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CONHECIMENTOS

SOBRE O ESTADO
DO PARÁ
Realidade Étnica, Social, Histórica,
Geográfica, Cultural, Política e
Econômica do Estado do Pará;
a Questão Agrária e Minerária e os
Conflitos Territoriais no Estado
do Pará – Parte I

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
CONHECIMENTOS SOBRE O ESTADO DO PARÁ
Realidade Étnica, Social, Histórica, Geográfica, Cultural, Política e Econômica do Estado do Pará;
a Questão Agrária e Minerária e os Conflitos Territoriais no Estado do Pará – Parte I

Sumário
Rafael Valle

Apresentação. . .................................................................................................................................. 4
Realidade Étnica, Social, Histórica, Geográfica, Cultural, Política e Econômica do
Estado do Pará; a Questão Agrária e Minerária e os Conflitos Territoriais no Estado
do Pará – Parte I. . ............................................................................................................................. 6
Realidade Étnica. . ............................................................................................................................. 6
Etnias.................................................................................................................................................. 6
Imigrantes......................................................................................................................................... 6
Realidade Social............................................................................................................................... 7
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)................................................................................. 7
Índice de Gini..................................................................................................................................... 8
Realidade Histórica......................................................................................................................... 9
Aspectos Culturais.. ....................................................................................................................... 10
Círio de Nazaré............................................................................................................................... 10
A Folia do Boi de Máscara............................................................................................................. 11
Carnaval de Cametá.. ......................................................................................................................12
A Festa do Çairé. . .............................................................................................................................12
Danças...............................................................................................................................................13
Culinária............................................................................................................................................13
Monumentos Históricos do Pará................................................................................................ 14
Museu Emílio Goeldi...................................................................................................................... 14
Monumento de Getúlio Vargas.. .................................................................................................. 14
Monumento de Luiz Vaz de Camões.......................................................................................... 14
Monumento aos Intendentes.......................................................................................................15
Infraestrutura..................................................................................................................................16
Saúde.................................................................................................................................................16
Educação........................................................................................................................................... 17
Segurança........................................................................................................................................ 18

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Projetos de Segurança e Paz Social........................................................................................... 18


Territórios de Paz. . ......................................................................................................................... 18
Energia..............................................................................................................................................19
Usina Hidrelétrica de Belo Monte.. ..............................................................................................19
Usina Hidrelétrica de Tucuruí...................................................................................................... 23
Resumo............................................................................................................................................. 26
Questões de Concurso.................................................................................................................. 27
Gabarito............................................................................................................................................ 37

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Rafael Valle

Apresentação
Olá, aluno(o), como vai?
Primeiramente irei me apresentar.
Meu nome é Rafael Valle, sou professor de Conhecimentos do DF (RIDE) e Atualidades. Ba-
charel e Licenciado em Geografia pela Universidade de Brasília (UnB). Pós-graduado em Ges-
tão em Segurança Pública. Pós-graduado em Constitucional Administrativo. Aprovado para o
cargo de Analista Perito do MPU em 2º lugar. Atualmente exerço o cargo de Agente de Polícia
do Distrito Federal.
Acompanhe-me nas redes sociais no Instagram (@prof.rafaelvalle) e no canal do YouTube
(https://youtube.com/rafaelvalleride). Em caso de dúvida, é só a enviar no e-mail contato@
profrafaelvalle.com.br.
Convido-o(a) a participar da minha Lista de Transmissão GRATUITA do WhatsApp, (61)
99251-7370, para conteúdos exclusivos de Atualidades e RIDE com materiais, questões, di-
cas e videoaulas. Quer participar? É só mandar um “oi” para o número acima e fazer parte
do projeto.

Análise do Edital

Olá, aluno(a)! Tudo bem?


Vejamos como o edital cobra este tema:

1. Realidade étnica, social, histórica, geográfica, cultural, política e econômica do Estado do Pará;
2. A questão Agrária e Minerária e os conflitos territoriais no Estado do Pará.

Nossa disciplina será abordada de maneira focada de acordo com cada tópico do edital.
Peço que tenha atenção especial nos aspectos geográficos, econômicos e no tópico 2, o qual
explicita temas relevantes para a banca: “A questão Agrária e Minerária e os conflitos territo-
riais no Estado do Pará”.
Para uma melhor didática, não utilizarei a ordem exata dos tópicos do edital, mas fique
tranquilo(a), pois trabalharemos toda disciplina.
Na disciplina Conhecimentos sobre o Estado do Pará, embora muitos tenham um pensa-
mento que se trata de questões “loteria” ou que é “só assistir ao jornal”, é possível delimitar
alguns assuntos que a banca costuma cobrar com mais frequência e os temas mais quentes
para futuras cobranças. Esse é o meu papel. A ideia é que, mesmo com a grade curricular mais
reduzida, possamos abarcar com FOCO os prováveis temas objetos de cobrança do certame.
Ao longo da aula, comentarei as questões sobre os temas que já foram objeto de cobrança
pela banca e perceberá que alguns assuntos realmente são os “queridinhos” da banca. São
poucas as questões de prova acerca dos temas da nossa disciplina, sendo assim elaborei al-
gumas questões inéditas para que você possa praticar e fixar melhor os principais conteúdos.

