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Ciência e Tecnologia dos

Materiais
9. Polímeros: materiais, processamento e
aplicações
O que é um Polímero?

Poli mero
muitas unidades de repetição, partes

Estrutura repetida Estrutura repetida Estrutura repetida

H H H H H H H H H H H H H H H H H H
C C C C C C C C C C C C C C C C C C
H H H H H H H Cl H Cl H Cl H CH3 H CH3 H CH3
Polietileno (PE) Cloreto de polivinila (PVC) Polipropileno (PP)

Adapted from Fig. 14.2, Callister & Rethwisch 8e.


Polímeros Antigos
• Originalmente polímeros têm sido utilizados:
– Madeira – Borracha
– Algodão – Lã
– Couro – Seda

• Os mais antigos usos conhecidos


– Bolas de borracha usadas pelos Incas
– Noé utilizou piche, um polímero natural, para selar o
casco da arca
– Chineses produziam tecidos de seda a milhares de
anos
Composição dos Polímeros
Maioria dos polímeros são hidrocarbonetos
– i.e., feitos de H e C
• Hidrocarbonetos saturados
– Cada átomo de C se liga a 4 outros átomos
– Exemplo:
• Etano, C2H6

H H
H
C C

H H
H
Hidrocarbonetos Insaturados
• Apresentam duas ou três ligações, são
reativos e podem formar novas ligações
– Ligação dupla encontrada no etileno ou eteno - C2H4
H H
C C
H H

– Ligação tripla encontrada no acetileno ou etino - C2H2

H C C H
Isomerismo
• Isomerismo
– dois compostos com mesma fórmula química podem
apresentar estruturas distintas
Ex.: C8H18
• normal-octano
H H H H H H H H
H C C C C C C C C H = H3C CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2 CH3
H H H H H H H H

H3C ( CH2 ) CH3
6
• 2,4-dimetil-hexano ou 2-metil-4 etil-pentano (Iso-octano)
CH3
H3C CH CH2 CH CH3
CH2
CH3
Fazer a distinção entre
polimorfismo e isomerismo

• Polimorfismo ocorre quando duas ou mais


estruturas cristalinas são possíveis para um
material com uma dada composição.
Isomerismo ocorre quando duas ou mais
moléculas de polímeros ou unidades mero
possuem a mesma composição, porém
arranjos atômicos diferentes.
Obs.: R e R’
representam
grupos orgânicos
tais como CH3,
C2H5 e C6H5 (metil,
etil e fenil).
Polimerização e
Química de Polímero
• Polimerização de radical livre
H H H H
R + C C R C C iniciação
initiation
Elétron não emparelhado H H H H
(sítio ativo)
radical livre monômero
free radical monomer
(ethylene)
(etileno)
H H H H H H H H
R C C + C C R C C C C propagação
propagation
H H H H H H H H
dímero
dimer
• Ativador, catalisador ou iniciador: exemplo - peróxido de
benzoíla
H H H
C O O C 2 C O =2R
H H H
Polimerização
• Por adição (por reação em cadeia)
– Iniciação

– Propagação

– Terminação

• Por condensação
(reação em estágios)
Química e Estrutura do Polietileno

ou

Obs.: polietileno é um hidrocarboneto de cadeia longa


- cera de parafina para velas é polietileno de cadeia
curta
Outros Polímeros
• Monômero tetrafluoroetileno: CF2=CF2 →
politetrafluoroetileno (PTFE)

• Monômero cloreto de vinila: CH2=CHCl → cloreto de


polivinila (PVC)

• Monômero genérico: CH2=CHR (p.ex. R = CH3 →


polipropileno (PP)
Com base nas estruturas apresentadas,
esboçar a estrutura do mero para o
fluoreto de polivinila.

F
Materiais Poliméricos mais Comuns
(Commodity)
Materiais Poliméricos mais Comuns
(Commodity) (cont.)

bifuncional

trifuncional
Materiais Poliméricos mais Comuns
(Commodity) (cont.)
Peso Molecular
• Peso molecular, M: massa de um mol de cadeias.

