O espetáculo "A Brava" conta a história de Joana D'Arc de forma épica, com música, humor e interação com o público. A atriz protagonista interpreta Joana desde seu nascimento até a morte na fogueira. Os atores constroem cenários flexíveis com ferro velho e utilizam diversos estilos musicais. A história é trazida para o contexto atual do Brasil por meio de referências culturais populares.
O espetáculo "A Brava" conta a história de Joana D'Arc de forma épica, com música, humor e interação com o público. A atriz protagonista interpreta Joana desde seu nascimento até a morte na fogueira. Os atores constroem cenários flexíveis com ferro velho e utilizam diversos estilos musicais. A história é trazida para o contexto atual do Brasil por meio de referências culturais populares.
O espetáculo "A Brava" conta a história de Joana D'Arc de forma épica, com música, humor e interação com o público. A atriz protagonista interpreta Joana desde seu nascimento até a morte na fogueira. Os atores constroem cenários flexíveis com ferro velho e utilizam diversos estilos musicais. A história é trazida para o contexto atual do Brasil por meio de referências culturais populares.
CURSO DE TEATRO LICENCIATURA DISCIPLINA: TEATRO DE RUA
FERNANDA LYS DA SILVA RIBEIRO
RESUMO
Analise sobre o espetáculo “A Brava”
SÃO LUÍS – MA 2021 Analise sobre o espetáculo “A Brava”
Entranhados na história da heroína francesa Joana d’Arc, o espetáculo “A
Brava” acontece iniciando-se com uma cena do final da vida de Joana d’Ark. A atriz/personagem estava presa para ser ateada fogo pelos outros atores/personagens, em público, acusada de contrariar todas as regras daquela sociedade. A sensação que essa cena causa é inevitavelmente contagiante pela perplexidade do ocorrido e o público se tornam envolvidos na história.
Com ajuda do público, muita música, humor e diversos elementos, a trajetória da
santa heroína é interpretada de forma épica. Com vibrações do tambor, sons urbanos, vento, sanfona e as vozes do coro, se completam e tomam toda a atenção do público que deixa nesse momento de ser apenas público, passando a ser personagens em cena. Forma-se um cortejo que conduz o público/personagens ao lugar das próximas cenas. Induzidos a uma mudança no tempo da cena, os figurinos de época junto com armaduras e outros diversos adereços cênicos completam também com a narração do espetáculo e o coro, que anuncia o início, desde o nascimento de Joana d’Ark e todo o desfecho da história.
É interessante observar que a atriz/personagem é protagonista, apesar dos
atores/personagens efetuarem a maior parte cenotécnica. Ao longo do espetáculo todos os acontecimentos ganham ainda mais vida pela encenação da atriz e atores fazendo interações reais com público/personagens e o espaço onde a história é encenada possui um cenário muito flexível, montado pelos próprios atores, em intervalos de cada cena, além de toda a construção do cenário ser de ferro velho. Os atores também utilizaram dos mais diversos estilos musicais como samba, rock, rap, entre outros, capturando a atenção dos mais diversos olhares em direção a próxima dimensão a ser encenada.
A atriz que interpreta Joana d’Ark de forma épica encontra possibilidades
maiores de expressão crítica, quando efetiva a posição de atriz/personagem e telespectadora para além do não real.
É possível observar a relação da história da heroína francesa sendo trazida para o
contexto da atualidade no Brasil. As referências da cultura popular, as músicas tradicionais e cantos para os orixás, ligadas ao drama e humor das construções cênicas exploradas por todo o espaço que a rua proporciona e que se difere muito da modalidade do teatro tradicional, no palco. Toda a geometria espacial possível sendo utilizada, os níveis, além de todos os elementos que participavam do espetáculo naturalmente sendo conduzidos ao desfecho de "A Brava". O clima, os barulhos urbanos, vozes externas, arquitetura do lugar, o tempo, complementaram ainda mais para a construção de uma dimensão de paralelos com os dias atuais e utilizando um vocabulário cômico pela Brava Companhia é notório também a linguagem épica dialética com representações gestualmente maiores.