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TREINAMENTO

Transporte e Manuseio
de Produtos Perigosos
Transporte e Manuseio
de Produtos Perigosos
Aula 01
A História e as Grandes Tragédias
com Produtos Perigosos
Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

A História dos Produtos Perigosos


A presença de produtos perigosos é tão antiga A migração do carvão mineral pelo petróleo
quanto a história da humanidade. E a como fonte de energia industrial, no início do
ocorrência de acidentes e intoxicações século XX, mudou radicalmente o mundo.
envolvendo os mesmos sempre foi cercada de
Nas duas primeiras décadas do século XX, as
lendas e mitos. Na antiguidade, tais acidentes
indústrias químicas apresentaram um grande
eram muitas vezes relatados em histórias que
desenvolvimento. E a necessidade de
envolviam magia e feitiços, tais como, as
transportar os produtos químicos, se tornou
histórias acerca das bruxas que habitavam o
cada vez maior.
monte Vesúvio no Império Romano antes de
Cristo. Com o rápido desenvolvimento do transporte
de produtos químicos, aumentaram também
No final do século XVIII, início da revolução
os acidentes e as grandes tragédias com
industrial, a humanidade alcançou um grande
perda de vidas, danos a propriedades e ao
avanço tecnológico, o que causou uma
meio ambiente.
demanda muito grande por combustível, que
nesta época era o carvão mineral. E nesta O mundo ainda engatinhava na busca por
época, o número de acidentes envolvendo critérios e padrões de segurança para evitar
produtos químicos (perigosos) já acidentes com produtos químicos.
apresentavam um aumento significativo.

Aula 01 – História e Grandes Tragédias


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Acidentes químicos que marcaram a história

Bhopal, India - 1984


O maior desastre químico da história, ocorrreu
após vazamento de gás, que matou
instantaneamente 2 mil pessoas, em Bophal,
Índia, em 1984. Cerca 40 toneladas de gases
letais vazaram da fábrica de agrotóxicos da
Union Carbide Corporation. Gases tóxicos
O rápido desenvolvimento industrial entres os
como o isocianato de metila e o hidrocianeto
séculos XIX e XX causou uma enorme
escaparam de um tanque durante operações
demanda por energia, inicialmente
de rotina. Os vapores emitidos deveriam ter
desenvolvida por meio do carvão mineral e,
sido neutralizados em torres de depuração;
posteriormente, pelo petróleo como principal
porém, como uma destas torres se encontrava
combustível do desenvolvimento mundial.
desativada, o sistema não funcionou
Mas as técnicas de segurança não
possibilitando assim a liberação do produto
acompanharam este crescimento causando
para a atmosfera.
alguns desastres que marcaram a
humanidade.

Aula 01 – História e Grandes Tragédias


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Acidentes químicos que marcaram a história


Chernobyl, Ucrânia - 1996
O acidente nuclear na Usina de Chernobyl, na
Ucrânia, em 1986. O acidente ocorreu durante
um teste de segurança. Os sistemas de
emergência foram intencionalmente
desligados causando superaquecimento e
explosão do reator.

Ryongchŏn, Coréia - 2004


O desastre de Ryongchŏn, que ocorreu após
um acidente de trem carregado de produtos
inflamáveis, em 22 de abril de 2004 na
cidade de Ryongchŏn, Coréia do Norte, perto
da fronteira com a República Popular da
China. Pelo menos 54 pessoas foram mortas.

Aula 01 – História e Grandes Tragédias


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Acidentes químicos que marcaram a história


Exxon Valdez , Alasca - 1989
O navio Exxon Valdez naufragou no Alasca,
Estados Unidos, em 1989, espalhando 42
milhões de litros de petróleo, causando uma
das piores marés negras da história. O líquido
preto e viscoso matou mais de 250 mil aves,
milhares de baleias, lontras marinhas e peixes.

Goiânia, Brasil - 1987


O acidente com Césio-137, em Goiânia, Brasil,
em 1987, é considerado o maior incidente
radioativo do mundo, fora de instalações
nucleares. O fato ocorreu após catadores de
sucata abrirem uma capsula contendo o
material e causando a contaminação de
centenas de pessoas. Sete pessoas morreram
dias após o contato com a substância.

Aula 01 – História e Grandes Tragédias


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

As Normas Internacionais de Segurança

As primeiras informações acerca dos riscos na inúmeros incidentes com repercussão


produção e manuseio de produtos químicos internacional. Os anos 1980 consolidaram o
surgiram no século XIX, onde já havia um desenvolvimento de políticas de segurança no
consenso entre fabricantes de que os transporte e manuseio de cargas perigosas.
produtos químicos deveriam apresentar em No Brasil, a primeira regulação do setor foi o
seus rótulos informações ao consumidor a Decreto nº 96.044, de 18 de maio de 1.988, que
respeito de segurança. criou o Regulamento para o Transporte de
Produtos Perigosos.
Surgiram as informações sobre toxicidade,
inflamabilidade e cuidados na manipulação. Seguindo padrões de segurança
Os símbolos foram criados a partir de 1920, internacionais, o RTPP sofreu atualizações ao
com o símbolo de veneno, utilizado até hoje, longo dos anos seguintes e atualmente é
uma caveira branca sobre um fundo preto. regido pela Resolução 5848/19 da ANTT,
Agência Nacional de Transporte Terrestre.
Entretanto, o critério segurança caminhou
Nestes anos, o RTPP sofreu alterações
lentamente por décadas e só ganhou
importantes, acompanhando as atualizações
destaque a partir dos anos 1970, após
internacionais do setor.

Aula 01 – História e Grandes Tragédias


Transporte e Manuseio
de Produtos Perigosos
Aula 02
Definições e Classificação dos Produtos Perigosos
Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Definição de Produtos Perigosos

Para entendermos as diferenças entre carga O transporte de produtos perigosos não diz
perigosa e produto perigoso temos que respeito apenas aos veículos, mas, também, ao
entender suas definições legais. gerenciamento da frota, ao planejamento, ao
acompanhamento e à análise de todas as
Carga perigosa é qualquer tipo de carga
atividades que acompanham o transporte.
transportada de forma inadequada, mal
acondicionada, etc.

A definição de produto perigoso é encontrada O motorista também deve ser orientado e


no RTPP. “São substâncias encontradas na treinado sobre os riscos na estrada. O
natureza ou produzidas por qualquer manuseio e movimentação de qualquer
processo que coloquem em risco a produto deve ser realizado com cuidado e
segurança pública, saúde de pessoas e meio atenção. E os equipamentos utilizados para
ambiente, conforme critérios de movimentação da carga devem estar em
classificação da ONU, publicadas através da perfeitas condições de uso.
Portaria Nº 204/97 do Ministério dos
Transportes.”

Aula 02 – Definições e Classificação de Produtos Perigosos


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Instruções Complementares do RTPP

A Resolução 5947/2021 da ANTT aprovou as adequadamente classificados, embalados,


Instruções Complementares ao identificados e descritos no documento
Regulamento Terrestre do Transporte de fiscal para o transporte de produto perigoso
Produtos Perigosos. Estas instruções e acompanhados da documentação exigida.
apresentam todas as características de
De acordo com a Res. 5947/21, todas as
identificação dos produtos químicos
substâncias perigosas contam com número
produzidos mundialmente e uniformiza as
de identificação internacional padrão ONU
regras de manuseio e transporte destas
(Organização das Nações Unidas), condições
cargas.
de transporte, riscos à saúde e ao meio
O Regulamento especifica exigências ambiente, regras de atuação em emergências
detalhadas aplicáveis ao transporte terrestre para cada tipo de produto, embalagens e
de produtos perigosos. Caso não haja equipamentos de proteção individual de
disposição em contrário, ninguém pode acordo com a substância transportada.
oferecer ou aceitar produtos perigosos para
transporte se tais produtos não estiverem

Aula 02 – Definições e Classificação de Produtos Perigosos


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Instruções Complementares do RTPP

Todo pessoal envolvido no manuseio e movimentação de produtos perigosos


deve ser devidamente treinado. Antes de manusear ou movimentar o qualquer
produto perigoso, deve-se verificar as recomendações descritas na Ficha de
Informações de Segurança do Produto Químico.

Aula 02 – Definições e Classificação de Produtos Perigosos


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Classificação de Produtos Perigosos

A classificação de um produto ou artigo como perigoso para fins de


transporte deve ser feita pelo seu fabricante ou expedidor, orientado pelo
fabricante, ou ainda, pela autoridade competente, quando aplicável,
tomando como base as características físicoquímicas do produto, alocando
em uma das classes ou subclasses descritas no RTPP.

As Substâncias (incluindo misturas e soluções) e artigos sujeitos a regulação


são alocados a uma das nove classes de acordo com o risco ou o mais sério
dos riscos por eles apresentados. Algumas dessas classes são subdivididas
em subclasses.