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A ideia te capacitar com o maior número de informações sobre temas relevantes e passí-
veis de cobrança na prova.
Agora vamos ao que interessa!

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Rafael Valle

REALIDADE ÉTNICA, SOCIAL, HISTÓRICA, GEOGRÁFICA,


CULTURAL, POLÍTICA E ECONÔMICA DO ESTADO DO
PARÁ; A QUESTÃO AGRÁRIA E MINERÁRIA E
OS CONFLITOS TERRITORIAIS NO
ESTADO DO PARÁ – PARTE I
Realidade Étnica
O Pará possui cerca de 8,5 milhões de habitantes, é o estado mais populoso da região Nor-
te e o nono estado mais populoso do Brasil. O estado tem dois municípios com mais de 500
mil habitantes: Belém, a capital, que também é a maior cidade, com 1,4 milhão de habitantes
em 2018, e Ananindeua, com 525,5 mil habitantes. É subdividido em 7 regiões geográficas in-
termediárias e 21 regiões geográficas diretas.
O Pará possui uma baixa densidade demográfica, segundo dados do IBGE, a densidade
populacional em 2018 é equivalente a 6,70 habitantes por quilômetro quadrado. Possui três
regiões metropolitanas: a região metropolitana de Belém com 2,5 milhões de habitantes, a re-
gião metropolitana de Marabá com 350.000 habitantes e a região metropolitana de Santarém
com 335.000 habitantes.

Etnias
A população do Pará foi formada a partir de índios que de acordo com a Fundação Nacional
do Índio (FUNAI) são 31 etnias indígenas espalhadas em 298 povoações que totalizam mais de
27 mil índios. Há também no estado negros e descendentes de asiáticos e europeus, visto que
teve um número considerável de imigrantes portugueses, espanhóis, italianos e japoneses.
De acordo com alguns estudos feitos em 2013, as origens da população de Belém eram
divididas em: 53,7% de descendentes europeus, 29,5% de descendentes indígenas e 16,8% de
africanos, dados obtidos através da PNAD, feita pelo IBGE com o propósito de investigar as
diversas características socioeconômicas da sociedade.
O Pará possui a terceira maior população indígena da Região Norte, onde apenas 69,9% vi-
vem propriamente em terras indígenas. Esse fato pode ser explicado pelo estado ser o líder em
invasões de garimpeiros e madeireiros, e por ter o estado liderado o ranking em desmatamento
e queimadas em terras indígenas no ano de 2020. Fatos que obrigam as populações indígenas
abandonarem suas terras.

Imigrantes
Como citado anteriormente além da população indígena, descendentes de portugueses.
Os portugueses chegaram no estado no início do século XVII, com a chegada do capitão

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Francisco Caldeira Castelo Branco. Isso foi explicado no início do material. Há também os
descendentes de Japoneses.
Os japoneses saíram do Porto de Kobe, no Japão, no dia 24 de julho de 1926 com destino à
Amazônia. Porém, só chegaram ao município de Tomé-açu, no dia 22 de setembro do mesmo
ano. Eles pararam também nos municípios do Rio de Janeiro e Belém.
Os italianos também passaram pelas terras do Pará. Os italianos que chegaram no estado
são predominantemente da região sul da Itália. Quando chegaram no Pará se dedicaram à ati-
vidade comercial. O primeiro comércio foi criado em 1888 na cidade de Santarém.
Consta na história do estado também a passagem de libaneses pelo território paraense. A
chegada dos libaneses foi na metade do século XIX, na época do Ciclo da Borracha. Cerca de
25 mil desembarcaram em Belém e por volta de 1/3 foi para o Acre.
Os franceses fazem parte do grupo de imigrantes nas terras no Pará. Os primeiros imigran-
tes franceses chegaram ao Brasil na segunda metade do século XIX e foram para a colônia
Benevides, na região metropolitana de Belém.
Os maranhenses são os maiores imigrantes étnicos do estado do Pará. Como vizinhos
do estado do Pará, os maranhenses buscam melhores condições materiais. A população de
Belém, sul e sudeste do Pará é formada basicamente por imigrantes maranhenses. A ligação
do Maranhão com o Pará tem uma longa história, começando com o estabelecimento da Grão-
-Pará e do Maranhão. Culturalmente, também existe uma relação mutuamente benéfica entre
os dois estados. Até a origem do Carimbó também vem do Maranhão que, com o processo de
aculturação, tomou a forma paraense.

