Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CURITIBA
2007
TELEJORNAIS RIC NOTÍCIAS E PARANÁ TV 2A EDIÇÃO
A INFLUÊNCIA DA LINGUAGEM DOS TELEJORNAIS NA VIDA DO
TELESPECTADOR - ESTUDO DE CASO
CURITIBA
2007
Carla Quintas de Melo
CURITIBA
2007
A
Meu marido Geber Vieira pelo incentivo, força e
paciência durante o desenvolvimento deste
trabalho.
Meus pais pelas palavras positivas.
Meus irmãos pela confiança depositada.
E a Deus, que me faz acreditar que nada
acontece por acaso.
A
Professora orientadora Rosilene Lehmkuhl
pelos vários e-mails trocados e pelo bom humor
de sempre.
A jornalista Adriane Werner que sempre
acreditou em mim e que sem a colaboração
dela, a realização deste trabalho ficaria mais
difícil.
SUMÁRIO
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS---------------------------------------------------------------- 61
13 ANEXOS
Rede Globo de Comunicação. Fazer uma comparação entre a linguagem dos dois
uma análise do Manual de Redação das duas empresas, também será verificado
edição, jornalismo
1.0 - INTRODUÇÃO:
Há quem acredite que muitas vezes a falta de tempo serve como desculpa
para que as pessoas não prestem atenção em pequenos detalhes. Ao ligarmos a
TV, depois de um dia cansativo, assistimos às novelas ou aos telejornais para
tentar relaxar. Prestar atenção e assistir a tudo com um olhar crítico é o que
menos importa. Partindo desta hipótese é que esse estudo de caso se propõe a
analisar a linguagem de dois telejornais transmitidos ao vivo diariamente por
emissoras diferentes.
Tentar entender a linguagem destes telejornais e compreender se ela é
adequada ao público que pretende atingir, além da forma diferenciada como as
notícias são transmitidas e como o mesmo público as percebe, são os objetivos
deste estudo. Não só a linguagem falada, mas o cenário, a maquiagem e o
figurino dos apresentadores serão analisados. De que maneira isso contribui para
a que a notícia seja entendida pelo telespectador?
Pretende-se fazer uma comparação entre as linguagens dos telejornais Paraná
TV 2ª edição, transmitido pela RPC – afiliada da Rede Globo no Paraná e RIC
Notícias, transmitido pela Rede Independência de Comunicação – afiliada da
Rede Record no Paraná. Os dois são apresentados de segunda a sábado, por
volta das 7 horas da noite.
Toda a parte teórica tentará provar que um telejornal só consegue boa
audiência quando, mesmo na correria das redações, é bem formulado. Uma
comparação com os números de cada telejornal, através da análise do Ibope e
descobrir se a linguagem de cada um é formal ou informal são também os
objetivos deste estudo.
Constatações iniciais apontam que os dois telejornais a serem analisados
neste trabalho possuem uma formatação semelhante, mas com estilos distintos.
Existem diferenças nos textos dos editores e dos repórteres, mesmo, muitas
vezes, a notícia apresentada ser a mesma.
Este trabalho de análise se justifica porque na televisão não há como voltar
atrás e ler ou ouvir toda a noticia novamente. É de fundamental importância então
que a notícia passada para o telespectador seja clara, direta, simples, tendo as
virtudes de uma linguagem coloquial. O locutor deve conversar com o
telespectador.
Os dois telejornais vão ao ar praticamente no mesmo horário e o objetivo é
tentar entender se, em que e como a linguagem de cada telejornal influencia o
telespectador.
- JUSTIFICATIVA
- OBJETIVO GERAL:
2.1 - TELEVISÃO:
2.3 - LINGUAGEM:
Faz –se necessário ressaltar que as imagens não existem sozinhas. Elas estão
acompanhadas de sons correspondentes às ações captadas. Trazem consigo o
significado da profundidade de campo do enquadramento: o movimento das
câmeras, que podem revelar um fato novo, desconhecido do telespectador, ou
ainda os novos cenários da ação. Peter Ruge, em “Práticas de periodismo
televisivo”, Universidad de Navarra, 1983, afirma que as mudanças de cenário
despertam o interesse. Indicam que começa algo novo. Segundo ele, “o
espectador entra de novo na ação, graças à variedade de imagens”. A
preocupação com o enquadramento e com os cenários propriamente ditos são
uma constante entre os repórteres e câmeramen que trabalham em televisão. A
criatividade e o improviso estão sempre presentes, na tentativa de não deixar o
telejornal cair na rotina.
O brasileiro é cativo dos telejornais. Para dar conta da curiosidade do ser
humano, existem canais fechados que centralizam a programação em noticiários;
há os canais abertos que apresentam vários telejornais diários. “Para as instâncias
de produção dos telejornais, o difícil é renovar, diante de formatos engessados,
cuidadosamente cultivados pelas próprias emissoras; o desafio é frente a essa
seqüência de noticiários previstos na programação, fugir das notícias requentadas
e da prisão das bancadas, em outros termos, mudar de tom.” (Elizabeth Bastos
Duarte – Dos Telejornais: entre temporalidades e tons, junho 2006)
A televisão procura cercar-se de estratégias discursivas e mecanismos
expressivos que garantam os efeitos de verdade, autenticidade e credibilidade.
Dentre estas estratégias está o tom de seriedade. E para isso, não só a postura
dos apresentadores e o tom das notícias, influencia. O cenário é também um
grande aliado. A televisão opera com dois grandes espaços: o externo, onde são
realizadas as reportagens e o interno, que são os espaços dos estúdios.
Atualmente os cenários dos telejornais seguem uma tendência mundial. Em
grande parte, os cenários colocam os apresentadores em um platô, isto é, em um
lugar um pouco mais alto, sentados atrás de uma bancada, tendo como fundo,
mapas do globo terrestre, telas ou telões, além do chamado newsroom, onde a
apresentação do telejornal é feita dentro da redação de jornalismo. Esta posição
estratégica assinala, quem no contexto, detém a informação.
O RIC Notícias, transmitido pela afiliada da Rede Record no Paraná, tem um
cenário com cores escuras e utiliza um modelo antigo. Uma espécie de tapadeira
com o nome do telejornal fica atrás da apresentadora, que está sozinha no
estúdio. A bancada tem espaço para entrevistados. Perto da jornalista, um monitor
de computador e as laudas do telejornal. Tudo muito simples. A idéia é fazer com
que o telespectador preste atenção nas notícias.
Já o Paraná TV 2a Edição, transmitido pela Rede Paranaense de
Comunicação, tem o cenário no estilo newsroom. O apresentador tem, além da
bancada, um monitor de televisão aonde ele pode conversar em tempo real com o
repórter que está na rua. O cenário deste telejornal é mais limpo, sem poluição
visual, mais moderno e segue a tendência das emissoras de todo mundo.
O newsroom procura mostrar que o grande número de pessoas que está na
redação no horário do jornal têm um compromisso: todas elas estão a serviço do
telespectador, tentando oferecer sempre a notícia de última hora.
3.1 - HISTÓRIA:
3.2 – IBOPE:
• Política
• Demográfica (quais os hábitos de cada região)
• Mídia (revistas, jornais, rádio e televisão, paga ou aberta)
• Mercado
4.0 – CONCLUSÃO:
• WEIL, Pierre Gilles; TOMPAKOW, Roland. O Corpo Fala. São Paulo: Editora
Vozes, 2001.
• YORKE, Ivor. Jornalismo diante das câmeras. São Paulo: Summus, 1998.