Veremos abaixo quais classes estão subdivididas as substâncias perigosas e


seus respectivos rótulos de risco.

Aula 02 – Definições e Classificação de Produtos Perigosos


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Classificação de Produtos Perigosos


Classe 1 - Explosivos
Subdividida em:

Subclasse 1.1 Substâncias e artigos com risco de explosão em


massa;

Subclasse 1.2 Substâncias e artigos com risco de projeção mas


sem risco de explosão em massa;

Subclasse 1.3 Substâncias e artigos com risco de fogo e com


pequeno risco de explosão, de projeção, ou ambos, mas sem
risco de explosão em massa;

Subclasse 1.4 Substâncias e artigos que não apresentam riscos


significativos;
Subclasse 1.5 Substâncias muito insensíveis, com um risco de
explosão em massa,

Subclasse 1.6 Artigos extremamente insensíveis, sem risco de


explosão em massa

Aula 02 – Definições e Classificação de Produtos Perigosos


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Classificação de Produtos Perigosos


Classe 2 - Gases
Subdividida em:

Subclasse 2.1 Gases inflamáveis;

Subclasse 2.2 Gases não inflamáveis, não tóxicos;

Subclasse 2.3 Gases tóxicos

Aula 02 – Definições e Classificação de Produtos Perigosos


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Classificação de Produtos Perigosos


Classe 3 – Líquidos Inflamáveis
São líquidos, misturas de líquidos ou líquidos que contenham
sólidos em solução ou suspensão, que produzam vapor
inflamável a temperaturas de até 60,5°C, em ensaio de vaso
fechado, ou até 65,6ºC, em ensaio de vaso aberto, ou ainda os
explosivos líquidos insensibilizados dissolvidos ou suspensos em
água ou outras substâncias líquidas.

Aula 02 – Definições e Classificação de Produtos Perigosos


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Classificação de Produtos Perigosos


Classe 4 – Sólidos Inflamáveis
Subdividida em:

Substâncias autorreagentes e explosivos sólidos insensibilizados

Subclasse 4.1 Sólidos inflamáveis;

Subclasse 4.2 Substâncias passíveis de combustão espontânea;

Subclasse 4.3 Substâncias que, em contato com a água, emitem


gases inflamáveis

Aula 02 – Definições e Classificação de Produtos Perigosos


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Classificação de Produtos Perigosos


Classe 5 - Substâncias Oxidantes e Peróxidos Orgânicos
Subdividida em:

Subclasse 5.1 Substâncias oxidantes;

Subclasse 5.2 Peróxidos orgânicos;

Aula 02 – Definições e Classificação de Produtos Perigosos


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Classificação de Produtos Perigosos


Classe 6 – Substâncias Tóxicas e Substâncias Infectantes
Subdividida em:

Subclasse 6.1 Substâncias tóxicas;

Subclasse 6.2 Substâncias infectantes;

Aula 02 – Definições e Classificação de Produtos Perigosos


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Classificação de Produtos Perigosos


Classe 7 – Substâncias Radioativas
Qualquer material ou substância que emite radiação.

Aula 02 – Definições e Classificação de Produtos Perigosos


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Classificação de Produtos Perigosos


Classe 8 – Substâncias Corrosivas
São substâncias que, por ação química, causam severos danos
quando em contato com tecidos vivos.

Aula 02 – Definições e Classificação de Produtos Perigosos


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Classificação de Produtos Perigosos


Classe 9 – Substâncias e Artigos
Perigosos Diversos
São aqueles que apresentam, durante o transporte, um risco
abrangido por nenhuma das outras classes.

Aula 02 – Definições e Classificação de Produtos Perigosos


Transporte e Manuseio
de Produtos Perigosos
Aula 03
Definições de Painel de Segurança e
Rótulo de Risco
Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Introdução
A identificação de riscos de produtos As informações inseridas no painel de
perigosos para o transporte rodoviário é segurança e no rótulo de risco, conforme
realizada por meio da sinalização da unidade determina a legislação, abrangem o Número
de transporte, composta por um painel de de Risco e o Número da ONU, no Painel de
segurança, de cor alaranjada, e um rótulo de Segurança, e o Símbolo de Risco e a
risco, bem como pela rotulagem das Classe/Subclasse de Risco no Rótulo de
embalagens interna e externa, e símbolo Risco, Símbolo Especial, e para o GHS utiliza-
especial. se os Pictogramas.

Estas informações obedecem aos padrões


técnicos definidos na legislação do transporte
de produtos perigosos. Para a sinalização para
as pessoas que estão envolvidos no manuseio
do produto perigosos existem o Sistema
Globalmente Harmonizado - GHS.

Aula 03 – Painel de Segurança e Rótulo de Risco


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Painel de Segurança
O painel de segurança tem a forma de um retângulo com
fundo de cor alaranjada, com borda na cor preta em todo
o contorno, apresentando na parte superior os números
de identificação de risco (número de risco) e na parte
inferior o número ONU na cor preta.

Para obtermos os dados para o painel de segurança é


necessário consultar a relação de produtos perigosos
para verificar seu número de risco e número ONU.

Parte Superior
Número de Risco

Parte Inferior
Número ONU

Formato correto de letras e números

Forma: Retângulo
Cor: Alaranjada

Aula 03 – Painel de Segurança e Rótulo de Risco


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Painel de Segurança

Aula 03 – Painel de Segurança e Rótulo de Risco


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Painel de Segurança
Números de Risco3 Algarismos repetidos indicam intensificação do risco específico. Quando o risco
Embora o número ONU apresentar o nome do associado à substância puder ser adequadamente indicado por um único
produto, e dentro da sua composição, seus riscos, o algarismo, tal algarismo deve ser seguido de zero.
painel de segurança, na parte superior, traz seu
número de risco e consiste em dois ou três
algarismos. Os algarismos indicam uma série de
riscos.

Estes algarismos podem ser repetidos ou cumulativos,


de acordo com o grau de risco do produto, podendo
apresentar riscos subsidiários.

A letra “X”, significa reação perigosa em contato com


água. Sempre precederá um número de risco.

O risco de violenta reação espontânea, representado


pelo algarismo 9, inclui a possibilidade, decorrente da
natureza da substância, de um risco de explosão,
desintegração ou reação de polimerização, seguindo-
se o desprendimento de quantidade considerável de
calor ou de gases inflamáveis e/ou tóxicos.

Aula 03 – Painel de Segurança e Rótulo de Risco


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Rótulo de Risco
O RÓTULO DE RISCO trata-se de um painel quadrado, apoiado sobre um dos
seus vértices (forma de um losango/diamante), que apresenta símbolos, cores,
números e textos, sendo estes últimos opcionais.

O Texto é obrigatório para os MATERIAIS RADIOATIVOS, no idioma oficial do


Brasil (Língua Portuguesa) para embalagens.

Como o Texto é opcional, exceto para os Materiais Radioativos, eles podem ser
apresentados em QUALQUER IDIOMA ou pode incluir na metade inferior
palavras descrevendo a Classe de Risco ou Número da ONU.

Para verificarmos os rótulos de risco é necessário consultarmos a relação de


produtos perigosos para poder conferir sua classe de risco principal e
subsidiária

Aula 03 – Painel de Segurança e Rótulo de Risco


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Rótulos de Risco
Para verificarmos o rótulos de risco é
necessário consultar a relação de produtos
perigosos para poder consultar sua classe
de risco principal e subsidiária. As classes
de risco estão relacionadas na Resolução
ANTT 5947/2021.

Aula 03 – Painel de Segurança e Rótulo de Risco


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Rótulos de Risco
Especificações Gerais 30 ou 25
Os Rótulos de Risco sobrepostos a base da mesma cor, devem ser
afixados sobre um fundo de cor contrastante ou, devem ser
contornados em todo seu perímetro por uma linha externa,
pontilhada ou contínua, ou afixados em porta-placas, desde que
sejam de cor contrastante.

Os rótulos de risco devem ser construídos em material impermeável,


que sejam resistentes as intempéries, e devem permanecer intactos
durante o trajeto, preservando a função a que se destinam (vide NBR
7500).

As dimensões do rótulo de risco serão:

❖ 30 x 30 cm para unidades de transportes;

❖ 25 x 25 para veículos utilitários.

Aula 03 – Painel de Segurança e Rótulo de Risco


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Rótulos de Risco
Especificações Gerais

As dimensões do rótulo de risco para as embalagens será no mínimo 10 x 10


cm. As embalagem/volume (inclusive IBC’s e embalagens grandes) de
produto perigoso, respeitando as exceções previstas na legislação vigente,
deve portar o rótulo de risco principal e quando exigido o(s) rótulo(s) de
risco(s) subsidiário(s), com dimensões mínimas de 100 mm por 100 mm.
Exceto no caso em que as embalagens/volumes tiverem dimensões que só
comportem rótulos com dimensões menores.