Realidade Social
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) “O Índice
de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida resumida do progresso a longo prazo em
três dimensões básicas do desenvolvimento humano: renda, educação e saúde. O objetivo
da criação do IDH foi o de oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Pro-
duto Interno Bruto (PIB) per capita, que considera apenas a dimensão econômica do desen-
volvimento.”
O IDH também serve para classificar os países em: desenvolvidos, em desenvolvimento e
subdesenvolvidos. O índice vai de 0 até 1, quanto maior o valor mais desenvolvido é o lugar.
O IDH do estado do Pará é de 0,698 o qual é considerado um IDH médio. Já o IDH do Brasil
é de 0,759, esse IDH é considerado alto.
No Estado, podemos fazer um ranking das cidades com os maiores índices de desenvol-
vimento humano, nas categorias alto, onde temos as cidades de Belém (0,746), Ananindeua
(0,718) e Parauapebas (0,715), médio, com as cidades de Santarém (0,691), Marituba (0,676)

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e Canaã dos Carajás (0,673), baixo, onde temos as cidades de Mãe do Rio (0,599), Santa Maria
do Pará (0,598) e Magalhães Barata (0,597) e muito baixo com as cidades de Afuá (0,489), Ipi-
xuna do Pará (0,489) e Anajás (0,484).
Como podemos ver, não há cidade no Pará com IDH considerado muito alto.

Índice de Gini
O índice de Gini pode ser definido usando a explicação tirada diretamente do site do IPEA.
“O Índice de Gini, criado pelo matemático italiano Conrado Gini, é um instrumento para me-
dir o grau de concentração de renda em determinado grupo. Ele aponta a diferença entre os
rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de zero a um (alguns
apresentam de zero a cem). O valor zero representa a situação de igualdade, ou seja, todos têm
a mesma renda. O valor um (ou cem) está no extremo oposto, isto é, uma só pessoa detém
toda a riqueza. Na prática, o Índice de Gini costuma comparar os 20% mais pobres com os 20%
mais ricos.”
De acordo com o que foi explicado acima, o índice de Gini é medido de 0 a 1 ou de 0 a 100,
quanto mais próximo do 0 quer dizer que o todos os habitantes têm a mesma renda, e quanto
mais próximo do 1 ou do 100 quer dizer que há uma disparidade de renda entre os mais ricos
e os mais pobres.
Conforme dados de 2010, o Índice de Gini do estado do Pará é de 0,62, esse valor é compa-
rável com o índice da África do Sul que possui 0,63 e está na posição 113º no rank mundial. Já
no estado é possível destacar algumas cidades com índice menor que o próprio estado, como
é o caso do município de Água Azul do Norte que apresentou um valor de 0,52 em 2010, que
comparado com uma pesquisa feita no ano de 2000, dez anos antes, o índice diminuiu, saiu de
0,63 em 2000 para os 0,52 em 2010. Essa diminuição significa que a disparidade econômica
no município diminuiu consideravelmente.
O município com o menor Índice de Gini no Pará é Marituba. Ele é, inclusive, menor que o
do Brasil. O referido município registra o índice de 0,4.
O Pará, como vários estados brasileiros, apresenta um grande problema de distribuição de
renda, pois a região é uma das mais pobres do nosso país. O estado possui 10 municípios en-
tre os mais pobres do país, o que é algo bastante preocupante. A capital, Belém, é a cidade com
maior renda média do Pará, com apenas R$ 876, de acordo com dados de 2011. Já a média
de renda do próprio estado gira em torno de R$ 806, que é quase a metade da renda média do
país, deixando o Pará em terceiro lugar no ranking dos estados mais pobres, ficando atrás ape-
nas de Alagoas e Maranhão, que possuem rendas iguais a R$ 730 e R$ 635, respectivamente.
Com base na mesma pesquisa, a maior renda per capta do Brasil está no Distrito Federal, com
um valor de R$ 2 685.

