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Distribuição de ar
Normas
Detalhes
Insuflação
Tipos de insuflação
Este tipo de insuflamento é sempre utilizado em locais com pé direito baixo, ou quando
não for possível a passagem de dutos pelo forro da área a ser climatizada.
Das formas de distribuição de ar é a que apresenta uma melhor eficiência, mas requer
cuidados durante a elaboração da melhor localização dos difusores e o seu
selecionamentro
Insuflamento de Rodapé
O insuflamento é feito pela parte baixa do local a ser climatizado, sempre junto a
parede, para aprovetar a vantagem do efeito Coanda.
Nota: Efeito Coanda será detalhado a seguir
Bocas de insuflação
Difusor Grelha
Grelhas
As grelhas são , geralmente , feitas de aço , alumínio e outros materiais com vários
tipos de acabamento. Na figura anterior mostramos os aspectos de uma grelha
simples. A largura e a altura das grelhas são expressas em polegadas ou milímetros.
A largura multiplicada pela altura corresponde à “área total” da grelha.
Este tipo de bocas de insuflação tem a sua principal aplicação junto a paredes. Em
geral são retangulares de proporções próximas ao quadrado até chegar a ser
totalmente linear de vários metros, estreitos. Todos dispõem de pás paralelas,
horizontais ou inclinadas, e principalmente fixas. Existem as reguláveis em inclinação
e também de duas fileiras superpostas, verticais e horizontais.
Difusores
A insuflação pelo teto, através do difusor, é a melhor, porque está fora da zona
ocupada. Os difusores geralmente adotam a forma circular ou quadrada.
Os difusores circulares estão formados por vários cones concêntricos que insuflam o
ar paralelamente ao teto e em todas as direções.
Existem difusores circulares com pás torcidas que insuflam o jato de ar em espiral,
utilizados em locais em que a altura do difusor pode estar relativamente grande.
Os difusores de um lado a três lados são muito adequados para se instalar próximo a
paredes. Alguns têm dispositivos de regulação que permitem orientar o jacto
parcialmente para o solo. É conveniente instalar uma comporta na conduta de
alimentação do difusor que permita regular o fluxo de ar. O alcance (L) do jato de ar é
definido pela velocidade de insuflação, indicada no catálogo do fabricante.
Uma distribuição correta, levada a um nível que não descarregue diretamente sobre as
pessoas existentes no local, produzirá um movimento suficiente no ar para que o
mesmo se distribua no ambientes sem correntes incômodas.
Zoneamento
Após selecionar os dispositivos de saída e antes definir layout e tamanho dos dutos, o
projetista deve determinar quantas zonas de temperatura serão controladas
(ambientes internos e externos); geralmente, as zonas exteriores são divididas de
acordo com as faces e suas respectivas exposições ao sol (ex. norte, sul, leste e
oeste).
As zonas internas poderão ser subdivididas em pequenas zonas de controle, as quais
dependerão das variações internas de carga térmica, ou de necessidades específicas
para uma área isolada. Situações típicas são encontradas nessas áreas, como por
exemplo: escritórios executivos, onde o proprietário deseja um controle individual; ou
áreas de elevado ganho ou perda de calor, salas de informática, sala de reuniões etc.
2a
Salas Imaginárias
½b ba
22 ab
Nota: O ideal é que as salas imaginárias sejam de forma quadrada, ou seja, com
lados iguais (a x a) mas na impossibilidade disto acontecer podemos utilizar
salas imagináarias retangular (a x b), como no desenho anterior.
a ≤ 1,5 . b
O selecionamento das bocas de insuflação, seja ele difusor ou grelha pode ser
facilmente obtido com o auxilio do catálogo técnico de algum fabricante, contudo
existem alguns termos técnicos específicos utilizados por estes fabricantes que
devemos conhecer para facilitar o uso destes catálogos, vamos imaginar uma sala a
qual está instalado um difusor de teto, conforme figura abaixo, e os diversos fatores
que envolvem a sua instalação.
Espaço compreendido entre o piso e uma altura pré determinada. E a região ocupada
pelas pessoas na qual devemos garantir as condições de conforto térmico, a ABNT
na norma NBR 16401 – “Instalações Centrais de Ar Condicionado parar conforto –
Parâmetros Básicos de Projeto” recomenda este valor como 1,5 m, o que
corresponde a linha de respiração de um homem, em pé, com altura mediana.
Atualmente a maioria dos projetistas utiliza para esta condição valores que variam
entre 1,7 m a 2,1 m.
