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Análise Vetorial - Unidade 5
Análise Vetorial - Unidade 5
Cristiane da Silva
Rotacional
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
A teoria resultante de integrais de linha e de superfície fornece uma
importante ferramenta matemática para a ciência e a engenharia. É
recorrente o uso desses conceitos e teoremas em situações aplicadas,
embora, muitas vezes, tenhamos certa dificuldade em fazer a relação
entre teoria e prática.
Neste texto, você vai estudar o rotacional. O rotacional de um campo
vetorial é bastante utilizado em problemas envolvendo física, por exem-
plo. Serão apresentados conceitos e teoremas envolvendo o rotacional
de um campo vetorial e, para facilitar a compreensão, você será dire-
cionado a problemas aplicados associados ao conteúdo. Você também
conhecerá as propriedades do rotacional, a relação entre o Teorema de
Green e o rotacional, além de acompanhar muitos exemplos práticos. A
proposta é que você possa, além de reconhecer os teoremas, aplicá-los
em diferentes situações.
Rotacional
Estudaremos o rotacional de um campo vetorial a partir da sua definição
no intuito de interligar aos conhecimentos já aprendidos na disciplina de
2 Rotacional
Vejamos um exemplo.
Determinar , sendo .
Temos .
.
4 Rotacional
Para saber mais sobre o rotacional de um campo vetorial, consulte o livro Cálculo
B: funções de várias variáveis, integrais múltiplas, integrais curvilíneas e de superfície, de
Gonçalves e Flemming (2007, p. 221). As autoras apresentam exemplos detalhados
envolvendo o rotacional.
Rogawski (2009) diz que, uma vez fixada uma orientação de S, podemos
induzir uma orientação de fronteira em da seguinte forma. Imagine
que sejamos o vetor normal caminhando ao longo da curva de fronteira.
Nesse caso, a superfície ficará à nossa esquerda. A Figura 3 expressa essas
duas orientações de uma superfície em que a fronteira consiste em duas
curvas, a ea .
6 Rotacional
Suponha que S seja uma superfície orientada, lisa por partes, cuja fronteira
seja uma curva fechada ou uma união de curvas fechadas. Seja fronteira
de S com sua orientação de fronteira. Seja F um campo vetorial cujos com-
ponentes têm derivadas parciais contínuas. Então:
Se S for fechada (ou seja, se for vazia), então é nula a integral de super-
fície do lado direito.
Figura 4.
Fonte: Rogawski (2009, p. 1006).
Resolução.
Quando percorremos o círculo C no sentido indicado pela seta, a superfície fica
à esquerda.
Portanto, C está orientada como a fronteira de e, pelo Teorema de Stokes:
A parametrização c(t) = (cost, 0, sent) traça C no sentido indicado pela seta porque
começa em c(0) = (1,0,0) e se movimenta na direção de . Temos, então:
Resolução.
O Teorema de Stokes possibilita encontrar a circulação pela integração sobre a
superfície do cone. Por correr C na direção anti-horária visualizada de cima corresponde
a tomar a normal interna n ao cone, a normal como uma coordenada k positiva.
Parametrizamos o cone como:
Então, temos:
Rotacional 9
Assim:
E a circulação é:
Figura 6. Escoamento circular constante paralelo ao plano xy, com velocidade angular
constante w em sentido positivo (anti-horário).
10 Rotacional
Resolução.
Com F = –wyi + wxj, encontramos o rotacional:
Resolução.
O plano é a superfície de nível f(x,y,z) = 2 da função f(x,y,z) = 2x + y + z. O vetor
normal unitário:
Rotacional 11
A circulação é:
GONÇALVES, M.B; FLEMMING, D.M. Cálculo B: funções de várias variáveis, integrais múl-
tiplas, integrais curvilíneas e de superfície. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
ROGAWSKI, J. Cálculo. São Paulo: Bookman, 2009. v. 2.
THOMAS, G.; WEIR, M.D.; HASS, J. Cálculo. 12. ed. São Paulo: Pearson Education do
Brasil, 2012. v. 2.
Leitura recomendada
SALAS, S. L.; HILLE, E.; ETGEN, G. J. Cálculo. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2005. v. 2.
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