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Violência de Estado: a constante intervenção militar durante o governo

Bolsonaro em São Paulo


O reflexo das políticas permissivas em relação às armas de fogo e à letalidade policial
patrocinada pelo Governo Federal desde 2019

Desfile realizado pela Marinha em frente ao Congresso Nacional em Brasília, 10 de agosto.

Apenas nessas duas últimas semanas registraram-se nos meios midiáticos onze casos de extrema violência
estatal, cinco resultando em Mortes Violentas Intencionais (MVI). Segundo o Atlas da Violência 2021:
“(a violência dos policiais) Conjugada à ausência de mecanismos institucionais de controle quanto aos
padrões institucionais do uso da força, o que propicia não apenas a vitimização de civis, mas também de
policiais. Em 2020, segundo o “Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2021” (FBSP, 2021), foram
6.416 civis mortos por intervenções de policiais civis e militares da ativa, contra 194 policiais vitimados
fatalmente.”
No ano passado, o país atingiu o maior número de mortes em decorrência de intervenções
policiais desde 2013, quando o Fórum Brasileiro de Segurança Pública passou a monitorar o
indicador. Foram 6.416 pessoas mortas por policiais civis e militares da ativa, em serviço ou
de folga, cerca de 17,6 mortes por dia, informa o Anuário do FBSP segundo A Ponte.
É nessas circunstâncias que casos como o de
Filipe (19), conhecido como Churrasco, jovem
estudante negro baleado pela Polícia Militar de
São Paulo por volta das 21h do dia 05/09 após
um “surto” em Bela Vista, Guarulhos; são
registrados, assim como os de Elias Vasques e
Ygor Silva, pedreiros mortos pela Rota
(Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) por
suspeita de tráfico de drogas enquanto
trabalhavam no Morro dos Macacos, Guarujá,
no dia 10/09, vizinhos das vítimas afirmam que
os dois jovens não tinham relação com o
comércio de entorpecentes, segundo A Ponte
jornalismo; Cléber (25) morto no dia 03/09
pela Rota enquanto dormia na comunidade do Areião, periferia de São Bernardo do Campo
(SP).

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