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Polímeros
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites
Polímeros
• Introdução;
• Estrutura dos Polímeros,
Composição e Características;
• Classificação dos Polímeros;
• Grau de Polimerização;
• Cristalinidade e Comportamento Térmico;
• Processamento de Polímeros.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Apresentar as principais características dos polímeros, suas propriedades e suas formas
de processamento;
• Compreender e desenvolver um raciocínio crítico sobre possíveis utilizações dos mate-
riais poliméricos.
UNIDADE Polímeros
Introdução
A própria origem da palavra polímero já diz muito sobre suas características. O ter-
mo vem do grego e quer dizer muitas (poli) partes (meros) (Figura 1). Os polímeros são
macromoléculas formadas pela união repetitiva das unidades menores denominadas
meros, ligadas entre si por ligações covalentes do tipo sp³. Esse tipo de ligação favorece
uma grande estabilidade físico-química, gerando longas cadeias e originando compos-
tos de alta massa molecular, de ordem média de 10.000 a mais de 1.000.000 g/mol
(ASKELAND; PHULÉ, 2008).
H H H H H H H H H H
C C C C C C C C C C
H H H H H H H H H H
Mero
Monômero Polímero
Figura 1 – Representação esquemática de um monômero, mero, polímero e macromolécula
Tais materiais são utilizados desde a Antiguidade, contudo, nessa época, somente
eram usados materiais poliméricos naturais, como verniz, âmbar, gutta-percha, borracha
natural e goma de laca. Posteriormente, em meados do século XIX, surgiram os primei-
ros polímeros sintéticos, que nada mais eram do que polímeros naturais modificados
com borracha vulcanizada, nitrato de celulose, entre outros (CARVALHO, 2017).
Gutta Percha: Resina natural presente nas cascas das árvores da Malaia.
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Figura 2 – Exemplos de materiais poliméricos. a) Garrafa de água;
b) Polímero extrudado; c) Polímeros reciclados; d) Potes organizadores
Fonte: Adaptada de Getty Images
H H
Ligação covalente
C C simples
H H
Ligação covalente dupla
Figura 3 – Etileno C2H4 – Dois átomos de carbono ligados entre si por ligação
dupla e ligações simples entre os átomos de carbono e hidrogênio
9
9
UNIDADE Polímeros
Metano –164
Figura 4
Fonte: Wikimedia Commons
Etano –88,6
Figura 5
Fonte: Wikimedia Commons
Propano –42,1
Figura 6
Fonte: Wikimedia Commons
Butano –0,5
Figura 7
Fonte: socratic.org
Fonte: Adaptada de CALLISTER JR.; RETHWISCH, 2016
H H
H
H H
C C
C
H H
C
H H
H
Figura 9 – Isobutano (C4H10)
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Você Sabia?
Diferentes grupos orgânicos estão envolvidos nas estruturas dos polímeros, de modo
que, sob condições apropriadas, transformar-se-ão em moléculas poliméricas. Dentre os
grupos envolvidos, destacam-se os citados na Tabela abaixo.
Tabela 2
Família Unidade característica Composto representativo
Álcoois
Hidroxila ligada à Álcool etílico
cadeia carbônica Figura 10
Fonte: Wikimedia Commons
H H
Ésteres H C O C H
Radical éster ligado às duas Éter dimetílico
cadeias carbônicas H H
Figura 11
Aldeídos
Carbonila ligada à extremidade Formaldeído
da cadeia carbônica
Figura 13
Fonte: Wikimedia Commons
OH
Hidrocarbonetos aromáticos
Hidroxila ligada ao Fenol
anel aromático
Figura 14
C C C C C C
11
11
UNIDADE Polímeros
Devido às suas longas cadeias, uma das formas de classificação dos polímeros está
relacionada com o seu arranjo molecular, podendo ser denominados polímero linear,
polímero ramificado, polímeros com ligações cruzadas e polímeros em rede.
Polímeros de cadeias ramificadas são compostos por uma cadeia principal com
ramificações secundarias menores. Nesses polímeros, a eficiência de compactação das
moléculas é reduzida, causando reduções em suas densidades, temperatura de fusão,
porcentagem de cristalinidade, resistência a tração e elongação na ruptura (Figura 17).
Como exemplos, podem-se citar o polietileno de baixa densidade (PEBD) e o copolímero
estrelado de (S-B)n, sendo o B correspondente a longas cadeias de polibutadieno, que
formam a parte central, e S pequenos blocos de poliestireno.
