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º 1
Grupo I
A floresta de Sundarbans estende-se por mais de dez mil quilómetros quadrados da Índia e do
Bangladesh, ao longo da orla costeira do golfo de Bengala (fig.1). É a maior floresta contínua de
mangais do mundo e é o habitat de uma grande diversidade de espécies. Para os 7,5 milhões de
pessoas que vivem na região, a floresta é uma barreira natural contra as marés e os ciclones. À
medida que se abatem árvores e a subida do nível do mar aumenta a salinidade, a floresta e o
solo estão a ser reduzidos.
Os mangais são formações vegetais que se desenvolvem, predominantemente, em zonas de
transição entre ambientes marinhos e terrestres. Localizados em zonas de águas salgadas ou
salobras na linha de costa e na foz dos rios, estes ecossistemas podem estender-se até 50 km
para o interior da costa.
O mangal é importante a diversos níveis: biologicamente, é considerado um dos mais ricos
repositórios de diversidade biológica e genética do mundo, além de que 90% dos organismos
marinhos passam parte da sua vida neste ecossistema e 80% das capturas mundiais de peixe são
dependentes dos mangais. Prestam ainda inúmeros serviços de manutenção e regulação,
sobretudo por serem um importante sumidouro de carbono.
A extração de madeira e o aumento da salinidade estão a exterminar muitas espécies de árvores
de maior valor, com capacidade para travar as tempestades. As barragens localizadas a
montante, nos rios que correm da Índia, têm reduzido o caudal de água doce, enquanto a subida
do nível do mar e o recuo da linha de costa, provocadas pelas alterações climáticas, vão
introduzindo cada vez mais água nos mangais. Sem as raízes entrelaçadas dos mangais a
estabilizar o solo, a erosão arrasta a terra para o mar e, com as barragens, a montante, a reterem
os sedimentos fluviais, a água já não é reposta como antigamente.
Baseado em Schwartzstein, P. (janeiro de 2020). Uma grande floresta encolhe e vidas são levadas pela água.
National Geographic online. Disponível em bit-ly/2XAZm0i [consult. jan 2020]
4. Durante os períodos de aquecimento, o degelo dos glaciares, como, por exemplo, os dos
Himalaias, provoca a subida do nível do mar, causando o da linha de costa e o
aumento da ao longo da costa.
(A) avanço … sedimentação (C) recuo … sedimentação
(B) avanço … erosão (D) recuo … erosão
5. Na génese dos sedimentos detríticos que existem nas zonas de mangais ocorreu, de forma
sequencial:
(A) a meteorização e a erosão. (C) a diagénese e a erosão.
(B) o transporte e a erosão. (D) a meteorização e a diagénese.
7. A elevada salinidade da água nas florestas de mangais atuais constitui um fator ambiental
característico
(A) dos cursos de água. (C) dos glaciares nos Himalaias.
(B) das águas subterrâneas. (D) dos mares e oceanos.
8. A energia das ondas do mar que se faz sentir nos mangais pode ser entendida como um
agente da geodinâmica , tal como .
(A) externa … o calor do magma (C) interna … a água dos rios
(B) externa … a água dos rios (D) interna … o calor do magma
9. Nos mangais, a sobrevivência das espécies vegetais é condicionada pela sua tolerância à
(A) falta de água. (C) ação de predadores.
(B) exposição solar. (D) concentração de sal.
4. Os fósseis das floras da Laurêntia e da Ibéria podem permitir atribuir a mesma idade
aos estratos onde se encontram, em especial se tiverem uma distribuição temporal .
(A) relativa … reduzida
(B) relativa … elevada
(C) absoluta …. reduzida
(D) absoluta … elevada
Coluna I Coluna II
(a) Existe uma correlação entre a distribuição de cadeias (1) Argumento paleontológico
montanhosas na Laurásia e na Gondwana.
(2) Argumento litológico
(b) Presença de fósseis de plantas idênticas de ambos os lados
do oceano Atlântico. (3) Argumento paleoclimático
(c) Há uma grande concordância entre as linhas de costa da (4) Argumento morfológico
África e da América do Sul.
A espécie Allosaurus fragilis, conhecida da Formação Morrison (Jurássico Superior), do oeste dos
EUA, é uma das mais estudadas espécies de dinossauros do grupo dos Theropoda (terópodes),
que alberga todos os dinossauros carnívoros e os seus descendentes emplumados do Mesozoico
até à atualidade, as aves.
