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Os bancos oferecem ótimos benefícios, como plano de saúde e odontológico, além de muitos
feriados pagos, férias depois de um ano e dias de folga. Estes geralmente são estendidos aos
funcionários de meio período, mas confira com o RH primeiro. Todos os empregados devem ter
contas correntes gratuitas e outros produtos bancários com desconto também.
Não vá achando que está conseguindo um emprego legal e descolado; trata-se de trabalho duro.
Espere trabalhar muito nas sextas e nas segundas-feiras, pois esses são os dias mais agitados dos
bancos.
Destaque qualidades como precisão, atenção aos detalhes e comunicação.
Cuidado ao trabalhar em bancos dentro de supermercados. Eles muitas vezes ficam abertos durante
todo o fim de semana, por horários mais extensos do que a maioria dos bancos tradicionais, têm alta
taxa de rotatividade de funcionários e costumam funcionar na maior parte dos feriados, incluindo os
federais. Prepare-se para trabalhar bastante!
Ser bancário não é tão glamoroso quanto parece. Há bastante trabalho, os clientes podem ser bem
irritantes, e espera-se que você cumpra e ultrapasse as metas de vendas diariamente.
Se você não gostar de vendas, este não é o cargo para você. Seu trabalho consistirá mais em
vender do que em qualquer outra coisa, e os caixas muitas vezes trabalham mais do que os
gerentes de relacionamento quando se trata de equilibrar diversas tarefas.
APRESENTAÇÃO
Já é consenso entre diversas organizações no mundo todo que sociedades mais justas e igualitárias, com
oportunidades para todos, são extremamente benéficas, tanto do ponto de vista social quanto econômico.
Uma empresa que contempla a diversidade entre seus colaboradores adquire, naturalmente, um diferencial
competitivo, pois, diante de mercados cada vez mais globalizados, saber lidar com as diferenças é
fundamental para o sucesso e a sustentabilidade do negócio.
Devemos, portanto, tratar da inclusão de pessoas com deficiência no sistema bancário de maneira
responsável e consciente, enxergando esta questão não como uma obrigação legal, mas sim como uma
oportunidade de crescimento para todos, seja na condição de companheiros de trabalho ou de clientes.
Diante disso, com o objetivo de facilitar, estimular e aperfeiçoar o convívio entre as pessoas com deficiência
e a sociedade, a FEBRABAN elaborou esta cartilha com informações sobre as pessoas com deficiência, que
dá sequência e amplia o conteúdo da cartilha “Clientes Especiais, Necessidades Especiais”. Aqui estão
presentes dados significativos para uma melhor compreensão sobre pessoas com deficiência, já que
somente a partir da quebra de paradigmas, mudanças de valores e de conceitos e a eliminação de barreiras
atitudinais é que criaremos, realmente, uma sociedade inclusiva.
Cabe observar, finalmente, que mantivemos na cartilha atual as informações sobre relacionamento com
pessoas idosas, por utilizarem assiduamente os serviços bancários e merecerem tratamento adequado e
respeitoso.
Márcio Cypriano
Presidente
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CRÉDITOS
Publicação:
FEBRABAN ‟ Federação Brasileira de Bancos
Consultoria:
I-Social Consultoria e Responsabilidade Social
Coordenação:
Andrea Schwarz e Jaques Haber Projeto
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SUMÁRIO
ATENDENDO BEM PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Crédito...........................................................................................................................................................03
Apresentaçao................................................................................................................................................04
A evolução da sociedade ante as pessoas com deficiência.......................................................................05
Atendendo ao cliente com deficiência..........................................................................................................05
ORIENTAÇÕES GERAIS
1- Como se relacionar..................................................................................................................................06
2- Para as pessoas com deficiência visual..................................................................................................08
3- Para as pessoas com deficiência física...................................................................................................10
4- Para as pessoas com surdez...................................................................................................................11
5- Pra as pessoas com deficiência mental..................................................................................................12
6- Para as pessoas idosas...........................................................................................................................12
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A EVOLUÇÃO DA SOCIEDADE ANTE AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
Durante séculos, sociedades em todo o mundo foram indiferentes às pessoas com deficiência e estas
acabaram sendo segregadas e excluídas do convívio social.
Mas essa realidade tem sido modificada com o auxílio dos programas de inclusão social. A prática da
inclusão social teve início há cerca de dezenove anos em várias partes do mundo. Consiste na adequação
da sociedade para que ela possa incluir pessoas com deficiência em seus sistemas sociais e preparar estes
indivíduos para que assumam seus papéis nas diversas comunidades. É um processo no qual os indivíduos
excluídos e a sociedade buscam, em parceria, equacionar problemas, encontrar soluções e efetivar a
equiparação de oportunidades para todos.
Cabe à sociedade eliminar todas as barreiras físicas, programáticas e “atitudinais” para que as
pessoas com deficiência tenham acesso a serviços, espaços, informações e bens necessários a seu
desenvolvimento pessoal, social, educacional e profissional.
A prática da inclusão social contribui para a construção de uma nova sociedade, desenvolvida por
meio de transformações nos ambientes físicos (mobiliário, meios de transporte, utensílios, etc.), nos
procedimentos técnicos e na mentalidade da população, inclusive da própria pessoa com deficiência.
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Cerca de 10 milhões de pessoas com deficiência estão integradas ao mercado de trabalho, informal
ou formal, com carteira assinada e recebendo benefícios como férias, 13º salário e recolhimento do
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, o que dá uma medida do potencial de consumo e é um
indicador da inclusão no sistema produtivo.
É um mercado que move cerca de R$ 8 bilhões por mês, quase R$ 100 bilhões ao ano.
O volume de recursos movimentado por esses milhões de trabalhadores e de consumidores aquece
a economia do País e reflete um quadro que ainda é desconhecido pela sociedade.
Se analisarmos todos os setores da sociedade, será possível notar cada vez mais ações com o
único objetivo de atender as pessoas com deficiência de forma digna, responsável e competente,
contribuindo para a construção plena de sua cidadania.
Portanto, criar condições no Sistema Financeiro Nacional para que receba pessoas com deficiência significa
vantagens para todas as partes envolvidas, já que estamos falando de respeito às pessoas que frequentam
bancos e que devem ser tratadas como clientes potenciais.
O relacionamento harmonioso entre pessoas com diferentes hábitos, comportamentos e necessidades é algo
vital para a sociedade, e compreender as necessidades específicas dessas pessoas é fundamental para o
início de um relacionamento saudável e harmonioso.
Esta cartilha traz informações básicas de Como se relacionar com pessoas com deficiência de forma
cooperativa e integrada. É importante ler com atenção as orientações descritas nas páginas seguintes para
poder incorporá-las a seu dia-a-dia. Tenha a certeza de que dessa forma todos sairão ganhando.
É claro que situações embaraçosas poderão ocorrer. Nesses casos, uma boa dose de delicadeza,
sinceridade e bom humor para resolvê-las nunca falha. E lembre-se de conter sua curiosidade não
perguntando a razão de uma pessoa ser deficiente.
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1. Como se relacionar
Como devemos nos referir à deficiência? PELA DENOMINAÇÃO CORRETA! Hoje em dia o termo utilizado é
“pessoas com deficiência”. Esta denominação deve ser utilizada
não pela preocupação em ser politicamente correta, mas porque,
desta forma, a questão substantiva (“pessoas”) possui mais
importância do que o aspecto adjetivo (“com deficiência”). A
deficiência é apenas uma dentre várias características
pertencentes a estas pessoas. Contudo, ao se relacionar com uma
pessoa com deficiência o ideal é simplesmente chamá-la por seu
nome. Assim, não há como errar!
Para pessoas que utilizam muletas, bengalas ou andadores, pessoas idosas (com 60 anos ou mais),
gestantes ou pessoas com crianças de colo, ficar muito tempo em pé representa um grande esforço.
Por isso, elas devem ser atendidas o mais rápido possível!
O atendimento deve ser especial?
DEVE SER ATENCIOSO! O tratamento deve ser o mesmo dado a uma pessoa sem deficiência. A diferença no
atendimento a uma pessoa com deficiência é que ele deve ser personalizado, já que o atendente precisa
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levar em conta a deficiência, para melhor atendê-la. Mas é necessário tomar cuidado para que essa
personalização não discrimine ou subestime a capacidade do indivíduo com deficiência.
Devemos nos referir às pessoas com alguma deficiência como “pessoas especiais”?
TODOS SOMOS ESPECIAIS! Cada pessoa possui um conjunto de características próprias que a torna única.
A deficiência, por si só, não define ninguém como especial. Além disso, o termo “especial” é muito genérico,
ou seja, qualquer pessoa pode ter uma necessidade especial, como uma grávida ou um diabético.
Quem possui limitações?
TODOS NÓS POSSUÍMOS LIMITAÇÕES! Pessoas que não possuem deficiência também possuem limitações,
que se manifestam das mais diversas formas. A deficiência é uma limitação assim como outras, a única
diferença é ser mais aparente.
Como devemos nos posicionar com relação à deficiência da pessoa?
NÃO DEVEMOS NUNCA FINGIR QUE A DEFICIÊNCIA NÃO EXISTE! Devemos considerá-la, porém sem
superestimar os limites, ou subestimar a capacidade de superação. As limitações existem, mas as
potencialidades também. O melhor é enxergar as pessoas além de suas deficiências, de acordo com seus
potenciais.