No caso específico dos cilindros de gás da classe 2 conforme descrito no Item


12.3. das Instruções Complementares do RTPP.

Aula 03 – Painel de Segurança e Rótulo de Risco


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Símbolos Especiais
A legislação ainda traz símbolos especiais para determinados tipos de
produtos, respeitando suas características.

Símbolo para transporte de produto em temperatura elevada

Todo veículo transportando Substâncias a Temperatura Elevada (qualquer classe ou


subclasse) em estado líquido igual ou superior a 100º C, ou estado sólido igual ou superior
a 240º C, mesmo na quantidade limitada, deverão portar nas duas extremidades (frente e
traseira) e nos dois lados (ambas as laterais da metade para a traseira)

Símbolo para o transporte de substâncias perigosas para o meio ambiente

Os veículos transportando produtos com nº ONU 3077 e/ou ONU 3082, quando fracionados
apenas nos casos em que os carregamentos tenham quantidade bruta de produtos
perigosos superior a 1.000 kg, já no transporte a granel em qualquer situação, deverão
portar nas duas extremidades (frente e traseira) e nos dois lados (ambas as laterais)

Aula 03 – Painel de Segurança e Rótulo de Risco


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Símbolos Especiais
A legislação ainda traz símbolos especiais para determinados tipos de
produtos, respeitando suas características.

Símbolo para o transporte de produtos perigosos em quantidade limitada

Símbolo para o transporte de produtos perigosos em quantidade limitada só deve ser


exigido no transporte terrestre quando houver legislação vigente.

Há ainda outros símbolos descritos na legislação, tais como:

Símbolo para unidades de transporte contendo produtos perigosos


utilizados como refrigerante ou acondicionante; Símbolo para
unidades de transporte sob fumigação; Setas de orientação; Símbolo
“IBC ou embalagem grande capaz de suportar empilhamento”;
Símbolo “IBC ou embalagem grande incapaz de suportar
empilhamento”; Símbolo “Substância biológica categoria B”; Símbolo
“Micro-organismos geneticamente modificados”.

Aula 03 – Painel de Segurança e Rótulo de Risco


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Sistema Globalmente Harmonizado (GHS)


O Sistema Globalmente Harmonizado de
Classificação e Rotulagem de Produtos
Químicos, tem como objetivo assegurar que
os perigos associados aos produtos químicos
sejam fácil e claramente transmitidos aos
trabalhadores e usuários.

Consiste em uma abordagem sistematizada


e de fácil compreensão para classificação de Asfixiantes Irritantes Inflamáveis Oxidantes Explosivas
perigos dos produtos químicos e para
comunicação, por meio de Rótulos e Fichas
de Dados de Segurança.

O objetivo principal do sistema de


classificação e comunicação dos perigos
(hazards) é fornecer informações para
proteção da saúde humana e do meio
ambiente.
Corrosivas Tóxicas Carcinogênicas Danosas ao
Mutagênicas Meio Ambiente
Teratogênicas

Aula 03 – Painel de Segurança e Rótulo de Risco


Transporte e Manuseio
de Produtos Perigosos
Aula 04
Definições de Embalagens
Parte 1
Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Embalagens
Embalagem pode ser definida como sendo o
sistema integrado de materiais e
equipamentos utilizado para levar os bens e
produtos ao cliente, através dos canais de
distribuição e incluindo métodos de uso e
aplicação do produto.

E segundo Moura e Banzato, também pode


ser um elemento ou conjunto de elementos
destinados a ENVOLVER, CONTER E
PROTEGER produtos durante a sua
movimentação, transporte, armazenagem,
comercialização e consumo.

Aula 04 – Definições de Embalagens – Parte 1


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Embalagens
A embalagem das substâncias deve cumprir as seguintes
disposições:

❖ Devem impedir perdas do conteúdo, com exceção dos


dispositivos regulamentares de segurança;

❖ Os materiais de que são constituídos a embalagem e o


fecho não devem ser atacados pelo conteúdo nem ser
susceptíveis de com ele formar combinações nocivas
ou perigosas;

❖ As embalagens e os fechos devem ter solidez e


firmeza.

Nas Instruções Complementares do RTPP embalagem é


definida como um ou mais recipientes e quaisquer
outros componentes ou materiais necessários para
que o recipiente desempenhe sua função de
contenção e outras funções de segurança.

Aula 04 – Definições de Embalagens – Parte 1


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Embalagens
Entre os tipos de embalagens destacamos:

EMBALAGENS SIMPLES EMBALAGENS COMBINADAS EMBALAGENS COMPOSTAS CONTENTORES INTERMEDIÁRIOS


Embalagens constituídas de um Combinação de embalagens para Consistem em uma embalagem PARA GRANÉIS (IBCS)
único recipiente contentor e não fins de transporte, consistindo de externa e em um recipiente Embalagens portáteis rígidas ou
necessitam de uma embalagem uma ou mais embalagens internas interno, construídos de tal modo flexíveis, utilizadas para o
externa para serem transportadas acondicionadas em uma que formem um conjunto único. transporte fracionado.
embalagem externa Uma vez montado, passa a ser
uma unidade integrada, que é
envasada, armazenada,
transportada e esvaziada como tal.

Aula 04 – Definições de Embalagens – Parte 1


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Embalagens

De acordo com a Resolução da ANTT ETANOL (ÁLCOOL ETÍLICO)


5947/21, as embalagens contendo cargas ONU 1170
perigosas deverão estar marcadas: HIDRÓXIDO DE SÓDIO SOLUÇÃO

❖ De modo duradouro, o qual permaneça ONU 1824


por, no mínimo, 3 meses quando imerso
em água.

❖ Deverá estar com o nome técnico correto


(não podem nomes comerciais).

❖ Deverão constar, também, o número 4G/X 50/S/17


BR/9203/CTA–PAA
“UN” correspondente e os caracteres que
retratem a homologação da embalagem
de acordo com o IMDG

Aula 04 – Definições de Embalagens – Parte 1


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Embalagens
É obrigatório conter em uma das superfícies:

5.2.1.1 Nome Apropriado para Embarque


12
5.2.1.1 Número ONU – precedido “UN”/”ONU” HIDRÓXIDO DE SÓDIO Setas de orientação
mm
SOLUÇÃO (Quando aplicável)
Ou
5.2.1.1 Exceto se disposto em contrário neste Regulamento, o nome apropriado para 6 UN / ONU 1824
embarque dos produtos perigosos, determinado de acordo com o item 3.1.2 e o número mm
ONU correspondente, precedido das letras “UN” ou “ONU”, devem ser exibidos em cada
volume. O número ONU e as letras “UN” ou “ONU” devem medir pelo menos 12 mm de
altura, exceto para embalagens com capacidade de 30 L ou menos, ou de 30 kg de Símbolo “EMPILHAMENTO”
massa líquida máxima e para cilindros de 60 L de capacidade em água, nas quais (Quando aplicável)
devem medir pelo menos 6 mm de altura, e para embalagens com capacidade de até 5
L ou 5 kg, nas quais devem ter tamanho apropriado.

5.2.2.1.1 Rótulos de Risco

5.1.1.2.1 Símbolos aplicáveis

6.1.3.1 Marcação (homologação)

6.1.3.1 Toda embalagem destinada a uso, segundo este Regulamento, deve exibir
marcação durável, legível e com dimensões e localização que a tornem facilmente visível.

Aula 04 – Definições de Embalagens – Parte 1


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Embalagens

6 mm
12 mm
12 mm

Apropriada
Dimensão
36 KG 22 KG 5 KG

Em volumes que apresentem massa bruta Em embalagens com capacidade de até 30 L Em embalagens com capacidade de até 5 L
superior a 30 kg, a marcação, ou sua ou 30kg, a altura deve ser de, no mínimo, ou 5kg, as inscrições devem ter dimensões
duplicata, deve ser aplicada no topo ou em 6mm; apropriadas.
um dos lados. Letras, números e símbolos
devem ter altura de, no mínimo, 12 mm;

Aula 04 – Definições de Embalagens – Parte 1


Transporte e Manuseio
de Produtos Perigosos
Aula 05
Definições de Embalagens
Parte 2
Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Quantidades Limitadas

ONU 2819 FOSFATO ÁCIDO DE AMILA QUANT. LTDA 8 III 20 kg


ONU 2819 FOSFATO ÁCIDO DE AMILA QUANT. LTDA 8 III 20 kg OU
OU
QUANTIDADE LIMITADA
QUANTIDADE LIMITADA

Quando forem transportados produtos perigosos em quantidades Quando se tratar de embarque com quantidade limitada por
limitadas, conforme as disposições previstas nos itens 3.4.2 e 3.4.3, veículo, o Documento Fiscal deve informar também, para fins de
deve ser incluída, na descrição dos produtos no Documento Fiscal, isenções previstas no Capítulo 3.4, o peso bruto total do produto
junto ao nome apropriado para embarque, uma das seguintes (soma do peso da embalagem e do peso do produto contido)
expressões “quantidade limitada” ou “QUANT. LTDA”. (Res. ANTT nº expresso em quilograma. (Res. ANTT nº 5947/2021, Instruções
5947/2021 Instruções Complementares item 5.4.1.6.2) Complementares item 5.4.1.6.1);

