Na referida elevação junto a fonte, o atual Morro da Guia, acha-se o sítio mais importante da região e
um dos mais relevantes do Brasil pré-histórico: o santuário da mitologia tupinambá, formado pelo
complexo de pedras sagradas do Itajuru ("bocas de pedra" em tupi-guarani). Sobre estes blocos de
granito preto e granulação finíssima, com sulcos e pequenas depressões circulares, os índios
contavam histórias do seus heróis feiticeiros que ensinavam as artes de viver e amar a vida. Quando
estes heróis civilizadores morriam, transformavam-se em estrelas, até que o sol decidisse enviá-los ao
itajuru, sob forma de pedras sagradas, para serem veneradas pela humanidade. Caso fossem
quebradas ou roubadas, todos os índios desapareciam da face da terra.
Em 1503, a terceira expedição naval portuguesa para reconhecimento do litoral brasileiro, sofreu um
naufrágio em Fernando de Noronha e a frota remanescente se dispersou. Dois navios, sob o comando
de Américo Vespúcio, seguiram viagem até a Bahia e depois até Cabo Frio. Junto ao porto da barra de
Araruama, os expedicionários construíram e guarneceram com 24 "cristãos" uma fortaleza feitoria
para explorar o pau-brasil, abundante na margem continental da lagoa.
Em 1512, este estabelecimento comercial-militar pioneiro, que efetivou a posse portuguesa da "nova
terra descoberta" e deu início a conquista no continente americano, e que foi destruído pelos índios
tupinambás em função das "muitas desordens e desavenças que entre eles houve" em 1526. Os
franceses traficavam pau-brasil e outras mercadorias com os índios, na costa brasileira, desde 1504.
Durante as três primeiras décadas do século XVI, praticamente restringiram sua atuação ao litoral da
região nordeste.
A partir de 1540, por causa do rigoroso policiamento naval português nestes mares, os franceses
exploraram o litoral e levantaram os recursos naturais de Cabo Frio. Em 1556, construíram uma
fortaleza-feitoria para exploração de pau-brasil, na mesma ilhota utilizada anteriormente pelos
portugueses, junto ao porto da barra de Araruama. A "Casa de Pedra" cabofriense ampliou e
consolidou o domínio francês no litoral sudeste, iniciando com a fortaleza de Villegaignon no Rio de
Janeiro, um ano antes.[8]
A chamada "Guerra de Cabo Frio" aconteceu em 1575. O governador do Rio de Janeiro, Antônio
Salema, reuniu poderoso exército com gente da Guanabara, São Vicente e Espírito Santo, apoiado por
grande tropa tupiniquim catequizada. Os oficiais e soldados seguiram por terra e mar, tendo como
objetivo liquidar o último bastião da Confederação dos Tamoios e acabar com o domínio francês que
já durava vinte anos em Cabo Frio.
Após o cerco e a rendição da fortaleza francotamoia, dois franceses, um inglês e o pajé tupinambá
foram condenados à morte e enforcados, quinhentos outros capturados foram executados e
aproximadamente 1,5 mil índios inimigos foram escravizados. Os vencedores entraram pelo sertão,
incendiaram aldeias inimigas, justiçariam mais de dez mil índios que tomaram o lado dos invasores
franceses e aprisionaram outros tantos. Os demais, se evadiram para a Serra do Mar e arredores de
Cabo Frio.
A baixada litorânea, de Macaé até Saquarema, devido a refrega levada a efeito contra os índios que
tomaram o lado dos franceses, ficou transformada em um verdadeiro deserto e somente
movimentada com a passagem esporádica dos Goitacazes que incursionavam por estas terras a
procura da caça e pesca.
Embora os portugueses não tivessem colonizado Cabo Frio após a guerra de 1575, estabeleceram um
bloqueio naval eficiente com base na cidade do Rio de Janeiro.
