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O termo “trabalho análogo ao de escravo” deriva do fato de que o trabalho escravo formal foi abolido
pela Lei Áurea em 13 de maio de 1888. Até então, o Estado brasileiro tolerava a propriedade de uma
pessoa por outra não mais reconhecida pela legislação, o que se tornou ilegal após essa data.
https://reporterbrasil.org.br/trabalho-escravo/
Uma matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo no dia 30 de janeiro de 2022 mostra, com base
nos dados consolidados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, que o número de operações da
Polícia Federal para resgatar trabalhadores em condições análogas à escravidão aumentou 470% em
2021 em relação a 2020. Também houve um crescimento no número de investigações: foram abertos
306 inquéritos sobre trabalho escravo em 2021, um aumento de 30% em relação a 2020.
Segundo dados obtidos pela Agência Senado, entre 2016 e 2020, o Ministério Público do Trabalho (MPT)
recebeu mais de seis mil denúncias relacionadas ao trabalho escravo, aliciamento e tráfico de
trabalhadores no Brasil. Só em 2020, mais de 900 trabalhadores foram resgatados de situações análogas
ao trabalho escravo.
Em 2021, dados do Ministério do Trabalho e Previdência indicam que foram libertadas 1.937 pessoas em
condições de trabalho análogo à escravidão e que tem crescido: foi à maior alta desde 2013 (naquele
ano foram 2.808) e um aumento de 106% em relação a 2020. Destes 89% trabalhavam em áreas rurais e
310 pessoas só na produção de café, mas também no cultivo de fumo, algodão, soja, erva-mate, batatas,
cebolas, cana e laranja, na fabricação de farinha de mandioca, no cultivo e extração de florestas nativas,
na produção de carvão, e também em siderurgia, construção civil e em oficinas de costura, entre outros
lugares. https://congressoemfoco.uol.com.br/area/pais/trabalho-escravo-no-brasil-ate-quando