Aula 05 – Definições de Embalagens – Parte 2


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Embalagens seja de até 1000 kg, observados os itens


5.3.1.1.4 “d” e 5.3.2.1.2 “a” quando a
O transporte de produtos perigosos em quantidade bruta ultrapassar tal valor;
quantidades limitadas por embalagem (Redação alterada pela Resolução ANTT nº
interna, nas condições estabelecidas neste 5947/2021);
Capítulo, ESTÁ DISPENSADO das
seguintes Exigências (Res. ANTT nº e)Limitações quanto a itinerário,
5497/2021 - Instruções Complementares estacionamento e locais de carga e
item 3.4.2.6): descarga;

a) Rótulos(s) de risco(s) afixados no f)Porte da marca ou identificação da


volume; conformidade nas embalagens;

b)Marcação do nome apropriado para g)Símbolo para o transporte de


substâncias perigosas para o meio
embarque no volume; ambiente afixado no veículo ou
equipamento de transporte para
c)Segregação entre produtos perigosos
carregamentos em que a quantidade
num veículo ou contêiner; bruta de produtos perigosos seja de até
1000 kg;
d)Rótulos de risco e painéis de segurança Quando a embalagem externa transportar produtos com
afixados no veículo ou equipamento de h)Porte do símbolo para o transporte de quantidade limitada, deverá apresentar todas as especificações
transporte para carregamentos em que a substâncias perigosas para o meio dispensadas na embalagem com QTDA LTDA.
quantidade bruta de produtos perigosos ambiente no volume.

Aula 05 – Definições de Embalagens – Parte 2


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Amostra Testemunha
Amostras testemunhas devem É proibido o transporte de amostras humano ou animal, ou ainda com
atender às exigências de testemunhas de produtos perigosos embalagens de mercadorias
acondicionamento, identificação e embalados dentro da cabine dos destinadas ao mesmo fim, exceto se
segregação estabelecidas nas veículos, devendo o produto perigoso forem acondicionados em cofres de
Instruções Complementares a este ser acondicionado em compartimento carga. (Resolução ANTT nº 5947/2021,
Regulamento. (Resolução ANTT nº próprio localizado separado da cabine Instruções Complementares item
5947/2021 - Art. 19). do veículo e deve estar devidamente 5.4.1.6.5.2).
embalado com identificação exigidas
ao produto, além de estar estivado
para evitar qualquer tipo de
vazamento. Nesse compartimento é
proibido o transporte do produto
perigoso juntamente com
alimentos, medicamentos, ou
quaisquer objetos destinados ao uso
e/ou consumo

ONU 3102 PERÓXIDO ORGÂNICO, TIPO F, SÓLIDO AMOSTRA 5.2

Aula 05 – Definições de Embalagens – Parte 2


Transporte e Manuseio
de Produtos Perigosos
Aula 06
Definições de Embalagens
Parte 3
Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Sobreembalagem

Toda sobreembalagem deve ser marcada com a palavra Se caso a embalagem não aparecer a identificação ou ao colocar o
“SOBREEMBALAGEM”, com o nome apropriado para embarque e o stretch não mostrar a identificação de qualquer embalagem é
número ONU, conforme exigido para os volumes no Capítulo 5.2, para obrigatório as informações das identificações dessas embalagens,
cada produto perigoso contido na sobreembalagem, a menos que a independentemente da quantidade de produtos. (Resolução ANTT nº
marcação e rótulos representativos de todos os produtos perigosos 5947/2021 Instruções Complementares item 5.1.2.1). No caso de
contidos na sobreembalagem estejam visíveis, exceto conforme produtos perigosos importados ou exportados, as palavras
exigido no item 5.2.2.1.12. As letras da palavra SOBREEMBALAGEM “OVERPACK” ou “SOBREEMBALAJE” serão aceitas em substituição à
devem ter, no mínimo, 12 mm de altura. palavra “SOBREEMBALAGEM”.

Aula 06 – Definições de Embalagens – Parte 3


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Marcação (Homologação)

Toda embalagem destinada a uso, segundo este


Regulamento, deve exibir marcação durável, legível e com
dimensões e localização que a tornem facilmente visível.
(Resolução ANTT nº 5947/2021, Instruções Complementares
item 6.1.3.1).
A marcação deve conter:

a) Símbolo das Nações Unidas para


embalagens;

b) O código que designa o tipo de


embalagem, de acordo com o item 6.1.2; 1A1

Aula 06 – Definições de Embalagens – Parte 3


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Marcação (Homologação)
c) Um código em duas partes: Y1,4 Se não marcar a densidade equivale a 1,2 ou Para embalagens dos tipos 1H e 3H, é
a massa bruta máxima, em quilogramas, exigida, também, a indicação do mês de
(I) uma letra indicando o(s) grupo(s) de
para embalagens destinadas a conter sólidos fabricação, a qual pode ser colocada em
embalagem para o(s) qual(quais) o projeto-
ou para embalagens internas; local distinto das demais.
tipo foi homologado:
Y145 (145 = 145 Kg)
X - para os Grupos de Embalagem I, II e III;
d) Uma das seguintes informações (pressão
Y - para os Grupos de Embalagem II e III;
hidráulica); 150 (S)
Z - só para o Grupo de Embalagem III
d) A letra “S”, indicando que a embalagem se OBRIGATÓRIO EM
(II) a densidade relativa, arredondada para a destina a conter sólidos ou embalagens EMBALAGEM
primeira decimal inferior, para a qual o internas; ou a pressão hidráulica de ensaio DE PLÁSTICO
projeto-tipo foi ensaiado, no caso de que a embalagem tenha demonstrado
embalagens destinadas a líquidos que suportar, em kPa (bar), arredondada para o
dispensem embalagens internas (informação múltiplo de 10 kPa (0,1bar) mais próximo,
que pode ser dispensada, se a densidade para embalagens destinadas a conter
relativa não exceder 1,2); Tambor é de 200 L, líquidos (exceto embalagens combinadas);
para transportar sólidos everá (multiplicar a
e) Os últimos dois dígitos do ano de
total de litros com a densidade para saber
fabricação da embalagem; 98
quantos se pode transportar sólido (exemplo:
200 X 1,4 = 280 kg)

Aula 06 – Definições de Embalagens – Parte 3


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Grupos de Embalagens
Para fins de embalagem, as substâncias que não
pertencerem às Classes 1, 2 e 7, às Subclasses 5.2 e
6.2 e não forem substâncias autorreagentes da
Subclasse 4.1 devem ser alocadas a um dos três
Grupos de Embalagem, de acordo com o nível de
risco que apresentem (Resolução ANTT nº
5947/2021, Instruções Complementares item
2.0.1.3):

❖ Grupo de Embalagem I – Substâncias que


apresentam alto risco.

❖ Grupo de Embalagem II – Substâncias que


apresentam médio risco.

❖ Grupo de Embalagem III – Substâncias que


apresentam baixo risco.

Aula 06 – Definições de Embalagens – Parte 3


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Exemplos de Marcações

Caixas de Papelão IBC


4G: Tipo da embalagem; 31H1: o código designativo do tipo do IBC
X: Grupo de Embalagem; Y: Grupo de Embalagem
50: Peso bruto máximo; 04 99: o mês e o ano (os dois últimos dígitos) da fabricação
S: Sólido ou combinado; GB: caracteres que identificam o país que autoriza a inserção da marca:
17: Ano de fabricação; 9099: o nome ou símbolo do fabricante e outra identificação do IBC;
BR: País que produziu a embalagem 10800: a carga do ensaio de empilhamento, em kg
9203: Número de registro da aero nave, no caso, que vai transportar a 1200: a massa bruta máxima admissível em quilogramas
embalagem;
CTA-PAA: Quem certificou a embalagem aérea.

Aula 06 – Definições de Embalagens – Parte 3


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Outras Marcações/Homologãções
Embalagens (incluindo IBCs e embalagens grandes) que
contenham produtos perigosos importados, homologadas no
exterior, atendendo às exigências estabelecidas no Código
IMDG da Organização Marítima Internacional (OMI) ou nas
Instruções Técnicas da Organização da Aviação Civil
Internacional (OACI), ou às exigências baseadas nas
Recomendações para o Transporte de Produtos Perigosos
das Nações Unidas, com a marcação legível, podem ser 4G/X 50/S/17
reutilizadas para o envase de produtos ou resíduos BR/9203/CTA–PAA
classificados como perigosos para transporte desde que
esteja livre de defeitos, garantindo a estanqueidade e
compatibilidade do produto original com o novo produto ou 4G: Tipo da embalagem
resíduo a ser transportado, e também compatibilidade entre X: Grupo de Embalagem
a embalagem e o mesmo, observados o item 4.1.1.9 e as 50: Peso bruto máximo
inspeções periódicas aplicáveis estabelecidas no presente S: Sólido ou combinado
Regulamento. (Resolução ANTT nº 5947/2021, Instruções 17: Ano de fabricação;
Complementares item 4.1.1.9.1.1). BR: País que produziu a embalagem
9203: Número de registro da aero nave, no caso, que vai transportar a embalagem
CTA-PAA: Quem certificou a embalagem aérea.