Como resultado de um estudo realizado por uma equipa internacional, foi identificado em Portugal
o primeiro fóssil de dinossauro do Jurássico com características de um terópode allosaurídeo.
O espécime estudado, proveniente da localidade de Andrés (Pombal-Leiria), constitui a primeira
ocorrência de restos de dinossauros da espécie A. fragilis fora da América do Norte.
Allosaurus fragilis tornou-se, assim, na primeira espécie de dinossauros conhecida em dois
continentes distintos. Este facto acarreta importantes implicações paleogeográficas, provando a
existência de uma “ponte terrestre”, porventura episódica, entre a América do Norte e a Europa
Ocidental, no Jurássico Superior, aproximadamente há 150-140 Ma (fig. 3).
Como resultado da fragmentação da Pangeia, é consensual a existência, no Jurássico Superior,
de mares pouco profundos, por onde circulavam dinossauros entre a Europa e a América do
Norte.
Baseado em Dantas, et al. (1999). O dinossáurio carnívoro Allosaurus fragilis no Jurássico superior português.
Al-Madan, 8, 23-28. DOI:10.13140/RG.2.1.3224.1762.
Figura 3. A existência de mares pouco profundos ou a existência de pontes continentais permitiram a migração de
populações de allosaurídeos entre a Ibéria e o continente norte-americano.
Baseado em Brikiatis, L. (2016). Late Mesozoic North Atlantic land bridges.
Earth-Science Review, 159, 47-57. DOI: 10.1016/j.earscirev.2016.05.002
1. A Era Mesozoica foi posterior à e foi marcada pelo domínio dos dinossauros e pela
abundância de nos oceanos.
(A) Paleozoica … trilobites
(B) Cenozoica … amonites
(C) Paleozoica … amonites
(D) Cenozoica … trilobites
2. A atribuição da mesma idade às formações descobertas nos EUA e na Europa com fósseis de
Allosaurus fragilis resulta na aplicação do princípio
(A) da identidade paleontológica.
(B) da sobreposição.
(C) da horizontalidade.
(D) das causas atuais.
Grupo IV
2. Numa amostra não contaminada, a datação absoluta de um cristal de zircão de uma areia
de praia dará uma idade
(A) anterior à meteorização do sienito original.
(B) anterior à consolidação do magma.
(C) simultânea à da meteorização do sienito.
(D) simultânea à da exposição subaérea do maciço granítico.
3. A datação efetuada a partir dos zircões permitiu obter a idade do maciço de Sines, o
que é possível devido à dos isótopos-pai.
(A) radiométrica … estabilidade
(B) radiométrica … instabilidade
(C) relativa … instabilidade
(D) relativa … estabilidade
5. Para o mesmo isótopo radioativo, quando se comparam sienitos mais antigos com sienitos
mais recentes, é de esperar que
(A) o período de semivida do isótopo-pai seja menor nos sienitos mais recentes.
(B) a razão isótopo-pai/isótopo-filho seja maior nos sienitos mais antigos.
(C) o período de semivida do isótopo-pai seja maior nos sienitos mais recentes.
(D) a razão isótopo-pai/isótopo-filho seja menor nos sienitos mais antigos.
10. Estabeleça a correspondência entre cada uma das afirmações relacionadas com a tectónica
de placas, na coluna I, e a respetiva designação, na coluna II.
Coluna I Coluna II
(a) Zona onde se registam movimentos laterais entre as placas (1) Litosfera
litosféricas envolvidas.
(2) Correntes de convecção
(b) Zona rígida que inclui a crusta e a parte mais externa do
(3) Astenosfera
manto superior.
(4) Limite conservativo
(c) Circulação de materiais associada ao seu aquecimento pelo
calor interno da Terra. (5) Limite divergente
11. Explique a importância, para a datação absoluta, do facto de o tempo de semivida do isótopo
instável ser constante.
COTAÇÕES
Item
Grupo
Cotação
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
I
5 5 5 5 5 5 5 5 5 10 55
1 2 3 4 5 6 7 8
II
5 5 5 5 5 5 5 10 45
1 2 3 4 5
III
5 5 5 10 10 35
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
IV
10 5 5 5 5 5 5 5 5 5 10 65
TOTAL 200