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Liberação de produtos químicos para a atmosfera causada por explosão ou incêndio 22110
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Este formulário é enviado à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil
(SEDEC), vinculada ao Ministério de Integração Nacional, com informações gerais
do ocorrido, do prejuízo existente, das áreas afetadas e do código usado pela
COBRADE, conforme o tipo de registro do desastre ocorrido.
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BLEVE
O segundo tipo de explosão cujas consequências podem ser catastróficas é chamado BLEVE,
do inglês “boiling liquid expanding vapor explosion”. Este fenômeno pode acontecer em
tanques ou ambientes pressurizados onde se armazenam gases liquefeitos acima de sua
temperatura de ebulição à pressão atmosférica. Com a ruptura do tanque, uma mistura
bifásica (líquido-gás) é liberada, se expande e em poucos instantes forma uma grande nuvem.
Se a substância for inflamável, uma eventual ignição dessa nuvem provoca uma bola de fogo
(do inglês, fireball). Dependendo da quantidade de gás presente, o calor liberado pode
resultar em mortes e queimaduras graves à pessoas expostas até algumas centenas de metros
do local da explosão (LOPES, 2017, p. 32).
Vazamento do gás
isocianato de metila -
fábrica de pesticidas Union
Carbide India Limited (UCIL)
em Bhopal, Madhya
Pradesh, Índia –
Década de 80
Foto: Fábrica da Bhopal,
porJulian Nitzsche
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Os equipamentos de contenção de produtos em caso de vazamentos estavam
desativados, propiciando a liberação do veneno para a atmosfera. Estima-se que 4 mil
pessoas tenham morrido, e mais de 200 mil sido intoxicadas. Tais eventos levam a
lesões e mortes de pessoas, doenças a médio e longo prazo, contaminação de recursos
hídricos, contaminação de solos, entre outros.
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Fique Atento: Áreas Contaminadas
Entende-se área contaminada como sendo área, terreno, local,
instalação, edificação ou benfeitoria que contenha quantidades ou
concentrações de quaisquer substâncias ou resíduos em condições que
causem ou possam causar danos à saúde humana, ao meio ambiente ou
a outro bem a proteger, que nela tenham sido depositados, acumulados,
armazenados, enterrados ou infiltrados de forma planejada, acidental ou
até mesmo natural. Nessa área, os poluentes ou contaminantes podem
concentrar-se em subsuperfície nos diferentes compartimentos do ambiente,
como por exemplo no solo, nos sedimentos, nas rochas, nos materiais
utilizados para aterrar os terrenos, nas águas subterrâneas, ou de uma forma
geral, nas zonas não saturada e saturada, além de poderem concentrar-se nas
paredes, nos pisos e nas estruturas de construções.
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industriais e bares, geralmente por conta de vazamento de gás, rede elétrica, e
utilização inadequada de equipamentos o que pode redundar em explosões e incêndio.
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Em relação aos transportes de produtos perigosos por veículos
automotores, geralmente feitos em caminhão no Brasil, existe a norma da
Resolução n° 5.232/2016. O transporte de produtos perigosos está regulamentado
também pela Resolução n° 3.665/2011, também da Agência Nacional de
Transportes Terrestres (ANTT).
Não pode ser transportado produto perigoso com outros tipos, como
alimentos, produtos para consumo humano ou de animais.
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A sinalização deve considerar, conforme figura abaixo, o número do
risco, o número usado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o símbolo do
risco e a classe/subclasse do risco. Tudo isso ajuda a identificar o que está sendo
transportado e o tipo de risco.
RÓTULO DE PAINEL DE
RISCO SEGURANÇA
Símbolo de
identificação do risco.
Texto indicativo da natureza do Nº DE RISCO
Texto indicativo
risco ou número ONU Nº ONU
N
Número da classe ou
subclasse de risco
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Quadro 2: Tipo de Risco e Sua Classificação
Tipo de Risco Classificação
Desprendimento de gás devido à pressão ou à reação química 2
Inflamabilidade de líquidos (vapores) e gases ou líquido sujeito a auto- 3
aquecimento
Inflamabilidade de sólidos ou sólido sujeito a auto-aquecimento 4
Efeito oxidante (intensifica o fogo) 5
Toxicidade ou risco de infecção 6
Radioatividade 7
Corrosividade 8
Risco de violenta reação espontânea 9
Substância que reage perigosamente com água (utilizado como prefixo do x
código numérico)
O número de risco pode ter até três algarismos, sendo que o primeiro é o risco
principal, sendo que as combinações ou riscos secundários são os segundos e terceiros
algarismos. Segue um exemplo:
Fonte: http://200.144.30.103/siipp/arquivos/manuais/Manual%20de%20Produtos%20Perigosos.pdf
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Existem diversificados tipos de resíduos produzidos nas cidades e no campo.
