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Rodrigo Rodrigues
S719e Souza, Diogo Braga da Costa.
Eletrotécnica [recurso eletrônico] / Diogo Braga da
Costa Souza, Rodrigo Rodrigues. – Porto Alegre :
SAGAH, 2017.
CDU 621.3
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar os teoremas de rede, com destaque para
os teoremas de Thévenin e de Norton. O teorema de Thévenin prova-
velmente é o mais utilizado, sendo aplicado em circuitos de uma única
fonte ou em circuitos de múltiplas fontes. Já o teorema de Norton é usado
para simplificar uma rede em termos de correntes em vez de tensões.
Há vários teoremas para calcular os parâmetros de um circuito (tensão,
corrente, resistência, etc.) em redes complexas de circuitos CC. A rede é
uma combinação de componentes interligados, como resistências, de
modo a produzir um resultado final distinto. No entanto, as redes normal-
mente precisam de outras ferramentas além daquelas empregadas na
análise de circuitos série e/ou paralelo. Com os teoremas da superposição
de Thévenin e de Norton, é possível reduzir, de forma simples, redes
complexas CC de resistores.
Teorema de Thévenin
O teorema de Thévenin é um método para transformar um circuito complexo
em um circuito simples equivalente. Com esse processo é possível determinar a
tensão em um componente do circuito, sem precisar calcular outros parâmetros.
Passo 2: calcule VTh. VTh é a tensão através dos terminais a e b, que tem o mesmo
valor da queda de tensão na resistência R2.
Então,
Veja como o equivalente de Thévenin simplificou o cálculo para a rede de duas malhas.
Além disso, se a carga RL fosse modificada, não seria necessário recalcular toda a rede.
Teorema de Norton
O teorema de Norton é utilizado na simplificação de circuitos, tal como o
de Thévenin, mas difere deste porque se destina à medida da corrente em
determinado ramo do circuito.
Escolhidos dois pontos de um circuito elétrico qualquer, os efeitos do
circuito sobre esses dois pontos (em vazio, sem carga) podem ser representa-
dos por um gerador de corrente, com uma resistência em paralelo, chamado
gerador equivalente de Norton.
Esse teorema pode ser usado ou com circuitos de uma única fonte ou com circuitos
de múltiplas fontes. Em certos casos, a análise da divisão das correntes pode ser mais
fácil do que a análise da tensão (PETRUZELLA, 2013).
No caso da análise de correntes, este teorema serve para reduzir uma rede a
um circuito simples em paralelo com uma fonte de corrente. Essa fonte fornece
uma corrente de linha total que pode ser subdividida nos ramos paralelos. Se
a corrente I (Figura 2) for uma fonte de 4 A, ela fornecerá 4 A, independen-
temente do que estiver conectado aos terminais de saída a e b. Se não houver
carga conectada entre a e b, os 4 A fluem na resistência shunt (derivação) R.
Figura 3. (a) equivalente de Norton e (b) única fonte de corrente IN em paralelo com uma
única resistência RN.
Fonte: Gussow (2009, p. 174).
Circuitos série-paralelo
Muitos circuitos são formados por associações de circuitos série e paralelo. Essa
associação de circuitos leva o nome de circuitos série-paralelo. Veja na Figura
5 um exemplo de circuito série-paralelo em que dois resistores em paralelo, R 2
e R3, estão conectados em série com o resistor R1 e a fonte de tensão V. Em um
circuito desse tipo, a corrente IT se divide após passar por R1, sendo que uma
parte passa por R2, e a outra parte passa por R3. Posteriormente, as frações da
corrente se encontram na junção dos dois resistores, e a corrente volta para o
terminal negativo da fonte de tensão e, da fonte de tensão, para o terminal positivo.
O circuito equivalente se reduz a uma única fonte de tensão e a uma única resistência
(item c).
Passo 3: calcule IT. (IT é a corrente real que percorre o circuito série-paralelo original.)
Então,
Passo 2: calcule RT. Cada um dos resistores em paralelo tem 15 Ω. Veja o item c.
GUSSOW, M. Eletricidade básica. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. (Coleção Schaum).
PETRUZELLA, F. D. Eletrotécnica II. Porto Alegre: AMGH, 2013. (Série Tekne).