Baixo M

Elevado M

Nem todas as cadeias em um polímero são do


mesmo comprimento
— i.e., há uma distribuição de pesos moleculares
Distribuição de Pesos Moleculares
Adapted from Fig. 4.4, Callister & Rethwisch 4e.

peso total do polímero


Mn =
no total de moléculas
Peso molecular médio pelo número de moléculas

M n = Σ x iM i
M w = Σ w iM i
Peso molecular médio pelo peso das moléculas

Mi = peso molecular médio da faixa de tamanhos i


xi = fração do no total das cadeias que está dentro da faixa i
wi = fração em peso das cadeias que está dentro da faixa i
Grau de polimerização, DP
DP (n) = número médio de unidades de mero em uma cadeia

H H H H H H H H H H H H
H C C (C C ) C C C C C C C C H DP = 6
H H H H H H H H H H H H

Mn Mw
DP(nn ) = ou DP(n w ) =
m m
Propriedades Influenciadas pelo
Peso Molecular

• Temperatura de fusão/amolecimento
– Tf aumenta com M
• Estado físico à tamb
– M < 100 g/mol → líquido ou gás
– M > 1000 g/mol → sólido pastoso e resina
mole
– M > 10.000 g/mol → sólido (polímero de alto
peso molecular)
Estruturas Moleculares dos Polímeros

ligação secundária

Linear Ramificada Com ligação cruzada Em rede


Polímeros Termoplásticos e
Termofixos

• Termoplásticos
– Amolecem quando aquecidos (reversíveis)
– Maioria dos polímeros lineares e ramificados
• Termofixos
– Permanentemente duros quando aquecidos
– Ligações cruzadas e em rede
Copolímeros Adapted from Fig.
14.9, Callister &
Rethwisch 8e.

• Dois ou mais monômeros se random


polimerizam juntos
• aleatório – A e B variam
aleatoriamente na cadeia
• alternado – A e B se alternam alternating
na cadeia
• em bloco – grande blocos de A
block
se alternam com grandes blocos
de B
• por enxerto (graftizado) –
cadeias de B se se enxertam em
A
graft
25
A– B–
Cristalinidade dos Polímeros
Adapted from Fig.
• Arranjos atômicos ordenados 14.10, Callister &
Rethwisch 8e.
envolvendo cadeias
moleculares
• Estruturas cristalinas em
termos de células unitárias
• Exemplo mostrado
– célula unitária do
polietileno
Cristalinidade dos Polímeros
• Regiões cristalinas
– Placas finas com cadeias dobradas nas faces
– Estrutura com cadeia dobrada para um cristalito de
polímero em forma de placa

10 nm

Adapted from Fig.


14.12, Callister &
Rethwisch 8e.
Cristalinidade dos Polímeros(cont.)
Polímeros raramente são 100% cristalinos
• É muito difícil alinhar todas as cadeias.
região
cristalina
• Grau (%) de cristalinidade:
- a tensão de escoamento e o módulo
de elasticidade crescem com o aumento
da cristalinidade;
- recozimentos causam
crescimento das regiões
cristalinas.

região
ρs – densidade da amostra amorfa
ρa - densidade do pol. amorfo
ρc - densidade do pol. cristalino Adapted from Fig. 14.11, Callister 6e.
(Fig. 14.11 is from H.W. Hayden, W.G. Moffatt,
and J. Wulff, The Structure and Properties of
Materials, Vol. III, Mechanical Behavior, John Wiley
and Sons, Inc., 1965.)
Polímeros Semicristalinos
• Alguns polímeros
semicristalinos formam
estruturas de esferulites
• Cristalitos de cadeia
dobrada alternados com
regiões amorfas
• Estrutura esferulítica para
taxas de crescimento
Spherulite relativamente rápidas
surface

Adapted from Fig. 14.13, Callister & Rethwisch 8e.


Temperatura de Transição Vítrea (Tg)

• Corresponde ao início do movimento


segmental em larga escala

• Abaixo de Tg, o polímero é rígido e vítreo

• Acima de Tg, o polímero se torna


borrachoso.
Processamento de
Termoplásticos
• Extrusão

• Cobertura de arame

• Sopro de filmes

• Moldagem por injeção

• Melt Spinning
Extrusão

Schematic of an Extruder
Cobertura de Arame

Coating of a Wire
Sopro de Filmes
Moldagem por Injeção

Injection Molding
Fusão-Enrolamento
Guia de Reciclagem
Symbol Material Common Uses

<TB>Polyethylene terephthalate Soda bottles


(PET) Carpet fibers

High-density polyethylene Milk bottles


(HDPE) Shampoo bottles
Plastic bags
Hard plastic cups
Sports bottles
Polyvinyl chloride (PVC) Oil bottles
Piping
Castings

Low-density polyethylene Plastic grocery bags


(LDPE) Shrink wrap
Plastic lumber

Polypropylene (PP) Drinking straws


Bottle tops
Plastic furniture

Polystyrene (PS) Packaging


Beverage cups
Meat packaging</TB>
Ciclo de Vida de Materiais Polímericos

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