Existem vantagens em conviver com a diversidade?
O DIFERENTE TRAZ APRENDIZADO! Conviver com pessoas diferentes, com outras histórias de vida,
experiências, visões do mundo, nos torna pessoas melhores, pois assim é possível criar novos valores e isto
nos possibilita viver com muito mais intensidade.
Todas as pessoas com deficiência possuem características semelhantes?
A DIVERSIDADE TAMBÉM ESTÁ NA DEFICIÊNCIA! Pessoas com deficiência possuem algumas
características semelhantes, mas não são iguais. Não podemos nunca generalizar ou rotular, pois a
deficiência está presente em todos os grupos sociais, raciais, religiosos, entre outros ‟ ou seja, pessoas dos
mais variados perfis, personalidades e culturas podem apresentar deficiência.
Como devemos nos relacionar com as pessoas com deficiência?
IGUALDADE NÃO COMBINA COM PIEDADE! O convívio com pessoas com deficiência não deve ser
permeado de assistencialismo, pena ou compaixão. Devemos
nos relacionar com naturalidade e bom senso, entendendo
suas limitações, mas as encarando como pessoas como as
demais. O que elas querem e precisam é de tratamento igual e
igualdade de oportunidades.
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2. Orientações gerais
Para as pessoas com deficiência visual
Como devo atender a pessoa com deficiência?
COMPREENSÃO É A CHAVE DE TUDO! Auxiliar estas pessoas traz responsabilidades e deveres que devem
ser cautelosamente executados. Para isso, é necessária uma boa compreensão das necessidades da
pessoa. Procure se voltar, principalmente, à interatividade e à comunicação. Uma boa comunicação leva a
um bom atendimento.
Qual é a forma mais adequada para se comunicar com a pessoa com deficiência visual?
CONVERSE NORMALMENTE! Evite se comunicar por meio de gestos ou expressões faciais, já que para as
pessoas com deficiência visual essas manifestações não fazem sentido.
Em uma conversa, procure fornecer o máximo possível de orientações verbais. Desta forma, sua
comunicação será compreendida e a conversa fluirá normalmente.
Lembre-se de se apresentar como funcionário do banco, para que a pessoa possa reconhecê-lo.
Evite falar alto com pessoas com deficiência visual; na maioria das vezes elas possuem audição mais
desenvolvida. E não deixe de apertar a mão de uma pessoa com deficiência visual ao encontrá-la ou ao se
despedir.
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‚Quando vou a um restaurante, as pessoas viram para meu lado e
dizem, umas para as outras: pergunta para ela o que quer. Isso é falta de
comunicação com a deficiência. Eu sou cega, mas não sou surda.‛
Como(Deficiente visual)
atender a pessoa com deficiência visual?
PASSE CONFIANÇA! Por meio de funcionários treinados e disponíveis. É crescente a expectativa com
relação à qualidade de atendimento. Paciência e disponibilidade ‟ atendimento sem pressa ou interrupção ‟
são indispensáveis. Desenvolver uma relação de confiança entre o cliente e o funcionário é imprescindível,
principalmente para o deficiente visual.
Como devemos denominar esse grupo de pessoas?
PELO NOME! Devemos evitar palavras como “ceguinho”, pois são ofensivas e desqualificam a pessoa.
Chame-a pelo nome; mas, quando estiver se referindo a ela, o correto é utilizar a expressão pessoa com
deficiência visual.
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3. Orientações gerais
Para as pessoas com deficiência física
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4. Orientações gerais
Para as pessoas com surdez
‚Na última vez em que fui ao Qual é a forma mais adequada para se comunicar
com a pessoa com deficiência auditiva?
banco, fiquei esperando meia
FALE DEVAGAR! Não é preciso gritar. Para o surdo, a
hora para entrar e uma hora e
visão é o sentido primordial da comunicação e,
meia para sair, porque não portanto, é bastante desenvolvido. Enquanto estiver
conversando, mantenha sempre contato visual. Se você desviar o olhar, a pessoa surda pode achar que a
conversa terminou. O ideal é dispormos de um profissional que conheça a leitura de sinais. Caso não seja
possível, o surdo se comunicará por meio de mímica e gestos, exigindo assim um alto nível de atenção.
Ao se comunicar com uma pessoa com deficiência auditiva, o ouvinte deve posicionar-se de forma que sua
boca e expressões faciais sejam visíveis.
Alguns aspectos dificultam a leitura labial, como pouca movimentação dos lábios, uso de bigode, vidro entre
os interlocutores, movimentos para atender ao telefone ou olhar para a tela do computador. Quando não
entender o que a pessoa com deficiência auditiva quer lhe dizer, peça para que repita ou que escreva.
Como devo atender a pessoa com deficiência auditiva?
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movimentação corporal que os surdos desenvolvem para se comunicar. Muitas vezes essas pessoas
balançam as mãos, usam gestos fortes e mexem o corpo. Mas essas ações são necessárias para se
comunicar, e não comprometem, em hipótese alguma, sua capacidade intelectual.
Como funciona a linguagem de sinais?
‚O português é diferente da
linguagem de sinais.
Português tem verbos. Na
verdade a linguagem de
sinais é uma língua, porque
tem estrutura própria... as APRE
NDER É UM GRANDE PASSO! A linguagem de sinais tem
estrutura e gramática próprias, o que a diferencia da língua portuguesa falada e escrita e dificulta o
desempenho dos surdos em atividades em que se exige a utilização da palavra escrita como base da
comunicação. Muitas palavras não existem ou não fazem sentido na linguagem libras; por exemplo, “cliente
especial” tem um significado que pode estar relacionado ao cliente com deficiência ou ao cliente preferencial
daquela instituição.
5. Orientações gerais
Para as pessoas com deficiência mental
Qual é a forma mais adequada para se comunicar com a pessoa com deficiência mental?
NÃO A SUBESTIME! Cumprimente-a normalmente. Em geral as pessoas com deficiência mental são
comunicativas e carinhosas; portanto, mostre que você ficou satisfeito em encontrá-la.
Dê atenção e converse com a pessoa na medida do possível. Não importa se a pessoa com deficiência
mental é uma criança, um adulto ou um idoso: não a trate como se ela fosse totalmente incapaz.
Como devo atender a pessoa com deficiência mental?
NÃO A TRATE COMO TOTALMENTE INCAPAZ! A pessoa com deficiência mental realiza suas tarefas
lentamente, mas isso não significa que é incapaz, nem que seja dependente de outras pessoas. Ajude
somente quando houver necessidade ou lhe for solicitado. Dê a ela instruções sobre a forma adequada de
agir, sempre uma de cada vez, com calma e tranquilidade.
6. Orientações gerais
Para as pessoas idosas
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serão idosos um dia; portanto, tenha paciência e trate-os com respeito.
Conclusão
Todas as pessoas têm características singulares que as tornam diferentes umas das outras. As pessoas com
deficiência também são diferentes, mas não mais do que qualquer cidadão. A única diferença é a de ser
mais aparente. Todos os indivíduos têm direitos e deveres perante a sociedade, independentemente de sua
origem, cor, crença, religião, idioma, sexo, deficiência e condição social.
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A gente vive preocupada com o nosso dinheiro. Mas é preciso dar atenção também ao valor da informação.
Ter conhecimento sobre os seus direitos e deveres como consumidor é algo transformador, que deixará o
seu dia a dia ainda melhor.
A FEBRABAN acredita que a informação tem grande valor, por isso desenvolveu este guia, reafirmando o
seu compromisso de respeito, de transparência e de melhoria contínua entre você, consumidor, e os bancos.
Boa leitura!
ANTES DA CONTRATAÇÃO
O que você precisa saber sobre toda oferta, publicidade.
E antes de contratar qualquer produto ou serviço bancário.
Para começar, é direito seu receber informações claras e precisas sobre os diferentes produtos e serviços
ofertados. Isso garante que você esteja certo sobre as melhores opções e condições antes de fechar
negócio. (CDC, art. 6º, III)
Tudo o que for divulgado tem que ser cumprido. A publicidade sobre qualquer produto ou serviço deve ser
idêntica às condições de sua compra, e isso faz parte do contrato. (CDC, art. 30)
A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar informações corretas, claras, precisas e
em língua portuguesa. (CDC, art. 31)
Antes de assinar qualquer contrato de crédito, é fundamental ter todas as informações relevantes sobre a
operação. Por exemplo: valor total financiado, quanto você pagará por mês (incluindo taxa de juros),
vencimento das parcelas, Custo Efetivo Total (CET), etc. Peça que seja esclarecida cada uma das taxas,
mesmo que o pagamento seja feito atrasado. (CDC, arts. 46 e 52 e Resolução CMN 3.517/2007)
NA CONTRATAÇÃO
Não aceite nada nas entrelinhas. Tudo tem que estar
Escrito de forma legível e muito bem explicado.
A qualquer momento, você pode liquidar seu financiamento, seja o valor total ou parcial. Fique atento, pois
isso deve ser feito com redução proporcional dos juros e demais acréscimos contratados.
Para antecipar as parcelas do seu financiamento, procure o seu banco e informe-se sobre como fazer e qual
o valor exato do desconto. (CDC, art. 52, §2º e Resolução
CMN 3.516/2007).
