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PLANO DE ENSINO
Conceito de Direito. Conceito de Direitos Humanos. Os Direitos Humanos das Classes e Grupos Étnicos
Subalternizados. As experiências sociais de opressão e exploração e o processo de reivindicação de novos
direitos. Novos sujeitos de direito e direitos insurgentes. Introdução crítica ao direito minerário: regime
constitucional e regimes jurídicos de aproveitamento mineral. Introdução crítica ao direito ambiental: meio
ambiente como direito fundamental e o licenciamento ambiental.
Unidade 1 – Introdução crítica ao fenômeno jurídico: análise crítica do fenômeno jurídico a partir da
Teoria Dialética do Direito de Roberto Lyra Filho, em diálogo com Enrique Dussel.
1.2. Direitos Humanos e Movimentos Sociais: a emergência de novos sujeitos de direitos e a criação de novos
direitos ao longo do processo de construção e modernização da sociedade brasileira.
1.3. O processo histórico de formação da sociedade colonial/moderna no Brasil: mineração, violação de direitos
humanos e capitalismo.
1.4. O Processo Constituinte e a Nova Ordem Constitucional: A Constituição da República Federativa do Brasil
de 1988.
1.5. O Estado Democrático de Direito previsto na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
1.6. O Sistema dos Direitos Fundamentais da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
1.8. O Controle Jurisdicional da Administração Pública para a efetivação dos direitos humanos.
2.1. A formação histórica da economia mundo capitalista e a mineração nos países periféricos e semiperiféricos:
análise crítica a partir das obras de Enrique Dussel e Immanuel Wallerstein.
2.2. A regulação constitucional da exploração das jazidas e demais recursos minerais: Propriedade e Finalidade
Constitucional do Aproveitamento Econômico.
2.4. A regulação constitucional da exploração das riquezas minerais em territórios de povos e comunidades
tradicionais.
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2.5. Órgãos e Autarquias Minerárias: Ministério de Minas e Energia (MME) e Agência Nacional de Mineração
(ANM). Estrutura organizacional, competências e funcionamento da ANM.
2.6. Regimes de Aproveitamento das Substâncias Minerais: Regime de Autorização e Concessão: Autorização
de Pesquisa e Concessão de Lavra; Regime de Permissão de Lavra Garimpeira; Regime de Registro de
Extração; Regime de Licenciamento.
2.7. O novo marco regulatório da mineração no Brasil: reflexões críticas sobre os Projetos de Lei n.º 37/2011 e
n.º 5.807/2013, em tramite na Câmara dos Deputados.
Unidade 3 – Introdução crítica ao Direito Ambiental: meio ambiente como direito fundamental e o
licenciamento ambiental
3.1. O direito fundamental ao meio ambiental ecologicamente equilibrado e a limitação à liberdade econômica.
3.2. A Política Nacional do Meio Ambiente – Lei Federal n.º 6.938/81: Objetivos; Conceitos Legais: “Meio
Ambiente”, “Degradação da Qualidade Ambiental”, “Poluição”, “Poluidor” e “Recursos Ambientais”; Princípios
do Direito Ambiental no Brasil.
3.3. A estrutura, competência e funcionamento dos órgãos integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente –
SISNAMA, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental.
3.2.3.5. O direito à consulta livre prévia e informada aos povos e comunidades tradicionais
existentes na área de influência direta do empreendimento minerário.
3.6. As ações judiciais para a proteção do meio ambiente: mandado de segurança; ação popular; ação civil
pública.
OBJETIVOS/MÉTODOS DIDÁTICOS:
Esta disciplina possui o objetivo de propiciar uma compreensão crítica do fenômeno jurídico, com ênfase no
processo histórico-social de construção dos direitos humanos e seus reflexos na regulação jurídica das
atividades minerárias no Brasil.
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Pretende-se, também, que os alunos desenvolvam a habilidade de reflexão crítica das leis vigentes e das
práticas estatais e empresariais relacionadas ao aproveitamento econômico dos recursos minerais, evidenciando
as injustiças das leis e práticas sociais vigentes e construindo alternativas eticamente comprometidas com a
preservação do meio ambiente, com a promoção das condições indispensáveis ao desenvolvimento da vida
humana e do bem-estar da população que vive na área de influência direta dos empreendimentos minerários.
As atividades de ensino-aprendizagem serão realizadas por meio de aulas expositivas, de debates sobre os
diversos tópicos da disciplina, de leituras orientadas e de discussões sobre documentários relacionados aos
diversos tópicos da disciplina.
Os(as) alunos(as) deverão produzir um artigo científico, com temática relacionada à disciplina e à sua
experiência profissional. O artigo deverá ser enviado para o e-mail matheusleite@pucminas.br até o dia
10/01/2020. O artigo deverá respeitar a seguinte padronização:
1. O artigo científico completo deve conter no mínimo 15 páginas e no máximo 20 páginas, incluindo referências
bibliográficas e notas. As citações de artigos (referências) no texto devem seguir as normas vigentes da Associação
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Disponível em: http://portal.pucminas.br/biblioteca/documentos/artigo-
cietifico-NBR6022-2018.pdf.
