Convenção sobre Diversidade Biológica - CDB.
Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 1992
Quem participou:
➔ Países Desenvolvidos.
Ex.: EUA, Japão, União Europeia…
➔ Países com Diversidade Biológica.
Ex.: Brasil, Filipinas, Índia…
O que foi discutido:
➔ Acesso aos recursos genéticos e seus
benefícios.
➔ Transferência de Tecnologia.
➔ Direitos a propriedade intelectual.
Acesso aos Recursos Genéticos e Soberania
Nacional.
Políticas globais para o meio ambiente, que
respeitem a soberania, mas que sejam sustentáveis
e que sigam o preceito da equidade.
Equidade: “responsabilidade comum, mas diferenciada”
Antes se seguia a política de Farmer’s Rights, que
garante livre acesso à genética partindo do
conceito do bem comum.
A partir da CDB a nova política sugerida foi a de
cooperação científico-tecnológica, onde os estados
fornecedores de recursos genéticos seriam
recompensados pela sua participação.
Ou seja, uma tecnologia criada nos EUA
estudando uma planta nativa da Índia deveria
royalties para o pais de origem da planta. Isso vem
para proteger o país mais fraco, normalmente o
fornecedor é um país em desenvolvimento.
Patrimônio genético se tornou uma questão de
soberania, o patenteamento de recursos nativos
por cientistas estrangeiros infringiria diretamente
a soberania do país, assim mover um recurso sem
autorização se caracteriza como o crime de
biopirataria. Quando a transferência é feita
seguindo as leis de acesso é um exemplo de
bioparceria.
Transferência de Tecnologia.
A transferência de tecnologia vem como um
acordo entre o país prospector e o país fornecedor
em que além do pagamento pelo acesso ao recurso
genético, o prospector deve informar a finalidade
da pesquisa e fornecer tecnologia relevante para
que o país fornecedor também possa se beneficiar
da espécie.
Devido à discrepância de recursos entre os
envolvidos, ha muitos casos onde o país
fornecedor não tem a estrutura ou o pessoal
capacitado para se aproveitar dos recursos nativos.
Direitos de Propriedade Intelectual.
Uma questão de embate durante a CDB foi sobre
quem era o detentor da propriedade intelectual
quando é usado um recurso nativo. Há duas
possibilidades: O direito é da empresa, em muitos
casos multinacionais, que investiram na pesquisa;
ou o direito é do país nativo, já que a pesquisa se
baseou em conhecimentos tradicionais da região.
Alguns Exemplos de Projetos de Bioprospecção
Existentes.
África Central e do Norte: As negociações
ocorrem de maneira isolada, entre institutos de
pesquisa e comunidades locais, por isso não há
quase qualquer interferência ou regulamentação
governamental.
África do Sul: Nessa região o governo lançou um
programa de bioparceria integrando entidades
públicas e comunidades, dessa maneira o
contratos são em sua maioria mediados pelo
Estado.