Todo contrato tem que ser escrito da maneira mais simples
e objetiva, para que sua compreensão se torne mais fácil.
As letras devem ser legíveis, no corpo 12. Nada de letrinhas
pequenas e escondidas. E, ainda assim, se houver alguma
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dúvida sobre o que está escrito, a leitura de cada item deve ser aquela mais favorável para você,
consumidor. (CDC, arts. 47 e 54, §3º)
Todo item no contrato que represente limitação de direitos do consumidor deve ser escrito em destaque,
permitindo que você entenda, com clareza, o que está acontecendo. (CDC, art. 54, §4º)
O fornecedor só tem direito de cancelar o contrato se você também tiver o mesmo direito. (CDC, art. 51, XI)
Só é possível ter no contrato algo que responsabilize você pelo ressarcimento de custos se o mesmo direito
for aplicado contra o fornecedor. (CDC, art. 51, XII)
A responsabilidade pela qualidade do serviço ou produto é do fornecedor (loja, banco, etc.). Qualquer
informação que transfira ou limite essa responsabilidade não será válida. (CDC, art. 51, I e III)
APÓS A CONTRATAÇÃO
Fique atento às responsabilidades do fornecedor.
Caso o produto ou serviço comprado ou contratado não tenha sido entregue com a qualidade e as condições
esperadas, o fornecedor terá que responder por isso. (CDC, art. 18 e 20)
O fornecedor responde por qualquer defeito identificado no produto ou serviço, mesmo que ele não tenha
causado o problema de forma intencional ou consciente. (CDC, arts. 12 e 20)
PRÁTICAS ABUSIVAS
Toda prática abusiva de qualquer fornecedor, você tem que denunciar.
Não aceite “venda casada”, aquelas em que você só pode levar um produto se adquirir outro. Isso é
proibido! (CDC, art. 39, I)
Na cobrança de dívidas, você não poderá ser exposto ao ridículo nem ser submetido a qualquer tipo de
constrangimento ou ameaça. (CDC, art. 42)
É proibido ao fornecedor enviar ou entregar a você, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer
qualquer serviço. Se isso acontecer, será o mesmo que entregar uma amostra grátis, e você não precisará
pagar por ela.
(CDC, art. 39, III e Parágrafo Único)
Caso haja alguma cobrança indevida, você terá direito a receber o valor cobrado
indevidamente em dobro, exceto quando ocorrer comprovadamente um engano
justificável. (CDC, art. 42, Parágrafo Único)
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Legenda:
CDC – Código de Defesa do Consumidor
CMN – Conselho Monetário Nacional
SAC:
Fale com quem resolve
A FEBRABAN e a sociedade
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O setor bancário está cada vez mais consciente de seu papel na sociedade e Deseja assumi-lo plenamente,
contribuindo com o crescimento econômico.
Do País e com a melhoria das condições de vida da população.
Visão
Um sistema financeiro saudável, ético e eficiente é condição essencial para o desenvolvimento econômico,
social e sustentável do País.
Missão
Contribuir para o desenvolvimento econômico, social e sustentável do país, representando os seus
associados e buscando a melhoria contínua do
sistema financeiro e de suas relações com a sociedade.
Valores
Promover valores éticos, morais e legais
Valorizar as pessoas, o trabalho e o empreendedorismo.
Incentivar práticas de cidadania e responsabilidade socioambiental
Defender a iniciativa privada, o livre mercado e a livre concorrência.
Defender o diálogo, o respeito e a transparência nas relações com clientes.
E com a sociedade
Atuar com profissionalismo e transparência
Valorizar a diversidade e a inclusão social
Melhorando o atendimento
O relacionamento diário com os bancos é uma realidade inseparável da vida da maioria das pessoas.
Poucos setores da sociedade têm contato tão frequente com a população.
Praticamente tudo passa pelos bancos: pagamento e recebimento de salários, pensões,
aposentadorias, contas, compras, impostos, investimentos, empréstimos, depósitos, saques em dinheiro e
transferência de valores.
O gigantesco investimento em tecnologia da informação e melhoria de processos feitos pelos bancos
produz resultados positivos no atendimento aos seus consumidores.
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Considerando a dimensão e magnitude dos números envolvidos nestas operações ‟ pessoas, valores,
investimentos e complexidade das transações ‟ é um enorme desafio o esforço objetivando a excelência do
atendimento e melhoria da qualidade dos serviços.
Na busca constante de maior entendimento das expectativas e necessidades dos consumidores, os
bancos perseguem a construção de um relacionamento cada dia mais sólido e sustentável.
Importantes aprimoramentos foram implantados visando à melhoria do atendimento prestado pelos
SACs ‟ Serviços de Apoio ao Consumidor ‟ acessados por telefone, tendo como base o Decreto 6523/2008.
Os bancos pretendem aproveitar para “ir além” da implementação da norma, avançando nas melhorias em
suas áreas de atendimento e aprimorando o serviço dentro de um contexto estratégico.
Os SACs mantidos pelas instituições financeiras há alguns anos, são provas inequívocas do seu
compromisso em garantir o legítimo direito da manifestação do consumidor e são essenciais para estreitar o
seu relacionamento e promover o aprimoramento contínuo dos produtos e serviços. Alguns SACs de grandes
instituições financeiras foram implantados até 5 anos antes da entrada em vigor do Código de Defesa do
Consumidor, evidenciando o comprometimento do setor com a transparência e o respeito aos direitos dos
consumidores.
Inicialmente atendendo pelo telefone, os SACs chegaram também à internet para ampliar o atendimento e os
canais de acesso pelo consumidor e, em algumas instituições, a rede se constitui, hoje, como o principal
canal de apoio aos consumidores.
Esta cartilha traz os principais aspectos abordados na norma,
além de pretender esclarecer dúvidas sobre o funcionamento
dos SACs, suas diferenças em relação aos demais serviços
por telefone (“Banco por Telefone”)
Centrais Especializadas de Atendimento, Centrais de
Suporte ao Cliente e até as Ouvidorias, estruturas que
representam, dentro de cada Organização, a voz dos
consumidores, fazendo com que ela seja inserida de forma
privilegiada na condução dos negócios de cada instituição.
1. SAC
O SAC - Serviço de Apoio ao Consumidor -, conforme
disciplinado no Decreto
6523/08 é o serviço prestado pelos fornecedores, pela via
telefônica, para resolução de problemas na relação de
consumo, por meio do fornecimento de informações públicas
e gerais sobre seus produtos e serviços, do recebimento de
reclamações e de pedidos de cancelamento de produtos e
serviços que a instituição disponibilize, também, por telefone.
Informações de caráter particular, que envolvam identificação
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detalhada do consumidor, por razões de preservação de sigilo de dados (tais como saldos bancários, por
exemplo), não estão contempladas nesse conceito e continuarão a ser fornecidas normalmente pelos canais
habituais de negócios entre os consumidores e suas Instituições.
Como obter os números de SAC da instituição financeira com a qual tenho relacionamento?
Os números dos SACs das instituições financeiras são divulgados em suas agências, em seus sites da
Internet e, progressivamente, em outros materiais impressos entregues ao consumidor. O acesso aos SACs
ocorre mediante linhas DDG (0800), 24 horas por dia, 7 dias por semana. Os números dos SACs e dos
demais canais de relacionamento dos bancos estão disponíveis também no site da FEBRABAN.
Há um único número 0800 para resolução de problemas relativos a todos os negócios fornecidos pela
instituição financeira?
Algumas instituições possuem um único 0800 para acesso ao SAC de todos os seus produtos e serviços,
outras disponibilizam mais de um número, em função de cada negócio (banco, cartões de crédito,
seguradora etc.), mas sempre por meio de linhas DDG (0800) com acesso gratuito, 24 horas por dia, 7 dias
por semana.
1.3. PROCEDIMENTOS
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Eu deverei necessariamente me identificar para falar com um atendente?
Não. O acesso inicial ao atendente não estará condicionado a qualquer identificação prévia. Por razões de
segurança e agilidade no atendimento eletrônico, alguns dados poderão ser solicitados, de forma opcional.
Dependendo da natureza de sua demanda, como, por exemplo, para pedir o cancelamento de um produto, o
fornecimento de algumas informações será indispensável para que o atendimento possa ser concluído.
O que acontecerá se eu ligar indevidamente para o SAC (Por exemplo, se eu quiser realizar alguma
operação financeira. Ou quando há um número específico para o produto a que me refiro)?
Os atendentes informarão a você como proceder para acessar o canal correto para obter o serviço desejado.
A instituição financeira fornecerá um número de protocolo de atendimento para todas as minhas demandas?
Para cada demanda que possa gerar um acompanhamento posterior (qualquer reclamação ou pedido de
cancelamento, por exemplo), você receberá um protocolo numérico, a ser fornecido pelo atendente. Caso o
contato com o SAC seja feito para solicitação de simples informações, cujo atendimento seja imediato, você
será orientado no menu eletrônico a solicitar o protocolo ao atendente, caso o deseje.
Em quanto tempo deverei ser atendido quando ligar para o SAC do banco?
O tempo máximo para o contato direto com o atendente, a partir do momento em que você selecionar essa
opção, será de até 45 (quarenta e cinco) segundos.