Nos polímeros com ligações cruzadas, as cadeias lineares adjacentes estão unidas
entre si em várias posições por meios de ligações covalentes. Esse processo de formação
das ramificações ocorre durante a síntese do polímero e está presente em muitos mate-
riais elásticos (ex. borracha) (Figura 18).
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Figura 18 – Polímeros com ligações cruzadas
Fonte: Adaptada de SOUZA, 2021
Polímeros em rede são formados por monômeros multifuncionais com mais de três
ligações covalentes, formando redes tridimensionais. Polímeros com muitas ligações cru-
zadas também podem ser classificados assim (Figura 19).
Cadeias Poliméricas
Nos exemplos citados anteriormente, observamos que a composição das cadeias
poliméricas pode ocorrer por apenas um tipo de monômero (homopolímeros) ou por
diferentes tipos de monômeros (copolímeros).
Quando existem tipos diferentes de meros na composição dos polímeros, estes são
denominados copolímeros. São ditos comonômeros cada um dos monômeros utilizados
na copolimerização e devido à distribuição dos diferentes meros dento da cadeia polimé-
rica, pode-se dividir os copolímeros nos seguintes tipos:
13
13
UNIDADE Polímeros
-A-A-B-A-A-A-A-B-B-A-B-B-B-A-B-A-B
Exemplos:
» Copolímero de etileno-acetato de vinila (EVA);
» Borracha sintética de estireno e butadieno (SBR).
• Alternados: quando os meros estão dispostos de maneira alternada:
-A-B-A-B-A-B-A-B-A-B-A-B-A-
Exemplo:
» Copolímero de anidrido maleico-estireno.
• Em bloco ou blocado: quando ocorre a formação de grandes sequências (blocos)
de um dado mero alternado com grandes sequências do outro mero:
SSS~~~~~~~SSS-BBB~~~~~~~BBB-SSS~~~~~~~SSS
SSS – blocos de estireno
BBB – blocos de butadieno
Exemplo:
» Borracha termoplástica tribloco de estireno e butadieno (SBS) ou Isopreno (SIS).
• Grafitizado ou enxertado: quando sob a cadeia de um homopolímero (poliA)
liga-se covalentemente outra cadeia polimérica (poliB):
-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-A-
|
B-B-B-B-B-B-B-B-
Exemplo:
» Copolímero de acrilonitrila-Butadieno-Estireno (ABS) – possui estrutura formada
por uma cadeia de homopolibutadieno enxertada com um copolímero aleatório
de estireno-acrilonitrila.
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Método de Preparação
Uma das formas de síntese dos polímeros se dá pela polimerização. A polimeriza-
ção é o processo pelo qual moléculas da cadeia longa ou em rede são formadas a partir
de moléculas orgânicas pequenas. Ela pode ocorrer por um crescimento em cadeia
(polimerização por adição) ou pelo crescimento em estágios (polimerização por conden-
sação) (SHACKELFORD, 2008).
O processo de polimerização por adição envolve uma reação rápida entre as cadeias
de monômeros quimicamente ativados. Como exemplo desse processo, pode-se citar
a formação do polímero mais comum, o polietileno (PE), a partir de moléculas de
etileno (C2H4). O gás etileno é o monômero no qual os dois átomos de carbonos são
unidos por uma ligação dupla covalente, compartilhando entre si dois elétrons e mais
dois elétrons com átomos de hidrogênio. Na presença de condições apropriadas de
calor, pressão e catalisador, a dupla ligação entre os átomos de carbono é quebrada
e substituída por uma ligação covalente simples. Após a quebra, os átomos de car-
bono ainda continuam ligados e tornam-se ativos, possibilitando assim a inserção de
outras unidades repetitivas (meros) para produção da cadeia polimérica (Figura 20)
(ASKELAND; PHULÉ, 2008).
H H H H H H H H
C C C C C C C C
H H H H H H H H
Esse processo de crescimento em cadeia deve ser controlado, visto que os políme-
ros possuem massa molecular média e distribuição de massa molecular controlada.
Dessa forma, a interrupção pode ocorrer de duas formas, a primeira por combinação,
unindo as extremidades da cadeia, criando uma grande cadeia simples a partir de
cadeias menores, e a segunda por desproporcionamento, em que a extremidade ativa
de uma cadeia remove um átomo de hidrogênio de uma segunda cadeia (ASKELAND;
PHULÉ, 2008).