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Realidade Histórica
Antes da colonização do Brasil o território onde hoje é o estado do Pará era povoado por
diversas tribos indígenas. A formação do Estado do Pará se deu no início do ano de 1600, mais
precisamente em 1616, com a fundação do Forte do Presépio, primeiro marco de construção
da cidade de Belém, na época Santa Maria de Belém do Grão-Pará. Seu povoamento começou
com a entrada de holandeses e ingleses, que visavam a exploração de especiarias, mas foi
realmente consolidado com a chegada dos portugueses que além da intenção de expandir a
ocupação na região amazônica, visavam a exploração da biodiversidade do local.
O criador do Forte do Presépio foi Francisco Caldeira Castelo Branco, antigo Capitão-Mor
do Rio Grande do Norte. Na época, ele saiu do Maranhão chefiando uma expedição de 200 ho-
mens, em 3 cavalarias – Santa Maria da Candelária, Santa Maria da Graça e Assunção – para
só então chegar a Belém.
O processo de ocupação foi conturbado e baseado na escravização dos índios e no con-
fronto com os grupos holandeses e ingleses que já estavam na região.
Gradualmente foram criadas as primeiras ruas da nova cidade, todas paralelas à grandiosa
baía do Guarujá. Os caminhos transversais levavam ao interior do Estado.
No começo de Belém o crescimento se dava em sua maioria para o lado norte, onde os
colonos levantaram suas casas de taipa. Assim, nascia o primeiro bairro da capital, chamado
hoje de Cidade Velha, onde está boa parte da história paranaense.
O território passou a fazer parte de duas capitanias por volta dos anos de 1700: a do Grão-
-Pará e a do Maranhão. Nessa época, já predominavam na região as lavouras de café, cacau,
cana-de-açúcar, arroz e tabaco, porém o que impulsionou o desenvolvimento da região foi a
política do Marques de Pombal, que além de nomear parentes para cargos na região, foi o
maior investidor na colonização da região, levando milhares de famílias nobres, da África e do
arquipélago dos Açores, cientistas, arquitetos e engenheiros para a região do Pará.
No início dos anos 1800, Belém tornou-se um dos grandes centros urbanos daquela época.
Em 1821 ocorreu a Revolução Constitucionalista do Porto que, apoiada pelos paraenses, revol-
tam-se contra o rei de Portugal, mas logo foi sufocada.
Em 1835 ocorreu a maior e verdadeiramente popular manifestação de luta no Brasil, o mo-
vimento da Cabanagem, que consistiu na união de índios e mestiços que viviam em cabanas
de barro à beira dos rios e alguns integrantes da classe média, contra o governo. A intenção
era aumentar a importância do seu território e resolver a questão da pobreza na região. O
movimento foi marcado por cenas trágicas que impactaram demográfica e culturalmente o
estado do Pará e se estendeu por toda a região amazônica. Com isso, foi implantado na região
um governo do povo que foi logo destituído quando a capital foi conquistada, no ano de 1838,
porém os conflitos duraram até 1840. Depois desse episódio, o Pará recebeu muitas punições
do governo brasileiro e nesse período a economia estava estagnada.

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Essa estagnação começou a ter fim a partir da descoberta dos processos de vulcanização
da borracha que permitia o seu uso em indústrias de vários setores. Belém tornou-se um cen-
tro mundial comercial da borracha. À medida que o ciclo da borracha voltou a crescer, trouxe
riqueza e ostentação para a cidade. Foi nessa época que grandes obras foram construídas,
como o rico e belo Teatro da Paz, que é um dos maiores símbolos da época. Foram dois ciclos
econômicos com a exploração da mesma borracha, que deram a Belém um novo momento em
relação à urbanização e embelezamento da cidade.
Após o fim dos dois ciclos da borracha, veio novamente uma estagnação econômica que
só foi superada década de 1960, através do desenvolvimento de atividades agrícolas e a explo-
ração de minérios.

Aspectos Culturais
A história, o patrimônio tangível e imaterial do Pará o torna famoso em todo o mundo. O
Pará possui uma cultura riquíssima, pois foi formada pela junção de diversos povos que aqui
vieram, como os portugueses, os índios, os negros africanos, entre outros. Essa diversidade
cultural pode ser vista em várias partes do estado.

Círio de Nazaré
O Círio de Nazaré consiste em uma procissão feita em Belém sempre no segundo domingo
do mês de outubro. É fruto da influência portuguesa e é considerada uma das maiores mani-
festações religiosas do país.
A procissão reúne milhares de devotos de Nossa Senhora de Nazaré para lembrar dos seus
milagres. Além de ser uma grande manifestação de fé, é também uma importante forma de
fortalecer a economia da região através do turismo religioso na região.
A tradição do Círio de Nazaré começou depois que uma imagem da santa foi encontrada
na região de do Pará e a versão mais conhecida da história é a de um manuscrito do quinto
bispo do Pará, Dom Frei João Evangelista, onde relata que a imagem foi encontrada por Pláci-
do José de Souza perto de um igarapé e levá-la para casa. No outro dia a imagem não estava
mais lá e Plácido a encontrou novamente no lugar de origem, fato que se repetiu por vários
dias. Plácido então chegou à conclusão de que a imagem deveria ser mantida no mesmo lugar
que a encontrou e construiu ali uma capela simples abrigando a imagem.
Por ter uma localização de fácil visualização pelos que passavam na estrada, muitas pes-
soas que passavam por ali começaram a deixar ofertas e com o decorrer do tempo as visitas
à capelinha ficaram mais frequentes, o que gerou a necessidade da construção de uma capela
maior. Várias ampliações foram feitas a partir da capelinha original até que culminou na cons-
trução da Basílica Santuário.

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Dom Frei João Evangelista Pereira então solicitou à Rainha Dona Maria I e ao Papa Pio VI
de Portugal uma licença oficial para homenagear a santa com uma festividade, pois acreditava
que a imagem era de missionários jesuítas portugueses. Em 1790 a autorização foi concedida,
porém, só chegou a Belém em 1792.

Fonte: https://www.metropoles.com/brasil/religiao-br/dois-milhoes-de-fieis-participam-da-procissao-do-cirio-de-
-nazare

A Folia do Boi de Máscara


O boi de máscara é realizado em São Caetano de Odivelas durante o carnaval e a quadra
junina. Diversos grupos são formados por frenéticos cabeçudos palhaços com adereços colo-
ridos e máscaras pontiagudas.
Teve origem na década de 1930, por um grupo de pescadores que levaram o boi para desfi-
lar nas ruas da cidade. O feito fez tanto sucesso que acabou entrando para o calendário festivo
do município.