Nas segundas-feiras, nos dias que antecedem e sucedem os feriados e no
5º dia útil de cada mês, esse prazo será de até 90 (noventa) segundos.
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Em quanto tempo a instituição financeira deverá resolver meu problema ou dar uma resposta conclusiva ao
meu pedido?
Para o que não puder ser resolvido de imediato, a instituição financeira terá prazo de 5 dias úteis para
promover essa solução. Não sendo possível atendê-lo nesse prazo, a instituição lhe informará sobre essa
impossibilidade, dando a você uma estimativa do prazo necessário e buscando junto com você uma solução
provisória para sua demanda.
Nos casos em que o cumprimento deste prazo não dependa exclusivamente da instituição e/ou de terceiros
sob sua responsabilidade (como nos casos em que seja necessária a liberação de algum documento por um
órgão público, por exemplo), você será informado, até o quinto dia útil ou ainda no primeiro contato, de forma
fundamentada, quanto ao prazo necessário, e, da mesma maneira, a instituição buscará uma solução
provisória para sua demanda, sempre que possível.
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2.3. PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE
“BANCO POR TELEFONE” E SAC
3. OUVIDORIAS
As Ouvidorias são as áreas encarregadas de representar os consumidores, seus pontos de vista e seus
interesses, dentro da cada instituição.
De acordo com a Resolução 3.477/2007 do Conselho Monetário Nacional, as
Ouvidorias de instituições financeiras deverão atuar como mediadoras de
conflitos entre o banco e os consumidores de seus serviços e produtos como
última instância, além de promover a troca de informações com Órgãos de
Defesa do Consumidor e Reguladores.
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VOCÊ
E SEU BANCO
APRESENTAÇÃO
O relacionamento diário com os bancos se uma realidade inseparável da vida da maioria das pessoas.
Poucos setores da sociedade têm contato tão frequente com a população. Praticamente tudo passa pelos
bancos: pagamento e recebimento de salários, pensões, aposentado- rias, taxas, contas, compras,
impostos, investimentos, empréstimos, depósitos, saques em dinheiro e transferência de valores.
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A FEBRABAN e a Sociedade
O setor bancário está cada vez mais consciente de seu papel na sociedade e deseja assumi-lo
plenamente, contribuindo como crescimento econômico do País e a melhoria das condições de vida da população.
Para interagir com a sociedade de forma transparente, a Diretoria e o Conselho de sua principal entidade
prestativa resolveram assumir publicamente os princípios que norteiam sua ação:
Visão
Um sistema financeiro saudável, ético e eficiente é condição essencial para o desenvolvimento econômico e
social do País.
Missão
Representar os seus associados, objetivando a melhoria contínua da eficiência do sistema financeiro e das
suas relações com a sociedade, contribuindo assim para o esenvolvimento econômico e social do País.
Valores
Valorizar as pessoas
Promover valores éticos ,morais e legais
Incentivar práticas de cidadania e responsabilidade social
Defender o livre mercado e a livre concorrência
Atuar com profissionalismo e transparência
Valorizar adversidades
Evitar a emissão de cheques com valores acima de R$ 5.000,00. Vale mais a pena dar preferência à
nova forma de transferência (TED) para realizar pagamentos ou transferências entre conta
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Que documentos são necessários para a abertura de uma conta?
A abertura de uma conta é um processo muito importante, que deve ser cercado de cuidados para a
segurança de ambas as partes, em especial, para que se iniba, tanto quanto possível, a ocorrência de
fraudes nessa operação. O cliente e seus representantes ou procuradores legais, se existirem, devem
apresentar originais e cópias dos seguintes documentos: cédula de identidade (RG) ou carteira de
identidade profissional (OAB, CREA, CRM etc.) ou outro documento oficial com fotografia e assinatura
(Carteira de Trabalho, Carteira de Motorista etc.); CIC/CPF (fica dispensada sua apresentação caso o número
de inscrição conste do documento de identidade) e comprovante recente de residência em seu nome (conta
de luz, água, gás,telefone, contrato de locação ou outra aceita pelo banco). Os documentos originais devem
ser apresentados para simples conferência e são devolvidos ao cliente. As cópias permanecem na agência.
Na abertura de conta de menor ou pessoa incapaz, deverá ser identificado também o responsável que o
assistir ou o representar.
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Essa conta está sujeita a pagamento de tarifas?
O cliente estará isento de tarifa para realizar até 4 saques, 4 extratos e 4 depósitos por mês. Caso
exceda a esse limite em quantidade por tipo de transação, ou utilize saque mediante recibo, ele pagará as
tarifas cobradas pelo banco.
Para finalizar, o correntista deve pedir um comprovante de encerramento da conta, no qual constem
as devoluções (ou a inutilização) das folhas de cheque e dos cartões magnéticos.
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O banco deve esclarecer ao correntista que eventual cheque apresentado posteriormente ao
encerramento da conta será devolvido por motivo 13 ‟ Conta Encerrada ‟, e que seus dados serão incluídos
no CCF ‟ Cadastro de emitentes de Cheques sem Fundos do Banco Central do Brasil.
A falta de movimentação de uma conta por longo período caracteriza seu encerramento?
A simples falta de movimentação pelo cliente, mesmo que por longo período, não caracteriza o
encerramento da conta. O correntista que simplesmente deixa de movimentar a sua conta e não pede o seu
encerramento ao banco pode ser surpreendido, no futuro, com débitos de tarifas e juros, cujos lançamentos
estão autorizados e cobertos por cláusulas contratuais. Como se trata de um contrato entre as partes, o
banco pode encaminhar a conta para encerramento, fazendo a comunicação por escrito ao cliente, com a
antecedência mínima prevista no contrato.
Os contratos bancários são os instrumentos formais que estabelecem os direitos e obrigações, tanto
do banco quanto do cliente. A redação deve ser clara e compreensível, com informações verdadeiras,
precisas, e perfeitamente visíveis ao cliente, que não precisará de qualquer esforço para localizá-las, com
destaque para as
Cláusulas que tratam dos prazos, de taxas, das prestações, do valor financiado, das
responsabilidades e das penalidades em caso de descumprimento do que foi contratado. Deverá ser
dispensado aos informes publicitários o mesmo tratamento, como, também, nas tabelas de tarifas, e nos
lançamentos registrados nos extratos.
O cliente tem que saber, antes de assinar o contrato, de todas as consequências que podem surgir
em decorrência do ato, os direitos e as obrigações das duas partes contratantes, e as penalidades oriundas
do descumprimento de qualquer cláusula contratual. O contrato deve estabelecer de que maneira o cliente
28
será informado do valor de encargos e despesas relativas à liberação ou colocação de recursos à sua
disposição, bem como eventuais alterações, quando as houver.
Como devo fazer para cobrir o saldo devedor de cheque especial e/ou conta garantida e saldo devedor
em conta- corrente?
O deposito pode ser feito normalmente- por meio de cheque, dinheiro, Documento de Crédito (DOC)
ou Transferência Eletrônica Disponível (TED). Se o deposito for feito em dinheiro ou TED, a conta- corrente
será coberta no mesmo dia; os depósitos realizados com cheques e DOCs serão considerados disponíveis
após a respectiva compensação, aumentando, portanto, o prazo sobre o qual incide o cálculo dos juros. O
valor dos encargos sobre o saldo utilizado (juros e IOF) será debitado em conta- corrente, no mês seguinte
ao uso e na data contratada.
O que é um contrato de Credito Direto ao Consumidor – CDC?
É uma linha d crédito de médio e longo prazo para financiar a aquisição de ate 100% de algum bem
ou serviço. Suas principais características são:
29
Pode acontecer de o cliente pagar uma entrada ao vendedor e a instituição financiar o valor restante ou
financiar 100% do bem ou serviço;
Podem ser financiados vários tipos de bens e serviços, tais como veículos, equipamentos, material de
construção e acabamento, moveis, pacotes de viagem, cirurgias, etc;
Os pagamentos são parcelados em prazos variáveis de até 48 meses;
As contratações estão sujeitas à aprovação cadastral;
O credito do valor financeiro é feito diretamente ao tomador de crédito ou ao vendedor do bem
(proprietário/ comerciante);
As parcelas não podem ultrapassar um percentual predeterminado da renda do cliente; podem ser
debitados em conta- corrente ou pagas mediante carnês, de acordo com a contratação;
As tarifas de abertura de crédito, as taxas de juros prefixados e o valor do IOF- Imposto sobre Operações
Financeiras- são informados no ato da contratação.
Os bancos podem oferecer livremente seus produtos e serviços e tentar legitimamente convencer as pessoas
das suas vantagens, não podendo, porém, condicionar a concessão de um deles à aquisição de outro.
Os bancos podem
oferecer livremente seus
produtos e serviços, mas
não podem condicionar a
concessão de um deles à
aquisição de outro.
No horário de atendimento estabelecido para a cidade, todo usuário que procurar uma agência
bancária deve ter sua entrada permitida, seja ele cliente ou não, independentemente da existência de
relacionamento de negócios entre o usuário e a agência. Os horários especiais de atendimento para
determinadas datas como ano novo, final de ano etc. devem ser comunicados mediante aviso afixado nas
agências.
