Você está na página 1de 29

EME806 Ventilação

Professor: Juan Jose Garcia Pabon


VENTILAÇÃO MECÂNICA DILUIDORA
Generalidades

Movimentação de ar de ventilação
obtida por diferenças de pressão
criadas mecanicamente

Alto índice de renovação de ar


comparado com a ventilação natural

Ser (mais) independente das


condições atmosféricas.

Possibilita o tratamento do ar, como


filtragem, umidificação, secagem,
etc.

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


VENTILAÇÃO MECÂNICA DILUIDORA
Generalidades

Na ventilação mecânica do tipo geral diluidora, o ar exterior de ventilação e mistura-


do com o ar viciado do ambiente. Consegue-se com isso uma diluição dos
contaminantes ate limites higienicamente admissíveis.

Tipo de ventilação normalmente adotado quando da impossibilidade de se capturar


o contaminante antes que ele se espalhe pelo recinto, como ocorre nos ambientes
onde a poluição e causada por pessoas ou fontes esparsas de calor ou poluentes.

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


VENTILAÇÃO MECÂNICA DILUIDORA
Generalidades Exaustão mecânica Insuflamento e
exaustão mecânico
Insuflamento mecânico
Quando a contaminação do
Se o ambiente for limpo ambiente for elevada (casas Quando se deseja extrair o
(auditórios, lojas, etc.). de máquinas, ambientes contaminante principal
com pó, etc.). (sala de fumantes) e, ao
mesmo tempo, manter o
ambiente suprido com ar
O ar exterior poderá ser
O ambiente fica a uma filtrado e estanque ao ar
facilmente filtrado e
pressão inferior a do exterior
uniformemente distribuído
pelo ambiente, mantendo-o exterior, permitindo
a uma pressão superior a infiltrações de ar não-
do exterior, o que evitara a tratado, mas extração dos
infiltração de ar não- contaminantes e mais
tratado. intensa, e a quantidade de
ar necessária para a
diluição e menor

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


VENTILAÇÃO MECÂNICA DILUIDORA
Generalidades
Os componentes que constituem esse tipo de ventilação podem ser vistos na Fig

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


VENTILAÇÃO MECÂNICA DILUIDORA
Sistemas de distribuição do ar

• distribuição para baixo;


• distribuição para baixo e para cima;
• distribuição de baixo para cima;
• distribuição cruzada;
• distribuição mista;

Distribuição para baixo


O ar e introduzido no recinto pela parte superior e retirado pela parte inferior. Esse
método apresenta inúmeras vantagens, pois o ar e insuflado longe da zona de ocupação,
não levanta poeiras normalmente depositadas nos pisos; misturado com o ar ambiente
antes de entrar em contato com as pessoas, funciona como um pistão, empurrando o ar
viciado para as aberturas de saída, e evita curtos circuitos entre a entrada e saída do ar.

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


VENTILAÇÃO MECÂNICA DILUIDORA
Distribuição para baixo

Sua aplicabilidade é tanto no verão como no inverno, esse sistema e atualmente


o processo de distribuição do ar de ventilação por insuflamento mais adotado. O
insuflamento nesse caso pode ser feito por meio de bocas, colocadas tanto
lateralmente (grades de insuflamento) como no forro (aerofusos).

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


VENTILAÇÃO MECÂNICA DILUIDORA
Distribuição para baixo e para cima
O ar é introduzido e retirado pela parte superior do recinto. Quando as bocas de
insuflamento são laterais (grades), a injeção do ar se faz com velocidade adequada (jato),
de modo a atingir todo o recinto, para depois sair por grades situadas próximas a grade de
insuflamento.

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


VENTILAÇÃO MECÂNICA DILUIDORA
Distribuição para baixo e para cima
Quando as bocas de insuflamento se localizam no teto (aerofusos), elas são duplas, com
insuflamento pela periferia e saída pela parte central

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


VENTILAÇÃO MECÂNICA DILUIDORA
Distribuição para baixo e para cima
O ar e insuflado no ambiente lateralmente, logo acima dos ocupantes, com saída pela
parte superior. Essa solução e adotada em ambientes com carga térmica elevada e no qual
se deseja manter uma sobrepressão para evitar a entrada de ar não-tratado, o que
impossibilitaria o uso de uma ventilação natural por termosifão.