Para melhor entendimento do que são os resíduos, optamos por utilizar a definição
dada pela Lei n°12.305/2010, que diz:
Como afirma a Lei os resíduos podem ser sólidos, líquidos e gasosos e tem diversas
origens, conforme mostra o quadro a seguir:
Quadro 3 – Características dos Resíduos Sólidos Nos Municípios Brasileiros
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Portos, aeroportos, Resíduos sépticos e assépticos dos Gerador
terminais ferroviários locais
e rodoviários
Agrícola Resíduos originários das atividades Gerador
agrícolas e de pecuária
Entulho Resíduos de construção civil Gerador (definido pela
quantidade)
Fonte: Tonani, 2011 e Prefeitura do Município de São Paulo. Elaborado por Vivian Fiori, 2018.
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Os resíduos industriais são responsáveis por parte do problema dos resíduos
sólidos urbanos, sendo que as indústrias por norma devem ser responsáveis pelo
destino deste resíduo. Alguns dos resíduos industriais são considerados de alta
periculosidade, podendo ser líquidos, gases ou sólidos, tais como: produtos químicos
como cianureto; solventes e pesticidas; metais pesados como chumbo e cádmio; gases
como o NO2 (dióxido de nitrogênio), entre outros.
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A partir daí os subprodutos da indústria, bem como se houver sobras de
matéria-prima são classificados, como: inflamável, corrosivo, reativo, patogênico,
conforme norma ABNT n°10004, além disso verifica-se o grau de toxicidade em
relação aos elementos e subprodutos da indústria.
Conforme esquema da figura, a caracterização e classificação dos resíduos,
seguem esta forma e por fim, classifica-se o resíduo em:
Identificação e
Classificação das Plano de Ação de
substâncias Emergência
químicas
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As ações a serem implantadas são: definição de padrões de segurança
conforme as normas existentes; treinamento de funcionários; identificação e
classificação do tipo de substância química e do perigo; uma análise pormenorizada
das instalações das operações da indústria, a criação de um programa de
gerenciamento de risco que deve ser contínuo; e um plano de ação emergencial.
É essencial que se busque reduzir o risco de acidentes, por meio do
monitoramento contínuo de equipamentos e formas de operação, seja na indústria ou
outro tipo de local e atividade.
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Verifica-se que no Brasil há normas e leis ambientais em relação às
questões ambientais urbanas, falta, entretanto, fiscalização e o cumprimento destas
normas, bem como planos emergenciais internos à empresa e externos do governo e
das entidades que têm relação com esta questão.
As normas e planejamento territorial ambiental são fundamentais,
pois definem parâmetros para as empresas e servem para órgãos governamentais e
entidades como Bombeiros e Defesa Civil estejam informados do que existe no
território do ponto de vista de possibilidades de riscos.
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ou armazena, de maneira permanente ou transitória, uma ou várias
substâncias ou categorias de substâncias perigosas, em quantidades
que ultrapassem a quantidade limite;
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O Decreto nº 5.098 de 2004 também trata do Plano Nacional de Prevenção,
Preparação e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Químicos
Perigosos (P2R2).
Outra legislação importante, mais antiga, define a necessidade de
licenciamento ambiental definidos pelo Decreto nº 99.274, de 6 de junho de 1990, e
pela Resolução CONAMA nº 237, de 16 de dezembro de 1997.
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CARVALHO, Nathália Leal et alii. Reutilização de águas residuárias. REMOA - V. 14, N.
2, Março, p. 3164 – 3171, 2014.
SANCHEZ, Luís Enrique. Avaliação de Impacto Ambiental. São Paulo: Oficina de Textos,
2006.
Sites:
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). Norma n° 10004.
Disponível em: http://www.sindvel.com.br/portico/arquivos/abnt%20nbr.pdf.
BRASIL Decreto nº 4.085, de 15 de janeiro de 2002. Brasília, 2002. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/d4085.htm.
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COMPANHIA AMBIENTAL DO ESTADO DE SÃO PAULO (CETESB). CETESB
prepara especialistas para o cumprimento da Convenção de Minamata. São Paulo, 09-03-
2015. Disponível em: http://www.cetesb.sp.gov.br/2015/03/09/cetesb-prepara-
especialistas-para-o-cumprimento-da-convencao-de-minamata/.
CETESB. Análise de risco tecnológico. São Paulo: CETESB. Disponível em:
http://riscotecnologico.cetesb.sp.gov.br/grandes-acidentes/.
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