Você está na página 1de 10

ORTODONTIA

Análise Facial Subjetiva

Diagnóstico: esquelético, dentário e


compensações dentárias.

CLASSIFICAÇÃO EM TRÊS PLANOS:

PERFIL: Plano de Frankfurt paralelo ao solo, linha


que passa no tragus a asa do nariz.

PLANO TRANSVERSAL: PROBLEMAS LATERAIS.

 Atresia maxilar: estreitamento da maxila no


sentido lateral.
 Assimetria mandibular: relacionada com a
a posição da mandíbula (com desvio para
a esquerda ou direita).

PLANO VERTICAL: PROBLEMAS DE ALTURA.

 Tipo normal. 3 ANÁLISES SÃO REALI ZADAS:


 Tipo vertical: face alongada.
 Tipo horizontal: face encurtada.  Análise frontal em repouso.
 Análise frontal sorrindo.
PLANO SAGITAL: PROBL EMAS  Análise de perfil.
ANTEROPOSTERI ORES.

 Padrão I/classe I esquelético.


 Padrão II/classe II esquelético: maxila a
frente ou mandíbula atrás.
 Padrão III/classe III esquelético: protrusão
mandibular ou deficiência maxilar (maxila
atrás). Esses problemas podem ocorrer de
forma conjunta.

A classificação esquelética pode ser feita através


da análise facial ou da cefalometria. Entretanto, a PONTOS DE REFERÊNCIA:
análise facial subjetiva é priorizada.  Tríquio: localizado na linha onde se inicia a
raiz do cabelo.
ANÁLISE FACIAL:  Glabela: ponto mais proeminente da testa,
A posição inadequada da cabeça do paciente entre as sobrancelhas.
pode levar à um diagnóstico errado.  Subnasal: localizado na união do lábio
superior com a base do nariz.
POSIÇÃO NATURAL DA C ABEÇA:  Estômio: ponto mais inferior do lábio
superior.
FRONTAL: linha interpupilar paralela ao solo.

Bruna Miranda
Odontologia VII
1
 Mentoniano: ponto mais inferior do mento ANÁLISE FRONTAL EM REPOUSO:
mole.
DESVIO MANDIBULAR:

Desvio do mento em relação à linha média:

Ausente / Presente:

ALTURA DO TERÇO INFERIOR DA FACE:

Proporção do terço inferior da face (subnasal –


AVALIAÇÕES DE ACORDO COM OS PONTOS DE mento) em relação ao terço médio:
REFERÊNCIA:
Normal / Aumentada / Diminuída:
Linha média facial: passa por um ponto na glabela
e filtro labial.

A altura do terço inferior da face ainda pode se


dividir entre o terço superior do terço inferior da
face (relacionado com o lábio superior, do
estômio ao ponto subnasal) e o lábio inferior até o
mento deve ser equivalente a 2/3 do terço inferior
da face = harmonia e proporção do terço inferior.

Se houver uma diferença nessa proporção,


podemos observar se a maxila ou a mandíbula
teve um crescimento anormal.

 Proporção do estômio ao ponto subnasal


maior que 1/3 do terço inferior da face =
maxila teve crescimento anormal.

Bruna Miranda
Odontologia VII
2
 Altura maior do que a largura. Crescimento
vertical.

TIPOLOGIA FACIAL:

Relação entre altura e largura da face.


SELAMENTO LABIAL:
Mesofacial: face normal.
Contato entre o lábio superior e inferior.
 Largura 70 – 75% em relação a altura da
face. Indica o padrão de crescimento vertical.

0 a 3 mm de ausência de contato é considerado


normal e consideramos como presente.

Presente / Ausente:

Braquifacial: face encurtada.

 Largura menor do que deveria ser.

Ex:

 Paciente com tipo de crescimento vertical


e ausência de selamento labial = tende a
apresentar mordida aberta anterior.
 Paciente com tipo facial vertical e
ausência de selamento labial sem mordida
aberta anterior = compensação dentário
(extrusão de incisivos superiores e/ou
extrusão de incisivos inferiores = sorriso
gengival).

OBS: o selamento labial deve ser em repouso.


Dolicofacial: face alongada.
EXPOSIÇÃO INCISAL:

Bruna Miranda
Odontologia VII
3
Exposição do incisivo superior com os lábios  Mulheres: < 2 mm.
separados e o lábio superior em repouso (lábio
superior em repouso deve ser feito abaixando o Indica a posição dos incisivos superiores no
lábio inferior do paciente ou através da sentido vertical.
radiografia).
Ex: paciente com tipo facial horizontal, sem
mordida profunda, com intrusão dos incisivos =
exposição incisal diminuída quando está em
repouso.

