboratoriais,


surgiu a questão crítica: a cloroquina é eficaz no tratamento da COVID-19 em
humanos?

3. Hipótese: A hipótese inicial era que a cloroquina poderia reduzir a gravidade dos
sintomas da COVID-19 e acelerar a recuperação ao inibir a replicação do vírus.

4. Experiência e Análise: Para testar esta hipótese, ensaios clínicos foram realizados em
todo o mundo. Esses estudos variaram em escala, metodologia e população, mas
compartilharam um objetivo comum: determinar a eficácia da cloroquina no
tratamento da COVID-19. Os pesquisadores coletaram dados sobre vários resultados,
incluindo carga viral, gravidade dos sintomas, duração da hospitalização e taxas de
mortalidade entre pacientes tratados com cloroquina em comparação com grupos de
controle que receberam tratamento padrão ou placebo.

5. Interpretação: A análise dos dados desses ensaios clínicos revelou que a cloroquina
não melhorou significativamente os resultados dos pacientes com COVID-19. Em
alguns casos, foi associado a efeitos secundários adversos, tais como complicações
cardíacas, superando quaisquer benefícios potenciais. O mecanismo de ação da droga,
que supostamente bloqueia a entrada e replicação viral, não se traduziu em eficácia
clínica contra o vírus em humanos.

6. Conclusão: Com base na análise dos dados dos ensaios clínicos, a comunidade
científica concluiu que a cloroquina não é um tratamento eficaz para a COVID-19. A
falta de resultados positivos significativos e o potencial para efeitos secundários
prejudiciais levaram as autoridades de saúde em todo o mundo a desaconselhar a sua
utilização no tratamento de pacientes com COVID-19.

7. Comunicação: Estas descobertas foram comunicadas através de revistas científicas,


comunicados de imprensa e meios de comunicação para informar os prestadores de
cuidados de saúde, os políticos e o público em geral.

8. Divulgação: A divulgação destes resultados foi crucial para ajustar protocolos de


tratamento e concentrar recursos em terapias mais promissoras.

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