Aula 06 – Definições de Embalagens – Parte 3


Transporte e Manuseio
de Produtos Perigosos
Aula 07
Crimes Ambientais, Toxicologia e
Avaliação de Riscos
Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

O que é Meio Ambiente!


A lei 6938 de 1981, define Meio Ambiente como o conjunto
de condições, leis, influências e interações de ordem
física, química e biológica, que permite, abriga e rege a
vida em todas as suas formas.

E dentro desta premissa, o Dano Ambiental é definido


como um prejuízo ocasionado a todos os recursos
ambientais indispensáveis a garantia de um meio
ecologicamente equilibrado, o que gera a degradação, e
o consequente, desequilíbrio ecológico.

A lei no 6.938, instituiu o princípio segundo o qual os


responsáveis por danos causados ao meio ambiente
devem ser responsabilizados e obrigados a reparar o
estrago.

Não importa que não tenha havido intenção de dano, ou


simplesmente “sem querer”.

A esta responsabilidade, que independe da vontade do


causador, mas que se prende aos efeitos de seus atos, se
chama responsabilidade objetiva.

Aula 07 – Crimes Ambientais, Toxicologia e Avaliação de Riscos


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Política Nacional do Meio Ambiente!


Lei nº 6.938/1981

Objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente


Art. 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará:

I - à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com


a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio
ecológico;

VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com


vistas à sua utilização racional e disponibilidade permanente,
concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício
à vida;

VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de


recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da
contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins
econômicos.

Aula 07 – Crimes Ambientais, Toxicologia e Avaliação de Riscos


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Reparação do Dano
A Reparação de Dano tem como objetivo evitar ou, pelo
menos, retardar efeitos maiores de degradação ambiental. E
esta reparação pode ser:

RECUPERAÇÃO IN NATURA
Trata-se da atividade voltada justamente para reabilitação dos
bens naturais da área que foi originariamente degradada. A
isso dá-se o nome de recuperação in situ (no local). É a forma
ideal e completa de reparação.

COMPENSAÇÃO ECOLÓGICA
A compensação ecológica tem por objetivo a reconstituição da
integridade e funcionalidade do meio ambiente, mas como
um efeito ecológico equivalente, através de recuperação de
área distinta daquela degradada. Nesse caso, não se fala em
reabilitação, mas em substituição dos bens naturais afetados.

COMPENSAÇÃO ECONÔMICA
Em caráter residual, a indenização pecuniária será a última
hipótese para reparação do dano ambiental

Aula 07 – Crimes Ambientais, Toxicologia e Avaliação de Riscos


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Lei de Crimes Ambientais


Lei nº 9.605/1998

Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou
possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a
mortandade de animais ou a destruição significativa da flora:

Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar,


fornecer, TRANSPORTAR, ARMAZENAR, GUARDAR, TER EM DEPÓSITO ou usar
produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio
ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos seus
regulamentos:

§ 1o Nas mesmas penas incorre quem:

I - abandona os produtos e substâncias ou os UTILIZA EM DESACORDO COM


AS NORMAS AMBIENTAIS OU DE SEGURANÇA;

II - manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta, reutiliza, recicla ou dá


destinação final a resíduos perigosos de forma diversa da estabelecida em lei
ou regulamento.

§ 2º Se o produto ou a substância for nuclear ou radioativa, a pena é


aumentada de um sexto a um terço.

§ 3º Se o crime é culposo

Aula 07 – Crimes Ambientais, Toxicologia e Avaliação de Riscos


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Toxicologia
A toxicologia analisa os efeitos das diversas substâncias químicas sobre os
organismos vivos, seja humano, animal ou ambiente, observando seus danos e
benefícios a curto e longo prazo.

O seu objetivo principal é evitar que efeitos nocivos das sustâncias que utilizamos
possam afetar a nossa saúde ou o nosso ecossistema.

O grande desafio da toxicologia é estabelecer o uso seguro das substâncias


químicas. Fatores como quantidade, duração da exposição e suscetibilidade
influenciam nas consequências.

No transporte de produtos perigosos o profissional pode ficar exposto


indiretamente a um incontável número de substâncias, tanto boas como ruins para
o organismo. Algumas como praguicidas, fármacos, contaminantes ambientais e
aditivos de alimentos podem ser potencialmente tóxicos.

Se faz mister ao profissional a utilização de todos os EPIs obrigatórios para o


produto manipulado. Conhecer as características de cada produto é a diferença
entre a saúde e a contaminação do profissional.

Aula 07 – Crimes Ambientais, Toxicologia e Avaliação de Riscos


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Avaliação de Riscos

A Avaliação de Risco consiste na caracterização científica e sistemática do


potencial dos efeitos adversos para a saúde resultantes da exposição do
homem a agentes perigosos ou situações.

Na mensuração das causas de acidentes é verificado:

Ato Inseguro – não cumprimento das normas de segurança durante o


trabalho. Os acidentes ocorrem por imperícia, negligência e por imprudência
dos profissionais. Ex: O não uso de EPI, cabelos soltos, fumo no laboratório etc

Condição Insegura – deficiência ou irregularidade técnica existente no local de


trabalho. Ex: armazenamento incorreto, falta de ordem, pisos irregular, e etc

Aula 07 – Crimes Ambientais, Toxicologia e Avaliação de Riscos


Transporte e Manuseio
de Produtos Perigosos
Aula 08
Primeiros Socorros
Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Definição de Primeiros Socorros


Primeiros socorros são os procedimentos adotados, antes
da chegada do médico, de profissional qualificado da
área de saúde ou da ambulância, quando uma pessoa é
vítima de qualquer acidente ou mal súbito.

Anualmente, milhares de pessoas se acidentam nas ruas,


rodovias ou em casa. Geralmente, são quedas,
queimaduras, envenenamentos, cortes, choques,
exigindo, na maioria das vezes, socorro imediato.

O socorro à vítima consiste sempre em:

❖ 1 - Reconhecer que se trata de urgência;


❖ 2 - Chamar o serviço médico;

❖ 3 - Atuar conforme o seu conhecimento;

❖ 4 - Assistir a vítima até que chegue o socorro médico.

Aula 08 – Primeiros Socorros


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Queimaduras por Produtos Químicos


As queimaduras por produtos químicos são sempre graves, saiba
como proceder:

❖ Coloque, imediatamente, a pessoa vestida debaixo de um


chuveiro, com a água fria, retirando a roupa em seguida;
❖ Lave complemente a parte atingida, usando grande
quantidade de água corrente;

❖ Aplique uma atadura esterilizada sobre a região afetada e


conduza a vítima imediatamente ao pronto socorro.

Atenção: Não use outros produtos para tentar neutralizar o


agente causador da queimadura. Isso pode agravar ainda mais as
lesões.

Sempre que possível leve a embalagem, ou rótulo e/ou


FISPQ/MSDS.

Cuidado para não queimar suas mãos.

Aula 08 – Primeiros Socorros


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Intoxicações: Ingestão
Toxinas são substâncias que, se introduzidas no corpo em quantidade
suficiente, podem causar danos temporários ou permanentes.
❖ Não provoque o vômito se a vítima estiver inconsciente;

❖ Se a vítima começar a vomitar, coloque-a deitada de lado, no chão;

❖ Não dê nada para a vítima beber;

❖ Se os lábios ou a boca estiverem queimados, resfrie-os com água


ou leite frio;

❖ Mantenha-se atento com a respiração da vítima;

❖ Aguarde orientação médica. Ao conduzir a vítima ao hospital, não


se esqueça de levar a embalagem do produto ingerido;
Atenção: Em caso de ação de produtos químicos na pele, lave todo o
resíduo com muita água.

Se chamar o médico ou levar a vítima a um serviço médico, informe o


produto químico que causou a lesão.

Sempre que possível leve a embalagem, ou rótulo e/ou FISPQ/MSDS

Aula 08 – Primeiros Socorros


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Intoxicações: Inalação Intoxicações: Absorção Dérmica


A causa mais comum é a aspiração de vapores químicos. A causa mais comum é a queimadura química.

Como proceder? Como proceder?