Exposição normal:

 Homens: 1 – 3 mm.
 Mulheres: 2 – 4 mm.

ANÁLISE FRONTAL SORRISO:

CORREDOR BUCAL:

Distância entre a comissura labial e a vestibular


dos dentes posteriores.

Indica a relação transversal da maxila.

Exposição aumentada (comum no paciente tipo


facial vertical – mordida aberta):

 Homens: > 3 mm.


 Mulheres: > 4 mm.

Ex: paciente com tipo facial vertical, sem mordida


aberta, com extrusão dos incisivos = exposição
incisal aumentada quando está em repouso.
Preenchido / Não preenchido:

Exposição diminuída (comum no paciente tipo


facial horizontal – mordida profunda):

 Homens: < 1 mm.


Bruna Miranda
Odontologia VII
4
EXPOSIÇÃO GENGIVAL: Excesso posterior: precisamos verificar se há
excesso anterior e posterior juntos.
Exposição gengival no sorriso na região anterior e
posterior. Ex: paciente tipo facial vertical com mordida
aberta = pode ter excesso posterior e não excesso
Indica a posição vertical da maxila e dos incisivos anterior.
superiores (maxila cresceu demais ou os dentes
estão muito extruídos).

Normal: 0 a 2 mm.

EXEMPLOS:

 Paciente adulto tipo facial vertical com


exposição gengival aumentada =
Excesso anterior: presente em pacientes tipo
problema esquelético = ortognática.
facial vertical.
 Paciente tipo facial normal com exposição
gengival = extrusão do incisivo superior ou
levantamento aumentado do lábio =
correção ortodôntica e toxina botulínica.

AVALIAÇÃO DE PERFIL:

ÂNGULO NASO-LABIAL:

Ângulo formado pela união dos pontos lábio


superior, subnasal e base do nariz.

Influenciado pela base do nariz (mais baixa, mais


alta...).

Deficiência: presente em pacientes tipo facial


horizontal.

Bruna Miranda
Odontologia VII
5
Indica a posição sagital da maxila. PROJEÇÃO MALAR:

Projeção do osso zigomático.

Indica a posição sagital da maxila (indica se é


classe I, II ou III esquelética).

Normal: 90º - 110º (de forma subjetiva).

Normal:

Aberto: tende a ter deficiência da maxila no


sentido sagital = maxila não cresceu o quanto
deveria.

Deficiente: maxila normal ou com deficiência de


crescimento.

Fechado: protrusão maxilar.

Bruna Miranda
Odontologia VII
6
SULCO LÁBIO-MENTONIANO: Padrão III/classe III esquelético: protrusão
mandibular ou deficiência maxilar (maxila atrás).
Ângulo formado pela inserção dos pontos lábio Esses problemas podem ocorrer de forma
inferior e projeção anterior do mento. conjunta.

Indica a posição sagital da mandíbula (indica se Pronunciado: mandíbula retruída – classe II


é classe I, II ou III esquelético). esquelético.

Normal: 120º - avaliação subjetiva.


Ex: paciente classe II esquelético com sulco lábio-
mentoniano normal pode ser classe II esquelético
por protrusão maxilar.

LINHA QUEIXO-PESCOÇO:

Delineada do ponto mentoniano ao ponto


cervical.

Indica a posição da mandíbula.

Ausente: mandíbula protruída – classe III


esquelético.

Normal: proximidade do mento com a base do


crânio. 80% da altura do 1/3 inferior da face.

Bruna Miranda
Odontologia VII
7
Aumentada:
Normal: 120º - 130º

Diminuída: Aberto: típico do paciente tipo facial horizontal e


do paciente classe II esquelético.

Fechado: típico do paciente tipo facial vertical e


ÂNGULO DA LINHA QUEIXO-PESCOÇO: do paciente classe II esquelético.
Ângulo formado pelas linhas delineadas no mento
e no pescoço.

Indica o padrão de crescimento vertical da


mandíbula.

Bruna Miranda
Odontologia VII
8
AVALIAÇÃO DO PERFIL: (Classe II esquelético por deficiência mandibular
utilizando o critério diagnóstico do comprimento
Ângulo formado pelos pontos glabela, subnasal e da linha queixo-pescoço e o critério de perfil
mentoniano. convexo).

Indica a discrepância sagital entre maxila e Côncavo:


mandíbula.

Reto: 165º - 180º

Convexo: angulação diminuída. Classe II


esquelético.

Bruna Miranda
Odontologia VII
9
Classificação esquelética é DIFERENTE da
classificação de Angle, pois o paciente pode ter
tido compensação dentária.

LINK DA AULA:

https://www.youtube.com/watch?v=sIHdwFKopU
c

Bruna Miranda
Odontologia VII
10

Você também pode gostar