No horário de atendimento
Deficientes físicos e usuários com mobilidade reduzida estabelecido para a cidade,
As agências devem facilitar o acesso às suas dependências todo usuário que procurar
por pessoas portadoras de deficiência física ou com uma agência bancária deve
mobilidade reduzida temporária ou definitivamente, com ter sua entrada permitida,
seja ele cliente ou não.
30
indicações visuais para o uso de caixas e terminais de auto-atendimento. Considerando que os bancos têm
um prazo legal para fazer a adaptação de suas instalações, caso ainda não existam condições adequadas
que garantam o acesso de tais usuários à agência, esta deverá oferecer uma alternativa satisfatória para
atendê-los com segurança e conforto.
É facultada aos bancos a instalação de portas automáticas com detectores de metal em suas agências, para
dar mais segurança aos clientes e aos funcionários, nunca para criar obstáculos ou constrangimentos. Esses
equipamentos são utilizados por bancos, em quase todos os países, para impedir o acesso de pessoas
armadasàs agências bancárias, dando maior segurança aos clientes e funcionários. Nas agências que
possuem esse mecanismo, todos os usuários estão sujeitos a passar por ele.
1.3 Atendimento
1.3.1 Atendimento ao usuário não- correntista
Os bancos devem atender, sem qualquer discriminação quanto a horário e local, tanto os seus clientes
quanto os seus usuários não correntistas. Constituem exceções os postos de serviços, em empresas e
edifícios, dedicados ao atendimento de clientela exclusiva.
Ainda constituem exceções os casos em que a agência fixa um horário ou determina guichês próprios
para atendimento de público específico, ou para a prestação de serviço diferenciado, como, por exemplo:
31
pagamento de aposentadorias e pensões do INSS ou de salários de empregados de uma empresa. Nesses
casos, os critérios devem ser transparentes e seu conhecimento de fácil acesso pelo público.
Os funcionários dos bancos estão aptos a dar informações e a prestar esclarecimentos sobre os
serviços disponíveis, as tarifas, os lançamentos em extratos, as cláusulas de contratos etc. Em caso de
dúvida, procure um funcionário identificado. Alguns bancos possuem setor de informações ou pré-
atendimento.
Como em qualquer outro segmento, nem sempre é possível o pronto atendimento. Assim, caso não
tenha disponibilidade para aguardar, recomendamos que evite o comparecimento à agência nos dias em
que há muita concentração de pessoas (do primeiro ao quinto dia útil do mês; nos dias 5, 10, 25, 30 e 31; às
segundas e sextas feiras; nas vésperas e nos dias seguintes a feriados; e nos horários de pico: na abertura
da agência, na hora do almoço e no final do expediente) ou, então, que se utilize dos vários recursos e
serviços eletrônicos abaixo elencados, opcionalmente oferecidos pelos bancos. Nesse caso, devem ser
observados os cuidados descritos mais adiante nesta cartilha, para que as operações sejam feitas com
segurança:
Débito automático para pagamento de contas de água, luz, gás ,telefone fixo ou celular; e de outras
empresas de serviços com as quais os bancos tenham convênio para débito em conta.
Agendamento de pagamento por meio de débito programado.Com isso, você pode administrar as datas
de vencimento e agendar vários pagamentos de uma só vez, retirando os recibos posteriormente.
Utilização de máquinas de auto atendimento para pagamento de contas, saques e movimentações. Essas
máquinas possuem leitoras de código de barras, mas também comportam a digitação dos dados da
conta.
Uso de caixas coletoras para envelopes, nas quais o
Os bancos devem manter
cliente pode colocar formulário de depósito, boleto guichês de caixa em todas as
bancário ou fatura a pagar juntamente com os suas agências, para
respectivos cheques ou autorizações de débito em atendimento aos clientes e
conta. usuários, à exceção dos
postos de atendimento
Aproveitamento de serviços eletrônicos para
exclusivamente eletrônicos.
pagamento de contas , consulta de saldos/aplicações,
pedidos de talões e realização de transferências entre contas. Esses serviços podem ser acessados de
um computador pessoal (PC), via internet.
32
Utilização de Centrais de Atendimento Telefônico, que dispõem de atendentes especializadas e
permitem efetuar transações financeiras e utilizar diversos serviços bancários.
Os números de telefone das centrais de atendimento estão em cartazes afixados nas agências, e os
endereços eletrônicos dos sites geralmente estão visíveis ou em cartazes ou nos materiais publicitários do
banco ou em outros meios de comunicação, como extratos, correspondências etc.
Mantenha sempre com você o número do telefone da Central de Atendimento do seu banco. Além de
você poder executar diversos serviços com segurança, no caso de uma emergência relacionada a furto ou
extravio de cheques e cartões, você pode comunicar-se rapidamente, evitando transtornos maiores. Também
Têm o direito a
atendimento prioritário
nas agências bancárias:
• os deficientes físicos;
• as pessoas cuja
mobilidade está reduzida;
• os idosos, com 60 anos
ou mais;
• as gestantes;
• as lactantes e as
pessoas acompanhadas
de bebês de colo.
33
é importante manter com você o número do telefone da sua agência, para o caso de não conseguir
comunicar-se ou de não obter o que deseja pela Central ou pelo site na internet.
Os serviços de auto atendimento eletrônico oferecem rapidez e mais Prefira o uso dos
comodidade de acesso e uso para os clientes. Por essa razão, os terminais eletrônicos:
bancos investem fortemente em tecnologia, incentivando o seu uso e seu uso é mais rápido
informando todos os cuidados que os clientes devem observar para a do que o dos caixas
convencionais.
segurança das suas operações.
Prefira o uso dos terminais eletrônicos: é mais rápido do que o dos caixas convencionais e minimiza a
formação de filas. Atualmente, na maioria das agências, o saguão de entrada destina-se exclusivamente a
equipamentos eletrônicos de auto- atendimento. Muitos bancos
mantêm atendentes identificados e ou uniformizados nessas
dependências, durante o horário comercial. Quando tiver dúvidas
ou dificuldades, recorra a esses funcionários; não peça ajuda a
estranhos que se encontrem por perto. Jamais divulgue sua senha
de acesso e sempre mantenha seu cartão em lugar seguro.
34
bancos, em cumprimento às normas do Banco Central do Brasil, devem continuar a oferecer o atendimento
tradicional, por guichês de caixa nas agências.
1.3.6 Reclamações
Se, ainda assim, o usuário não se sentir satisfeito, pode entrar em contato com a Central de Atendimento ao
Público do Banco Central, cujo número de telefone também consta de cartaz afixado, em lugar visível, em
todas as agências bancárias.
2- Serviços bancários
2.1 Pagamentos e recebimentos
2.1.1 Pagamentos de contas
35
2.1.2 Pagamento de boletos de cobrança
O banco somente pode lançar débitos formalmente autorizados pelo titular da conta corrente, ou
amparados por determinação judicial ou legal. Contratos de abertura de conta, cheque especial,
empréstimos e outros podem conter cláusulas que autorizem o débito automático de tarifas, juros e outras
despesas. O banco deverá acatar de imediato a determinação do cliente de cancelamento de débito
automático, exceto os decorrentes de lei, de contratos firmados com a própria instituição ou de determinação
judicial.
As contas para crédito de salários, aposentadorias e similares são diferentes das demais contas-
correntes?
Em geral, não. Normalmente, o banco é escolhido pelas entidades pagadoras, e as contas são
abertas pelos empregados e beneficiários e mantidas nas condições usuais, com os mesmos direitos e
obrigações de uma conta- corrente comum, estando sujeitas às mesmas tarifas de serviços do banco.
Existe conta para crédito de salários sem pagamento de tarifa?
Sim. Trata-se da chamada “conta-salário”, destinada exclusivamente ao recebimento de créditos de
salários ou vencimentos. É aberta em nome do favorecido ou beneficiário, pela entidade ou empresa
pagadora, que firma contrato com o banco e se responsabiliza pela identificação e pelo fornecimento dos
dados do titular da conta.
Essa conta não pode ser movimentada com cheques. Os valores nela creditados só podem ser
retirados por meio de cartão magnético, ou por transferência do total creditado para outra conta do
beneficiário no mesmo banco, ou mediante único DOC ou TED por evento de crédito de salário para a conta
do beneficiário em outro banco. Essas contas não podem receber débitos para quitar contas de consumo,
títulos, boletos bancários, impostos e taxas.
36
Nesse tipo de conta, não se cobra tarifa, exceto em caso de substituição do cartão magnético por
perda, roubo ou danificação ou em outros casos que não sejam de responsabilidade do banco.
Os recebimentos de aposentadorias e pensões previdenciárias estão isentos de tarifas?
Os serviços de pagamento de aposentadorias e pensões são prestados pelos bancos mediante
contrato com entidades previdenciárias ,como o INSS. Desde que a entidade pagadora tenha contrato com o
banco, o recebimento está isento de tarifas e o aposentado ou pensionista não está obrigado a manter conta
no banco prestador do serviço para receber seus proventos. Além disso, a legislação em vigor também
estabelece isenção de tarifa para que o beneficiário realize, por meio de, por exemplo, DOC, a transferência
do valor recebido para outro banco e conta de seu interesse, desde que a transferência corresponda ao valor
total creditado.
Saques com valor igual ou inferior a R$ 5.000,00 podem ser realizados no mesmo expediente. Saques
de valor superior a R$ 5.000,00 devem ser solicitados à agência no dia anterior. Com a finalidade de
desestimular assaltos, os bancos procuram diminuir a quantidade de dinheiro em caixa.