2. Formatação: O trabalho deve ser apresentado em formato eletrônico (.pdf) configurando a página para o tamanho
de papel A4, com orientação retrato, margem superior e esquerda igual a (3cm), inferior e direita igual a (2cm).
Deve ser utilizada a fonte Times New Roman, corpo 12, espaçamento 1,5 entre linhas em todo o texto, parágrafo de
1,25 cm, alinhamento justificado, à exceção do título. A numeração da página deve constar à direita na parte
inferior da folha, em algarismos arábicos.
3. Título em português e em idioma estrangeiro: Deve ser centralizado, escrito em letras maiúsculas, em negrito, fonte
Times New Roman, tamanho 12. Subtítulo se houver, em letras minúsculas. Os títulos dos artigos (em Língua
Portuguesa e em um idioma estrangeiro) deverão observar um limite máximo de 135 caracteres.
4. Resumo: Deverá abranger breves e concretas informações sobre o objeto do trabalho acadêmico, objetivos,
metodologia, resultados, conclusões do trabalho, mas de forma contínua e dissertativa, em apenas um parágrafo. O
Resumo deverá ser feito em Times New Roman fonte 12, e espaço entre linhas de 1,5.
5. Palavras-chave: Estas não devem estar presentes no título. Devem vir na linha imediatamente abaixo do resumo (no
mínimo três e no máximo cinco) para indexação, com alinhamento justificado, separadas por ponto, seguido de
inicial maiúscula.
6. Introdução: deve ser breve e, de forma clara, justificar o problema estudado. Nela deverão ser informados os
objetivos do trabalho realizado.
7. O desenvolvimento, parte fundamental do texto, deve ser elaborado de forma concisa e clara. Contém a exposição
ordenada e detalhada do assunto, e nele se inserirão: a) a metodologia, que deve fazer com que o leitor entenda os
procedimentos utilizados na prática curricular, projeto ou outra produção de instâncias da PUC Minas; e, b) o
referencial teórico, que é a discussão à luz do quadro teórico escolhido.
8. Os resultados devem, à luz do aporte teórico utilizado no trabalho de pesquisa,
evidenciar análise e discussão dos
dados obtidos.
9.
Nas conclusões ou considerações finais, deverão ser considerados os objetivos explicitados e os resultados
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10. Nas referências deverão constar apenas autores e obras mencionados no texto, obedecendo-se às normas da ABNT.
Deve ser utilizada a fonte Times New Roman, corpo 12, alinhamento à esquerda, com espaçamento entre linhas
simples, e separadas entre si por uma linha em branco de espaço simples.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Unidade 1 – Introdução crítica ao fenômeno jurídico: análise crítica do fenômeno jurídico a partir da
Teoria Dialética do Direito de Roberto Lyra Filho, em diálogo com Enrique Dussel.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm.
DUSSEL, Enrique. 1492: o encobrimento do outro: a origem do mito da modernidade. Petrópolis: Vozes, 1993.
DUSSEL, Enrique. Ética da libertação na idade da globalização e da exclusão. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.
DUSSEL, Enrique. Direitos humanos e ética da libertação: pretensão política de justiça e a luta pelo
reconhecimento dos novos direitos. Revista InSURgência, Brasília, v. 1, n.1, p. 121-136, jan/jun. 2015.
ESCRIVÃO FILHO, Antonio; SOUSA JÚNIOR, José Geraldo de. Para um debate teórico-conceitual e político
sobre os Direitos Humanos. Belo Horizonte: Editora D’Plácido, 2016.
FERNANDES, Bernardo Gonçalves. Curso de Direito Constitucional. Salvador: Editora JusPODIVM, 2017.
FILHO, Roberto Lyra. O que é o direito. São Paulo: Editora Brasiliense, 1982.
HABERMAS, Jürgen. Direito e democracia: entre facticidade e validade. Volume I. Rio de Janeiro: Tempo
Brasileiro, 2003.
BRASIL. Decreto-Lei n.º 227, de 28 de fevereiro de 1967. Dá nova redação ao Decreto-lei nº 1.965, de 29 de
janeiro de 1940. Brasília, DF: Presidência da República. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0227compilado.htm#art98. Acesso em 21.03.2020, às 10:00
horas.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em 20.03.2020, às
09:00 horas.
BRASIL. Lei n.º 13.575, de 26 de dezembro de 2017. Cria a Agência Nacional de Mineração (ANM); extingue o
Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM); altera as Leis nº 11.046, de 27 de dezembro de 2004, e
10.826, de 22 de dezembro de 2003; e revoga a Lei nº 8.876, de 2 de maio de 1994, e dispositivos do Decreto-
Lei nº 227, de 28 de fevereiro de 1967 (Código de Mineração). Brasília, DF: Presidência da República. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13575.htm. Acesso em 21.03.2020, às 10:00
horas.