Fonte: http://www.paraturismo.pa.gov.br/vejamais_cultura/amazonia

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Carnaval de Cametá
É um dos mais animados de todo o estado do Pará. A folia começa quando os integrantes
do bloco “A Bicharada” são trazidos até o rio Tocantins, todos trajando fantasias de animais da
Amazônia alertando sobre a devastação das florestas e extinção dos animais. Então, o grupo
continua pelas ruas da cidade até encontrar os grupos de Samba de Cacete e de Siriá, os “fo-
fos” e “cabeçudos”, que vêm de todos os lugares do Brasil.

Fonte: http://www.paraturismo.pa.gov.br/vejamais_cultura/araguaia/carnaval_de_cameta

A Festa do Çairé
A Festa do çairé acontece todos os anos no mês de setembro, no município de Alter do
Chão, durando cinco dias.
A festividade foi introduzida nas missões religiosas que os jesuítas fizeram na Amazônia
no século XVII e ao longo do tempo foram se misturando com a cultura indígena e atualmente
conserva pouco da sua originalidade.
É uma manifestação que une elementos religiosos e profanos sendo um importante produ-
to turístico cultural, impactando positivamente as estruturas turísticas da cidade.

Fonte: https://www.viagenserotas.com.br/2019/09/conheca-o-festival-do-caire-fe-e-folclore-que-encanta-em-al-
ter-do-chao-para/
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Danças
A dança Carimbó é a forma de dança mais importante do Estado do Pará. Tem a influência
os índios Tupinambás, escravos africanos e de europeus portugueses.
Na dança encontram-se elementos destas três etnias, remanescentes do folclore portu-
guês, ritmos africanos e marcas indígenas.
O Carimbó acontece com todos os participantes descalços. As mulheres usam roupas de
cores vivas, saias com babados, colares e pulseiras feitas de sementes. Elas utilizam também
ramos de rosas em seus cabelos.
As camisas usadas pelos homens são amarradas ao umbigo e lenços vermelhos são amar-
rados no pescoço.

Fonte: https://www.todamateria.com.br/carimbo/

Culinária
A culinária paraense é uma manifestação da cultura do estado. Os pratos têm influência
principalmente na culinária indígena. A culinária do Pará é uma das mais autênticas do país,
retratada, dentre outras, pelo pato no tucupi, a maniçoba, o tacacá, o peixe-frito com açaí den-
tre outros sabores.
Entre as bebidas, a mais famosa é o açaí, rico em ferro. A fruta é a base da alimentação da
população local. No Pará, o açaí é considerado bem mais que um fruto comum, e sim um há-
bito alimentar, pois o seu consumo pela população paraense é diário e de diferentes maneiras.
O Pará é rico em cultura e há diversas manifestações dela por todo​ o estado. Apresenta-
mos aqui apenas alguns exemplos das manifestações mais conhecidas.
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Monumentos Históricos do Pará


Museu Emílio Goeldi
Construído em 1866, popularmente conhecido como Museu Goeldi é uma instituição
pública vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia do Governo Federal e está localiza-
da em Belém.
No Museu Emílio Goeldi, são realizadas importantes pesquisas sobre a biodiversidade da
região amazônica. No local, além de expor animais e plantas típicas da floresta, também pos-
sui uma biblioteca especial da Amazônia.

Fonte: https://www.museu-goeldi.br/

Monumento de Getúlio Vargas


Na cidade de Belém, mais precisamente em um local carinhosamente chamado de “praça
da escadinha” o busto de bronze do ex-presidente Getúlio Vargas é exposto em homenagem
pela comemoração do ingresso da Amazônia no campo econômico do país. Esse busto marca
um momento de grande importância para o Pará e para a Amazônia.

Monumento de Luiz Vaz de Camões


Também localizado em Belém-PA, esse monumento foi esculpido em bronze fundido, em
homenagem ao poeta e importante nome da literatura da língua portuguesa, pela comunidade
Luso Brasileira do Pará e do Consulado de Portugal.

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a Questão Agrária e Minerária e os Conflitos Territoriais no Estado do Pará – Parte I
Rafael Valle

Fonte: https://www.minube.com.br/sitio-preferido/monumento-de-luis-vaz-de-camoes-a3637631

Monumento aos Intendentes


Esse monumento foi construído em 1906, baseado na Fonte de Médici do Parque do Palá-
cio de Luxemburgo em Paris. É uma homenagem feita aos intendentes e chefes políticos que
tomaram parte do Congresso Político de 15 de agosto de 1903, no Pará. Na frente as escultu-
ras com os bustos de Augusto Montenegro e Antônio Lemos. Na parte de traz, a listagem dos
que participaram deste histórico evento.

