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Produção Editorial:
Guilherme Ashcar
Preparação de Texto:
Caroline Bastos
Capa:
Felipe Fleg
Operação e Logistica:
Alexandre Lenharo
1 INTRODUÇÃO 4
3 PERSONALIDADE 7
A CIÊNCIA DA PERSONALIDADE
4 NAS ÚLTIMAS DÉCADAS
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5 MODELOS DE PERSONALIDADE 17
7 TIPOLOGIA MBTI 27
8 VARIABILIDADE INDIVIDUAL 31
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS 38
REFERÊNCIAS
10 BIBLIOGRÁFICAS 40
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Antes de começarmos a falar, de fato, dos traços de
personalidade documentados pela ciência, eu quero
contar um pouquinho sobre a ciência da personalidade
em geral.
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Existem características suas, sim, em que você é mui-
to parecido com alguns seres humanos, mas não todos.
E há algumas características suas das quais você não é
parecido com ninguém. No fim das contas, é isso que es-
tuda a ciência da personalidade. Aliás, esse é um movi-
mento muito interessante que ocorreu em praticamente
todo campo científico que estuda os seres humanos. En-
tão, vamos falar sobre neurociência, já que essa é a mi-
nha área de especialidade.
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Atualmente, com o avanço da genética, nós estamos
buscando entender quais genes são comuns a alguns
de nós. E também quais genes nos tornam únicos e
especiais.
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PERSONALIDADE
A primeira definição é a mais básica de todas: o que é
personalidade?
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Personalidade é o conjunto de diferenças individuais,
mas eu não estou interessado em todas as diferenças,
e sim nas que são estáveis — aquilo que acontece
consistentemente ao longo do tempo e que diferencia
as pessoas.
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Portanto, nós entendemos a primeira parte da defini-
ção: personalidade é o conjunto de diferenças indivi-
duais estáveis. Mas diferenças no quê?
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E, caso você leia em outras fontes e pesquise além do
curso, encontrará todos esses nomes diferentes, por
exemplo: o Steven Pinker, professor da faculdade de
Harvard, utiliza o termo módulos mentais em seus li-
vros. Já o Daniel Nettle, um grande especialista em per-
sonalidade, — inclusive, a definição que eu dei de perso-
nalidade é baseada na dele — utiliza um termo diferente:
mecanismos mentais. Mas veja que, no fim das contas,
os dois estão falando da exata mesma coisa: os ele-
mentos da mente humana, que são os mecanismos que
constituem a nossa mente.
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Eis a questão: esse mecanismo mental é ativado de
maneira diferente nos extrovertidos quando compa-
rados com os introvertidos. Ele não só se ativa, como
reage diferentemente também. Ou seja, tanto a ativi-
dade quanto a reatividade desse mecanismo mental
chamado recompensa, são diferentes entre introver-
tidos e extrovertidos.
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Conforme dito anteriormente, o mecanismo mental de
recompensa, motivação e prazer, é diferente no extro-
vertido e no introvertido. Mas ele é diferente no quê?
Na maneira como o introvertido e o extrovertido agem
ou respondem a uma classe específica de situação.
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Personalidade é o conjunto de di-
ferenças individuais estáveis na
atividade e na reatividade de me-
canismos mentais, com o objetivo
de agir e responder a classes es-
pecíficas de situação.
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A CIÊNCIA DA PERSONALIDADE
NAS ÚLTIMAS DÉCADAS
Nós descobrimos, em primeiro lugar, que essas dife-
renças individuais estáveis podem se expressar na lin-
guagem, ou seja, se eu mostrar uma série de afirma-
ções e você ler essas afirmações e me dizer o quanto
isso parece com você, eu consigo mapear essas dife-
renças com precisão científica. Mas, veja que a pre-
cisão científica não é sinônimo de perfeição, e sim de
robustez e significância estatística.
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as perguntas certas, você consegue mapear a perso-
nalidade das pessoas.