Por razões de segurança, é recomendável que os pagamentos e transferências de maior valor sejam
feitos por meio de cheque,
DOC, cartão de crédito/débito ou TED (Transferência Eletrônica Disponível).
Transferência de valores.
As transferências de valores ou o direcionamento de depósitos podem ser efetuados para outras contas do
mesmo banco ou de bancos diferentes, mediante autorização do cliente. A transferência autorizada pode se
dar por meio de cheques, transferência entre contas, DOC ou TED; e o CPMF (vide item específico) incide no
momento em que ela ocorre.
37
2.2.2 DOC
DOC, abreviatura de Documento de Crédito, é uma forma de transferência de recursos entre contas de
bancos diferentes. A confirmação do crédito na conta do favorecido é feita no dia útil seguinte. Caso o cliente
informe incorretamente os dados solicitados para a efetivação do DOC, a operação não será concluída.
Quando se tratar de transferência entre mesma titularidade deve-se fazer uso do DOC D, que isenta a conta
remetente da CPMF, o que não ocorre no caso de transferência entre titularidades diferentes.
2.2.3 TED
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As aplicações em fundos de investimento, feitas mediante saldo disponível em conta corrente e/ou por meio
de TED, rendem a partir do dia da sua realização. Os bancos, a seu critério, podem agendar aplicações de
recursos bloqueados na conta corrente (depósitos de cheques ou DOC) para datas futuras . Já as aplicações
em depósitos a prazo (CDB e RDB) podem ser acolhidas independentemente da condição do recurso na
conta corrente, porém sob remuneração diferenciada, a critério de cada banco.
O que é CPMF?
É um tributo federal, também conhecido como Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão
de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira. Um de seus principais fatos geradores é o
lançamento a débito, por instituição financeira ,em contas correntes de depósito, de empréstimo, de depósito
de poupança, de depósito judicial e de depósitos em consignação de pagamento.
2.3 Cartões
2.3.1 Cartões de crédito
39
Parcelamento pela loja: o estabelecimento credenciado
possibilita ao cliente parcelar o valor da compra em um número
de prestações pré-determinadas, sem incidência de encargos de
financiamento sobre as parcelas vincendas, que comporão as
próximas faturas;
Parcelamento pelo emissor do cartão (banco ou
administradora): o emissor do cartão pode possibilitar ao cliente
parcelar o valor da compra, com incidência de encargos de
financiamento. O cliente deverá consultar o emissor do cartão
antes de efetuar a compra, para saber as taxas praticadas e o
número de parcelas disponíveis.
40
2.3.2 Cartão de débito
O que é cartão de débito?
É um meio de pagamento eletrônico vinculado a uma conta bancária. É aquele usado para saques em
dinheiro e também para pagamento de aquisição de bens e/ou serviços. O valor da transação é debitado na
conta bancária no ato da compra, sendo necessária a digitação da senha. Assim, para que a transação seja
concretizada, há a necessidade de haver saldo disponível e/ou linha de crédito (exemplo: cheque especial)
no momento da compra ou do saque.
Após efetuar o pagamento, em geral, as máquinas imprimem um recibo. Confira o valor e guarde esse recibo
pelo menos até que o lançamento apareça no seu extrato. Cuidado com a sua senha e com o seu cartão!
Veja as recomendações feitas no item “Fraudes Eletrônicas”.
O cartão do banco, por vezes, disponibiliza, além das funções bancárias, a função de compra, o que
possibilita, nos estabelecimentos que possuem terminal eletrônico, que o cliente o utilize para efetuar
pagamentos.
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responsável por eventuais compras indevidas feitas com ele. Alguns emissores oferecem um serviço opcional
l(seguro) para cobrir o uso fraudulento do cartão de crédito até a efetiva comunicação do extravio ou roubo.
3- Cheques
3.1 Cheques: informações gerais
O que é um cheque?
Pela lei, o cheque é definido como uma ordem de pagamento à vista. Pode ser recebido, diretamente, na
agência em que o emitente mantém conta ou pode ser depositado em outra agência, para ser
compensado e creditado na conta do credor. Na emissão de um cheque, há quatro pessoas envolvidas:
o emitente (também chamado de emissor ou sacador), que é aquele que emite o cheque;
o beneficiário (também chamado de favorecido), que é a pessoa a favor de quem o cheque foi emitido;
o sacado, que é o banco em que está depositado o dinheiro do emitente;
o depositário, que é o banco onde o cheque será depositado.
42
Todo cheque tem que ser nominal, ou seja, deve ter o nome do favorecido preenchido?
Cheques sem a indicação do beneficiário são chamados de cheque são portador e estão limitados ao valor
de R$ 100,00.
Um cheque pode ser transferido para outro beneficiário?
Sim, um cheque pode ser transferido para outro beneficiário por endosso (indicação no verso do cheque de
um novo beneficiário).Pela lei da CPMF, o cheque só pode ser endossado uma vez.
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O que é um Cheque Ordem de Pagamento?
É o cheque que pode ser comprado por clientes e usuários em qualquer agência bancária. O banco emite o
cheque em nome da pessoa ou empresa que o comprador indicar.
O banco pode pagar um cheque pré-datado, apresentado antes da data indicada no documento?
Pela lei, um cheque é pagável quando for apresentado ao banco ,mesmo que tenha sido preenchido com
data posterior à da apresentação. Assim, se um cheque pré-datado for apresentado para pagamento antes
do dia previsto, o banco terá de ou pagá-lo ou devolvê-lo pelo motivo pertinente, inclusive por falta de saldo
suficiente na conta corrente do correntista.
Os cheques prescrevem, isto é, perdem o seu valor como ordem de pagamento depois de algum tempo?
Sim. Os cheques prescrevem em 6 meses, contados da expiração do prazo de apresentação. A
apresentação de um cheque ao banco deve ser feita em até 30 dias a partir da data de sua emissão, se a
agência bancária sacada estiver situada na mesma praça em que foi emitido, ou em 60 dias, caso esteja
situada fora dela.
Quais são os motivos mais frequentes de devolução de cheques e os seus respectivos códigos de
ocorrência, grafados no verso do cheque devolvido?
Os principais motivos de devolução de cheques e quais os seus respectivos códigos, definidos em normas
do Banco Central do Brasil, são:
11 ‟ cheque sem fundos ‟ 1ª apresentação;
12 ‟ cheque sem fundos ‟ 2ª apresentação;
13 ‟ conta encerrada;
14 ‟ prática espúria;
20 ‟ folha de cheque cancelada por solicitação do correntista;
21 ‟ contra- ordem (ou revogação) ou oposição (ou sustação) ao pagamento pelo emitente ou pelo
portador;
22 ‟ divergência ou insuficiência de assinatura;
25 ‟ cancelamento de talonário pelo banco sacado;
28 ‟ contra- ordem (ou revogação) ou oposição (ou sustação) ao pagamento, ocasionada por furto ou
roubo;
31 ‟ erro formal de preenchimento (preenchimento incompleto ou incorreto).
Os bancos são obrigados a fornecer informações sobre os emitentes de cheques devolvidos pelos
motivos de11 a 14, mais 21, 22 e 31?
Sim. Nas devoluções por esses motivos, os bancos são obrigados a fornecer o nome completo e o
endereço cadastrado do emitente, quando isso for solicitado formalmente por escrito pelo beneficiário ou
mandatário legalmente constituído, ou pelo portador, no caso de cheques até o valor de R$ 100,00. No caso
de cheque devolvido pelo motivo 21, além dessas informações, os bancos devem fornecer o motivo alegado
para a sustação ou revogação.
44
O cliente pode mandar sustar um cheque que emitiu?
Sim, de acordo com a legislação vigente, o emitente pode sustar o pagamento de um cheque, formulando ao
banco por escrito seu pedido e indicando o motivo da sustação. O pedido de sustação deve ser feito por
carta e entregue sob protocolo. Temporariamente ou em
Pela lei, um cheque é
caráter provisório, isso pode ser feito por meio eletrônico
pagável quando for
apresentado ao banco, ou por telefone. Quando a sustação é feita por telefone, o
mesmo que tenha sido correntista deve formalizar a sustação do cheque no
preenchido com data prazo de até 2dias úteis após a ocorrência,
posterior à da comparecendo pessoalmente ao banco. O banco é
apresentação. Assim, se
obrigado a informar ao beneficiário do cheque devolvido
um cheque pré-datado for
apresentado para pelo motivo 21, sustação, as razões alegadas pelo
pagamento antes do dia emitente para a prática do ato. Caso haja pagamento
previsto, o banco terá de indevido de cheque já sustado, e com a confirmação de
pagá-lo ou devolvê-lo. sustação realizada nos termos acima, a responsabilidade
é do banco.
O banco pode cobrar tarifa pelo registro e controle da sustação ou contra- ordem de um cheque?
Sim. Entretanto, essa tarifa pode ser cobrada apenas uma vez ,no momento da solicitação.
Se o cliente for vítima de furto ou roubo de seu talão de cheques, ou perdê-lo, que providências deverá
tomar?