15
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UNIDADE Polímeros
H H O OH
N C6H12 CN + C4H8 C
H H HO O
Hexametileno diamina Ácido adípico
O
H C OH
N C6H12 N C4H8 C + H2O
H H O
Sal de Náilon 6,6 Água
Hexametileno adipamida
O
H C
N C6H12 N C4H8 C + H2O
Sal de Náion
H O
Náilon 6,6 Água
Figura 22 – Reação de formação do Náilon
Fonte: Adaptada de CANEVAROLO et al., 2013
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Tabela 3 – Subdivisão dos termoplásticos
Subdivisão Características Exemplos
• Baixo custo; Polietileno de alta densidade (PEAD)
Termoplásticos Polietileno de baixa densidade (PEBD)
• Baixa Res. Mecânica;
convencionais (commodities) Poliestireno (PS)
• Facilidade de processamento. Policloreto de vinila (PVC)
Copolímero de etileno-acetato de
• Custos medianos; vinila (EVA)
Termoplásticos especiais • Res. Mecânica levemente superior; Estireno-acrilonitrila (SAN)
• Facilidade de processamento. Politetrafluoro-etileno (PTFE)
Polimetacrilato de metila (PMMA)
• Elevado custo; Poliamidas (náilon)
• Alta Res. Mecânica; Poliesteres termoplásticos (polieti-
Termoplásticos de Engenharia leno-teraftalato PET) Polibutileno-
• Boa tenacidade; -teraftalato PBT
• Estabilidade dimensional. Poliacetais
• Elevado custo;
Termoplásticos de • Alta Res. Mecânica;
Engenharia Especiais – Polisulfeto de fenileno (PPS)
• Boa tenacidade;
possuem grande quantidade Polieter-eter-cetona (PEEK)
de anéis aromáticos
• Estabilidade dimensional;
• Aplicações em altas temperaturas.
Fonte: Adaptada de CANEVAROLO et al., 2013
Os termofixos são opostos aos termoplásticos. Eles se tornam duros e rígidos sob
aquecimento, são compostos por longas cadeias (lineares ou ramificadas) de moléculas
muito ligadas umas às outras (reticulação), formando estruturas de redes tridimensionais.
Diferentemente dos polímeros termoplásticos, esse fenômeno não se perde com o res-
friamento, que é característico das estruturas moleculares em rede. Tais polímeros
não se fundem quando aquecidos, mas começam a se decompor e não podem ser
reprocessados como os termoplásticos, tornando difícil a reciclagem. Como exemplos,
citamos as resinas de fenol-formaldeído (baquelite) e o epóxi (araldite) (ASKELAND;
PHULÉ, 2008).
Os elastômeros são mais conhecidos como borrachas, devido à sua elevada deforma-
ção elástica, superior a 200%. Podem ser termoplásticos ou termofixos pouco reticulados.
Como exemplos, pode-se citar o butadieno/estireno e o isopreno.
Família Química
De forma indireta, você já deve estar se habituando às nomenclaturas utilizadas
nos polímeros e suas relações com os grupos químicos. Dentro dessa classificação,
analisa-se o polímero por meio da estrutura química do seu mero. Duas subdivisões
podem ser feitas, a primeira em polímeros de cadeia carbônica e a segunda em políme-
ros de cadeia heterogênea.
Os polímeros de cadeias carbônicas são polímeros originários de monômeros como
hidrocarbonetos alifáticos insaturados, monômeros com dienos, estireno e monômeros
clorados, ésteres. Os polímeros de cadeia heterogênea possuem em sua cadeia prin-
cipal, além do carbono, um outro átomo, conhecido por heteroátomo, como oxigênio,
nitrogênio, enxofre e silício. Como exemplo de polímeros de cadeia heterogênea, cita-
mos o Poliéteres, caracterizado pela presença da ligação éter-C-O-C na cadeia principal.
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UNIDADE Polímeros
H H
Polietileno (PE)
C C
H H
Figura 23
H H
Cloreto de C C
polivinila (PVC)
H CI
Figura 24
F F
Politetrafluoroetileno C C
(PTFE)
F F
Figura 25
H H
Polipropileno (PP)
C C
H CH3
Figura 26
H H
C C
Poliestireno (PS)
H
Figura 27
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OH
CH2 CH2
Fenol-formaldeído
(Baquelite)
CH2
Figura 28
CH3 O
O C O C
Policarbonato (PC)
CH3
Figura 29
Fonte: Adaptado de CALLISTER JR.; RETHWISCH, 2016
Exercício 1
Calcule as massas molares das unidades repetidas para o:
a) Cloreto de polivinila;
b) Poli(etileno teraftalato);
c) Policarbonato.