Fonte: https://www.minube.com.br/sitio-preferido/monumento-aos-intendentes-a3644350

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a Questão Agrária e Minerária e os Conflitos Territoriais no Estado do Pará – Parte I
Rafael Valle

Infraestrutura
Saúde
A Secretaria de Estado da Saúde do Pará atua orientando as Secretarias Municipais de
Saúde. Conta com as Diretorias Administrativa e Financeira, Vigilância em Saúde, Políticas de
Atenção Integral à Saúde, Desenvolvimento e Auditoria dos Serviços de Saúde e Gestão do
Trabalho e Educação na Saúde.
Tem 13 Centros Regionais de Saúde (CRS), assessorando as ações de saúde nos municí-
pios que abrangem.
Administra seis Unidades de Referências Especializadas, seis Centros de Atenção Psicos-
sociais, o Laboratório Central do Estado (LACEN), o Hospital Regional Abelardo Santos, a Uni-
dade Básica de Saúde da Pedreira, em Belém, e os Hospitais Regionais de Tucuruí, Salinópolis,
Conceição do Araguaia e Cametá. Há também no Sistema de Saúde do estado os Hospitais
Regionais de gestão estadual, porém gerenciados por organizações sociais de saúde que são
o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua e os localizados em Ma-
rabá, Altamira, Santarém, Redenção e Breves.

Programa Mais Saúde para o Pará

Esse programa visa acarretar melhorias para a saúde da população paraense, através da
implementação de consórcios públicos intermunicipais de saúde em todas as Regiões de In-
tegração do Pará.
Tem a proposta de ampliar a rede de atendimento hospitalar no Estado, concluindo e equi-
pando os Hospitais Regionais e garantir recursos da contrapartida estadual para finalização
das Unidades de Pronto Atendimento (UPA).
O programa cita também a implementação de policlínicas nas treze regionais de saúde
compostas por várias especialidades médicas que atendam as demandas específicas de cada
região. Por fim, o programa busca o fortalecimento da atenção primaria junto aos municípios
visando o aumento da cobertura populacional, a qual atualmente é de 58,91%, segundo o DA-
TASUS/MS 2018.

Saneamento Básico é Saúde

O estado tem agido nos setores de saneamento básico procurando apoiar institucional-
mente os municípios, capacitando os mesmos para o cumprimento da legislação vigente do
setor de saneamento, como o Plano Municipal de Saneamento-PMSB.
Visa a implantação do Plano Estadual de Resíduos Sólidos, com incentivo ao crédito e ela-
boração de projetos de gestão consorciada de regiões metropolitanas e municípios afins, para

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a gestão de resíduos sólidos, obedecendo ao Estatuto das Metrópoles e ao Plano Municipal


de Resíduos Sólidos-PMRS.
Procura fortalecer e reestruturar a Companhia Estadual de Saneamento – COSANPA atra-
vés da modernização da gestão administrativa e operacional, e a implantação, de programa
contínuo redução de perdas de água e da tarifa social.
E por fim estruturar a Agência Reguladora do Estado – ARCON, para que a mesma incor-
pore a regulação dos serviços de saneamento nos Municípios que não criaram agência de
regulação própria.

Educação
O governo do Pará, por meio da Secretaria de Educação, tem várias propostas para me-
lhorar a educação no estado, que inclui reformar, concluir e construir escolas. A partir de uma
análise criteriosa a respeito do “déficit” de vagas na rede escolar, serão construídas novas uni-
dades onde houver real necessidade de ampliação da rede.
Adequar a estrutura e infraestrutura da rede escolar, bem como dos equipamentos didáti-
cos e paradidáticos, oportunizando também aos profissionais da educação, que se capacitem
a atender pessoas com deficiências, de forma a possibilitar o acesso irrestrito a todas as pes-
soas que procurem a escola, sejam usuários ou não do sistema.
Implantar, ampliar e concluir escolas, priorizando a criação de cursos técnicos que atendam
a demanda das atividades econômicas, a partir do diagnóstico vocacional dos municípios.
Implantar sistema de avaliação contínuo de desempenho, que possibilite premiar alunos,
professores e escolas que apresentem os melhores resultados.
Aumentar e nivelar a qualidade de ensino da rede. Avaliar constantemente os resultados
apresentados em toda a rede estadual, identificando os pontos críticos, utilizando as diversas
fontes de informações disponíveis, para priorizar investimentos gerais e específicos, que pos-
sam tornar o mais uniforme possível a qualidade do ensino no Estado.

Juventude-Preparar para o Presente

Esse programa é voltado aos jovens, dando uma maior atenção a eles, com qualificação,
empregos, inclusão social e outros.
Promove a Inclusão Produtiva dos jovens, por meio da oferta de qualificação profissional
que tenha como foco a habilidade desse público e a demanda do mercado de trabalho.
Amplia ações de inclusão social por meio do esporte, lazer, música e teatro, dentre outros,
inclusive através do aumento de repasse de recursos para os municípios, e do fortalecimento
de parcerias com a iniciativa privada, igrejas e outras entidades sem fins lucrativos, através de
realização de chamadas públicas para a execução de projetos com esta finalidade.