Primeiro, comunicar imediatamente o fato ao banco. O cancelamento e a sustação de cheques podem ser
feitos provisoriamente, por telefone ou, em alguns bancos, por meio de terminais de autoatendimento .Mesmo
que o roubo, furto ou extravio ocorram fora do horário de expediente bancário, o correntista pode fazer o
registro da ocorrência e o pedido de cancelamento ou sustação, de imediato ,por telefone, com a Central de
Atendimento do seu banco.
O correntista deverá confirmar o pedido no prazo de até dois dias úteis após a ocorrência, entregando-o por
escrito ao banco ou transmitindo-o por fax ou outro meio eletrônico (internet ou terminais de auto
atendimento). Se o pedido não for confirmado nesse prazo, será automaticamente cancelado.
Para sustar o pagamento de cheques roubados ou furtados, caso estejam preenchidos, os clientes devem
apresentar Boletim de Ocorrência policial, para que sua devolução possa ser feita pelo motivo 28 ‟ contra
ordem (ou revogação) ou oposição (ou sustação )decorrente por furto ou roubo ‟, o que impede sua
reapresentação. Em algumas poucas comarcas, os cheques nessa condição não são objeto de protesto.
O cheque cujo motivo de sustação declarado pelo emitente foi o de extravio, ou desacordo comercial, ou
ainda outro motivo de exclusivo interesse do emitente, será devolvido pelo motivo 21 ‟contra ‟ ordem (ou
revogação) ou oposição (ou sustação) ao pagamento pelo emitente ou pelo portador.
45
A folha de cheque já entregue ao cliente e que ainda não foi
preenchida poderá, mediante pedido expresso seu, ser
cancelada e, nesse caso, será devolvida pelo motivo 20 ‟
folha de cheque cancelada por solicitação do correntista.
O cheque devolvido pelo motivo 21 poderá ser
reapresentado e pago, se o impedimento ao seu pagamento
for retirado pelo emitente. Caso isso não seja feito, ele é
passível de protesto. O cheque devolvido pelo motivo 20 não possibilita a reapresentação em razão de ter
sido cancelado; contudo, admite protesto em todo o território nacional, à exceção de alguns Estados, por
determinação de suas Corregedorias.
Com exceção do motivo 28, para os demais pedidos de revogação ou sustação do pagamento do cheque
não é obrigatória a apresentação de Boletim de Ocorrência policial: não há impedimento algum para que
esse registro seja feito por iniciativa do próprio emitente.
De acordo com a Lei do Cheque, não compete ao banco sacado entrar no mérito do motivo alegado pelo
emitente para impedir o pagamento do cheque.
O banco pode cobrar dos clientes tarifa pela devolução de cheques por motivo de roubo ou furto, quando
sustados ou cancelados e justificados com apresentação de Boletim de Ocorrência?
Não. Nessas condições não será cobrada tarifa.
O prazo de compensação de cheques da mesma praça depende de seus valores. Para cheques de até R$
299,99, a compensação éfeita em dois dias úteis. Para cheques de R$ 300,00 para cima, em um dia útil. No
caso de cheques de praças diferentes, os prazos são de três a quatro dias úteis. Se o acesso à praça do
cheque for muito difícil, a compensação pode levar até 20 dias úteis. A contagem do prazo se dá a partir do
dia útil seguinte ao evento.
46
O que acontece quando alguém é incluído no CCF?
Quem está incluído no CCF fica impedido de retirar talões de cheques e só pode movimentar a sua conta por
cartão magnético ou pessoalmente, no caixa da sua agência. Também haverá dificuldades para abrir conta
em outros bancos, pois eles, normalmente ,recusam-se a abrir conta para alguém nessas condições.
Se o cheque devolvido for de uma conta conjunta, quem será incluído no CCF: só o emitente do cheque
ou todos os titulares?
A legislação determina que também sejam incluídos no CCF os dados de todos os demais titulares da conta.
Como é feita a exclusão do CCF?
A exclusão do CCF é feita mediante a comprovação do pagamento do cheque devolvido e por meio de carta
dirigida ao banco, solicitando a exclusão, acompanhada de
A devolução de um cheque
um dos seguintes documentos: o próprio cheque original
por falta de fundos na
segunda apresentação, por devolvido ou um extrato da conta com o registro do débito do
conta encerrada ou por cheque que deu origem à ocorrência.
prática espúria obriga o Na impossibilidade de apresentação de um desses dois
banco a incluir o emitente documentos ,o correntista deverá apresentar uma declaração
no Cadastro de Emitentes
do beneficiário dando quitação ao débito, com firma
de Cheques sem Fundo
(CCF) do Banco Central, reconhecida em cartório ou abonada pelo banco do
um cadastro nacional que beneficiário, cópia do cheque e certidões negativas dos
contém os dados de todos cartórios de protesto da praça da agência ,em nome do
os emitentes de cheques emitente.
sem fundo do País.
Muitas vezes o emitente se esquece de anotar no canhoto para quem foi passado um cheque ou não
consegue localizar o beneficiário. Neste caso, o correntista deve solicitar ao seu banco uma cópia do cheque
devolvido a fim de localizar o beneficiário e poder quitar a dívida. O pagamento da taxa de serviço pela
exclusão cabe ao correntista.
Quanto tempo leva para a exclusão do CCF?
Comprovado o pagamento, o banco terá cinco dias úteis para proceder à exclusão de seu nome do Cadastro
de Emitentes de Cheques Sem Fundos, gerido pelo Banco Central do Brasil.
47
4- Investimento
4.1 Fundos de Investimento
48
O que é Conta Investimento?
É uma conta que permite ao investidor, desde 1º de outubro de2004, migrar de um investimento para outro,
inclusive entre bancos, sem o pagamento da CPMF.
Quais os investimentos que irão fazer parte da Conta Investimento?
Fundos de Investimento de renda fixa e renda variável, bem como outras aplicações financeiras, como CDB e
títulos públicos.
Saldos em investimentos anteriores a 1º de outubro de 2004 podem fazer parte da Conta Investimento?
Para que uma aplicação já existente em 30.09.2004 faça parte da Conta Investimento, o cliente terá de
resgatar o valor para a conta corrente. Nesse caso, ao enviar os recursos para a Conta Investimento, para a
reaplicação, haverá o débito da CPMF. A partir de 1º de outubro de 2006, os saldos remanescentes desses
investimentos também passarão a ser isentos de CPMF nas reaplicações.
Como será a forma de tributação de Imposto de Renda nos Fundos de Investimento?
O prazo foi estendido de 30 para 180 dias, devendo ser recolhido sempre no último dia útil dos meses de
maio e novembro de cada ano.
49
A caderneta de poupança atual continua a ser utilizada normalmente ,mas não poderá fazer parte da Conta
Investimento, mesmo depois de 1º.10.2006, uma vez que pode receber, por exemplo ,depósitos diretos em
cheque.
5 Tarifas e juros
5.1 Tarifas
Os bancos devem fornecer
Os serviços de natureza bancária são fornecidos gratuitamente ou um cartão
mediante remuneração. Toda agência deve afixar em magnético ou,
alternativamente, um talão de
local visível ao público uma tabela com os preços que o
cheques por mês, com, no
banco cobra por cada tipo de serviço, bem como a mínimo,
periodicidade da cobrança. As tarifas debitadas em conta 10 (dez) folhas.
corrente devem estar claramente identificadas no extrato
mensal fornecido ao cliente. Como opção, os bancos podem oferecer pacotes com tarifas unificadas,
englobando um conjunto de serviços.
50
manutenção de cadernetas de poupança abertas por ordem do
Poder Judiciário e contas para depósitos de consignação de pagamentos;
expedição de documentos destinados à liberação de garantias de qualquer natureza, inclusive por parte
de administradores de consórcio.
A taxa de juros indica quanto se paga, percentualmente, para emprestar ou aplicar dinheiro. Essas taxas
dependem das condições do mercado financeiro, sendo livremente contratadas entre as partes. Em casos
específicos, como em alguns tipos de empréstimos imobiliários, essas taxas são tabeladas.
São muitas as variáveis que devem ser consideradas ao definir a taxa de juros de uma operação financeira.
Cada tipo de operação tem características próprias, que implicam em processo diferente para a definição de
custo.
A segunda grande razão é consequência do chamado spread bancário, que é a diferença entre a taxa de
captação do dinheiro no mercado e a taxa aplicada nos empréstimos pelos bancos.
As taxas de juros
A estipulação do spread é uma decisão de cada banco e também cobradas pelos
depende da combinação de vários fatores, tais como: a qualidade bancos e outras
das garantias dos empréstimos, os impostos incidentes na operação, instituições financeiras
os custos de captação do dinheiro, as restrições cadastrais dos não são tabeladas ou
controladas. Essas
tomadores de empréstimos, a impontualidade nos pagamentos
taxas dependem das
(inadimplência), os depósitos compulsórios que os bancos têm de condições do mercado
fazer no Banco Central e a maior ou menor oferta de dinheiro no financeiro, sendo
mercado financeiro, para citar apenas os fatores mais comuns. livremente contratadas
entre as partes.
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As taxas de juros estão caindo no Brasil. Na média, já estão num patamar que é a metade do que eram por
ocasião da estabilização dos preços. Mas é importante que reduzam ainda mais. Nesse sentido, o Governo
está adotando políticas econômicas e institucionais visando diminuir os juros básicos e os spreads. Por seu
lado, o sistema bancário está investindo em processos que permitam aumentar a oferta de crédito a um custo
mais baixo.