Velocidade do ar na zona de ocupação ( Vzo )
Alcance (L)
Velocidade do ar de insuflação ( VI )
produzido por este ar ao passar pela grelha ou difusor, desta forma os valores para a
velocidade de insuflação são tabelados, para fim de parâmetros de projeto, algumas
recomendações de velocidade do ar de insuflação (), podem ser encontradas na
Tabela 37 .
O ar ao passar pelo difusor causa ruído que é usualmente percebido no recinto, desta
forma deve-se tomar cuidados especiais para que isto não aconteça. Os níveis de
ruído devem ficar dentro de valores pré estabelecidos, de acordo com a função da
finalidade da instalação, conforme estabelecido na Tabela 46.
Velocidade do ar de retorno ( VR )
Velocidade terminal ( V L )
Nota: Desta forma, você será capaz de selecionar uma boca de insuflação
acompanhando as recomendações acima, leiaute em escala do local a ser
climatizado e principalmente o manual técnico de algum fabricante de bocas de
insuflação.
Exemplo Prático
Dutos
Após termos definido a posição das bocas de insuflação, sejam elas difusores ou
grelhas, dentro do ambiente a ser climatizado deve-se determinar a rede de dutos que
irá trazer o ar a partir do condicionador de ar até as bocas de insuflação
O tipo de sistema de dutos deve ser escolhido em função de uma análise econômica
prevista durante o projeto civil do ambiente a ser construído. A menos que o imóvel já
esteja construído ou, o proprietário e o arquiteto especifiquem sua preferência. Em
qualquer um dos casos anteriores, a escolha do tipo de sistema de dutos implicará em
mudanças na escolha do sistema de fornecimento de ar condicionado.
• Pureza do Ar;
• Odor;
• Temperatura Ambiente;
• Meios de Controle da Temperatura;
• Circulação e Distribuição do Ar;
• Fontes de Calor Radiante;
• Qualidade da Ventilação;
• Controle de Umidade; e,
• Nível de Ruído.
Além destas duas vertentes, podemos ainda, diferenciar um sistema pela sua
capacidade de variar a vazão de ar, reaquecer o ar ou introduzir um fluxo secundário
proveniente de outra zona próximo aos bocais de saída. Neste capítulo serão
abordados os conceitos e métodos apenas para a execução do dimensionamento de
sistemas simples de dutos para condicionamento de ar de ambientes ocupados por
pessoas; pois os outros casos são aplicações especiais destes métodos e necessitam
de detalhes específicos de cada instalação.
• Volume do ar a circular;
• Portas de acesso;
• Registros tipo veneziana;
• Registros estacionários;
• Telas de entrada de ar;
Os dutos podem ser classificados de acordo com sua forma, sendo os mais comuns, o
duto circular, duto retangular, duto oval e duto flexível, cada tipo irá depender da
necessidade especifica do projeto.
Layout Preliminar
Sugere-se que este layout seja feito sobre uma cópia da planta arquitetônica do local,
pois assim o projetista terá uma melhor visualização dos ambientes e, poderá
selecionar .componentes que possuam uma melhor compatibilidade entre si.
Nestes espaços físicos o projetista deverá levar em conta não só a dimensão, mas
também, o espaço necessário para as fixações, para o acesso as caixas de misturas,
aos dampers, as válvulas e outros acessórios e ter a certeza de que o trajeto de sua
futura rede de dutos não entre em concordância com tubos, colunas, luminárias, etc.
O projetista deverá também observar os seguintes aspectos:
O trajeto deverá ser o mais curto possível;
O desenho deve ser feito em planta e elevação;
Deverá ter o mínimo de singularidades (curva, “T”, válvulas, etc);
Nomear todos os trechos dos traçados, com letras ou números, identificando
todos os componentes, como também a vazão de ar nestes trechos. Estas
Após construir o layout do sistema, o projetista deverá escolher um dos métodos que
serão citados a seguir. A maioria deles calcula dutos do tipo circular, ou seja, fornece
apenas a dimensão do diâmetro do duto; caso o projetista ou o cliente tenha
preferência por dutos retangulares existem tabelas para conversão de dutos circulares
em retangulares.
Nestes espaços físicos o projetista deverá levar em conta não só a dimensão, mas
também, o espaço necessário para as fixações, para o acesso as caixas de misturas,
aos dampers, as válvulas e outros acessórios.
Métodos de Projetos
A seguir vamos resolver um “Exemplo pratico” para que você possa assimilar melhor a
idéia de como determinar os parâmetros para o projeto de uma rede de dutos,
aplicando esta metodologia de calculo.
Tal como no caso do ar, sempre que passa ar através de um tubo ou duto, perde-se
alguma pressão por causa do atrito. Quanto maior for à quantidade de ar passando
através de um duto de uma dada área, maior será a perda por atrito (ΔP), e maior será
também o nível de ruído.