Resolução
O primeiro passo para resolução do problema é a determinação das unidades
repetitivas solicitadas. Após a sua determinação, busca-se, na tabela periódica, os pesos
atômicos dos elementos.
a) Determinação da unidade repetitiva:
H H
C C
H CI
Figura 30 – Cloreto de polivinila
19
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UNIDADE Polímeros
(CH2)2
Figura 31 – Poli(etileno teraftalato)
CH3 O
O C O C
CH3
Figura 32 – Policarbonato
Exercício 2
Um anel de borracha é feito de um elastômero com partes equimolares de fluoreto de
polivinilideno e hexafluoropropileno. Calcule a fração em peso de cada polímero.
Dados:
• Fluoreto de polivinilideno (AC = 12,01 g/mol; AF = 1,008 g/mol; AF = 19,00 g/mol);
H F
C C
H F C2H2F2
Figura 33
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• Hexafluoropropileno (AC = 12,01 g/mol; AF = 19,00 g/mol).
F F F
F C C C
F F C3F6
Figura 34
Resolução
Peso molar do fluoreto de polivinilideno:
64, 04
% C2 H 2 F2
= = 0, 299
64, 04 + 150
150
%C3 F6
= = 0, 701
64, 04 + 150
Grau de Polimerização
Os polímeros não possuem uma massa molar fixa, definida, conforme os compostos
orgânicos ou inorgânicos. Polímeros com cadeias muito longas são observados com massas
molares extremamente elevadas. O comprimento das cadeias de um polímero linear varia
consideravelmente, sendo que algumas cadeias são extremamente curtas, devido a termina-
ções precoces, enquanto outras são extremamente longas (ASKELAND; PHULÉ, 2008).
21
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UNIDADE Polímeros
Mn = ∑ xi.Mi Equação 1
• Xi: Fração do número total de cadeias na faixa de tamanhos correspondente;
• Mi: Massa molar média (no meio) da faixa de tamanhos i.
0,3
Fração em número de moléculas
0,2
0,1
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Massa molar (1000 g/mol)
A massa molar ponderal baseia-se na fração em peso das moléculas das várias faixas
de tamanho (Figura 36). Pode ser obtida pela equação 2.
Mp = ∑ wi.Mi Equação 2
• wi: Fração em pesos da moléculas nesse intervalo;
• Mi: Massa molar média (no meio) da faixa de tamanhos i.
0,3
Fração em peso das moléculas
0,2
0,1
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
Massa molar (1000 g/mol)
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A Figura 37 apresenta uma distribuição típica de massas molares, incluindo a indica-
ção das massas molares médias apresentadas nas equações 1 e 2.
Massa molar
Mn
GP = Equação 3
m
• m: Massa molar da unidade repetida.
Exercício 3
Uma amostra de polietileno possui 4000 cadeias com massas moleculares entre 0 e
5000 g/mol, 8000 cadeias com massas moleculares entre 5000 e 10000 g/mol, 7000
cadeias com massas moleculares entre 10000 e 15000 g/mol e 2000 cadeias com massas
moleculares entre 15000 e 20000 g/mol. Determine as massas moleculares médias
ponderal e numérica, assim como o grau de polimerização.
Resolução
Para resolução do exercício, produziremos uma tabela para o cálculo das médias e
posteriormente será determinado o GP.
• 1ª Coluna: Número de cadeias – Em cada linha da coluna, fazer a indicação do
número de cadeias e, ao final, fazer o somatório da coluna;
• 2ª Coluna: M médio por cadeia (g/mol) – Em cada linha da coluna, fazer a indica-
ção do valor médio da variação das massas moleculares;
• 3ª Coluna: xi – Em cada linha da coluna, fazer a indicação de xi, dividindo a quan-
tidade de cada faixa pelo somatório total e, ao final, fazer o somatório e confirmar
que a soma é igual a 1;
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UNIDADE Polímeros
Tabela 4 – Determinação de Mn e Mp
Tabela para determinação de Mn e Mp
Número M médio por
Xi xi,Mi (g/mol) Massa fi fi.Mi (g/mol)
de Cadeias cadeia (g/mol)
4000 2500 0,190 476,19 1,00E+07 5,19E-02 129,87
8000 7500 0,381 2857,14 6,00E+07 3,12E-01 2.337,66
7000 12500 0,333 4166,67 8,75E+07 4,55E-01 5.681,82
2000 17500 0,095 1666,67 3,50E+07 1,82E-01 3.181,82
Somatório
21000 1 9166,67 1,93E+08 1 11331,17
Mn Mp
Mn = 9166, 67 g / mol
Mp = 11331,17 g / mol
Para o cálculo do GP, deve-se obter a massa molar da unidade repetida. No caso,
o polietileno – conforme indicado no Quadro 1 – é composto por dois carbonos e
4 hidrogênios.
