Você está na página 1de 89

Ventilação natural

Profª Ana Lucia R. C. da Silveira


Aspectos Gerais
A ventilação de um ambiente é entendida como a
troca de ar interno por ar externo.
Em qualquer tipo de clima (ou estação do ano) há
necessidade de ventilação no ambiente construído.

Verão: questões térmicas e higiênicas


Inverno: apenas higiênica
Funções da ventilação
HIGIÊNICA
- Manter o ambiente livre de impurezas e odores indesejáveis,
além de fornecer O2 e reduzir a concentração de CO2
- Remover excesso de vapor de água existente no ar interno,
evitando a condensação superficial
CONFORTO
- Remover o excesso de calor acumulado no interior da
edificação produzido por pessoas ou fontes internas;
- Resfriar a estrutura do edifício e seus componentes evitando
o aquecimento do ar interno (trocas por convecção);
- Facilitar as trocas térmicas do corpo humano com o meio
ambiente especialmente no verão (trocas por evaporação
do suor)
Quais tipos permitem
a ventilação de
conforto?
E a higiênica?

Qual a melhor solução


para ventilação de
conforto?
Ventilação x Clima x Consumo de Energia
QUENTES E ÚMIDOS
- Ventilação: higiene geral e conforto térmico;
- O fluxo de ar deve passar pelo corpo das pessoas;
- A ventilação natural ajuda na renovação do ar;
- Caso a ventilação natural não seja suficiente: há
necessidade de ventiladores e ar-condicionado

FRIOS OU QUENTE SECOS


- Ventilação higiênica é necessária;
- A ventilação é indesejada sob o ponto de vista de conforto
térmico;
TERESINA - TEMPERATURAS

FONTE: projeteee.mma.gov.br
TERESINA
DIREÇÃO PREDOMINANTE DOS VENTOS
TERESINA
TERESINA X VENTILAÇÃO
Princípios básicos da ventilação natural
1. O FLUXO DE AR TEM INÉRCIA
Uma vez em movimento, o fluxo de ar tende a continuar na
mesma direção até ser desviado por uma força externa.
2. O AR EM MOVIMENTO PRODUZ FRICÇÕES
A fricção produzida quando o ar em movimento entra em
contato com obstáculos, faz com que sua velocidade inicial
seja reduzida e seu modelo de circulação modificado.
3. O AR SE DESLOCA DEVIDO À DIFERENÇA DE PRESSÃO
A diferença de pressão ou de temperatura gera um fluxo de
ar que se desloca das regiões mais frias para as mais
quentes.
Mecanismos de Ventilação
VENTILAÇÃO NATURAL
- ação dos ventos: por diferença de pressão causada pelos ventos;
- efeito chaminé: por diferença de temperatura;

CENPES – CENTRO DE ESQUISAS DA PETROBRAS – RJ


ARQ. ZANETTINI
Hospital Rede Sarah – Fortaleza
João Filgueiras Lima - Lelé
RIO POTY HOTEL – ARQ. RICARDO ROQUE
VENTILAÇÃO POR EFEITO CHAMINÉ

SAÍDAS DO AR
QUENTE

AR QUENTE
Escalas do fenômeno da ventilação natural
MACROESCALA
A ventilação é o resultado do movimento geral das massas
de ar que atuam numa região.

Rosa dos ventos do TRY de


Florianópolis, com direção e
velocidades mais freqüentes.
Direção predominante em Teresina: sudeste

N
MESOESCALA
A ventilação de um local é influenciada pelo relevo,
presença de mares, áreas urbanas.

Chapada Colina
AR QUENTE

AR FRIO
MICROESCALA
No entorno de uma edificação a ventilação natural é
influenciada pela presença de obstáculos naturais ou
artificiais como árvores, elevações ou depressões naturais,
prédios, muros, a forma do edifício, etc.
CENTRO DE TERESINA – os ventos circulam nas áreas
abertas (as ruas), mudando a sua direção original
A disposição dos volumes e a direção e velocidade do vento
fazem, muitas vezes, que a ventilação entre eles tenha
sentidos diferentes.
N
TUNEL DE VENTO
TUNEL DE VENTO
VENTILAÇÃO POR AÇÃO DOS VENTOS –
Efeito esteira
Modelo de circulação do fluxo de ar no entorno de
um obstáculo:
O fluxo de ar gera fachadas com pressões positivas
(por onde o ar entra) e pressões negativas (por
onde o ar sai)
VENTILAÇÃO POR AÇÃO DOS VENTOS –
Efeito esteira

CAVIDADE = ÁREA A SOTAVENTO DA EDIFICAÇÃO COM O AR


ESTAGNADO OU CIRCULANDO EM SENTIDO CONTRARIO;