❖ Remova imediatamente a vítima do local. Coloque-a ao ar livre; ❖ Retire as roupas contaminadas

❖ Chame com urgência um serviço médico; ❖ Lave a área afetada com água em abundância e sabonete (15
minutos)
❖ Fique atento à respiração da vítima.
❖ Não utilize pomadas / gel sem orientação médica
Sempre que possível leve a embalagem, ou rótulo e/ou FISPQ/MSDS
❖ Nunca neutralizar a substância química sobre a pele.

Sempre que possível leve a embalagem, ou rótulo e/ou FISPQ/MSDS

Aula 08 – Primeiros Socorros


Transporte e Manuseio
de Produtos Perigosos
Aula 09
EPI, Conjunto para Situações de Emergência
e Manuseio de Produtos Perigosos
Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Equipamentos de Proteção Individual


Para o devido manuseio dos produtos químicos nas suas
embalagens o colaborador deverá verificar quais as
especificações de cada produtos e EPI obrigatório para tais
procedimentos, conforme NR 6 do agora Secretaria do
Trabalho do Ministério da Economia.

Os Equipamento de Proteção Individual (EPI) estão


subdivididos em 11 grupos, cuja eficiência está ligada às
características de cada produto perigoso, conforme determina
a NBR 9735 da ABNT – Associação Brasileira de Normas
Técnicas.

ATENÇÃO

Será exigido individualmente a cada tripulante do


transporte, um conjunto de EPI específico para o
produto transportado bem como o traje mínimo
obrigatório (a quantidade de EPIs deve ser igual
ao número de tripulantes no veículo).

Aula 09 – EPI, Kit de Emergência e Manuseio de PP


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Equipamentos de Proteção Individual


Os veículos utilizados no transporte de produtos perigosos devem portar
conjunto mínimo de Equipamentos de Proteção Individual - EPIs para seus
condutores e auxiliares, conforme o tipo de produto transportado e de
acordo com as Instruções Complementares a este Regulamento. (Resolução
ANTT nº 5947/2021 - art. 9º). O conjunto de EPIs deve estar agrupado e
localizado na cabine do veículo.

Cabe ao expedidor fornecer o conjunto de equipamentos de proteção


individual e o conjunto para situação de emergência adequados, conforme
estabelecidos nesta Norma, em condições de uso e funcionamento,
juntamente com as devidas instruções para sua utilização, caso o
transportador não os possua (ABNT NBR 9735).

NOTA: Condições de uso não implicam necessariamente em equipamentos


novos e sem uso.

Durante o transporte, o condutor do veículo e os auxiliares devem usar


calça comprida, camisa ou camiseta, com mangas curtas ou compridas,
e calçados fechados.
(Resolução ANTT nº 5947/2021 art. 22).

Aula 09 – EPI, Kit de Emergência e Manuseio de PP


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Conjunto para Situações de Emergência


Segundo o artigo 8º da Res 5947/2021 da ANTT (RTPP) os veículos utilizados no
transporte de produtos perigosos devem portar conjunto de equipamentos para
situações de emergência, adequado ao tipo de produto transportado e
devidamente localizado, conforme Instruções Complementares a este
Regulamento.

O Conjunto para Situações de Emergência está listado na NBR 9735 da ABNT.


Os equipamentos do conjunto para situações de emergência devem estar em
qualquer local no veículo fora do compartimento de carga, podendo estar
lacrados e/ou acondicionados em locais com chave, cadeado ou outro
dispositivo de trava, a fim de evitar roubo ou furto dos equipamentos de
emergência, com exceção dos extintores de incêndio.

Somente em veículos com peso bruto total até 3,5 t, o conjunto para
situações de emergência pode ser colocado no compartimento de carga,
desde que esteja localizado próximo a uma das portas ou tampa, não
podendo ser obstruído pela carga.
(ABNT NBR 9735)

Aula 09 – EPI, Kit de Emergência e Manuseio de PP


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Conjunto para Situações de Emergência


Lista de Equipamentos

Jogo de Cones para


Calços Ferramentas Sinalização Extintores de
Incêndio
Calços, com dimensões Jogo de ferramentas adequado Quatro cones para
mínimas de 150 mm x 200 para reparos em situações de sinalização da via, que Extintor(es) de incêndio para
mm x 150 mm. No caso de emergência durante a viagem, atendam às especificações a carga.
produtos cujo risco principal contendo no mínimo um alicate da ABNT NBR 15071
ou subsidiário seja universal; uma chave de fenda (flexibilidade, durabilidade,
inflamável, os calços devem ou chave Philips (conforme a aparência, forma e
ser de material antifaiscante. necessidade); uma chave dimensões)
apropriada para a desconexão
do cabo da bateria.

Aula 09 – EPI, Kit de Emergência e Manuseio de PP


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Manuseio de Produtos Perigosos


Todo pessoal envolvido no transporte, manuseio e movimentação de produtos
perigosos deve ser devidamente treinado. E além do treinamento, deve seguir as
seguintes recomendações:

❖ Manter os uniformes sempre limpos e conservados;


❖ Manter os Equipamentos de Proteção Individual sempre limpos e conservados;
❖ Antes de manusear ou movimentar o qualquer produto perigoso, verificar as
recomendações descritas na Ficha de Informações de Segurança do Produto
Químico;
❖ Utilizar os Equipamentos de Proteção Individual EPI e/ou EPCs conforme
recomendado na FISPQ;
❖ O manuseio e movimentação de qualquer produto deve ser realizado com
cuidado e atenção;
❖ Os equipamentos utilizados para movimentação da carga, devem estar em
perfeitas condições de uso;
❖ Lavar bem as mãos com água e sabão antes de comer, beber ou fumar.
❖ Tenha a responsabilidade básica de planejar e executar os procedimentos;
❖ A exposição aos produtos químicos deve ser mínima;
❖ NÃO descarte no lixo comum, materiais contaminados com produtos perigosos;
❖ Interrompa, imediatamente, o trabalho em caso de sintomas de náuseas,
vômitos, dores de cabeça etc.

Aula 09 – EPI, Kit de Emergência e Manuseio de PP


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Armazenagem de Produtos Perigosos


Para armazenamento seguro de produtos químicos é imprescindível
conhecer todas as suas informações (FISPQ/MSDS/FDSR).
Necessário considerar 3 princípios fundamentais:
VENTILAÇÃO
ABRIGO DE PRODUTOS ❖ Atenção redobrada ao armazenar produtos químicos;
QUÍMICOS ❖ Segregação de acordo com a incompatibilidade química;
❖ Isolamento/confinamento de alguns produtos químicos.

Armazenagem durante o transporte

Para transportar um produto perigoso é preciso, primeiramente, que


o caminhão esteja em dia com suas revisões e manutenções. Além
disso, assim como a embalagem, ele precisa ser compatível com as
características do produto transportado, ou seja, cada tipo de
material perigoso necessita de um modelo específico de veículo.
PISO CONVERGENTE Outro ponto importante é a etiquetagem (simbologia). O veículo seja
EXTINTOR
PARA CANALETA devidamente identificado como destinado ao transporte de cargas
CO2 E PQS
perigosas, assim como é obrigatório que ele traga de forma clara a
indicação do material carregado. Isso é feito por meio de painéis de
segurança/rótulo de risco anexados à parte externa do veículo.

Aula 09 – EPI, Kit de Emergência e Manuseio de PP


Transporte e Manuseio
de Produtos Perigosos
Aula 10
Prevenção e Combate a Incêndios
com Produtos Perigosos
Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Prevenção contra Incêndios


Segundo a NR nº 23 do Ministério do Trabalho, todos os
empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios,
em conformidade com a legislação estadual e as normas técnicas
aplicáveis.

O empregador deve providenciar para todos os trabalhadores


informações sobre:

a) utilização dos equipamentos de combate ao incêndio;


b) procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com
segurança;
c) dispositivos de alarme existentes.

Aula 10 – Prevenção e Combate a Incêndios


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Efeitos do Calor O calor é a causa direta da queima e de outras formas de


danos pessoais. Danos causados pelo calor incluem
Um incêndio se caracteriza pelo aumento excessivo de calor. E o
desidratação, insolação, fadiga e problemas para o aparelho
calor causa os seguintes efeitos:
respiratório, além de queimaduras, que nos casos mais
graves (3º graus) podem levar até a morte.

Eleva a temperatura Muda o estado químico da matéria

Aumenta o volume Muda o estado físico da


matéria

TEMPERATURA VOLUME INCÊNDIO ESTADO FÍSICO ESTADO QUÍMICO

Aula 10 – Prevenção e Combate a Incêndios


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Reação de Combustão
Para que uma reação de combustão e um incêndio ocorram,
são necessários três fatores:

Combustível Comburente Reação em Cadeia


O combustível é qualquer material que O comburente é o gás oxigênio (O2), que O calor fornece a energia necessária para
possa ser oxidado. Eles podem ser sólidos entra em contato com o combustível e que a reação continue. A combustão se
(papeis, madeira, algodão), líquidos (álcool, reage. Ele é indispensável para que a inicia, liberando calor que fornece a
gasolina, éter, óleo combustível) ou combustão ocorra. energia mínima necessária para que a
gasosos (gás hidrogênio, acetileno, GLP reação em cadeia continue.
(Gás Liquefeito de Petróleo)).