Mn 9166, 67
GP
= = = 327
m 28, 06
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Substâncias moleculares pequenas, como a água e o metano, são cristalinas quando
sólidas e amorfas quando líquidas. Nos polímeros, em consequência do tamanho das
cadeias poliméricas e da sua complexidade, elas são parcialmente cristalinas (semicrista-
linas), com regiões cristalinas dispersas no material amorfo restante. Nesse ponto, qualquer
desordem ou desalinhamento na cadeia resultará em uma região amorfa. A Figura 38
apresenta um arranjo de cadeia molecular em uma célula unitária (CALLISTER JR.;
RETHWISCH, 2016).
0,255 nm
0,741 nm 0,494 nm
H C
ρc ( ρe − ρa )
% Cristalinidade =
ρe ( ρc − ρa )
Você Sabia?
As propriedades físicas dos polímeros são influenciadas pelo grau de cristalinidade.
Polímeros cristalinos são, em geral, mais resistentes mecanicamente e mais resistentes
à dissolução e ao amolecimento.
25
25
UNIDADE Polímeros
Plástico tenaz
Tv
Plástico
Sólido cristalino parcialmente
cristalino
Processamento de Polímeros
As técnicas utilizadas para a conformação dos polímeros dependem, em grande
parte, da natureza do polímero. Em especial, se ele é termoplástico ou termofixo.
Os termoplásticos são conformados a partir de uma vasta quantidade de técnicas, sendo
o procedimento inicial a elevação de sua temperatura até próximo ao ponto de fusão
ou mesmo superior a ele, para depois serem processados. Para os termofixos, há uma
menor quantidade de técnicas de moldagem. Uma vez que a reticulação tenha ocorrido,
os polímeros termofixos não podem mais ser moldados (ASKELAND; PHULÉ, 2008).
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A definição das propriedades físicas e mecânicas dos polímeros está intimamente
ligada às características de processamentos, podendo, nessa etapa, alterar suas caracte-
rísticas conforme demanda do produto.
Funil de alimentação
Polímero (granulado) Tubos
Aquecedores Matriz de extrusão
Rolamento
Filmes Plásticos
Redutor
Motor Rosca Barril Polímero fundido Extrudado
Componentes diversos
1 2 3 4 5 6
27
27
UNIDADE Polímeros
Coluna-guia Funil
Resistências Canhão
Bico
Rosca
Molde
Molde
Molde
Placa
Passo 1 Aquecida Passo 2
e Travada
Vácuo Ligado
Vácuo Ligado
Molde
Molde
Passo 3 Passo 4
Vácuo desligado
e válvula aberta
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Extrusora
Matriz
Polimero
Fundido
Armazenamento
das chapas
Calandra
(rolos)
Figura 44 – Processo de moldagem por calandragem simplificado
Fonte: Adaptada de BRITO, 2021
Em Síntese
Os polímeros têm sido utilizados há muitos séculos. Alguns são derivados de plantas e
animais – madeira, borracha, algodão, lã, couro, seda –, enquanto outros são de origem
natural, como proteínas, enzimas, amidos e celulose. A partir de meados do século XX,
com os avanços tecnológicos e o desenvolvimento de pesquisas, surgiram os polímeros
sintéticos, sintetizados a partir de moléculas orgânicas pequenas e com as mais diversas
características e propriedades mecânicas.
Devido a esse avanço tecnológico, muitos polímeros sintéticos passaram a ser produzi-
dos a baixo custo, e com as melhorias de suas propriedades físicas e mecânicas, passa-
ram, em muitos casos, a substituir peças metálicas e de madeira.
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UNIDADE Polímeros
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Livros
Fundamentos de Engenharia e Ciências dos Materiais
SMITH, W. F.; HASHEMI, J. Fundamentos de Engenharia e Ciências dos Materiais. São
Paulo: McGrawHill, 2012.
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Referências
ASKELAND, D. R.; PHULÉ, P. P. Ciência e Engenharia dos Materiais. São Paulo:
Cengage Learning, 2012.
SHACKELFORD, J. F. Ciência dos Materiais. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008.
SOUZA, L. A. de. Classificação dos polímeros sintéticos. Brasil Escola. Disponível em:
<https://brasilescola.uol.com.br/quimica/classificacao-dos-polimeros-sinteticos.htm>.
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