Mas, entre 1576 e 1615, com a perda da independência de Portugal para a Espanha o porto de
Araruama voltou a ser frequentado por navios franceses, ingleses e holandeses em busca de pau-
brasil, tornando-se também a base da pirataria contra embarcações portuguesas que procuravam
dobrar o cabo. Depois de 1580, com a submissão de Portugal, a Espanha redobrou a presença destes
navios que carregavam as bandeiras inimigas dos castelhanos.
Colonização
Voltou a Cabo Frio para expulsar os ingleses que o haviam enganado e construiu uma fortaleza-
feitoria na ilha, utilizada anteriormente pelos portugueses e franceses, junto ao porto da barra de
Araruama.
Finalmente, Constantino Menelau recebeu ordens do Rei Filipe III, da Espanha, para mais uma vez
retornar a região e estabelecer uma povoação. Em 13 de novembro de 1615, junto a barra de
Araruama, com a ajuda de quatrocentos homens brancos e índios catequizados, levantou a Fortaleza
de Santo Inácio e fundou a Cidade de Santa Helena do Cabo Frio, a sétima mais antiga do Brasil.
Em 1616, Estêvão Gomes, rico fazendeiro e comerciante de escravos negros no Rio de Janeiro, foi
nomeado capitão-mor de Cabo Frio e transferiu o sítio da povoação colonial para o atual bairro da
Passagem, rebatizando-a como cidade de Nossa Senhora da Assunção do Cabo Frio.( Quando findava
a construção da Igreja Matriz, a imagem havia chegado para a entronização na igreja era a de Nossa
Senhora da Assunção ao invés da imagem da padroeira Santa Helena.). Iniciou-se também o
desmonte da Fortaleza de Santo Inácio, e simultaneamente a construção do Forte de São Mateus,
terminado em 1620. Deu início, ainda a veloz distribuição das terras continentais para meia dúzia de
amigos e apadrinhados influentes, favorecendo a formação de latifúndios.
Em 1617, Estêvão Gomes apoiou o estabelecimento da Aldeia de Índios de São Pedro do Cabo Frio
pelos Jesuítas, que abrigou 500 tupiniquins catequizados, com o objetivo de evitar desembarque
inimigo europeu na costa. As manobras integradas pela infantaria indígena de São Pedro e pela
guarnição da fortaleza da barra derrotam tentativas de desembarque inglês e holandês em 1617, 1618
e 1630, abrindo as portas para elevação da cidade à sede da Capitania Real do Cabo Frio em 1619 e a
conquista do norte fluminense, com a submissão dos índios Goitacazes a partir de 1631.
Os poucos habitantes da cidade passaram a se dedicar a pesca e a exploração das salinas naturais da
lagoa, enquanto os latifundiários continentais, especialmente jesuítas e beneditinos, estabeleceram
fazendas de gado em Bacaxá, Parati, São Mateus, Búzios e Macaé, onde negros e índios catequizados
trabalhavam e se dedicavam a agricultura, pesca caça e coleta de substâncias.
Ainda pelo ano de 1617, o Jesuíta João Lobato pede permissão para assentar quinhentos índios
Tupinambás traficados do Espírito Santo, na ponta da Jacuruna, onde então fundou a Aldeia de São
Pedro. Em 1619, o governo da metrópole criou a Capitania Real de Cabo Frio, que ficou diretamente
subordinada à autoridade colonial da Bahia e totalmente independente da capitania do Rio de
Janeiro.
A parte norte do seu território, justamente onde viviam os Goitacazes, foi então comprada do
herdeiro da capitania de São Tomé, cujos limites iam do rio Paraíba do Sul até o rio Macaé; e a parte
sudoeste, que já havia sido conquistada de São Vicente, durante a fundação da cidade de Cabo Frio,
cujos limites direcionavam de Ponta Negra e Saquarema até o rio Macaé.
A instabilidade na região perdura até 1625, quando o governador da capitania do Rio de Janeiro,
Martim Correa de Sá, doa uma gigantesca sesmaria localizada entre os rios Macaé e Paraíba do Sul
então pertencentes a jurisdição de Cabo Frio aos chamados "Sete Capitães".