Aula 10 – Prevenção e Combate a Incêndios


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Extinção de Fogo
Os três métodos de extinção de fogo são: Retirada do
material combustível (RMC); Resfriamento e, abafamento.

ABAFAMENTO
Consiste em diminuir ou impedir o contato
do oxigênio com o material combustível.
Não havendo comburente, não haverá
RESFRIAMENTO fogo. Como exceção estão os materiais que
RETIRADA DO MATERIAL COMBUSTÍVEL Consiste em diminuir a temperatura do tem oxigênio em sua composição e
(RMC) material combustível que está queimando, queimam sem necessidade do oxigênio do
É a forma mais simples de se extinguir um diminuindo, consequentemente, a ar, como os peróxidos orgânicos e o fósforo
incêndio. Baseia-se na retirada do material liberação de gases ou vapores inflamáveis. branco. Com a diminuição do oxigênio a
combustível, ainda não atingido, da área A agua é o agente extintor mais usado, por combustão fica mais lenta, até a
da propagação do fogo, interrompendo a ter grande capacidade de absorver calor e concentração de oxigênio chegar próximo
alimentação da combustão. ser facilmente encontrada na natureza. de 8%, onde não haverá mais combustão.

Aula 10 – Prevenção e Combate a Incêndios


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Classes de Incêndios
A classificação dos incêndios segue 05 tipos (classes) distintos e uma classe especial:

CLASSE A CLASSE B CLASSE C CLASSE D CLASSE E CLASSE K


SÓLIDOS COMUNS LÍQUIDOS E GASES ENERGIA ELÉTRICA METAIS PIROFÓRICOS RADIOATIVOS ÓLEOS COMERCIAIS

Abrange em geral todos Abrange todos materiais É caracterizada pela Ocorre em metais Considera-se incêndio de Quando um incêndio é
os combustíveis sólidos combustíveis líquidos e os presença de energia pirofóricos (metais que na classe “E” aqueles que iniciado a partir de
comuns, que ao se gases inflamáveis. elétrica e oferece grande sua composição molecular acontecem em locais onde substâncias como óleos
queimarem na superfície Queimam somente na risco, quando de sua já existe a presença de existam materiais de cozinha comerciais as
e profundidade deixam superfície e não deixam extinção, cujo oxigênio, dependendo radioativos (césio, urânio chamas são classificadas
resíduos ao final do resíduos. procedimento deverá ser apenas de temperatura enriquecido, etc.) como Classe K.
processo de queima. Exemplos: gasolina, diesel, feito somente com agentes para que haja fogo) e tais como indústrias,
Exemplos: madeira, papel, graxa, álcool, querosene, extintores não condutores necessitam de agentes hospitais, centros
tecidos, espuma, óleo mineral e lubrificante, de eletricidade. Exemplos: extintores especiais na radiológicos, etc.
borracha, etc . gás liquefeito de petróleo painéis elétricos, extinção. Exemplos:
(GLP), acetileno, gás computadores, televisores, magnésio, alumínio em pó
natural, etc. geradores, etc. (Al), zinco (Zn), zircônio (Zr),
sódio (Na), potássio (K), etc.)

Aula 10 – Prevenção e Combate a Incêndios


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Prevenção e Combate a Incêndios


Prevenção e Combate a Incêndio é o termo utilizado para se referir as
medidas de segurança preventiva, utilizadas para evitar atos e
condições inseguras, com potencial de gerar incêndio. Assim como,
as medidas de enfrentamento e contenção do incêndio a serem
adotadas, caso as medidas preventivas não tenham sido suficientes
para evitar o inicio do sinistro.

A implantação da prevenção de incêndio se faz por meio das


atividades que visam a evitar o surgimento do sinistro, possibilitar
sua extinção e reduzir seus efeitos antes da chegada do Corpo de
Bombeiros.

O termo “prevenção de incêndio” expressa tanto a educação da


população como a correta instalação de medidas de proteção contra
incêndio em uma edificação, seguindo os princípios da segurança
contra incêndio.

O “combate a Incêndio” expressas as ações empregadas para


enfrentar, conter e extinguir um incêndio, preferencialmente no seu
inicio.

Aula 10 – Prevenção e Combate a Incêndios


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Prevenção e Combate a Incêndios

Todo cidadão deve se preocupar com medidas que possam prevenir


incêndios e/ou facilitar seu combate, na empresa onde trabalha e
também em sua residência.
Existe um conhecido jargão que diz:

“O incêndio só acontece onde a prevenção falha”.

Dentre essas medidas pode-se citar as condições de segurança dos


estoques, os cuidados no armazenamento nos materiais
combustíveis e inflamáveis, a manutenção periódica nas redes e
equipamentos elétricos, manutenção constante nos extintores
portáteis, sobre rodas e nos sistemas fixos de combate a incêndios.

Aula 10 – Prevenção e Combate a Incêndios


Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Métodos de Extinção
ISOLAMENTO RESFRIAMENTO ABAFAMENTO EXTINÇÃO QUÍMCA

É a forma mais simples de se Consiste no controle do calor, isto é, Consiste em evitar que o comburente Consiste na interrupção da reação em
extinguir um incêndio, pois se baseia na diminuição da temperatura até o (oxigênio) contido no ar se misture cadeia através de substâncias cujas
na retirada do material combustível, ponto em que o material não mais com os gases emanados do moléculas se desassociam pela ação
ainda não atingido, diminuição ou queime ou emita gases inflamáveis. combustível, tornando-o um produto do calor e se unem com mistura
interrupção da área da propagação do Utiliza-se principalmente nos inflamável. Utiliza-se principalmente inflamável (gás ou vapor mais
fogo, interrompendo a alimentação incêndios de Classe A em incêndios de Classe B e C. comburente),
da combustão. formando outra mistura não
inflamável.

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Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Agentes Extintores
Entende-se por agentes extintores todas as
substâncias (sólidas, líquidas ou gasosas) que
possam ser utilizadas na extinção de um incêndio
abafando, resfriando ou interferindo na reação
em cadeia.

É importante saber que estes agentes podem se


encontrar nos estados sólidos, líquidos e gasosos.

Os agentes extintores mais conhecidos são:

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Agentes Extintores - Classes de Incêndios


ÁGUA ESPUMA MECÂNICA PÓ QUÍMICO SECO ABC CARBÔNICO FE 36
(CLASSE A) (CLASSE B) PQS (CLASSES B C) (CLASSES A B C) (CO2) (CLASSES B C)

É a substância mais encontrada Constitui-se num aglomerado No Brasil o Pó Químico Seco São extintores de uso múltiplo Dióxido de carbono. Mais Destinado os princípios de
na natureza. Age de bolhas de ar, formadas de mais utilizado é à base de para as classes A, B e C. pesado que ar. Em temperatura incêndio de classes B e C
principalmente por películas de água. Para sua bicarbonato de sódio, finamente Constituem-se de Monofosfato e pressão normais é principalmente, por não ser
resfriamento, ou seja, absorve o formação é necessário um pulverizado e especialmente de Amônia siliconizado como considerado inerte, sem cor, condutor de eletricidade e não
calor, podendo também agir agente espumante chamado tratado, para se tornar repelente agente extintor. Isolam sem cheiro e não conduz danifica equipamentos
por abafamento de acordo com LGE - Líquido Gerador de à água, perdendo dessa quimicamente os materiais eletricidade. Comprimido a eletrônicos sensíveis.
a maneira que for empregada Espuma (geralmente usa-se o maneira sua higroscopicidade combustíveis de classe A e se cerca de 60 kgf/cm2 (850 PSI),
(chuveiro ou neblina aplicados AFFF) que ao sofrer um (perda de umidade). Quando derretem e aderem à superfície se liquefaz, sendo armazenado
através de equipamento batimento juntamente com a expelido para fora do recipiente do material em combustão. em cilindros. Não é um gás
apropriado). Na forma de jato água, torna a água mais leve, no qual foi pressurizado e/ou Atuam abafando e venenoso, mas, dependendo da
sólido, resfria; na forma de gaseificando-a, permitindo-lhe por pressão injetada, forma uma interrompendo a reação em quantidade expelida, torna-se
chuveiro, resfria e abafa; na flutuar sobre os líquidos nuvem de pó e forma bolhas de cadeia de incêndios sufocante. Age por abafamento
forma de neblina, age por inflamáveis mais leves que a CO2 que eliminará o oxigênio, de classe B. Não são condutores e resfriamento por suas
abafamento. água. agindo dessa forma por de eletricidade. características de baixa
abafamento. temperatura.

