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Boletim técnico

AVALIAÇÃO DO MANEJO VALENCE PARA DOENÇAS FOLIARES NA CULTURA DA


SOJA, ANO AGRÍCOLA 2021/2022

Objetivo: Avaliar manejos visando a redução dos efeitos prejudiciais promovidos por doenças foliares
que infestam a cultura da soja.

Dados:
O ensaio foi conduzido na estação experimental da MPB Agro;
• Jataí – GO (Lat. 17°49’49.55” S, Long. 51°43’36.45”O;
• 740 m de altitude;
• Clima da região é predominantemente AW tropical;
• Temperatura média anual de 24,24 ºC;
• Soma de precipitação igual à 1.027,61 mm;
• Solo da área é classificado como Latossolo Vermelho distroférrico;
• Textura argilosa.

Utilizou se a cultivar BMX FOCO IPRO, cultivar de ciclo médio, (cerca de 108 dias), sendo adotado
a taxa de semeadura de 17 sementes por metro.
A adubação de base utilizada foi constituída pelas seguintes fontes e doses: formulado 08-40-00 +
5% de S + Micronutrientes na dose de 180 kg.ha-1 e 150 kg.ha-1 de KCL (aplicado antes da semeadura).
O manejo de insetos pragas e nutricional ocorreu durante os estádios vegetativos e reprodutivos,
sendo as aplicações realizadas de acordo com o monitoramento e, ou recomendações técnicas para a cultura
da soja.
Para a aplicação dos tratamentos, utilizou se pulverizador do tipo costal, dotado de cilindro de CO2, com
barra contendo 4 bicos de pulverização, espaçados a 0,50 m entre si, regulados com pressão de 3 kgf.cm2,
com adoção da vazão de 150 L.ha-1, sendo utilizado o bico modelo AD 02.
As avalições de severidade de doenças foram realizadas com o intuito de verificar a ocorrência das
seguintes doenças: Ferrugem Asiática (Phakopsora pachyrhizi), Mancha Alvo (Corynespora cassiicola),
Oídio (Microsphaera difusa) e o complexo de doenças de final de ciclo (Cercospora kikuchii, Cercospora
sojina e Septoria glycines).

Tabela 2: Descrição dos tratamentos avaliados.


Dose Dose Dose Dose
Tratamento Produto Produto Produto Produto
(L.ha-1) (L.ha-1) (L.ha-1) (L.ha-1)
1 - - - - - - - -
Score Sphere
0,15 Fox 0,5 Ativum 0,8 0,20
2 Flex Max
Fulland 0,5 Fulland 0,5 Bravonil 1,0
Score Sphere
0,15 Fox 0,5 Ativum 0,8 0,20
Flex Max
3
Re
Re Leaf 0,5 0,5 Bravonil 1,0
Leaf
Score Sphere
0,15 Fox 0,5 Ativum 0,8 0,20
Flex Max
Combat Combat
4 0,35 0,35
Duo Duo
4 4
0,1 0,1
Copper Copper

Para a determinação da severidade das doenças foram utilizadas escalas diagramáticas desenvolvidas
especificamente para as doenças objetivadas neste estudo (Anexos 4 e 5).
Para a determinação da severidade e incidência de doenças, foram utilizadas 10 plantas, contidas no
interior da área útil da parcela, tomadas ao acaso, sendo avaliados três folíolos por planta, cada um
pertencente a um terço das mesmas. As leituras de doenças foram efetuadas no campo ou em folhas
destacadas e observadas sob microscópio estereoscópio (lupa). Os períodos de avaliação foram: 7 dias antes
e 7 e 14 dias após a aplicação dos tratamentos.
Os valores médios de severidade obtidos nas parcelas, foram utilizados para o cálculo da área abaixo
da curva de progresso da doença (AACPD), por meio da seguinte equação:

AACPD = Ʃ[((y1+y2)/2) * (t2-t1)]