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Promove a participação social efetiva dos jovens na gestão pública estadual, inclusive atra-
vés de premiações às iniciativas e soluções produzidas através de sua vivência na comunida-
de, criando assim uma rede de troca de experiências e conhecimentos.

Segurança
A Secretaria de Segurança e Defesa Social do Pará tem a missão de coordenar as ações
dos órgãos do Sistema para garantir a preservação da ordem pública e assegurar a integridade
e a segurança dos cidadãos. Possui a Polícia Militar, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros Mili-
tar, o Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, o Instituto de Ensino de Segurança do Pará
(IESP), a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária e o Departamento de Trânsito do
Pará como instituições vinculadas.

Fonte: http://www.segup.pa.gov.br/estrutura-organizacional

Projetos de Segurança e Paz Social


Polícia Presente

O projeto visa definir como política de governo, que o policial tem que estar exercendo a
sua atividade-fim na rua e nos diversos setores ligados à segurança pública.

Territórios de Paz
Tem o objetivo de criar uma força tarefa de segurança com a participação de todas as Se-
cretarias Estaduais, a partir da qual cada unidade irá contribuir para as ações de pacificação

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nos bairros, tais como: pavimentação de ruas, implantação de câmeras de monitoramento, im-
plantação e/ou reforma de espaços para esporte e lazer, creches (parceria com os municípios),
escola de tempo integral, realização de parceria com entidades, igrejas e associações que já
realizam ações de assistência e inclusão social nos bairros.

Combate a Crimes Funcionais

O intuito é de fortalecer e estruturar os órgãos de controle das forças policiais como meca-
nismo de valorização dos bons profissionais, que são a maioria dos servidores tanto na Polícia
Civil quanto na Militar.

Integração

Visa promover a integração de dados e troca de informações pertinentes a segurança pú-


blica, entre os diversos órgãos, possibilitando o planejamento e a realização de ações conjun-
tas com as forças de segurança dos outros estados, dos municípios e do governo federal.

Controle Social

O objetivo é fortalecer o papel dos conselhos comunitários de segurança e cidadania, am-


pliando a participação da sociedade civil organizada, com vistas a incorporar no combate ao cri-
me às diversas ações e sugestões de cunho preventivo ou mesmo punitivo, assim como ações
de outras áreas do governo que tenham reflexo na redução da criminalidade como um todo.

Energia
O Pará é um dos estados que mais gera energia no país, com uma matriz energética hi-
drelétrica, o estado dispõe de duas das maiores usinas 100% brasileiras.

Usina Hidrelétrica de Belo Monte

Usina Hidrelétrica de Belo Monte (Foto: Norte Energia SA)

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Construída na chamada volta grande do Rio Xingu, próxima à cidade de Altamira, a Usina de
Belo Monte envolve a área de três municípios do Pará: Vitória do Xingu, Brasil Novo e Altamira.
Sua área de abrangência ainda inclui outros dois municípios: Anapu e Senador José Porfírio.

Fonte: Secretaria de Educação do Estado do Pará

A usina conta com um reservatório com área de 478 km² que representa 0,01% da área da
Amazônia Legal.
Funcionando a pleno vapor, pode produzir 11.233,1 megawatts (MW) de energia, capaz de
atender 60 milhões de consumidores de 17 estados e quantidade média de geração de 4.571
MW que representa cerca de 10% do consumo nacional. A usina de Belo Monte é a quarta
maior hidrelétrica do mundo e a maior usina 100% brasileira em operação no país.
No período de 1975 a 1980 a empresa estatal Eletrobras desenvolveu estudos de Inven-
tário Hidrelétrico da Bacia Hidrográfica do Rio Xingu e de viabilidade técnica e econômica do
Complexo Hidrelétrico de Altamira. Esses estudos projetaram que o empreendimento impac-
taria cerca de 7 mil índios, de 12 terras indígenas.
Na década de 80, período em que a democracia estava em processo de restauração no
país, a empresa anunciou um plano ambicioso de construção de seis grandes barragens no
Rio Xingu, o Plano Nacional de Energia Elétrica, que causaria uma extensa inundação em terras
indígenas. Visando defender suas terras, povos indígenas do Xingu reuniram-se na cidade de
Altamira em um protesto que teve repercussão internacional na mídia e no decorrer do proces-
so, várias etapas das obras foram paralisadas por decisões judiciais e questões ambientais
que levaram até a suspensão do financiamento em 1989.
Após a suspensão do financiamento, o projeto foi remodelado na tentativa de agradar am-
bientalistas e investidores. No ano de 2002 o governo brasileiro anunciou uma versão renovada do