Resumindo podemos entender, que mesmo que utilizemos em nosso projeto da rede
de dutos o “Método da igual perda de carga” a velocidade do ar está diretamente
ligada a ela, pois quanto maior a velocidade do ar no interior do duto maior será a
perda de carga por atrito (ΔP), e vice e versa, ou seja, se quisermos ter controle sobre
determinada perda de carga (ΔP) e nível de ruído desejado devemos utilizar
velocidades também controladas, conforme Tabela 47.
PT = Pressão total
Pv = Pressão dinâmica
Pe = Pressão estática
É fácil perceber que quanto maior for a velocidade do ar no interior do duto maior será
a turbulência do ar e desta forma será maior a perda de carga (ΔP) causada por este
aumento da velocidade.
No “Método da igual perda de carga” determinaremos uma perda de carga (ΔP),
devido ao movimento do ar para cada metro de duto linear que o ar se deslocar no
interior do duto, e a unidade de medida desta perda de carga, a ser pré estabelecida,
será, Pa/m (Pascal por metro), sendo assim os projetistas costumam utilizar-se de
alguns valores de referência para a perda de pressão, por unidade de comprimento, a
ser estabelecida, da seguinte forma:
Ambientes industriais
Exemplo: Interior de fábricas de processos industriais mecânicos
ΔP ≥ 1,8 Pa/m
Nota: Estes valores de perda de carga são muito pequeno, considerando que o
valor da pressão atmosférica é de Patm = 101325 Pa
Nota: Quanto menor for o nível de ruído desejado, menor será a perda de carga (ΔP)
e menor velocidade do ar no interior deste duto.
O custo inicial de um duto depende do seu tamanho. Quanto menor for o duto, menor
será o custo inicial. Contudo a potência necessária para distribuir o ar através do duto
menor sobe por causa do aumento da pressão, portanto, a escolha do tamanho do
duto depende do balanço entre o custo de funcionamento do sistema e custo inicial.
Praticamente, este balanço de custo é um processo e por vez inútil por falta de dados
seguros sobre o custo. Os projetistas de dutos dependem invariavelmente de
experiências anteriores com sistema de condicionamento de ar e de ventilação, ao
selecionarem as perdas de pressão a serem admitidas no sistema de dutos. Além
disso, no projeto convencional de dutos de baixa velocidade, o problema é mais
complicado em edifícios comerciais pelo fato das velocidades do duto ter que ser
mantidas a baixa de um ponto determinado, se quiser obter um funcionamento
silencioso.
Os dutos condutas representam em custo médio cerca de 25% de toda a instalação. O
custo do dimensionamento dos dutos, alem do custo do matéria de construção e mão
de obra, também leva em conta os seguintes fatores:
• Volume do ar a circular;
• Velocidade o ar através das condutas;
• Resistência a ser vencida na conduta.
Em sistemas industriais, a qual o ruído não é fator, o problema está em fazer apenas o
balanço entre o custo de funcionamento e o custo inicial.
Lembrando que estamos utilizando o “Método da igual perda de carga”, desta forma
devemos estabelecer uma perda de carga (ΔP) esta diretamente relacionada com a
velocidade do ar no interior do duto; quanto maior a velocidade, maior o ruído gerado
considerando que dependendo do tipo de ambiente a ser climatizado, não pode ser
maior do que estabelece a norma da ABNT NBR 16401, conforme anexos, Tabela 46.
Para facilitar o entendimento, vamos fazer, a seguir, um exemplo pratico e determinar
a rede de dutos e a perda de carga em de um sistema de escritório conforme
Devemos salientar que singularidade é o nome que damos para todo trecho do duto
reto que sofre uma descontinuidade, ou seja a singularidade pode ser a curva, saída
de ramal, “T”, dampers, lona anti vibração (colocada na saída do condicionador de ar
e que faz ligação com a rede de dutos), etc.
Qualquer dos métodos acima descrito podem ser utilizados para a determinação da
perda de carga nas singularidades, mas em nosso curso utilizaremos o método
recomendado pela ASHRAE e SMACNA.
A perda de carga (ΔP) nas singularidades pelo método da ASHRAE será calculada
através da equação abaixo:
Sendo:
P = Perda de Carga na Singularidade (Pa);
0,6 = Constante de proporcionalidade;
C = Coeficiente de Perda de Carga (1);
v = Velocidade na singularidade (m / s).
Exemplo Pratico
Na figura a seguir, temos o layout preliminar de um sistema de dutos que atenderá
nove salas de escritório de uma empresa, levando em consideração os seguintes
detalhes:
Determinar uma perda de carga (ΔP) para cada metro de deslocamento do ar no
interior do duto, estabelecendo uma perda de carga distribuida de ΔP = 1,0
Pa/m (um Pascal, por cada metro de trecho reto do ar percorrido no inteior do
duto).
