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Um agente pode ser uma comunidade que joga lixo na encosta, ou uma
prefeitura que não destina o lixo (resíduos sólidos) de forma adequada, ou ainda, uma
indústria que descarta resíduos em um rio da cidade.
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FIGURA 01 – Relação Sociedade Natureza
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Em outras palavras, a expressão de um fenômeno ou problema ambiental
não pode ser compreendida somente na escala da política nacional, nem tampouco
deve ser analisada como algo inerente apenas à dimensão natural.
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Os riscos ambientais podem ser causados por fatores físico-químicos,
biológicos e humanos, ou pela interação entre estes aspectos.
À medida que estes efeitos são adversos e conforme o seu grau, chamamos de
vulnerabilidade socioambiental. É possível intervir, bem como medir o grau de
vulnerabilidade ambiental mediante observação da magnitude dos eventos que
transformam o meio.
FIGURA 04 – Sistema Socioambiental
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Os eventos também podem ser produzidos pelos diferentes agentes
sociais: o governo em seus diferentes níveis, as empresas, as comunidades, os donos
de indústrias, entre outros. Como explica Santos (2007, p. 18):
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Quando tratamos de áreas degradadas é importante lembrar que o meio
ambiente, ou seja, tanto os elementos da natureza quanto as interações entre a
sociedade e a natureza, são sistêmicas.
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FIGURA 05 - Sistema Natural
O clima interfere no relevo e no solo, que por sua vez tem relação com a
vegetação e com a fauna, assim como o tipo de rocha tem relação com o tipo de solo
e numa relação constante formam o sistema natural.
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O que é solo? Observe a foto a seguir:
Existem algumas diferentes definições sobre o que seria solo. Para alguns
é qualquer parte da superfície terrestre, para outros tudo o que se encontra logo
acima da rocha, para outros ainda trata-se da matéria-prima para construção de
aterros, barragens, estradas e diferentes obras.
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Lepsch conceitua SOLO como:
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Para um solo se formar, portanto, dependerá do clima, do tipo de rocha,
da ação biológica (minhocas, formigas, fungos etc.), declividade da região, entre
outros fatores que são responsáveis pelas características do solo.
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A degradação de solos e sedimentos ocorre em um processo e pode
variar conforme as condições físico-ambientais e de ocupação humana.
Em alguns casos, este processo leva a perda de todo o solo que fica
exposto às intempéries – com ação do vento e chuvas, trazendo à tona a rocha matriz
ou o sedimento que fica abaixo do solo.
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Segundo a EMBRAPA, bem como o Instituto Nacional de Pesquisa
Espaciais (INPE) que fazem monitoramento de queimadas no Brasil, as queimadas
ocorrem principalmente na Amazônia e cerrado, sendo que as atividades agrícolas são
responsáveis pela maioria dos processos.
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Os principais fatores climáticos que afetam os processos erosivos
são: a quantidade, distribuição e intensidade das chuvas; a intensidade e direção dos
ventos, bem como as mudanças de temperaturas. A declividade também é um fator
natural que interfere nos processos erosivos, já que quanto maior a declividade maior
a possibilidade de haver movimentos de massa do tipo deslizamento.
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FIGURA 07 - Deslizamento em Encosta- Mairiporã-SP
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Para que ocorram deslizamentos, que é um tipo de movimento de massa,
são necessárias algumas condições mais comuns e integradas, entre elas destacamos:
vertentes íngremes, chuvas contínuas (por vários dias), construções inadequadas que
dificultem o processo de drenagem natural da água etc.
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Uma situação comum em bairros periféricos populares que se encontram
em vertentes mais íngremes é a existência de bananeiras. As bananeiras, devido às
raízes armazenarem muita água, ampliam os riscos de deslizamento, assim como as
casas situadas exatamente por onde ocorre a drenagem, possibilitando maior acúmulo
de água e de possibilidade de deslizamento. Existem alguns fatores que propiciam a
maior ocorrência de deslizamentos, entre eles destacamos:
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Existe também relação entre o clima, cobertura vegetal e proteção do
solo. Em regiões mais quentes e com alta pluviosidade a cobertura vegetal natural
tende a ser maior e mais densa, o que ajuda a minimizar os efeitos da chuva. A medida
em que existem clarões na mata ocorrem o efeito “splash”, com as gotas de água
batendo sobre o solo e provocando a erosão.
Em áreas de clima semiárido a cobertura vegetal em geral é menor e quando
ocorre a precipitação, embora mais escassa, se for concentrada em pouco tempo,
poderá causar danos aos solos e o processo erosivo pode ser maior.
Entretanto, sempre é bom lembrar que a intensidade da chuva é o mais
importante, assim como o tipo de cobertura vegetal. As copas de árvores e arbustos
evitam ou minimizam o efeito “splash” sobre o solo, bem como a cobertura morta,
folhas secas, raízes e matéria orgânica ajuda a tornar o solo mais poroso, melhorando
as condições de absorção da água e de conservação do solo.
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Do mesmo modo, como se verifica no quadro a seguir, certos tipos de
cobertura vegetal, bem como conforme o tipo de atividade realizada sobre ele,
tornam os solos menos vulneráveis aos processos erosivos.
Solo exposto 10
Cultura Anual 8
Cana-de-Açúcar 7
Cerrado 4
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Isto ocorre porque a maior densidade de vegetação e as copas das árvores
reduzam o impacto das gotas de chuva no solo.
Como comentam os pesquisadores (WEILL; PIRES NETO, 2007, p. 44):
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Na erosão em sulcos, como explicam Weill e Pires Neto (2007, p. 46):
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CORVALÁN, Susana Belém; GARCIA, Gilberto José. Avaliação ambiental da APA
Corumbataí segundo critérios de erodibilidade do solo e cobertura vegetal. São Paulo,
UNESP, Geociências, v. 30, n. 2, p. 269-283, 2011.
GARCIA, Kátia Cristina. Avaliação de impactos ambientais. Curitiba: Intersaberes,
2014 (e-book).
LEPSCH, Igo F. Formação e conservação do solo. São Paulo: Oficina de Texto, 2002.
SANCHEZ, Luís Enrique. Avaliação de Impacto Ambiental. São Paulo: Oficina de
Textos, 2006.
WEILL, Mara de Andrade Marinho; PIRES NETO; Antonio Gonçalves Pires. Erosão e
assoreamento. In: SANTOS, Rosely Ferreira (org.) Vulnerabilidade Ambiental. Brasília:
MMA, 2007.
Sites:
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