Em 1630, logo após os índios Tupinambás, radicados na Aldeia de São Pedro, terem incendiado
algumas aldeias Goitacazes, simultaneamente, os portugueses do Espírito Santo reagem contra os
Tupinambás, época em que há a divisão das terras da capitania de Cabo Frio pelos vencedores.
Com a região norte desimpedida e como os Jesuítas tinham não só uma visão bem mais aguçada e
eram também muito bem informados, passaram então a exigir o seu quinhão, e pedem a capitania do
Rio de Janeiro duas sesmarias e logo são atendidos; sendo uma localizada entre o rio das Ostras e o
rio Macaé e logo em seguida levantam a fazenda visando a criação de gado e agricultura e a igreja de
Santana; a Segunda sesmaria que havia sido pedida em nome dos índios Tupinambás da Aldeia de
São Pedro (índios "trazidos" do Espírito Santo pelos jesuítas) localizava-se entre os rios Macaé e
Paraíba do Sul, sobrepondo-se aos limites da sesmaria que se havia sido concedida aos "Sete
Capitães".
Entre 1620 e 1630, os primeiros pescadores portugueses que se radicaram na povoação, retiraram-se
procurando uma vida melhor nas barras dos rios Macaé e Paraíba do Sul. Nessa época, em torno de
1640, ocorreu a libertação de Portugal do domínio espanhol. Ainda em 1645 a situação continuava
difícil e mesmo os degredados, que vieram do Rio de Janeiro para povoar a cidade, fogem para os
Campos de Goytacazes a procura de terras devolutas e trabalho livre.
A Cidade de Cabo Frio inviabilizara-se porque a barra de navegação era precária, a fortaleza sem
guarnição e armamento, o monopólio real proibia a comercialização do pau-brasil e sal, a arrecadação
dos dízimos era feita pelo Rio de Janeiro, não havia serviço religioso cristão, o capitão-mor
concentrava os poderes militar, executivo, legislativo e judiciário e o núcleo da Passagem era invadido
esporadicamente pelas águas das marés de lua.
Entre 1650 e 1660, a grave crise do sal português que desabasteceu o Brasil, chamou a atenção
metropolitana para a cristalização natural do produto na Lagoa de Araruama. Com esse impulso dado
a economia, um novo centro urbano era levantado junto a atual Praça Porto Rocha: rasgou-se a rua
Direita (hoje Érico Coelho), foram construídos a Igreja de Nossa Senhora da Assunção e o sobrado da
Câmara e da Cadeia, que formavam o Largo da Matriz, onde fincou-se o pelourinho.
O primeiro sinal da mudança para o novo centro urbano iniciou-se em 1663. Os benedintinos, sempre
bem informados passaram a procurar avivar os marcos de sesmaria recebida na cidade de Cabo Frio
para a construção de um convento, em 1620, e dentro desta área encontraram um forno para fabrico
de cal entre outras benfeitorias. Passado um ano depois, isto em 1664, pedem mais terras para
levantar as casas para os frades que vêm povoar a cidade. É provável que a Igreja de Nossa Senhora
da Assunção ainda não estivesse com a sua construção concluída, pois somente pela carta real de
fevereiro de 1666 o vigário Bento de Figueiredo veio assumir suas funções.
Como os beneditinos não edificaram as casas para o povoamento conforme comprometeram-se, a
Câmara retoma as terras. Em 1667 argumentavam que a cidade somente naquela época começava a
povoar-se e assim pediram uma porção de terras com dezoito braças na rua Direita para que fosse
levantada a edificação para uso da Câmara.
Em Arraial do Cabo, florescia a pesca de arrasto e era construída a Igreja de Nossa Senhora dos
Remédios. Na Armação dos Búzios, entre 1720 e 1770, caçava-se baleia e manufaturava-se o óleo. Nas
pescarias de alto mar e no interior da lagoa, capturavam-se peixes e camarões. Nos barreiros e em
olarias eram produzidos tijolos e telhas, nas florestas e serrarias derrubavam-se madeiras nobres e
em serrarias fabricavam-se grande número de taboados.
A Câmara de Cabo Frio apoiou com entusiasmo a
independência do Brasil em 1822, fazendo-se representar
nos festejos em homenagem a Dom Pedro I, sendo depois
recompensada: o Major Engenheiro Bellegard, enviado
pelo governo imperial, construiu um farol na ilha do
Cabo Frio, para evitar naufrágios como o da fragata
"Thetis", e levantou também os pregões da futura ponte
sobre o Canal do Itajuru, instalou o telégrafo e ainda,
desobstruiu a barra nova e fechou a velha, preservando o
antigo porto da barra.
Visita Imperial
A visita que Dom Pedro II fez à cidade, em 1847, estreitou as relações especiais que Cabo Frio
mantinha com o governo imperial, tendo sido doada uma quantia para a construção da cobertura da
Fonte do Itajuru e outra para a Charitas, com o objetivo de facilitar sua manutenção e instalar uma
enfermaria, que mostrou-se de grande utilidade por ocasião das devastadoras epidemias de febre
amarela e varíola que assolaram a região durante o século XIX.
O Imperador visitou o estabelecimento modelo das Salinas Perynas, incentivado por ele próprio, de
propriedade do alemão Lindemberg, que colocou em prática novos métodos de produção mineral,
dando início ao moderno parque salineiro de Araruama.
Questão negreira
Duas questões relativas aos escravos estremeceram Cabo Frio ao longo do século. A primeira refere-
se ao crescimento das fugas, assassinatos de feitores e rebeliões de negros, resultando na formação de
quilombos que sobressaltaram os senhores brancos, a despeito da ação dos capitães-do-mato. A
segunda diz respeito a proibição do tráfico transatlântico de escravos e o contrabando florescente que
dele derivou.
As praias do Peró, em Cabo Frio, de José Gonçalves e da Rasa, em Búzios, tornaram-se pontos de
desembarque clandestino deste comércio humano. A marinha inglesa, em flagrante desrespeito às
leis brasileiras, promoveu repressão ao tráfico e chegou a apreender navios negreiros na costa e a
desembarcar fuzileiros navais em Cabo Frio e Búzios.
Nas décadas finais do século XIX, a barra e antigo porto de Araruama receberam novos
melhoramentos do governo imperial, dando passagem a navios maiores e tendo o ancoradouro
ampliado, fatores essenciais ao incremento da exportação regional. Alguns assoreamentos críticos do
Canal do Itajuru foram dragados e canalizados, por iniciativa particular do engenheiro francês Leger
Palmer, permitindo a ampliação da carga e a navegação mais eficiente dos vapores e veleiros que
transportavam a grande produção de sal para os armazéns da cidade.
Atividades Produtivas
A captura e a salga do pescado e do camarão mantiveram-se estáveis, da mesma forma que a
manufatura de telhas, tijolos e taboados. O surgimento da construção naval e da indústria de cal
(feita com conchas da lagoa) abriram novas perspectivas econômicas regionais. A abolição da
escravatura em 1888 e a consequente proclamação da República no ano seguinte, desorganizou
algumas atividades produtivas de Cabo Frio, como agricultura do café que viu-se substituída pela
pecuária em pequena escala.
Os ex-escravos da zona rural reagruparam-se e fundaram uma povoação na Praia Rasa, em Búzios,
passando a trabalhar na pesca e na horticultura próprias, enquanto os escravos da Cidade de Cabo
Frio tomaram posse e fundaram a povoação da Abissínia, que mais tarde deu origem ao atual bairro
da Vila Nova, trabalhando no fornecimento de carvão vegetal aos antigos senhores.
A produção do sal era o mais notável recurso da região, entretanto, não foi afetada. Há alguns anos se
fizera a substituição do braço escravo pelos imigrantes portugueses do Aveiro, que trouxeram e
adaptaram técnicas artesanais consagradas, resultando no aumento da qualidade e quantidade de
cristalização marinha artificial de Araruama.
As matas e capões dos areais fornecem excelente carvão de madeira. A restinga adapta-se
favoravelmente à agricultura, cuja produção principal é incipiente ainda, atendendo apenas ao
consumo local; assim a pecuária, devido a sua essência, presta-se magnificamente a produtos bons e
resistentes.
Quanto ao campo mineral existem produtos naturais de grande valor econômico como os calcários, o
sal entre outros. Constata-se abundância de areia própria para ser empregada no fabrico de porcelana
e vidros finos, destacando-se a monazita, de ocorrência comum na região. A grande riqueza mineral
de Cabo Frio foi inquestionavelmente, o sal.
A partir dos anos 90, a cidade impulsionou sua produção de moda praia, tornando-se referência
nacional e internacional. Hoje, Cabo Frio é o principal pólo produtor de moda praia do país, com
exportação para vários centros internacionais. A Rua dos Biquínis, no bairro da Gamboa, foi
transformada em um shopping a céu aberto, onde diversas lojas vendem, a preço de fábrica, roupas e
acessórios para praia, como biquínis, sungas e cangas; criando, principalmente no verão, uma série
de empregos temporários.
Atração turística
Na década de 40, observa-se que o Canal do Itajuru fôra dragado e retificado para facilitar a
navegação. Sua margem próxima a barra estava ocupada por instalações portuárias, entre postos
pesqueiros, armazéns de sal, fábricas de cal e estaleiros. Os dois antigos núcleos urbanos haviam se
juntado e novas ruas e quadras foram criadas como fatores para ocupação turística ao longo da, até
então, abandonada Praia do Forte.
A melhoria das vias de acesso, as condições climáticas excepcionais, o patrimônio natural cultural
extremamente atrativo e as transformações de ordem sócio-cultural estimularam o lazer semanal e o
turismo das "praias de banho" em meados da década de 40. No começo, foi ponto de atração de ricos
aventureiros da Cidade do Rio de Janeiro, de encontro social de poucos privilegiados, de praticantes
de esportes náuticos e submarinos.
Depois, Cabo Frio passou a se constituir em local de atração turística para cariocas e mineiros, de
instalações de residências secundárias, de clubes náuticos, de diversões noturnas, de hotéis,
restaurantes, serviços comerciais e de abastecimento. A inauguração da Ponte Rio-Niterói, em 1973,
deu lugar a fase atual de turismo de massa.
Embora a cidade tenha se expandido até a margem continental fronteira, onde se estabeleceram
loteamentos turísticos e um cinturão de imigrantes pobres, Cabo Frio vem recebendo investimentos
federais, estaduais, municipais e privados natural e cultural, na infraestrutura viária de água, de
energia elétrica, de comunicação, de educação e de saúde, tornando se, principalmente a partir do
início da década de 2000, um pólo universitário, com a chegada de instituições de ensino superior,
atraindo estudantes de toda a Região dos Lagos.
