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GRUPO I
Para cada uma das questões que se seguem, selecione a única resposta correta.
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GRUPO II
Notei, há já alguns anos, que, tendo recebido desde a mais tenra idade tantas coisas falsas por
verdadeiras, e sendo tão duvidoso tudo o que depois sobre elas fundei, tinha de deitar abaixo
tudo, inteiramente, por uma vez na minha vida, e começar, de novo, desde os primeiros funda-
mentos, se quisesse estabelecer algo de seguro e duradouro nas ciências.
René Descartes, Meditações sobre a Filosofia Primeira, Coimbra, Almedina, 1992, p. 105.
Todas as ideias são copiadas de impressões ou sentimentos precedentes, e onde não pudermos
encontrar impressão alguma podemos ter a certeza de que não há qualquer ideia. Em todos os
exemplos singulares das operações de corpos ou mentes, não há nada que produza qualquer
impressão, e consequentemente nada que possa sugerir qualquer ideia de poder ou conexão
necessária. Mas quando aparecem muitos casos uniformes, e o mesmo objeto é sempre seguido
pelo mesmo evento, começamos a ter a noção de causa e conexão. É então que sentimos uma
nova sensação ou impressão, ou seja, uma conexão habitual no pensamento ou imaginação
entre um objeto e o seu acompanhante habitual, e este sentimento é o original de que estamos
© COGITO, Guia do Professor, ASA
David Hume, Investigação sobre o Entendimento Humano, Lisboa, INCM, 2002, p. 91.
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GRUPO I
11. De acordo com Descartes, é a partir da observação do mundo que podemos inferir a existência de Deus.
13. De acordo com Hume, negar uma questão de facto leva-nos a uma contradição.
© COGITO, Guia do Professor, ASA
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GRUPO II
Vou supor, por consequência, não o Deus sumamente bom, fonte da verdade, mas um certo
génio maligno, ao mesmo tempo extremamente poderoso e astuto, que pusesse toda a sua
indústria em me enganar. Vou acreditar que o céu, o ar, a terra, as cores, as figuras, os sons, e
todas as coisas exteriores não são mais que ilusões de sonhos com que ele arma ciladas à minha
credulidade. Vou considerar-me a mim próprio como não tendo mãos, não tendo olhos, nem
carne, nem sangue, nem sentidos, mas crendo falsamente possuir tudo isto.
René Descartes, Meditações sobre a Filosofia Primeira, Coimbra, Almedina, 1992, p. 114.
A mente é uma espécie de teatro, onde diversas perceções fazem sucessivamente a sua apa-
rição; passam, repassam, esvaem-se, e misturam-se numa infinita variedade de posições e si-
tuações. Nela não existe, propriamente falando, nem simplicidade em um momento, nem iden-
tidade ao longo do tempo (...). Mas a comparação com o teatro não nos deve enganar. A mente
é constituída unicamente pelas perceções sucessivas; e não temos a menor noção do lugar em
que essas cenas são representadas ou do material de que esse lugar é composto.
David Hume, Tratado da Natureza Humana, São Paulo, UNESP, 2001, p. 285.
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3.2. 3.1.
Possível argumento contra: • No texto, Hume defende que a origem da ideia de conexão
Premissa 1: Há coisas que nos dão prazer, mas nos preju- necessária é um impressão interna.
dicam. • Esta impressão é um sentimento de expectativa produzido
pelo hábito.
Premissa 2: Há coisas que são boas para nós, mas implicam
sacrifício e sofrimento. 3.2.
Conclusão: O que é bom e o que nos dá prazer não são a • Não, Descartes não aceitaria o princípio formulado no iní-
mesma coisa. cio do texto.
• Segundo Descartes, existem ideias inatas, que não têm
Possível argumento a favor: uma origem empírica.
Premissa 1: Bom é aquilo que as pessoas desejam. 3.3.
Premissa 2: Toda a gente deseja sentir-se bem e ter prazer. • Hume concebe a relação entre causa e efeito como con-
junção constante, reduzindo a causalidade a regularidades
Conclusão: O que é bom é o que nos dá prazer.
empíricas.
• No entanto, como mostrou Thomas Reid, há muitas regu-
TESTE DE AVALIAÇÃO SUMATIVA N.° 3 (p. 26) laridades que não são causais. Por outro lado, também
parece possível haver causalidade sem regularidades
Grupo I empíricas.
3.2.
• Mas também não parece possível descobrir a posteriori • O princípio da cópia é o que leva Hume a defender a tese
que a indução é fiável. É verdade que a indução tem sido apresentada no texto.
fiável. Mas concluir, a partir daí, que a indução continuará
• Temos apenas impressões de qualidades dos objetos.
a ser fiável consiste em fazer um raciocínio indutivo – e
Nunca temos qualquer impressão de uma substância que
assim em pressupor, falaciosamente, a fiabilidade da in-
esteja para lá dessas qualidades e que lhes sirva de su-
dução.
porte. Portanto, na verdade não temos qualquer ideia de
• O problema da indução é o desafio de encontrar uma justi- substância. E, assim, não faz sentido conceber a mente
ficação para a crença na fiabilidade da indução. como uma substância.
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