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Disciplina: Teoria e História do Urbanismo I

Conteúdo: Resumo referente a aula sobre as cidades renascentistas (06/09/2022)


Professora: Anna Karina
Aluna: Maria Vitória da Silva Soares

AS CIDADES RENASCENTISTAS

Renascimento

No período da queda de Constantinopla em 1453, chegaram à Itália muitos exilados


bizantinos, sábios trazendo seus livros e conhecimentos sobre a antiguidade clássica.
No mesmo período foram redescobertas arqueologias da arte romana. Ao retomar o
contexto da queda de Constantinopla quando ainda há um grande acontecimento de
invasões bárbaras e esse mesmo momento é o período do iluminismo.O momento em
que vários estudiosos começam a participar das decisões da cidade. E várias pessoas
começam a poder ter acesso a essa cidade. E também se percebe a participação não
só de sacerdotes, mas também filósofos e artistas que trazem uma grande
contribuição. Como Vitrúvio e Platão que se destacam nesse cenário. E vários outros
filósofos e artistas começam a desenhar o que seria chamado de cidade ideal.
No processo de avaliação do que já foi desenvolvido da estruturação dessas cidades
médias. Os cientistas começam a avaliar os danos provocados e começam a sugerir
soluções para a estruturação dessas cidades.

Há muitas contribuições greco-romana durante o período do renascimento, como o


Humanismo e antropocentrismo que foram os principais aspectos que caracterizaram o
renascimento, com uma visão antropocêntrica em que o homem deve ser o centro da
reflexão, em oposição ao teocentrismo na cidade médias, onde Deus e a religião são o
centro do pensamento. A partir da valorização científica, os renascentistas colocam o
homem como centro do Universo.

Vitrúvio na Arquitetura trouxe 3 princípios que deviam ser seguidos em todas as


construções. Firmitas (Solidez) que é o sistema estrutural, envoltório físico, tecnologia e
qualidade do material utilizado. Utilitas (Utilidade), é a condição dos espaços criados,
seu correto dimensionamento para atender aos requisitos físicos e psicológicos dos
usuários e da maneira como estes espaços se relacionam. Venustas (Beleza) trata da
beleza da obra, sendo refletida a preocupação estética que se deve ter ao projetar;
para Vitrúvio a beleza está presente quando “a aparência da obra é agradável e de
bom gosto, e seus elementos são proporcionados de acordo com os princípios da
simetria”. Aqui os artistas eram responsáveis por retratar as paisagens urbanas. E
passavam a discutir questões sobre a cidade e a paisagem urbana.
Também coloca-se o Homem dentro de sua totalidade, representação de um modelo de
homem ideal, que cuida tanto do seu corpo quanto da sua mente, tem muita cultura
geral, aprende diferentes temas e pratica artes diversas. Gerado pela influência grega
que se cultivava no belo do corpo. Nessa época a busca pela fama era desejada, ao
contrário dos projetistas, predominantemente anônimos da Idade Média, os arquitetos
se tornaram celebridades e eram vistos como artistas. Por isso, só a partir do
renascimento, os artistas passaram a ser valorizados.

Razão e ciência acima da fé, os renascentistas buscavam explicações racionais para


os fenômenos da natureza, surgimento da ciência moderna, o empirismo -
experimentação, os arquitetos de empenham em criar uma arquitetura
matematicamente perfeita. Reinventando a antiguidade clássica, adoção de soluções
artísticas e arquitetônicas da ROma antiga, porém, sem monetizar, sem ser uma cópia
exata. Novas interpretações, busca ideias através da proporção e harmonia.

O termo renascença ou renascimento denota consciente resgate do interesse nos


textos e cultura das antigas Grécia e Roma [antiguidade clássica], que começaram na
Itália no século XIV. Em urbanismo, mais adequado seria entender o Renascimento,
como um movimento literário e artístico, suscitado e estimulado pelos estudos de
literatura e artes clássicas que, que tiveram origem na itália, nos séculos IVX e XV,
posteriormente espraiando-se pelo restante da Europa.

Na medida em que se desintegra a igualdade da burguesia urbana, constituída de


artesãos e comerciantes durante a Idade Média, uma nova elite surgia e assumia o
controle cultural e político das cidades, exercido por uma única família detendo o poder
supremo. A divisão social urbana corresponderia ao surgimento de uma nova ordem
hierárquica de atividades culturais, baseada na distinção entre artes liberais (centrada
em conceitos filosóficos e em estudos históricos) e artes mecânicas (relativas ao
domínio da técnica e a disciplinas práticas). As artes liberais tinham o propósito de
orientar, e às artes mecânicas o objetivo de executar. Essa distinção teve importante
influência no planejamento das cidades e na educação profissional. O arquiteto, como
integrante da classe dirigente, trabalha em contato direto com o “signore” ou príncipe,
enquanto que o artesão era rebaixado à categoria de trabalhador manual.

A CIDADE IDEAL (novo urbanismo)


A arquitetura da Renascença realiza seu ideal de proporção e de regularidade em
alguns edifícios isolados e não está em condições de fundar ou transformar uma cidade
inteira. Os literatos e os pintores descrevem ou pintam a nova cidade que não se pode
construir, e que permanece, um objetivo teórico, a cidade ideal.
A cidade ideal se caracteriza pelo formato de estrela ortogonal, em que havia uma
distinção entre áreas administrativas, como o palácio do príncipe e a catedral, e as
áreas funcionais, como armazéns, lojas e similares. O traçado das ruas podia ser
concêntrico ou ortogonal, e especial atenção era conferida a relação entre o arranjo
interno e o muro fortificado.

AS UTOPIAS URBANAS

Na busca pela forma perfeita, defendia-se que a cidade ideal deveria ser a ampliação
tipológica da unidade base entre sociedade real e utopia social, através de um modelo
unitário, geométrico e rígido, no qual se excluíram o movimento a variação e o
acontecimento casual, assim se obteria ordem e justiça.

Thomas Morus, na ilha da utopia, imaginou um país perfeito, onde implantaram a


prática agrícola e a propriedade coletiva, sem desigualdades e injustiças sociais
comuns na época. No plano ideal o círculo passou a ser preterido dos projetistas por
significou a redenção da sociedade;

Tommaso Campanella e a Città di sole, propõe uma cidade utópica baseada em um


racionalismo que excluía a ideia de progresso, uma cidade universal dirigida por
sacerdotes. Em sua proposta a coesão social aparece simbolizada pela
indiferenciação do lugar em que cada um viveria, Havia a separação entre os locais de
trabalho e moradia. A composição espacial baseia-se em vários anéis de muralhas
defensivas, entre as quais se situavam os templos luxuosos do governo.

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