O duto deverá ser retangular, com uma altura no treho do ventilador até o ponto
A e B, de 350 mm, nos trechos dos ramais a altura deverá ser de 300mm.
Após você ter feito isto, na mesma tabela, pode-se encontrar, as retas que
representam o diâmetro do duto, e a velocidade que o ar terá no interior do duto no
trecho pretendido (Ventilador-A), ou seja:
Nota: Sempre o diâmetro do duto será inicialmente obtido de forma circular, a seguir
o mesmo será transformado em duto retangular, conforme necessidade do
projeto.
3. Encontramos um duto de
diâmetro 625 mm
2. Selecionar a Vazão de ar do
trecho V = 2500 l/s
4. Encontramos a velocidade no
interior do duto será de v = 8,0 m/s
A Tabela 50, foi desenvolvida pela ASHRAE / SMACNA, para transformar dutos
circulares em retangulares ou quadrados (ou vice e versa).
Em nosso “Exemplo Prático”, devemos transformar o duto do circular do trecho
(ventilador-A) em um duto retangular.
Após você ter feito isto, na mesma tabela, pode-se encontrar, o lado do duto
retangular no trecho pretendido (Ventilador-A), ou seja:
A perda de carga total no trecho reto de duto pode ser facilmente obtida, com a
seguinte equação:
A curva que utilizaremos no projeto de nosso “Exemplo Prático”, e que ira se conectar
com o trecho reto do duto, dimensionado anteriormente, terá a seguinte forma
geométrica especificada na figura a seguir.
8,0 m/s
H = 1000 mm
Quociente de curvatura
Um termo que é largamente usado em projetos este quociente acha-se dividindo o raio
(C), pela sua largura (W), algumas vezes este raio é medido até a linha de centro da
curva e representado como RW. Assim, com referência à figura acima, o “quociente de
curvatura” será:
Quociente de Aspecto
O quociente de aspecto de um duto de trecho reto é sempre igual ao lado maior do
duto dividido pelo seu lado menor. Contudo, no caso de curvas, o quociente de
aspectos é sempre igual à altura (H) do duto dividido pela sua largura (W). Assim, os
quocientes de aspecto das curvas da figura anterior serão:
H 1000
W 350
H
2,85 3,0
W
Agora vamos calcular o valor da perda de carga (∆P) na curva pela equação, que já
foi mencionada anteriormente, a qual se encontra no final das figuras da Tabela 51:
Dados da curva
Velocidade na curva = 8,0 m/s;
Coeficiente de proporcionalidade = 0,18.
P 0,6 x0,18x8,0 2
P 6,912Pa
A perda de carga total na rede de dutos (∆P) é a soma de todas as perdas de carga
nos trechos retos de duto e de suas singularidades, desde o condicionador de ar até o
difusor que estiver mais distante do equipamento condicionador, ou o ventilador como
no caso de nosso “Exemplo Pratico” , no qual o difusor 18 .
Nota: Na tabela o trecho designado, por exemplo, como Ramal 13, refere-se a saída
do duto para o difusor 13.
Nota: Na tabela a perda de carga no difusor 18, que é igual em todos difusores, do
“Exemplo Prático”, já foi determinado por você anteriormente, quando
estudamos os difusores.
Caso você queira é possível utilizar a tabela anterior nos seus projetos profissionais,
ou você pode criar alguma semelhante, nos anexos, encontramos a Tabela 52, que é
um modelo de tabela para “Dimensionamento da Rede de Dutos”, que foi
recomendada pela SMACNA.
Observação final
Caso a pressão estática da máquina seja igual ou menor que a perda de carga da
rede de dutos, deve-se refazer o projeto dos dutos (trechos mais curtos, curvas mais
suaves, tamanho maior dos dutos).
Se não for possível diminuir a perda de carga na rede de dutos, deve-se entrar em
contato com o fabricante do condicionador de ar e solicitar um novo projeto do
ventilador no equipamento.
Nota: Lembrando que, a perda de carga na rede de dutos (∆P) também se utiliza
como para a sua unidade de medida, além do Pa (Pascal) o mmca
(milímetros de coluna de água), e que a relação entre eles pode ser escrita
como;
mmca = 9,803Pa
Resumindo o capítulo
Aprenda mais
Você percebeu como é extenso o conteúdo básico de “Mecânica dos Fluidos” Para
você se aprimorar mais sobre os mesmos, estamos sugerindo alguns livros e
publicações técnicas que poderão ajudá-lo neste momento: