ABSTRACT
Patients admitted to the Intensive Care Unit (ICU) are subject to neurological modifications due
to disorders, clinical conditions, use of sedatives and mechanical ventilation, adverse events
during hospitalization and acessories. Nursing teams play an important role in the assessment
of patients and in the identification of possible problems, assisting in neurological assessments
and contributing with their documentation and examination to enable a daily awakening process,
aiming to minimize the use of sedatives, reducing as well as the use of ventilation , mechanics
and time of hospitalization of the patient reduce the risk of care associated with this period. The
general objective of this research was to analyze how the assessment of sedation and daily
awakening occurs in the Intensive Care Unit. The type of research to be carried out will be a
review of Literature, where books, dissertations and scientific articles are searched, selected
through searches in the following data bases (books, data bank sites, etc. The period of the
articles searched was the works published in the last 10 years from 2017.
1
aluna de pós graduação em Terapia Intensiva pelo Centro Universitário Redentor
2
Professor orientador Pós graduação em Terapia Intensiva pelo Centro Universitário Redentor
1. INTRODUÇÃO
A presente pesquisa sobre a Avaliação da sedação e do despertar diário
em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), foi desenvolvida como proposta de
trabalho de conclusão de curso (TCC) para a pós-graduação em Terapia
Intensiva pelo Centro Universitário Redentor.
Para Puggina e Silva (2009), o coma (do grego kôma = sono profundo) é
definido como estado de perda total ou parcial da consciência, da motricidade
voluntária e da sensibilidade, normalmente por lesões cerebrais, intoxicações,
problemas metabólicos e endócrinos, no qual, dependendo da gravidade, as
funções vitais são mantidas em maior ou menor grau.
Os pacientes que por sua vez têm impacto em seu estado neurológico
são chamados de doentes neurocríticos, terão uma ou mais deficiências
sistêmicas, e nessa perspectiva sua principal característica é a necessidade de
toda uma equipe multiprofissional para monitorar continuamente sua saúde
(ARRUDA P . et al., 2019).
A enfermagem na UTI é fundamental, pois assiste às pessoas 24 horas
por dia e facilita todas as etapas do cuidado. Dessa forma, eles ganham uma
visão holística de todo o fluxo de trabalho e das nuances que as pessoas
vivenciam (MEDEIROS et al., 2016).
Pacientes em ventilação mecânica (VM) são considerados
neurologicamente críticos ou de alta complexidade, o que requer suporte multi
especializado, onde cada profissional tem os mesmos objetivos na prestação
de cuidados aos pacientes de acordo com suas habilidades e atributos
(RIBEIRO, 2018).
A sedação é uma aliada fundamental para pacientes comatosos em VM,
pois melhora a segurança e o processo de adaptação, porém, quando utilizada
em excesso, prolonga a permanência do paciente na UTI, deixando-o
vulnerável a complicações adversas. (BARBOSA T. et al. 2018).
Os protocolos de sedação e desmame são as principais ferramentas
para o manejo de pacientes em VM, e as pessoas devem estar sempre atentas
ao seu estado de conforto (JÚNIOR; PARK, 2016).
Por sua vez, o despertar diário desempenha um papel fundamental no
tratamento de pacientes críticos, reduzindo a ansiedade e evitando alterações
cognitivas de longo prazo e seu sofrimento. Nessa perspectiva, o objetivo do
despertar diário é avaliar a necessidade de sedativos e reduzir o acúmulo
sistêmico da droga, por isso a literatura nos leva ao uso de um checklist para
aprovar o manejo do despertar diário (LIMA et al., 2019) .
Segundo Lima et al. (2019), a ferramenta checklist de gerenciamento do
despertar diário do paciente crítico deve seguir um roteiro que deve conter as
seguintes informações: identidade do paciente, chegada e dosagem do
sedativo, verificar prescrição de analgésicos, verificar prescrição de
benzodiazepínicos, verificar prescrição de antibióticos Medicamentos
psicotrópicos, definir horário para parar sedação e avaliar os níveis de
sedação-agitação.
Lima et al. (2019) também afirmaram que após a 6ª hora, os níveis de
sedação-agitação devem ser avaliados durante a verificação dos sinais vitais,
retomar a sedação se clinicamente indicado, retomar a infusão da sedação na
metade da dose anterior, avaliar os sinais vitais, avaliar os parâmetros de
ventilação e revisar as doses dos medicamentos.
Vale ressaltar que o despertar diário é uma avaliação realizada por uma
equipe multiprofissional, portanto, a decisão de realizar o despertar diário para
um determinado paciente deve ser discutida por ela, incluindo médico,
enfermeiro, fisioterapeuta, fonoaudiólogo (a), Psicólogos e farmacêuticos (LIMA
et al. 2019).
2. DISCUSSÃO
Reis, Gabarra e Moré (2016) apontaram que a UTI é muitas vezes vista
como um espaço morto, porém, há esperança e perspectivas de sobrevivência
associadas ao acompanhamento interdisciplinar realizado pela equipe.
Considerando o fato de serem pacientes críticos e mais propensos a erros e
complicações, a UTI é onde mais atenção deve ser dada à observação de
pacientes quanto a eventos adversos (DUTRA et al, 2017).
“A terapia intensiva está associada a diversos estressores, e a vivência
desse evento, juntamente com a presença de memórias fantasmas,
desencadeia alterações psicológicas tanto de curto quanto de longo prazo”
(COSTA et al., 2014, p. 122).
A formação da memória ocorre diante das emoções envolvidas e pode
ser evocada no futuro, mas o efeito das memórias traumáticas formadas por
conteúdo real ou fantasioso foi observado nos déficits neurológicos das
relações memória-transtorno em pacientes após admissão na UTI. de
síndromes comportamentais (IZQUIERDO, 2004 apud LELES, 2018).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Fica claro o quão importante é o papel do médico referente a atuação da
equipe de enfermagem no cenário de cuidados intensivos, assim como ressalta
a necessidade e importância do aprimoramento nessa área de pesquisa,
valorizando ter ou buscar ter profissionais especializados para aumentar o
conhecimento na UTI departamento e competências, com especial enfoque no
método de interrupção diária da sedação, que se revelou um método eficaz
quando utilizado de forma correta e em colaboração com uma equipa
multidisciplinar.
Além da necessidade de boa documentação do procedimento, evolução
completa e detalhes importantes para avaliação e acompanhamento do
paciente, ações planejadas devem ser utilizadas para melhor desmame da
ventilação e sedação.
Verifica-se que nas instituições de pesquisa não existe um padrão para
interrupções diárias da sedação, portanto não é utilizado o método de
despertar diário de uma equipe de UTI multiespecializada, havendo também
diferenças em dados gerais como ausência de prescrição, repetição evolutiva,
além de ao acompanhamento neurológico incompetente.
A adequação do uso do método de despertar diário de forma benéfica foi
observada de acordo com o estudo e demonstrou a possibilidade de
implementá-lo em instalações de pesquisa para auxiliar os resultados clínicos
nos pacientes.
Acredita-se que a presente pesquisa possibilitará um caminho para
novos estudos e que assim, possa-se ter um protocolo forte e firme da sedação
e do despertar na UTI.
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