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QUÍMICA ORGÂNICA
E INORGÂNICA
Introdução
Nos primeiros estudos químicos realizados, os compostos eram divididos
em compostos orgânicos — provenientes de organismos vivos — e
inorgânicos — relacionados aos minerais. Hoje, a química é unificada, e
o que distingue os compostos orgânicos é que todas essas substâncias
apresentam o átomo de carbono em sua estrutura (McMURRY, 2012). Pode-
-se dizer, então, que a química orgânica trata do estudo dos compostos
de carbono. No entanto, além desse elemento essencial, as moléculas
orgânicas são constituídas, também, pelo elemento hidrogênio, em sua
maioria, por nitrogênio, oxigênio, enxofre, cloro, fósforo, entre outros
elementos.
Diferentemente do que era explicado antigamente, hoje se sabe que
nem todos os compostos de carbono são derivados de organismos vivos.
Corantes, aditivos em alimentos, remédios, polímeros e outras substân-
cias conhecidas são preparados em laboratórios de química. A química
orgânica é a ciência que está presente em muitos lugares, a começar
pelo nosso próprio organismo. Das áreas da química, a parte relacionada
à química orgânica é, sem dúvida, uma das mais aplicáveis ao cotidiano.
Neste capítulo, você vai ver uma introdução sobre química orgânica.
Para isso, vai aprender como os compostos orgânicos se apresentam, com
base na descrição de sua estrutura, e vai ver como classificar compostos
2 Introdução à química orgânica
O
—
Calor
NH4+NCO− H2N — C — NH2
Cianato de amônia Ureia
C O H Cl
C C C C C C
Representação da estrutura
A estrutura de Lewis representa os símbolos químicos nos quais os elétrons
de valência são representados por pontos. Estruturas de Lewis são úteis, pois
Introdução à química orgânica 5
nos mostram quais os átomos estão ligados e também se há algum átomo que
possui elétrons livres.
Ao escrever as estruturas de Lewis, juntamos as moléculas ou os íons dos
átomos constitutivos, mostrando somente os elétrons de valência, os quais
são os elétrons localizados na camada mais externa do átomo. O número de
elétrons de valência de um átomo pode ser verificado na tabela periódica,
pois ele é igual ao número do grupo ao qual pertence o átomo. Por exemplo,
o carbono está no grupo 4A e possui quatro elétrons de valência (Figura 4).
O H H
— —
— —
—
H—C—O—H —
H—C—N
— —
H—O—N—O H—C—H H—C—N—H
—
H H H
Figura 5. Substâncias representadas em estruturas de Kekulé.
Fonte: Bruice (2006).
6 Introdução à química orgânica
Saber o número de ligações que um átomo forma ou pode formar é de suma impor-
tância para aprender química orgânica (SOLOMONS; FRYHLE, 2001).
Introdução à química orgânica 7
−
+
Li + F Li + F
H2 H + H H H ou H—H
Cl2 Cl + Cl Cl Cl ou Cl—Cl
H
H
— —
CH4 C + 4H H C H ou H—C—H
H
H
Figura 9. Exemplo de formação de ligações covalentes.
Fonte: Solomons e Fryhle (2001).
N2 N N ou —
N—N
—
Figura 10. Exemplo de ligações covalentes múltiplas.
Fonte: Solomons e Fryhle (2001).
Cadeias abertas
Cadeias fechadas
CH —
— CH
H2C CH2 ou
CH2 CH2
Homogênea Heterogênea
Introdução à química orgânica 11
Cadeias mistas
Nas cadeias mistas, os carbonos se ligam entre si, como ocorre com as fechadas,
e também formam um ciclo na cadeia.
Cadeias abertas insaturadas: são as cadeias que têm pelo menos dois
átomos de carbono unidos por uma dupla a uma tripla ligação. Nessa
ligação, o carbono é denominado insaturado.
https://goo.gl/9HZCto
Hibridização
p p p
sp3 sp3 sp3 sp3
H H
— —
— —
H—C—C—H
H H
Etano
H H
H H
H H H H
C C C C
H H
H H
p
p p p Hibridização sp² sp² sp²
s
sp2 sp2
H H
—
—
—
C—C
—
H H
Eteno ou etileno
C C
H
H Ligação σ formada por H
H
sobreposição sp²−sp²
Introdução à química orgânica 15
Para tratar da hibridização sp, pode-se dizer que cada de carbono forma
ligações covalentes com dois átomos, e apenas dois orbitais (um s e um p) são
hibridizados. Resultam, então, dois orbitais sp degenerados. Cada átomo de car-
bono no etino, portanto, tem dois orbitais sp e dois orbitais p não hibridizados.
p p
p p p Hibridização sp sp
s
p
sp
p sp
—
H—C—C—H
—
Etino ou acetileno
Ligação σ formada por
180° sobreposição sp−s
H C C H
No link a seguir, você pode observar uma explicação didática sobre hibridização de
moléculas.
https://goo.gl/4w5U7s
Leituras recomendadas
ATKINS, P. W.; JONES, L. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio
ambiente. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2013.
BAYNES, J.W.; DOMINICZAK, M.H. Bioquímica médica. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.
DIAS, D. Nomenclatura de hidrocarbonetos insaturados de cadeia aberta. 2018. Disponível
em: <https://manualdaquimica.uol.com.br/quimica-organica/nomenclatura-hidrocar-
bonetos-insaturados-cadeia-aberta.htm>. Acesso em: 21 nov. 2018.
PERUZZO, F. M.; CANTO E. L. Química: na abordagem do cotidiano. 3. ed. São Paulo:
Moderna, 2011.
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