ESTEIRA = TODA A ÁREA DE INFLUENCIA DO OBSTÁCULO Á


PASSAGEM DO VENTO
VENTILAÇÃO POR AÇÃO DOS VENTOS – fluxo
de ar no entorno de edificações
Barreiras de ventos - cavidades
Barreiras de ventos - cavidades
VENTILAÇÃO POR AÇÃO DOS VENTOS fluxo de
ar no interior de uma edificação
VENTILAÇÃO NOS AMBIENTES
INTERNOS
A VENTILAÇÃO NATURAL NOS AMBIENTES
INTERNOS DEPENDE DE:

1. FATORES FIXOS:
2. FATORES VARIÁVEIS
VENTILAÇÃO NOS AMBIENTES
INTERNOS:
FATORES FIXOS:

1. FORMA E POSIÇÃO DOS EDIFÍCIOS E/OU ESPAÇOS


ABERTOS NO ENTORNO DO PRÉDIO, QUE PODEM
FACILITAR OU DIFICULTAR O FLUXO DE AR NOS
INTERIORES
VENTILAÇÃO NOS AMBIENTES
INTERNOS:
2. FORMA E CARACTERÍSTICAS DO
EDIFÍCIO E A ORIENTAÇÃO EM RELAÇÃO
AOS VENTOS DOMINANTES
VENTILAÇÃO NOS AMBIENTES
INTERNOS:
3. DISPOSIÇÃO DAS ABERTURAS E
DISPOSIÇÃO DOS ESPAÇOS INTERNOS;
VENTILAÇÃO NOS AMBIENTES
INTERNOS:
4. TAMANHO E DISPOSITIVOS DE REGULAÇÃO DO
FLUXO DE AR DAS ABERTURAS
FATORES VARIÁVEIS

1. DIREÇÃO, VELOCIDADE E FREQUÊNCIA


DOS VENTOS;

2. DIFERENÇA DE TEMPERATURA ENTRE O


AR EXTERIOR E O INTERIOR;
TIPOLOGIA DE ABERTURAS
TIPOS BÁSICOS:

1. DE CORRER (VERTICAL E HORIZONTAL)


2. PIVOTANTE HORIZONTAL;
3. PIVOTANTE VERTICAL;
DE CORRER:
área útil para ventilação = 50%
Área útil para ventilação
PIVOTANTE HORIZONTAL
PIVOTANTE HORIZONTAL: basculante
Área útil para ventilação
PIVOTANTE VERTICAL: portas ou janelas de
abrir
Tipos mistos: porta de correr com veneziana
móvel
Tipos mistos
ELEMENTOS
VAZADOS OU
COBOGOS

• Sombreiam e
permitem a ventilação
CRITÉRIOS DE DESEMPENHO DAS
ABERTURAS (em relação à ventilação)
• ÁREA REAL DE ABERTURA;
• SEPARAÇÃO DAS CORRENTES DE AR FRIO E QUENTE;
• POSSIBILIDADE DE SER REGULADA PELO USUÁRIO;
• DISTRIBUIÇÃO DO FLUXO DE AR PELO LOCAL;
• ESTANQUEIDADE AO AR E À ÁGUA
Tipos de janelas – casas
antigas em Teresina
Outros exemplos
ARQ. SEVERIANO PORTO
OBRAS EM MANAUS - UFAM
SUFRAMA - MANAUS
AEROPORTO BRASÍLIA
VENTILAÇÃO CRUZADA – RETIRADA DO AR QUENTE
CASA PROJETADA POR ALINE ELVAS E ANA LÚCIA SILVEIRA
Teresina-PI

Pav. térreo Pav. superior

Fonte: Liana Elvas,2002


Fonte: Liana Elvas,2002
Fonte: Liana Elvas,2002
Fonte: Liana Elvas,2002
CENTRO DE TECNOLOGIA – CT (UFPI)
ARQ. ANA LÚCIA SILVEIRA E JOÃO ALBERTO.

Fonte: Liana Elvas,2002


CASA PROJETADA POR GORETTI MENDES
Teresina-PI
Pav. térreo Pav. superior

Fonte: Liana Elvas,2002


Fonte: Liana Elvas,2002
Fonte: Ana Luísa, 2008
Sala de estar Sala de estar/Mezanino Mezanino/Jardim Interno

Ar
Quente

Sala de jantar

Fonte: Ana Luísa, 2008


EDIFÍCIOS ALTOS X VENTILAÇÃO

PETRONAS CHRYSLER
TOWERS BUILDING
(1928)

EMPIRE STATE
(1930)

BURJ DUBAI
EDIFÍCIOS ALTOS X VENTILAÇÃO
TAIPEI 101(TAIWAN)
EDIFÍCIOS ALTOS X VENTILAÇÃO
ARQ. CALATRAVA

CHICAGO SPIRE TURNING TORSO


(MALMO/SUÉCIA)
EDIFÍCIOS ALTOS X VENTILAÇÃO
GRAND ARCHE DE LA DEFENSE
EDIFÍCIOS ALTOS X VENTILAÇÃO
ARQ. NORMAN FOSTER

AL FAISALIAD COMPLEX (RIAD)


CAJA MADRID TOWER
FEDERAL TOWER - MOSCOW
SHANGAI WORLD
FINANCIAL
CENTER

Você também pode gostar