Física: Grandezas escalares e vetoriais

Física
2022-2023
Sumário:
Grandezas escalares e grandezas vetoriais.
Características das grandezas vetoriais.
Operações com vetores e suas propriedades: adição, produto de um
escalar por um vetor, produto interno e produto externo.
1
Unidades, sistemas de unidades e grandezas físicas.
Elementos de cálculo vetorial.
Grandezas físicas
Grandeza escalar – fica completamente definida pela intensidade e respetiva

unidade.
Exemplos: massa, tempo, temperatura.
Grandeza vetorial – fica completamente definida pela intensidade, direção,

sentido e respetiva unidade.
Exemplos: força, velocidade, aceleração, momento de uma força.
2
Exemplos de grandezas vetoriais:

força, velocidade, aceleração, momento de uma força.
Desloca para a direita Desloca para a esquerda Desloca para cima Desloca para cima e
direita
As forças têm todas a mesma intensidade mas são diferentes (produzem efeitos diferentes).
3
Para representar uma grandeza vetorial recorre-se a uma entidade matemática:

o vetor.
r
u
B
A
O vector é caracterizado por três elementos:

• módulo (ou intensidade);
• direção;
• sentido.
4
Um vetor pode ser representado graficamente por um segmento de recta

orientado, que tem a mesma direção e sentido (indicado por uma seta) que o
vetor considerado e cujo comprimento é proporcional ao módulo do mesmo.
r
u Se o vector u é representado pelo segmento de
B recta orientado AB, ao ponto A chama-se origem
A e ao ponto B extremidade.
A reta r que contém o vector designa-se por linha de ação ou reta de suporte
do vetor.
A direção do vetor é identificada pela direção da sua reta de suporte.
5
O módulo de um vetor corresponde à medida da grandeza física que

representa, de acordo com uma escala de conversão dos valores da grandeza
em valores de comprimento.
O módulo de um vetor u, representa-se por u , u ou simplesmente por u .
Escala: 1 cm=2m/s
v1 v2
O vetor velocidade v1 tem uma intensidade de 6 m/s ( v1 = 6 m / s )

enquanto o vetor velocidade v2 tem uma intensidade de 2 m/s ( v2 = 2m / s ).
6
Entende-se por vector unitário (ou versor) de uma dada direção, um vector
de módulo igual à unidade, cuja direção e sentido são definidos pela
direção e sentido dados.
Qualquer vetor a não nulo pode ser representado em função do seu

módulo a e do seu versor û como:
a  a uˆ
Por outro lado, o versor û ( u = 1 ) de um vetor a pode ser calculado

através da relação:
uˆ  a
a
7
Operações com vetores
• adição
Existem dois processos para determinar graficamente a soma de dois

vetores, a e b : a regra do triângulo e a regra do paralelogramo.
y
N
R2
60 milhas
45º
S = R1+R2
S = R1+R2
R1
R2
100 milhas R1
θ θ
E x
8
Regra do triângulo
a
b
Para obter o vetor que representa a soma dos vetores dados ( a e b ),

procede-se do seguinte modo:
1. Desenham-se dois segmentos de reta orientados que representem os

vetores a e b , de modo a que a origem do segundo coincida com a
extremidade do primeiro.
b
a
9
2. O segmento orientado que representa o vector soma tem então as

seguintes características:
tem por origem a origem do primeiro vetor ( a ).

tem por extremidade a extremidade do segundo vetor ( b ).
b
a
r
O vetor r é o vetor soma dos vetores a e b : r = a+b
10
Regra do paralelogramo
a
b
Para obter o vetor que representa a soma dos vetores dados ( a e b ),

procede-se do seguinte modo:
1. Desenham-se dois segmentos de reta orientados que representem os

vetores a e b , de modo a que tenham a mesma a origem.
b
11
2. Desenha-se a tracejado, a partir da extremidade do vetor a ,um

segmento de reta paralelo ao vector e com o mesmo comprimento deste.
Em seguida, desenha-se a tracejado, a partir da extremidade do vetor b ,