Sendo que y1 e y2, correspondem a duas avaliações consecutivas realizadas nos tempos t1 e t2. Os
tempos foram determinados em dias.
Para a determinação da massa de mil grãos e produtividade, foram colhidas todas as plantas presentes
em duas linhas de plantio, paralelas, com 5 metros de comprimento. Logo após as plantas foram conduzidas
para o processo de debulha.
As vagens foram debulhadas em trilhadeira estacionária, sendo a massa de grãos obtidas utilizada
para a determinação da massa de mil grãos e produtividade (extrapolada para sacas.ha-1). Massa de mil grãos
e produtividade, tiveram seus valores de umidade, ajustados para 13%.
Os dados que atenderam os pressupostos da análise de variância (normalidade e homocedasticidade),
foram analisados via Teste F e no caso de significância, as médias foram desdobradas por meio do teste de
agrupamento de médias de Scott Knott, sendo adotodo em ambos os testes, o nível de probabilidade de 5 %.
Dados que não apresentaram normalidade, mesmo após transformação, foram analisados por meio da análise
não paramétrica de Friedman e no caso de significância, os contrastes foram avaliados via teste de Tukey,
ambos ao nível de 5% de probabilidade, sendo considerados os dados ranqueados. As análises estatísticas
foram realizadas com o auxílio do software R.
Conclusões:

Tabela 4: População final de plantas (plantas.m-1), massa de mil grãos (g) e produtividade
(sacas.ha-1) em função de diferentes manejos de doenças, cultivar BMX FOCO IPRO, ano
agrícola 2020/2021, munícipio de Jataí-Goiás.

População final Massa de mil grãos Produtividade


Tratamento
(plantas.m-1) (g) (sacas.ha-1)
Testemunha 15,13 163,39 ns 68,73 ns
Fulland 17,00 165,28 70,79
Re Leaf 16,75 166,83 71,67
Combat Duo + 4
16,88 167,00 72,82
Copper
Média Geral 16,43 165,62 71,00
CV(%) 5,89 1,35 6,46
Conclusões:

Anexo 1: Comparação do nível de severidade de doenças foliares ocasionado pelo complexo de doenças de final
de ciclo (Cercospora kikuchii, Cercospora sojina e Septoria glycines) nos estádios R3 e R6, apresentado pelos
manejos avaliados no estudo, cultivar BMX BONUS IPRO, ano agrícola 2020/2021, munícipio de Jataí-Goiás.
ESTÁDIO R3
T1 T2 T3 T4

ESTÁDIO R6
T1 T2 T3 T4

T1 = Testemunha (sem aplicação de fungicidas e indutores de resistência)


T2 = Fulland em V4 e R1 (0,5 L.ha-1 em cada aplicação)
T3 = Re Leaf em V4 e R1 (0,5 L.ha-1 em cada aplicação)
T4 = Combat Duo e 4 Copper em V4 e R1 (0,35 + 0,1 L.ha-1 em cada aplicação)
Conclusões:

Os resultados demonstram que os produtos Valence são capazes de fazer a


substituição do produto concorrente, tendo maior performance no controle de doenças,
com isso resultando em maior produtividade.

COMBAT DUO
Atua no metabolismo vegetal, tornando as plantas mais tolerantes ao ataque de
doenças fúngicas e bacterianas, proporcionando incremento em aspectos produtivos, do
mesmo modo é capaz de sanitizar patógenos expostos na superfície dos tecidos e ou alvo.
Dose recomendada:
• Leguminosas e cereais: 0,25 a 0,5 L/ha.
• Café, Frutíferas e Hortaliças: 0,25 a 0,5 L/ha ou 50 a 100 mL/100 L
calda.
• Algodão: 0,25 a 0,5 L/ha.
• Cana-de-açúcar: 0,25 a 0,5 L/ha.

4 COPPER
Atua no metabolismo vegetal, na indução de resistência, na cicatrização dos tecidos entre
outros parâmetros geradores de sanidade, do mesmo modo é capaz de em doses ideais
suprir a necessidade do micronutriente Cobre cuja demanda é alta nas diversas culturas.
Dose recomendada:
• Leguminosas e cereais: 0,1 a 0,2 L/ha.
• Café, Frutíferas e Hortaliças: 0,1 a 0,2 L/ha ou 50 mL/100 L calda.
• Algodão: 0,1 a 0,2 L/ha.
• Cana-de-açúcar: 0,2 a 0,3 L/ha.

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