A população flutuante aumenta cerca de dez vezes na temporada de verão. O parque salineiro dá sinal
de exaustão, devido a concorrência do produto nordestino e pela especulação imobiliária às margens
da lagoa de Araruama, enquanto a pesca fica sobrecarregada pelo esforço excessivo de captura e pela
diminuição da qualidade ambiental marinha. Na década de 1980 a descoberta e a exploração de
petróleo na chamada Bacia de Campos abriu nova frente de desenvolvimento regional. Os poços
extremamente produtivos, que se localizam em frente ao litoral cabofriense, são responsáveis pelo
pagamento de substanciais recursos dos royalties aos cofres do Município, que impulsionaram o
desenvolvimento e a urbanização da cidade a partir da década de 1990.[8]
Geografia
Clima
Dados climatológicos para Cabo Frio(Álcalis)
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura
máxima 28,7 29,1 28,8 27,5 26,1 24,9 24,7 24,3 24,3 25,2 26,5 27,9 26,5
média (°C)
Temperatura
25 25,2 25,3 24,1 22,6 21,6 21,1 21 21,2 22 23,3 24,4 23,1
média (°C)
Temperatura
mínima 22,3 22,7 22,7 21,5 20 18,8 18,6 18,7 19 19,7 20,7 21,8 20,5
média (°C)
Precipitação
74,6 37 58,1 78,6 74 47,9 47,1 37,6 58,1 90,6 92,7 88,3 784,5
(mm)
Dias com
7 4 6 8 7 6 5 6 7 9 8 9 82
chuva
Umidade
82 82 82 80 81 81 80 81 81 82 82 82 81,3
relativa (%)
Horas de sol 239,8 235,2 227,8 197,7 214,3 201,1 218,5 203,7 158,2 179,1 189,6 201,6 2 466,6
Reservas arqueológicas
Sambaqui do Forte
Localizado a aproximadamente 50 metros do Forte de São Mateus, ocupa uma duna de 50 metros de
comprimento, areia mais escura, e uma densa vegetação que a protege da ação dos ventos constantes.
Dunas Brancas
Localizado na estrada que liga Cabo Frio a Arraial do Cabo, é cenário de excepcional luminosidade
formado por altos montes de areia extremamente fina e muito branca, as dunas de Cabo Frio são
raras no estado, e por isso muito visadas pelos usurpadores que aproveitam a região desértica,
roubando as areias para a utilização no fabricação de vidros.
Boca da Barra
Barra do Canal do Itajuru, área litorânea de costão, onde encontra-se vegetação nativa e com visual
de extrema beleza. A Boca da Barra é local de suma importância na história de Cabo Frio, pois foi alí
que tudo começou, com o desembarque e estabelecimento dos 24 cristãos deixados por Américo
Vespúcio em 1503.[10]
Praias
Cabo Frio possui algumas das praias mais
bonitas do Brasil. A Praia do Forte, a mais
conhecida da região dos lagos, é um polo de
atração para o turismo, recebendo destaque
por sua areia branca e águas cristalinas. Nesta
praia também podemos contemplar também o
Forte São Mateus, monumento histórico,
situado no canto esquerdo da praia, que no
período da colonização defendeu a costa da
região de invasões estrangeiras e piratas.
Além da Praia do Forte, Cabo Frio possui as
praias: Brava, Peró, Japonês, Dunas, São
Bento, Foguete, Siqueira, e Conchas.[11]
Forte São Mateus
Demografia
De acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, em 2010, Cabo Frio tinha 90 831
homens (48,7%), e 95 396 mulheres (51,3%). O município demonstrou rápido crescimento
demográfico ao longo das décadas.[12]
Etnias
De acordo com o IBGE, o município é formado por 88 701 brancos, 72 561 pardos, 23.555 negros, 1
109 amarelos, e 301 indígenas.[13]
Brancos - 47,7%
Pardos - 39%
Negros - 12,6%
Amarelos - 0,6%
Indígenas - 0,1%
Religião
Ainda de acordo com o IBGE, o município é formado por 78 061 evangélicos, 64 006 católicos,
32.894 não religiosos (incluindo ateus e agnósticos), 6 539 espíritas, e 6 413 pessoas que professavam
outras religiões, tais como o judaísmo, budismo, islamismo, esoterismo, e neopaganismo.[14]
Evangélicos - 41,7%
Católicos Apostólicos Romanos - 34,3%
Não religiosos (incluindo ateus e agnósticos) - 17,6%
Espíritas - 3,5%
Outras religiões - 3,4%
Brasão e Hino
Descrição Heráldica
O brasão de Cabo Frio é caracterizado pelo escudo português, encimado em chefe, de Blau (azul),
carregado com uma fortificação sobre uma elevação, em ouro, tendo na base um campo ondado de
sinople (verde) e prata.
Foi adotado em 1967, através da resolução nº 127-A da Câmara Municipal).