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A identificação dos traços de personalidade é um pro-
cesso estatístico, matemático. É um processo bem
complicado, que envolve ciência muito séria, porque,
para identificar traços de personalidade, é preciso
agrupar as características estáveis das pessoas.
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MODELOS DE PERSONALIDADE
Ao estudar tudo isso, você descobre que existem mo-
delos de personalidade, por exemplo, com três traços,
outros com sete e assim por diante. Resumidamente,
são vários modelos que agrupam as coisas de manei-
ra diferente.
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Estou dizendo isso para você não pensar que
os traços de personalidade são arbitrários ou
que eles são fruto de observações subjetivas
ou qualitativas dos cientistas. Definitivamente,
não é. É um modelo matematicamente, estatis-
ticamente robusto, que nos mostra que as ca-
racterísticas estáveis da mente e do compor-
tamento dos seres humanos se agrupam em
cinco grandes fatores.
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Existem agrupamentos matemáticos mais específicos,
mais detalhados. Cada traço, cada domínio, pode ser
dividido em dois aspectos, por exemplo. E cada aspec-
to pode ser dividido em facetas.
Olhando para ele, você não pode dizer que você é azul
ou verde. E sim que é mais azul ou mais verde. Entre-
tanto, azul e verde, neste gradiente, não são catego-
rias, mas extremos de um espectro.
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Na maioria das publicações verdadeiramente científi-
cas, você não encontra dois pólos opostos para os tra-
ços de personalidade, mas apenas o traço e a medida
desse traço. Por exemplo, não se fala de introversão.
O nome do traço é extroversão.
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ENTENDENDO
SEUS RESULTADOS
Agora, vamos falar sobre um ponto importante. É co-
mum as pessoas ficarem com dúvidas na ferramen-
ta de mapeamento de virtudes e defeitos de perso-
nalidade. Elas me perguntam: “Professor Pedro, meu
mapeamento deu que tenho defeitos de extroversão,
mas virtudes de introversão… como é que pode isso?”.
Esse é um ponto fundamental que precisa estar mui-
to claro. A distribuição dos traços de personalidade,
estatisticamente, é o que nós chamamos de distribui-
ção normal:
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A distribuição normal obedece a algumas regras
matemáticas. A linha do meio, na imagem abaixo,
é a média. Na área vermelha, nós temos 68,2% das
pessoas, bem perto da média. Isso significa que 34,1%
das pessoas estão para o lado esquerdo da média e
34,1% das pessoas estão para o lado direito da média.
68,2%
34,1% 34,1%
MÉDIA
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68,2%
27,2%
34,1% 34,1%
13,6% 13,6%
MÉDIA
68,2%
27,2%
4,28%
34,1% 34,1%
13,6% 13,6%
2,14% 2,14%
MÉDIA
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Na área menor, quase invisível e roxa, existem apenas
0,13% das pessoas do lado esquerdo. Na mesma área,
porém no extremo à direita, temos a mesma quanti-
dade. Resultando em um total de 0,26%.
68,2%
27,2%
4,28%
0,26%
34,1% 34,1%
MÉDIA
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Portanto, existe muito mais gente que é um pouco ex-
trovertida do que gente que é altamente extroverti-
da. Isso vale para todos os traços. Tudo isso é perfei-
tamente natural, porque a maioria das pessoas está
perto da média para cada traço. E a distribuição para
cada traço é uma distribuição normal, o que significa
que, quanto mais você vai para o extremo de um tra-
ço, seja ele qual for, mais raro vai ser encontrar gente
assim.
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TIPOLOGIA MBTI
Eu já te expliquei que a maioria das pessoas está per-
to da média e, quanto mais você vai para os extremos,
mais raro é encontrar alguém assim. Isso já nos mostra
um dos maiores problemas de uma tipologia de perso-
nalidade que é conhecidíssima, o MBTI — Myers-Briggs
Type Indicator, traduzido para o português como Tipolo-
gia de Myers-Briggs.