BRASIL. Decreto n.º 9.406, de 12 de junho de 2018. Regulamento o Decreto-Lei nº 227, de 28 de fevereiro de
1967, a Lei nº 6.567, de 24 de setembro de 1978, a Lei nº 7.805, de 18 de julho de 1989, e a Lei nº 13.575, de 26
de dezembro de 2017. Brasília, DF: Presidência da República. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Decreto/D9406.htm. Acesso em 21.03.2020, às 10:00
horas.
BRASIL. Decreto n.º 10.088, de 5 de novembro de 2019. Consolida atos normativos editados pelo Poder
Executivo que dispõem sobre a promulgação de convenções e recomendações da Organização Internacional do
Trabalho – OIT, ratificadas pela República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Presidência da República.
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DUPRAT, Deborah. A Convenção 169 da OIT e o direito à consulta prévia, livre e informada. Revista Culturas
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FREIRE, William. Código de Mineração Anotado. Belo Horizonte: Editora Mandamentos, 2010.
GUDYNAS, Eduardo. El Nuevo extractivismo progresista en America del Sur: tesis sobre un viejo problema bajo
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GUDYNAS, Eduardo. Hay alternativas al extractivismo: transiciones para salir del viejo desarrollo. Jesús
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LEITE, Matheus de Mendonça Gonçalves; OLIVEIRA, Karla Silva; PINHO, Mateus Lima de; MIRANDA, Mariana
Gomes de. A luta pela efetivação dos direitos étnicos e territoriais das comunidades quilombolas em conflitos
socioambientais: reflexões críticas sobre a atuação extensionista na defesa dos direitos étnicos e territoriais da
comunidade quilombola de Queimadas. Conecte-se! Revista Interdisciplinar de Extensão, Belo Horizonte, v.
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MILANEZ, Bruno; SANTOS, Rodrigo Salles Pereira dos. A Rede Global de Produção (RGP) do Minério de Ferro:
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MILANEZ, Bruno; SANTOS, Rodrigo Salles Pereira dos. A construção do desastre e a privatização da regulação
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WALLERSTEIN, Immanuel. O universalismo europeu: a retórica do poder. São Paulo: Boitempo, 2007.
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BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidência da República.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em 20.03.2020, às
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Regulamenta os aspectos de licenciamento ambiental estabelecidos pela Política Nacional do Meio Ambiente.
Diário Oficial da União, Brasília, 22 dez. 1997. Disponível em:
http://www2.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=237. Acesso em 20.03.2020, às 15:00 horas.
BRASIL. Decreto n.º 10.088, de 5 de novembro de 2019. Consolida atos normativos editados pelo Poder
Executivo que dispõem sobre a promulgação de convenções e recomendações da Organização Internacional do
Trabalho – OIT, ratificadas pela República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Presidência da República.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10088.htm#art5. Acesso em
20.03.2020, às 13:30 horas.
DUPRAT, Deborah. A Convenção 169 da OIT e o direito à consulta prévia, livre e informada. Revista Culturas
Jurídicas, Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 51/72, 2014.
LEITE, Matheus de Mendonça Gonçalves Leite; ZANON, Márcia Cristina Gama; CHILOMBO, Eugenia;
GUIMARÃES, Julia; MACHADO, Tairine Grazziella; RIBEIRO, André Tourinho. A proteção jurídica dos territórios
quilombolas pelo Plano Diretor do Município do Serro. Conecte-se! Revista Interdisciplinar de Extensão, v. 2,
n. 3, p. 31-45, 2018.
MACHADO, Paulo Afonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. São Paulo: Editora Malheiros, 2018.
MINAS GERAIS. Constituição do Estado de Minas Gerais: atualizada e acompanhada dos textos das
Emendas à Constituição n. 1 a 103. Belo Horizonte: Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais, 2020.
Disponível em:
https://www.almg.gov.br/export/sites/default/consulte/legislacao/Downloads/pdfs/ConstituicaoEstadual.pdf.
Acesso em 20.03.2020, às 15:00 horas.
MINAS GERAIS. Conselho Estadual de Política Ambiental – COPAM. Deliberação Normativa n.º 217, de 06 de
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critérios locacionais a serem utilizados para definição das modalidades de licenciamento ambiental de
empreendimentos e atividades utilizadores de recursos ambientais no Estado de Minas Gerais e dá outras
providências. Diário Oficial do Estado de Minas Gerais – Diário do Executivo, Belo Horizonte, 08 dez. 2017.
Disponível em: http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNorma=45558. Acesso em 20.03.2020, às 15:00
horas.
MINAS GERAIS. Lei n.º 21.972, de 21 de janeiro de 2016. Dispõe sobre o Sistema Estadual de Meio Ambiente
e Recurso Hídricos – SISEMA – e dá outras providências. Belo Horizonte: Assembleia Legislativa do Estado de
Minas Gerais, 2016. Disponível em: http://www.siam.mg.gov.br/sla/download.pdf?idNorma=45558. Acesso em
20.03.2020, às 15:00 horas.
SILVA, José Afonso da. Direito urbanístico brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2010.