um segmento de reta paralelo ao vetor a e com o mesmo comprimento
deste. Obtém-se deste modo o paralelogramo representado na figura
abaixo.
12
3. O vetor soma dos vetores a e b é o vetor que tem a mesma origem

destes vetores e extremidade no vértice oposto do paralelogramo.
a r
b
O vetor r é o vetor soma dos vetores a e b : r = a+b
13
A adição de três ou mais vectores pode ser obtida por aplicação repetida
da regra do triângulo, como se mostra na figura abaixo.
A generalização da regra do triângulo, a mais de dois vetores, é designada

por regra do polígono.
c d
b
d
b r
a a
Determinação do vector soma por aplicação
repetida da regra do triângulo
Vectores a somar
r : vector soma
r = a+b+c+d
14
A adição de vetores goza das seguintes propriedades:
► propriedade comutativa: quaisquer que sejam os vetores a e b do

espaço, tem-se:
a+b = b+a
b b+a
a a
a+b
b
► propriedade associativa: quaisquer que sejam os vetores , a e b do

espaço, tem-se:
 a+b +c = a+  b+c 
15
Operações com vetores

• adição (método analítico)
Qual o módulo e direção do vetor da soma de a  4 iˆ  3 ˆj com b   3 iˆ  4 ˆj
a  b   4 iˆ  3 ˆj     3 iˆ  4 ˆj   a  b  4  3  iˆ   3  4  ˆj 
a  b  iˆ  7 ˆj
Módulo: Direção:
1  1 
a  b  12  7 2  50 cos     arccos      89.9º
81,9 º
50  50 
16
A adição de vetores goza das seguintes propriedades:
► existência do elemento neutro: existe um vetor, designado por vetor

nulo, 0 , tal que qualquer que seja o vetor a do espaço, se tem:
a +0 =0 +a = a
O vetor nulo 0 tem direção e sentido indeterminados sendo o seu módulo

igual a 0 unidades de medida.
► existência do simétrico: para cada vetor a do espaço existe um vetor,

que se designa por simétrico de a e que se representa por -a , que
adicionado produz como resultado o vetor nulo:
a+ (a ) = a+a =0
17
Dados dois vetores ae b do espaço, define-se a  b como sendo a adição

(soma) do primeiro vetor ( a ) com o simétrico do segundo ( b ):
a  b = a+ (b )
b
a
b a b a
18
Produto de um escalar por um vetor
Define-se o produto ka, de um escalar k por um vector a , como um vector

A= ka com:
► a mesma direção e sentido de a (se k for positivo) ou a mesma
direcção e sentido oposto ao de a (se k for negativo).
► intensidade igual ao produto do módulo de a pelo valor absoluto
de k ( A  k a ).
19
Produto interno ou escalar
Do produto interno de 2 vetores resulta um escalar.

Exemplo: trabalho (W)
Dados dois vetores a e b , define-se produto interno como:
a b  a b cos
onde θ é o menor dos ângulos formado pelas direções dos dois vetores.
20
Elementos de cálculo vectorial.
Produto interno ou escalar
Do produto interno de 2 vetores resulta um escalar.

Exemplo: trabalho (W)
Dados dois vetores a e b , define-se produto interno como:
a b  a b cos
onde θ é o menor dos ângulos formado pelas direções dos dois vetores.
Exemplo: calcular o ângulo entre a  iˆ  ˆj  kˆ e b  2iˆ  ˆj  5kˆ
21
a  (1) 2  (1)2  (1)2  a  3

a b  3. 30 cos  (1)
b  (2)2  (1)2  (5)2  b  30
Por outro lado,

a b  (iˆ  ˆj  kˆ) (2iˆ  ˆj  5kˆ)  a b  iˆ (2iˆ  ˆj  5kˆ)  ˆj (2iˆ  ˆj  5kˆ)  kˆ (2iˆ  ˆj  5kˆ) 
a b  (iˆ 2iˆ)  (iˆ ˆj )  (iˆ 5kˆ)   ( ˆj 2iˆ)  ( ˆj ˆj )  ( ˆj 5kˆ)   (kˆ 2iˆ)  (kˆ ˆj )  (kˆ 5kˆ)  
     
a b  (iˆ 2iˆ)  (0)  (0)   (0)  ( ˆj ˆj)  (0)   (0)  (0)  (kˆ 5kˆ)  
 
a b  2 1  5  a b  8 (2)
De (1) e (2) vem que, 8 8
3. 30 cos   8  cos      cos 1 ( )
3. 30 3. 30
22
Produto externo ou vetorial
Do produto externo de 2 vetores resulta um vector.