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Esses são apenas alguns exemplos. Conforme já dito,
falar isso em uma empresa não é legal, e é por isso
que o MBTI é tão famoso na área corporativa. Segundo
ele, todo tipo de personalidade é igualmente bacana,
ou seja, as personalidades são apenas diferentes.
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O meu ponto é que todo traço tem virtudes e defeitos.
Mas alguns traços são mais problemáticos, dependendo
da esfera da vida que você está analisando. Na carreira,
ter um baixo grau de conscienciosidade é simplesmente
pior do que ser muito consciencioso. Na saúde mental,
possuir um elevado neuroticismo é pior do que possuir
um baixo — que nós chamamos de estabilidade emocio-
nal.
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VARIABILIDADE
INDIVIDUAL
Dito de maneira bem simplificada, existem diferenças
entre a minha personalidade e a sua, e entre a sua per-
sonalidade e a do seu amigo, e entre a do seu amigo e
de outras pessoas. Ou seja, existe uma variabilidade
individual no quesito personalidade.
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Não é assim que genética funciona. Alguns dos maio-
res avanços da genética nos últimos trinta anos foram
justamente na direção contrária desse senso comum:
genética não é uma sentença. Para os genes do seu ge-
noma, para sua genética produzir algo para sua vida,
esses genes precisam se expressar. Esse é o termo
científico: expressão gênica.
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Existe um subcampo da genética chamado epigené-
tica. Nos últimos anos, vários avanços na epigenética
nos permitiram entender melhor os papéis dos genes.
Atualmente, nós sabemos que a expressão ou a não
expressão de um gene depende — e muito — do am-
biente e das escolhas de vida da pessoa.
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Mas é igualmente importante ter alguém menos es-
tável, mais sensível às ameaças, que esteja sempre
alerta, detectando aquilo que é negativo.
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Pode ser que, para você, para sua vida pessoal, seu
neuroticismo não seja nada agradável. Eu sei bem dis-
so, na pele, que o neuroticismo elevado é muito ruim,
não é gostoso viver com ele. Mas, para a nossa espé-
cie, para a coesão e a sobrevivência dos grupos em
que viviam nossos ancestrais, nosso neuroticismo foi
tão importante quanto a estabilidade emocional. E isso
não se limita somente à Antiguidade.
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Outra coisa importante de dizer é que sua personali-
dade não vai ditar as regras da sua vida, tal como uma
cartilha. O mundo de hoje é muito extremista, as pes-
soas gostam de colocar tudo em caixinhas, tudo é X ou
Y. Mas esse é um jeito errado de entender a personali-
dade. Porque, ao falar de personalidade, nós estamos
falando de probabilidades, riscos, chances.
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O importante é você saber que personalidade é a ten-
dência geral de funcionamento do cérebro, da mente
e do comportamento da pessoa, e nunca aquilo que é
exceção, que acontece de vez em quando. O que quer
dizer que a personalidade dá suas caras nos hábitos,
nos pequenos comportamentos do dia a dia, que se
acumulam para tornar quem você é — esse é um pon-
to muito, muito importante.
PERSONALIDADE
está muito mais nas
nuances da vida
do que nas coisas grandiosas,
e essa é uma lição fundamental.
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Antes de nós terminarmos, eu quero reforçar,
mais uma vez, algo sobre a personalidade. Eu sei
que eu já falei isso muitas vezes, mas é porque,
de acordo com a minha experiência, muita gente
tem dificuldade de entender.
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Estou explicando isso porque, ao ler sobre persona-
lidade por aí, você encontra os dois jeitos. Os cientis-
tas, os artigos científicos, tendem a preferir usar só
o nome do traço, sem falar dos polos. Ou seja, extro-
versão é extroversão.Você pode ter baixa, modera-
da ou elevada, ou extremamente elevada. Você varia
na extroversão, não existe a introversão. É bem raro
encontrar o termo “introvertido” em artigos científi-
cos. Em vez de introvertido, os pesquisadores falam
“baixa extroversão”. Isso vale para todos os traços.
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