As taxas de juros cobradas pelos bancos e outras instituições financeiras não são tabeladas ou controladas.
Essas taxas dependem das condições do mercado financeiro, sendo livremente contratadas entre as partes.
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6- Cédulas ou moedas falsas
Somente após a confirmação da legitimidade das cédulas ou moedas retidas é que o Banco Central do Brasil
autoriza o banco a ressarcir o portador. As cédulas e moedas falsas continuarão retidas pelo Banco Central
do Brasil, sem ressarcimento ao portador.
7- Fraudes eletrônicas
7.1 Senha e cartão magnético
Evite as fraudes eletrônicas noticiadas pelos jornais e programas • Jamais forneça sua
de TV, adotando procedimentos de segurança recomendados senha a terceiros;
• Nunca empreste seu
para uso de cartões magnéticos e internet banking. cartão a ninguém;
• Procure fazer seus
Acompanhe permanentemente os lançamentos em sua conta- saques no horário
corrente. Mantenha sempre à mão o número do telefone da sua comercial;
• Jamais utilize celulares
agência e da Central de Atendimento do seu banco.
de terceiros para
comunicar-se com o
Entre em contato imediatamente com o seu banco, no caso de banco;
constatar qualquer crédito ou débito duvidoso ou numa • Nunca informe a sua
emergência relacionada a furto, extravio de cheques e cartões, senha por telefone.
tentativas de obtenção indevida de número de agências, contas e
senhas, evitando transtornos maiores.
Cada banco tem seu procedimento específico para tratar os casos de débitos não reconhecidos pelo seus
clientes. Caso o cliente verifique algum saque indevido em sua conta, deve registrar Boletim de Ocorrência
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policial e comunicar o fato ao banco por escrito, solicitando protocolo de recebimento em cópia e a
restituição do valor e de eventuais encargos que nele incidirem.
Por isso, os bancos introduziram novas formas de registrar a senha e identificar o cliente quando ele acessa
os terminais de autoatendimento ou internet. Algumas dessas formas são:
não aceitar a gravação de senhas óbvias (datas de aniversário, nomes, telefones etc.);
determinar uma quantidade mínima de caracteres (número mínimo de letras e números);
determinar a gravação de senhas alfanuméricas (letras e números);
exigir a gravação de senhas diferentes para os caixas automáticos e para a internet;
fazer identificação positiva do cliente (ou seja, a solicitação prévia de algum dado pessoal);
exigir a redigi tação da senha em cada nova transação;
usar o teclado virtual.
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Os clientes devem estar sempre atentos. Devem levar em consideração os alertas e informações fornecidos
na aquisição do produto, divulgados nos cartazes e nos terminais de auto- atendimento. Na dúvida, pergunte
aos funcionários do banco. Nunca aceite ajuda de estranhos, de pessoas não autorizadas ou não
identificadas.
Reproduzimos abaixo algumas orientações básicas que os bancos fornecem aos clientes:
Jamais fornecer sua senha a terceiros.
Não anotar a sua senha em papéis, rascunhos ou no Se alguém telefonar dizendo
próprio cartão. ser funcionário do banco e
pedir para dizer ou digitar sua
Não emprestar seu cartão a ninguém.
senha, não o faça de forma
Não permitir que estranhos examinem seu cartão sob alguma. Nenhum funcionário
qualquer pretexto, pois, sem que você perceba, pode está orientado a pedir para o
haver uma troca. cliente falar ou digitar sua
Ao escolher a senha, não utilizar números previsíveis senha ao telefone.
(data de nascimento, número de telefone residencial, placa do automóvel etc.).
Não guardar o cartão e a senha no mesmo lugar.
Comunicar imediatamente à Central de Atendimento do banco a perda, o roubo ou o extravio de cartão,
pedindo o seu cancelamento.
Em caso de assalto, furto ou roubo, registrar a ocorrência na delegacia mais próxima, comunicando antes
o fato ao banco.
Dar preferência a caixas automáticos instalados em locais de grande movimentação e, se possível, em
ambientes internos (shoppings, lojas de conveniência, postos de gasolina etc.).
Sempre que possível, fazer seus saques no horário comercial, quando o movimento de pessoas é maior,
evitando o horário noturno.
Quando isso for inevitável, levar um ou mais acompanhantes adultos para que fiquem fora da cabine,
como se estivessem na fila.
Nunca aceitar ou solicitar ajuda de estranhos.
Ficar atento à presença de pessoas suspeitas no interior da cabine ou nas suas proximidades. Na dúvida,
não fazer a operação.
Ao digitar a senha, manter o corpo próximo à máquina, para evitar que outros possam vê-la.
Em caso de retenção do cartão, apertar a tecla ANULA e comunicar o fato imediatamente ao banco,
utilizando o telefone instalado na cabine, onde houver.
Jamais utilizar celular de terceiros para comunicar-se com o banco, pois a senha fica registrada na
memória do aparelho.
Se alguém telefonar dizendo ser funcionário do banco e pedir para dizer ou digitar sua senha, não o fazer
de forma alguma. Nenhum funcionário está orientado a pedir para o cliente falar ou digitar sua senha ao
telefone.
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Se alguém aparecer em sua casa ou escritório dizendo ser do banco, pedindo para digitar a senha em
algum equipamento eletrônico, não a digitar de forma alguma. Avisar imediatamente o banco.
Ao efetuar pagamentos com cartões de crédito em máquinas manuais, procurar acompanhar a
preparação do comprovante, evitando que o cartão fique longe de seu controle. Se for necessária nova
emissão, alegando-se que a impressão não ficou bem decalcada, exigir que o formulário utilizado e o
carbono sejam inutilizados.
Antes de assinar o comprovante do cartão de crédito, sempre solicitar a via do comprovante de venda e
conferir o valor declarado da compra.
Em viagem, guardar o cartão do banco e os cartões de crédito no cofre do hotel, quando não for utilizá-
los.
Os bancos mantêm fortes sistemas de segurança em seus computadores e nos programas de acesso via
internet, mas não têm como garantir a segurança do computador do cliente, do de provedores ou do de
terceiros, que o cliente eventualmente use. Sempre que possível, utilize os teclados virtuais disponibilizados
pelo seu banco.
Os bancos não enviam a Os bancos não enviam a seus clientes e-mails com links para
seus clientes e-mails com acesso às suas páginas, e-mails pedindo atualização de
links para acesso às suas cadastro ou qualquer outro tipo de informação, especialmente
páginas, e-mails pedindo número de agência, de conta corrente e senha e e-mails com
atualização de cadastro
arquivos executáveis anexados.
ou qualquer outro tipo de
informação,
especialmente número de
agência, de conta-
corrente e senha e e-
mails com arquivos
executáveis anexados.
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Só utilizar equipamentos efetivamente confiáveis. Não realizar operações em equipamentos que não
tenham programas antivírus atualizadas nem em equipamentos que não conheça. Existem programas
utilizados por fraudadores para capturar as informações do cliente quando digitadas no computador.
Não executar aplicações, nem abrir arquivos de origem desconhecida.
Eles podem conter vírus e outros procedimentos prejudiciais, que ficam ocultos para o usuário e permitem
a ação de fraudadores sobre sua conta, a partir de informações capturadas após a digitação no teclado.
Usar somente provedores confiáveis. A escolha de um provedor deve levar em conta também seus
mecanismos, suas políticas de segurança e a confiabilidade da empresa.
Ter cuidado com e-mails não solicitados ou de procedência desconhecida, especialmente se tiverem
arquivos anexados. Correspondências eletrônicas também podem trazer programas desconhecidos que
oferecem diversos tipos de riscos à segurança do usuário.
É mais seguro excluir (deletar) os e-mails não solicitados e sobre os quais não se tenha absoluta certeza
de que procedem de fonte confiável. Tomar cuidado especialmente com arquivos e endereços obtidos
em salas de bate-papo (chats). Alguns desses chats são frequentados por hackers.
Evitar sites arriscados e só fazer transferência para o seu computador de arquivos (download) de sites
que conheça e cuja confiabilidade seja indiscutível.
Utilizar sempre as versões mais atualizadas dos programas de navegação (browser), pois geralmente
incorporam melhores mecanismos de segurança.
Quando for efetuar pagamentos ou realizar outras operações financeiras, certificar-se de que está no site
desejado, seja do banco ou outro qualquer, clicando sobre o cadeado e/ou a chave de segurança que
aparece quando se entra na área de segurança do site.
O certificado de habilitação do site, concedido por uma certificadora autorizada, aparecerá na tela,
confirmando sua autenticidade, juntamente com informações sobre o nível de criptografia utilizada
naquela área pelo responsável pelo site (SSL). Não é aconselhável inserir novos certificadores no
programa de navegação (browser), a menos que conheça
• Não realize operações
todas as implicações decorrentes desse procedimento.
em equipamentos sem
Se estiver em dúvida sobre a segurança de algum antivírus atualizados;
procedimento que executou, entrar em contato com o banco. • Não realize operações
A prevenção é a melhor forma de segurança. num equipamento que
Manter-se atento aos meios de comunicação, que estão você não conheça;
• Utilize programas de
permanentemente divulgando dicas de segurança na segurança em seu
utilização da internet. computador.
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