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Agentes Extintores no Transporte de Químicos


Conforme a NBR ABNT 9735, qualquer veículo ou combinação de veículos utilizados no Classe 2.3
transporte rodoviário, quando carregado com produtos perigosos, ou ainda vazio e contaminado, Transporte a Granel
deve portar extintores de incêndio portáteis que atendam à ABNT NBR 15808 e com capacidade 1 Extintor de pó (4 A:30-B:C ou 3D-B:C) ou 1 extintor de CO2 5-B:C ou 1 extintor
suficiente para combater princípio de incêndio em: de água 2-A.
a) motor ou qualquer outra parte do veículo, ou combinação de veículos, conforme previsto na Transporte Fracionado
legislação de trânsito; Mais que 1 ton de carga – 1 Extintor de pó (4 A:30-B:C ou 3D-B:C) ou 1 extintor de
b) Carga (de acordo com a Classe ou SubClasse). CO2 5-B:C ou 1 extintor de água 2-A , até 1 ton de carga – 1 extintor de pó (2 A:20-
B:C ou 20-B:C) ou extintor de CO2 5-B:C.
Exemplo:
Classe 2.1 No caso específico de combinação de veículos do tipo bitrem, bitrenzão ou
Transporte a Granel rodotrem, e ainda caminhão com reboque (Romeu e Julieta), o caminhão e
2 Extintores de pó (4 A:30-B:C ou 3D-B:C) cada semirreboque ou reboque desta combinação deve atender às exigências
Transporte Fracionado de extintores de incêndio para a carga.
Mais que 1 ton de carga – 2 extintores de pó (4 A:30-B:C ou 3D-B:C), até 1 ton de carga – 2
extintores de pó (2 A:20-B:C ou 20-B:C)

Classe 2.2
Transporte a Granel
1 Extintor de pó (4 A:30-B:C ou 3D-B:C) ou 1 extintor de CO2 5-B:C ou 1 extintor de água 2-A.
Transporte Fracionado
Mais que 1 ton de carga – 1 Extintor de pó (4 A:30-B:C ou 3D-B:C) ou 1 extintor de CO2 5-B:C ou 1
extintor de água 2-A , até 1 ton de carga – 1 extintor de pó (2 A:20-B:C ou 20-B:C) ou extintor de
CO2 5-B:C.

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Agentes Extintores no Transporte de Químicos


Os agentes de extinção (ver Tabela 2) não podem liberar gases tóxicos na cabina de
condução, nem sob influência do calor de um incêndio. Além disso, os extintores
destinados a combater fogo no motor, se utilizados em incêndio da carga, não podem
agravá-lo. Da mesma forma, os extintores destinados a combater incêndio da carga não
podem agravar o incêndio do motor.

O extintor de incêndio não pode ser utilizado na inertização de atmosferas


inflamáveis e explosivas, pois gera eletricidade estática.

Deve estar em local de fácil acesso aos ocupantes do veículo ou combinação de


veículos. Não pode ser instalado dentro do compartimento de carga. Somente em
veículos com peso bruto total até 3,5 t, o extintor pode ser colocado no compartimento
de carga, desde que esteja localizado próximo a uma das portas ou tampa, não
podendo ser obstruído pela carga.

Os extintores devem atender à legislação vigente e estar com identificação legível e a


certificação do Inmetro legalizada no órgão.

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Dispositivos de Fixação – Transporte Químico


Os dispositivos de fixação do extintor devem possuir mecanismos de liberação que
exijam movimentos manuais mínimos. Não podem possuir mecanismos que impeçam
a sua liberação imediata, como chaves, cadeados ou ferramentas.
A cada viagem devem ser verificados o estado de conservação do extintor, a pressão de
operação e a sua carga, considerando que o indicador de pressão não pode estar na
faixa vermelha.
No transporte a granel, os extintores não podem estar junto às válvulas de
carregamento e/ou descarregamento.
Para produtos perigosos inflamáveis ou produtos com risco subsidiário de
inflamabilidade, os extintores devem estar localizados um do lado esquerdo e outro
do lado direito do veículo e, no caso de combinação de veículos, cada semirreboque
ou reboque deve ter os extintores localizados um do lado esquerdo e o outro do
lado direito.
No caso de reboque ou semirreboque, carregado ou contaminado com produto
perigoso e desatrelado do caminhão-trator, pelo menos um extintor de incêndio
deve estar no reboque ou semirreboque.
No conjunto formado por caminhão-trator e semirreboque, os extintores podem
estar localizados tanto em um como em outro.
No caminhão-trator, os dispositivos de fixação do extintor devem situar-se na parte
externa traseira, atrás da cabina do veículo.

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Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Agentes Extintores no Transporte de Químicos


No transporte de carga fracionada, o dispositivo de fixação do extintor deve situar-se
em local de fácil acesso, obedecendo-se aos demais critérios estabelecidos nesta
Norma.

Nos casos de tanques ou vasos de pressão utilizados no transporte a granel de produtos


perigosos, os dispositivos de fixação podem ser colocados diretamente no tanque ou no
vaso de pressão, desde que sejam providos de empalme. A capacidade do agente
extintor, por extintor de incêndio, deve obedecer ao descrito na Tabela 2 da NBR 9735.

Não utilizar agente extintor do tipo água para os produtos perigosos da subclasse de
risco 4.3, para os produtos perigosos cujo número de risco indique que o produto reage
com água, principalmente que seja precedido da letra “X”, bem como para metais
fundidos em altas temperaturas.

No caso de carregamento de dois ou mais produtos perigosos diferentes, que exijam


extintores diferentes, deve prevalecer a compatibilidade química entre os agentes
extintores e os produtos perigosos, conforme as Normas Brasileiras específicas.

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Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Procedimentos em caso de Incêndio


Em casos de incêndios, siga a seguintes orientações:

❖ Mantenha a calma!
❖ Acione o Corpo de Bombeiros, ligando 193.
❖ Acione o botão de alarme mais próximo.
❖ Use extintores ou os meios disponíveis para apagar o fogo.
❖ Se não conseguir combater o incêndio, faça a retirada de todas as
pessoas do local e tente isolar os materiais combustíveis e
proteger os equipamentos.
❖ Desligue o quadro de luz.
❖ Existindo muita fumaça no ambiente ou no local atingido, use um
lenço como máscara (se possível molhado), cobrindo o nariz e a
boca.
❖ Para se proteger do calor irradiado pelo fogo, sempre que
possível, mantenha molhadas as roupas, cabelos, sapatos ou
botas.

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Procedimentos em caso de Incêndio


Em casos de incêndios, siga a seguintes orientações:

❖ Procure sair dos lugares onde haja muita fumaça;


❖ Mantenha-se agachado, bem próximo ao chão, onde o calor é
menor e existe menos fumaça;
❖ No caso de ter que atravessar uma barreira de fogo, molhe todo o
corpo, roupas e sapatos, encharque uma cortina e enrole-se nela.
❖ Molhe um lenço e amarre-o junto à boca e ao nariz e atravesse o
mais rápido que puder.
❖ Não suba as escadas, procure sempre descer.
❖ Não respire pela boca, somente pelo nariz.
❖ Não tire as roupas, pois elas protegem seu corpo e retardam a
desidratação. Se for o caso, tire apenas a gravata ou roupas de
nylon.
❖ Se suas roupas se incendiarem, jogue-se no chão e role
lentamente. Elas se apagarão por abafamento.
❖ Ao descer escadarias, retire sapatos de salto alto e meias
escorregadias.

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Transporte e Manuseio de Produtos Perigosos

Considerações Finais
Procure conhecer todas as saídas que existem no seu local de
trabalho, inclusive as rotas de fuga. E participe ativamente dos
treinamentos teóricos, práticos e reciclagens que lhe forem
ministrados.

A maior arma em um combate a incêndio é a calma e o


conhecimento agregado. Aplique sem moderação, elas farão a
diferença entre sua vida e morte.

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Contextualização
O transporte inadequado de carga perigosa pode causar prejuízos à
saúde das populações e ao meio ambiente. Pensando nisso, a
primeira pessoa que deve ser protegida é o motorista, o responsável
pelo transporte bem sucedido desses produtos.

A regulamentação do transporte de cargas perigosas exige que o


motorista use Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), que
variam de acordo com os produtos transportados.

Atenção: Não trafegar sem os EPIs adequados aos produtos. Os


motoristas que trabalham com cargas perigosas também devem
estar capacitados no Curso de Condutores de Veículos
Transportadores de Produtos Perigosos.

O motorista além ter conhecimento sobre a legislação que rege o


transporte de produtos perigosos, também deverá ter Chegamos ao final do treinamento de
conhecimentos em direção defensiva de veículos pesados, Manuseio e Transporte de Produtos Perigosos.
movimentação de cargas perigosas e prevenção e combate a
incêndios. Esperamos que você tenha aprendido
a importância deste treinamento que fará
Tudo isso para o transporte transcorra na mais segura possível. toda a diferença em seu desempenho pessoal.

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