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16/12/2022 21:26 ICMBio - Parque Nacional do Caparaó - História

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Duas razões estão na base da proteção da área do Parque. A primeira foi a existência de maciços de grande altitude
e, dentre estes, especialmente o Pico da Bandeira, cuja altitude foi determinada por volta de 1911 (UFMG, s/data).
Igualmente, ou até mesmo mais importante, a criação decorreu da importância ecológica da área que concentrava em

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pequeno espaço variadas e distintas formações vegetais. Esse fator foi a origem da primeira referência à proteção
legal da área que ocorreu em 1922, após a visita ao local de uma missão de pesquisadores brasileiros e estrangeiros.
Nessa mesma época, certa mobilização social para a proteção da área já existia, demonstrada pelas notícias
veiculadas em jornais que falavam da necessidade de instituir uma reserva acima da cota dos 1.800m de altitude
(UFMG, s/data).

Contudo, o primeiro dispositivo legal de proteção na região do PARNA do Caparaó tardou a existir. Apenas em 20 de

setembro de 1948, o Decreto Lei Estadual no 55, que criava a “Reserva Florestal do Pico da Bandeira”, foi
estabelecido. Rapidamente, no mesmo ano da criação da reserva estadual, o então diretor do Parque Nacional da
Serra dos Órgãos encaminhou parecer favorável à transformação da área em Parque Nacional. Da mesma forma, em
1953, a Câmara Municipal de Espera Feliz, Espírito Santo, dirigiu-se ao Presidente da República solicitando a criação
do Parque. Vários pedidos foram feitos subseqüentemente, até que, em 1961, o presidente Jânio Quadros criaria o
Parque Nacional do Caparaó (IBDF, 1981; Urban, 1998).

O Parque Nacional do Caparaó foi criado em 24 de maio de 1961 pelo decreto federal  n.º 50.646, assinado pelo
então Presidente da República Jânio Quadros.

Abriga o terceiro pico mais alto do país, o Pico da Bandeira. Por volta de 1859, D. Pedro II determinou que fosse
colocada uma bandeira do Império no pico mais alto da Serra do Caparaó.

Acredita-se que a denominação “Pico da Bandeira” (2.892m) se deva a esse fato.

Hoje, grande parte dos visitantes que chegam ao parque vem atraídos não só pelas  belezas naturais, mas também
pela perspectiva de acessar o Pico da Bandeira, conhecer o ecossistema da Unidade, conhecer trabalhos
desenvolvidos de Educação Ambiental, desenvolvimento das comunidades, entre outros  . Aliás, as montanhas do
maciço da Serra do Caparaó apresentam paisagens de grande beleza, existindo também outros picos importantes
como o Pico do Cristal (2.770m) e o Pico do Calçado (2.849m).

Atributos Históricos

A região do Parque Nacional do Caparaó possui histórico muito rico que, de certa forma, reproduz os diferentes ciclos
de “desenvolvimento” econômico do país e, mais particularmente, da associação destes com a destruição da Mata
Atlântica. Este fator tem grande importância pois poderia ser melhor aproveitado tanto em atividades de interpretação
no Parque, quanto em programas de educação ambiental.

A região que onde se encontra o Parque Nacional foi ocupada, em tempos remotos, por diferentes grupos indígenas.
Encontravam-se aí Botocudos, Poris (ou Puris), numerosas tribos Tapuias e, posteriormente, os Tupis.
Genericamente, a região abrigava grupos de caçadores-coletores que com sua resistência à colonização dos
portugueses impediram, por certo tempo, a destruição da Mata Atlântica em várias regiões, sendo alvo de
perseguição oficial e legalizada (Dean, 1996; Ribeiro, 1996).

O cultivo de café ocorre na região desde o século XVIII quando, com o fim da mineração nas Minas Gerais, o produto
substituiu o ouro no processo de povoamento mineiro. A região da Zona da Mata Mineira, que incluía cidades como
Carangola e Manhuaçu próximas ao Parque, tornou-se cafeicultora, atraindo a partir do final do século XIX imigrantes
italianos, suíços, alemães, espanhóis e portugueses (UFMG, s/data). Porém, com o tempo, a terra foi sendo
esgotada, a mão-de-obra foi escasseando, o café foi perdendo valor econômico e regiões mais férteis foram abertas

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ao seu cultivo. Com isso, a pecuária de leite sucedeu o café como atividade econômica predominante na região, até à
volta do café em anos mais recentes, o qual predomina na época atual.

Outro fator importante na região foi a presença constante de tropeiros que carregavam mercadorias, notícias e,
especialmente, o café para ser comercializado. Sendo a principal forma de transporte por muito tempo, o número de
pessoas e animais envolvidos era muito grande, assim como sua influência na formação da cultura local (Dean,
1996).

A chegada do transporte ferroviário à região constitui outro fato marcante. Por volta de 1913, a “The Leopoldine
Railway” chegou para transportar produtos agrícolas e madeiras nobres como o cedro (UFMG, s/data). Além da
destruição causada pela comercialização da madeira, os trens utilizavam locomotivas a vapor que se abasteciam de
carvão vegetal proveniente das florestas locais. Atualmente, a estrada de ferro encontra-se desativada e seu leito
substituído por estradas de rodagem, restando apenas alguns trechos e construções associadas, algumas das quais
de valor turístico (MMA, 1997).

A região do Caparaó e, nesse caso, as próprias terras do Parque Nacional, está ligada também à história mais
recente do país, mais especificamente àquela das guerrilhas oposicionistas ao governo militar. Por volta de 1966, um
grupo reuniu-se no alto da Serra do Caparaó com o objetivo de derrubar o governo militar, movimento no entanto
abortado pelo governo e os envolvidos presos (Anônimo, 1992).

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