É o que acontece em ambientes como bares, restaurantes, cozinhas e pavilhões


industriais como os de beneficiamento de cereais e outros

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


VENTILAÇÃO MECÂNICA DILUIDORA
Canalizações
Um bom projeto das canalizações de uma instalação de ventilação mecânica deve obe-
decer à seguinte orientação:

O momento de transporte do
ar, ou seja, o produto vazão-
distância, deve ser o menor
possível para se obter uma
instalação econômica tanto
do ponto de vista da
instalação como do consumo
de energia.

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


VENTILAÇÃO MECÂNICA DILUIDORA
Cálculo de instalações de ventilação mecânica

Determinação das
Dimensionamento perdas de pressão
de seus elementos

Dimensões dos Potencia do ventilador


dutos, bocas e
saídas de ar
Calculado em função da
carga térmica, ou da
𝑉𝑠
𝐴= necessidade de renovação
𝑐
Para evitar
Adoptadas segundo as
problemas de
normas (ver tabela 1)
vibrações e ruídos

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


VENTILAÇÃO MECÂNICA DILUIDORA
Velocidades recomendadas
Tabela 1. Velocidades recomendadas para ventilação mecânica geral diluidora (ABNT)
Recomendadas (m/s) Máximas (m/s)
Residências Escolas, Prédios Residências Escolas, Prédios
Designação teatros, industrias Teatros, industriais
edifícios edifícios
públicos públicos
Tomadas de ar exterior 2,50 2,50 2,50 4,00 4,50 6,0
Serpentinas de resfriamento 2,25 2,50 3,00 2,25 2,50 3,60
de aquecimento 2,25 2,50 3,00 2,50 3,00 7,50

Lavadores borrifadores de alta 2,50 2,50 2,50 3,50 3,50 3,50


velocidade 9,00 9,00
Descarga ventilador min. 5,00 6,50 8,00 8,50 11,00 14,00
máx. 8,00 10,00 12,00

Dutos principais min. 3,50 5,00 6,00 6,00 8,00 10,00


máx. 4,50 6,50 9,00

Ramais horizontais min. - 3,00 4,00 5,00 6,50 9,00


máx. 3,00 4,50 5,00

Ramais verticais min. 2,50 3,00


máx. 3,50 4,00 4,00 6,00 8,00

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


VENTILAÇÃO MECÂNICA DILUIDORA
Bocas de insuflamento
Bocas de insuflamento ou difusores são as aberturas através das quais se introduz o ar no
ambiente. Podem ser de parede ou de teto.

As bocas de insuflamento de parede são as grades, que se classificam em:


• grades de palhetas horizontais e verticais fixas (A);

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


VENTILAÇÃO MECÂNICA DILUIDORA
Bocas de insuflamento
Bocas de insuflamento ou difusores são as aberturas através das quais se introduz o ar no
ambiente. Podem ser de parede ou de teto.

As bocas de insuflamento de parede são as grades, que se classificam em:


• grades de palhetas horizontais ou verticais de simples deflexão (C, E, G) (fixas ou
ajustáveis);

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


VENTILAÇÃO MECÂNICA DILUIDORA
Bocas de insuflamento
Bocas de insuflamento ou difusores são as aberturas através das quais se introduz o ar no
ambiente. Podem ser de parede ou de teto.

As bocas de insuflamento de parede são as grades, que se classificam em:


• grades de palhetas horizontais ou verticais de dupla deflexão

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


VENTILAÇÃO MECÂNICA DILUIDORA
Bocas de insuflamento
As bocas de insuflamento de teto, por sua vez, podem também ser de diversos tipos:
• Grades

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


VENTILAÇÃO MECÂNICA DILUIDORA
Bocas de insuflamento
As bocas de insuflamento de teto, por sua vez, podem também ser de diversos tipos:
• Difusores com anéis embutidas (S) ou em degrau (SE)

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


VENTILAÇÃO MECÂNICA DILUIDORA
Bocas de insuflamento
Indução: fenômeno pelo qual o ar insuflado ( ar primário) perde velocidade ao se
chocar com o ar ambiente

Divergência: é o ângulo formado pelo fluxo de ar que abandona a boca

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


VENTILAÇÃO MECÂNICA DILUIDORA
Bocas de insuflamento
Jato: é a distancia horizontal percorrida pelo fluxo de ar desde sua origem, ate que
sua velocidade se reduza a um valor menor da velocidade terminal para não
produzir correntes de ar desagradáveis

Queda ou ascensão: é o deslocamento , para baixo ou para cima, que se verifica ao


longo do jato, devido a divergência ou a diferenças de temperatura

Velocidade de Velocidade
saída da boca terminal

Perda de carga

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


VENTILAÇÃO MECÂNICA DILUIDORA
Velocidades recomendadas para Bocas de insuflamento
Para as bocas de saída do ar de ventilação, embora a velocidade diminua muito
rapidamente à medida que nos afastamos delas, é importante respeitar as velocidades
aparentes (relativas à área de face) máximas, dadas pela duas Tabelas a seguir.

Tabela 2. Velocidades máximas recomendadas para bocas de insuflamento


Situação de grade Velocidade máxima (m/s)
Sobre a zona ocupada pelas pessoas >4,00
Dentro da zona ocupada (longe dos assentos ) 3,00 a 4,00
Dentro da zona ocupada (perto dos assentos ) 2,50 a 3,50

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


VENTILAÇÃO MECÂNICA DILUIDORA
Velocidades recomendadas para Bocas de insuflamento
Tabela 3. Velocidades recomendadas para bocas de insuflamento
Aplicações Velocidade máxima de
insuflamento (m/s)
Estúdios 1,50 a 2,50
Residências 2,50 a 3,80
Igrejas 2,50 a 3,80
Dormitórios de hotel 2,50 a 3,80
Teatros 2,50 a 3,80
Cinemas 5,00
Escritórios particulares 2,50 a 3,80
Escritórios públicos 5,00 a 6,30
Lojas (pisos inferiores) 10,00
Lojas (pisos superiores) 7,50

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


VENTILAÇÃO MECÂNICA DILUIDORA
Bocas de insuflamento

Tabela 4. Velocidades terminais recomendadas


Ambiente Velocidade terminal (m/s)
Indústrias, corredores, áreas de acesso , 1
etc...
Escritórios públicos, lojas, teatros, igrejas, 0,75
restaurantes, etc..
Escritórios particulares, residências, 0,50
hospitais, quartos de hotel, etc....
Mínimo 0,25

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


VENTILAÇÃO MECÂNICA DILUIDORA
Bocas de insuflamento
A seleção e o dimensionamento das bocas de insuflamento devem obedecer a seguinte
ordem:

a) escolha dos pontos de insuflamento;


b) escolha do tipo de boca;
c) dimensionamento do difusor;
d) cálculo das perdas de carga nos difusores.

Na escolha dos pontos de insuflamento para uma distribuição uniforme do ar, define-se a
área de atendimento de cada boca ( quadrada/circular para difusores de forro
multidirecionais e retangular para grades ou difusores de forro unidirecionais).

Aerofuso
Grade horizontal

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


VENTILAÇÃO MECÂNICA DILUIDORA
Bocas de insuflamento

Dimensionamento de
Grades

Nomenclatura
Vs=vazão volumétrica (m³/h)
c= velocidade (m/s)
J= perda de pressão (mmca)

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


VENTILAÇÃO MECÂNICA DILUIDORA
Bocas de insuflamento
Dimensionamento de
Aerofuso com anéis
embutidos sem indução
interna

Nomenclatura
Vs=vazão volumétrica (m³/h)
c= velocidade (m/s)
J= perda de pressão (mmca)

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


VENTILAÇÃO MECÂNICA DILUIDORA
Introdução ao analise de sistemas de dutos
Os parâmetros interrelacionados são:

𝑉𝑠 = vazão volumétrica
𝑃𝑑 = pressão dinâmica
𝑐 = velocidade dinâmica
𝑃𝑒 = pressão estática
𝐽 = perda de carga, perda de pressão

Principais equações
Balanço de massa – equação da continuidade

𝑉𝑠 = 𝑐1 𝐴1 = 𝑐2 𝐴2

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


VENTILAÇÃO MECÂNICA DILUIDORA
Principais equações
Balanço de energia – equação de Bernoulli modificada

ventilador

𝑐12 𝑐22
𝑝𝑒1 + 𝜌 + 𝐻𝑣𝑒𝑛𝑡 = 𝑝𝑒2 + 𝜌 + 𝐽12
2 2

Prof. Juan Jose Garcia Pabon


VENTILAÇÃO MECÂNICA DILUIDORA
Diagramas de pressões de um sistema de ventilação

Prof. Juan Jose Garcia Pabon

Você também pode gostar