Exemplo: momento de uma força ( MF )
Dados dois vetores a e b , define-se produto externo como:

c  ab  a  b
Intensidade: a  b  a  b  a b sin
em que θ é o ângulo formado pelos vetores a e b ( 0     ).
23
Direcção: perpendicular ao plano definido pelos vetores a e b .

c
b

Sentido: dado pela regra da mão direita. a
24
O produto externo de vetores goza das seguintes propriedades:
► não é comutativo, isto é, a  b = b  a
► propriedade distributiva, isto é, a (b +c ) = a b +a c
25

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Grandeza escalar – fica completamente definida pela intensidade e respetiva

Grandeza vetorial – fica completamente definida pela intensidade, direção,

Exemplos de grandezas vetoriais:

Para representar uma grandeza vetorial recorre-se a uma entidade matemática:

O vector é caracterizado por três elementos:

Um vetor pode ser representado graficamente por um segmento de recta

A direção do vetor é identificada pela direção da sua reta de suporte.

O módulo de um vetor corresponde à medida da grandeza física que

O vetor velocidade v1 tem uma intensidade de 6 m/s ( v1 = 6 m / s )

Qualquer vetor a não nulo pode ser representado em função do seu

Por outro lado, o versor û ( u = 1 ) de um vetor a pode ser calculado

Existem dois processos para determinar graficamente a soma de dois

Para obter o vetor que representa a soma dos vetores dados ( a e b ),

1. Desenham-se dois segmentos de reta orientados que representem os

2. O segmento orientado que representa o vector soma tem então as

tem por origem a origem do primeiro vetor ( a ).

O vetor r é o vetor soma dos vetores a e b : r = a+b

Para obter o vetor que representa a soma dos vetores dados ( a e b ),

1. Desenham-se dois segmentos de reta orientados que representem os

2. Desenha-se a tracejado, a partir da extremidade do vetor a ,um

Em seguida, desenha-se a tracejado, a partir da extremidade do vetor b ,

3. O vetor soma dos vetores a e b é o vetor que tem a mesma origem

A generalização da regra do triângulo, a mais de dois vetores, é designada

► propriedade comutativa: quaisquer que sejam os vetores a e b do

► propriedade associativa: quaisquer que sejam os vetores , a e b do

Operações com vetores

Qual o módulo e direção do vetor da soma de a  4 iˆ  3 ˆj com b   3 iˆ  4 ˆj

► existência do elemento neutro: existe um vetor, designado por vetor

O vetor nulo 0 tem direção e sentido indeterminados sendo o seu módulo

► existência do simétrico: para cada vetor a do espaço existe um vetor,

Dados dois vetores ae b do espaço, define-se a  b como sendo a adição

Define-se o produto ka, de um escalar k por um vector a , como um vector

Do produto interno de 2 vetores resulta um escalar.

Dados dois vetores a e b , define-se produto interno como:

Do produto interno de 2 vetores resulta um escalar.

Dados dois vetores a e b , define-se produto interno como:

Exemplo: calcular o ângulo entre a  iˆ  ˆj  kˆ e b  2iˆ  ˆj  5kˆ

a  (1) 2  (1)2  (1)2  a  3

Por outro lado,

Produto externo ou vetorial

Do produto externo de 2 vetores resulta um vector.

Dados dois vetores a e b , define-se produto externo como:

em que θ é o ângulo formado pelos vetores a e b ( 0     ).

Direcção: perpendicular ao plano definido pelos vetores a e b .

O produto externo de vetores goza das seguintes propriedades:

► não é comutativo, isto é, a  b = b  a

► propriedade distributiva, isto é, a (b +c ) = a b +a c

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