2. Árvore simbolizando o pau-brasil, que motivou a cobiça dos europeus e as consequentes reações
portuguesas que resultaram na fundação da Cidade;
5. Arco e Flecha, simbolizando a nobreza de caráter e a elevada noção de honra dos índios tamoios,
primitivos habitantes do lugar;
6. Escudo oval usado por mulheres, sobretudo rainhas, com uma flor-de-lis, símbolo da Mãe de Deus,
representando a cidade a ela dedicada... No caso Nossa Senhora d'Assunção;
8. Forte de São Matheus construído em 1616 pelo primeiro Governador (Estevão Gomes), para defesa
da Cidade;
9. Escudete, simbolizando Antônio Salema que comandou o massacre dos Índios Tamoios, aliados
dos franceses... as estrelas representam as vítimas;
1. Blau (Azul) - Representa O Céu, A Felicidade Eterna E, Entre Outras Coisas, A Formosura, A
Doçura, A Nobreza;
4. Jalne (Ouro) - Representa Justiça, Clemência, Nobreza, Saúde, Alegria, Cavalheirismo, Poder;
Noites Claras teu luar famoso,Este luar que viu meus ancestrais...
Referências
1. https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/cabo-frio/panorama
2. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (10 out. 2002). «Área territorial oficial» (http://www.ib
ge.gov.br/home/geociencias/cartografia/default_territ_area.shtm). Resolução da Presidência do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de número cinco (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez.
2010
3. «Estimativa populacional 2020 IBGE» (https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/cabo-frio/panorama).
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 28 de agosto de 2020. Consultado em 4 de
setembro de 2020
4. «Cabo Frio: índice de desenvolvimento humano municipal - idhm» (http://www.cidades.ibge.gov.b
r/xtras/temas.php?lang=&codmun=330070&idtema=118&search). IBGE. Consultado em 4 de
fevereiro de 2017
5. «Cabo Frio: produto interno bruto dos municípios - 2014» (http://www.cidades.ibge.gov.br/xtras/te
mas.php?lang=&codmun=330070&idtema=162&search). IBGE. Consultado em 4 de fevereiro de
2017
6. «Cabo Frio, RJ, espera receber 250 mil turistas nos feriadões prolongados» (http://g1.globo.com/r
j/regiao-dos-lagos/noticia/2015/04/cabo-frio-rj-espera-receber-250-mil-turistas-nos-feriadoes-prolo
ngados.html). Região dos Lagos. 17 de abril de 2015
7. «TurisRio - Estatísticas sobre o turismo» (http://www.turisrio.rj.gov.br/downloads/Anuário%20Estat
ístico%202014.pdf) (PDF). Observatório de Turismo da Turisrio. 2014
8. «Cabo Frio 400 anos: a história revelada pelos pontos turísticos» (http://g1.globo.com/rj/regiao-do
s-lagos/noticia/2015/11/cabo-frio-400-anos-historia-revelada-pelos-pontos-turisticos.html). Região
dos Lagos. 12 de novembro de 2015
9. «Normais Climatológicas do Brasil 1961-1990» (http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=clima/
normaisClimatologicas). Instituto Nacional de Meteorologia
10. «Guia Lagos» (http://www.guialagos.tur.br/novo/cabofrio/atracoes/ecoturismo).
www.guialagos.tur.br. Consultado em 4 de fevereiro de 2017
11. «Praias - Praias de Cabo Frio» (http://www.praias.com.br/estado-rio-de-janeiro/praias-de-cabo-fri
o.html). www.praias.com.br. Consultado em 4 de fevereiro de 2017
12. «IBGE | Cidades | Rio de Janeiro | Cabo Frio | Censo Demográfico 2010: Sinopse» (http://www.ci
dades.ibge.gov.br/xtras/temas.php?lang=&codmun=330070&idtema=1&search=rio-de-janeiro%7
Ccabo-frio%7Ccenso-demografico-2010:-sinopse-). www.cidades.ibge.gov.br. Consultado em 4
de fevereiro de 2017