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projeto, chamada de Complexo Hidrelétrico de Belo Monte. O novo plano seria desviar o Rio
Xingu de seu percurso natural ao longo de 100km na região chamada Volta Grande e inundar
uma área maior que Florianópolis.
Em 2003 o recém-eleito presidente Luís Inácio Lula da Silva pressionou seus ministros
a aprovarem Belo Monte. Depois de algum tempo, um Decreto Legislativo autorizou o proje-
to sem praticamente nenhuma consulta prévia aos grupos indígenas afetados, como exige a
Constituição Federal.
No ano de 2008, grupos indígenas da região reuniram-se mais uma vez na cidade de Alta-
mira. Apesar de não conseguirem o cancelamento de Belo Monte, a pressão sobre o governo
fez com que fosse assinada uma Resolução afirmando que nenhuma outra barragem seria
construída rio acima no Rio Xingu.
Antes do leilão de concessão para construção e operação da barragem, ainda era necessá-
rio a elaboração e aprovação de um estudo de impacto ambiental.
O estudo foi elaborado pela Eletrobras em parceria com grandes empreiteiras, que seriam
as principais beneficiárias da construção da barragem. O estudo foi bastante criticado por
diversos cientistas que citaram várias omissões de riscos sociais e ambientais. Em 2010 o
projeto avançou. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
(IBAMA) aceitou o polêmico estudo de impacto ambiental sobre forte pressão política e confe-
riu a licença prévia da obra.
A licença foi publicada no dia 1º de fevereiro. Dois meses depois, foi realizado o leilão de
concessão para a construção e operação da usina por 35 anos. O leilão teve como vencedor o
Consórcio Norte Energia S/A, formado por empresas de vários setores de atuação e por fundos
de previdência complementar. Grande parte das ações eram do Grupo Eletrobras. O empreen-
dimento foi arrematado com lance de R$ 77,00 por MWh.
No ano de 2011, o IBAMA concedeu à Norte Energia uma licença de 360 dias para a cons-
trução da infraestrutura que antecede a construção da usina e foi então assinado o contrato
das obras civis. No mesmo ano foi concedida a licença de instalação, quando as obras come-
çaram. O prazo estipulado para que a primeira turbina entrasse em funcionamento era feverei-
ro de 2015, porém o Consórcio Norte Energia informou que o início de operação não ocorreria
naquele ano por um atraso no Sítio Pimental, que segundo eles, ocorreu pela falta da Licença
de Operação (LO), expedida pelo IBAMA.
Durante os cinco anos que se seguiram até que a primeira turbina fosse testada, as obras
de Belo Monte foram palco de vários protestos, paralisações, conflitos com operários e ocu-
pações indígenas. O Ministério Público Federal ajuizou inúmeras ações contra a Norte Energia
e o Governo, citando desde irregularidades no processo de licenciamento ambiental, até o
descumprimento de medidas obrigatórias de mitigação e compensação de impactos sociais
e ambientais.

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Fonte: Secretaria de Educação do Estado do Pará

Em fevereiro de 2016, iniciou-se a operação da primeira turbina da Casa de Força Principal,


ainda em fase de testes. Em abril do mesmo ano, com 14 meses de atraso do que era previsto,
houve o início da operação comercial com a liberação das primeiras turbinas das Casas de For-
ça Principal e Complementar que foram então inauguradas em maio daquele ano, pela então
presidente Dilma Rousseff.
Ainda no ano de 2016 iniciou-se a operação comercial de mais 3 turbinas da Casa de Força
Complementar e 2 da Casa de Força Principal. A Usina encerrou aquele ano com as turbinas em
operação comercial capaze de gerar 2.444,4 MW, equivalente a 22% da sua capacidade total.
No ano de 2017 iniciou-se já no primeiro mês do ano a operação comercial quarta turbina
da Casa de Força Principal e da quinta e sexta da Casa de Força Complementar esta, passan-
do a ficar 100% em operação. Ao longo do mesmo ano houve Início da operação comercial
de mais 3 turbinas da Casa de Força Principal, totalizando no ano o potencial instalado para
operação comercial de 4.510,87 MW.
Em 2018 mais 5 turbinas da Casa de Força Principal iniciaram a operação comercial, atin-
gindo no ano o potencial instalado de 7.566,42 MW.
No primeiro semestre do ano de 2019 mais duas turbinas da Casa de Força Principal inicia-
ram a operação comercial, tornando a Usina Hidrelétrica de Belo Monte oficialmente a maior hi-
drelétrica 100% brasileira. No segundo semestre do mesmo ano as últimas 4 turbinas da Casa
de Força Principal iniciaram a operação comercial, fazendo com que a Usina Hidrelétrica de
Belo Monte alcançasse um total de 11.233,1 MW de potência instalada, distribuídas em 11.000
MW da Casa de Força Principal e 233,1 MW da Casa de Força Complementar.
Pronta para a plena operação, Belo Monte foi inaugurada oficialmente pelo presidente Jair
Bolsonaro no dia 27 de novembro de 2019.
A Hidrelétrica de Belo Monte foi orçada em R$ 26 bilhões, posteriormente financiada por
R$ 28 bilhões. Cerca de dois anos após o início das obras, o valor já superava R$ 30 bilhões,

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sendo concluída posteriormente como uma das obras mais caras da história do Brasil, com
custo aproximado de R$ 40 bilhões.

Usina Hidrelétrica de Tucuruí

Usina Hidrelétrica de Tucuruí (Fonte: http://gazetadesantarem.com.br/alta-na-tarifa-de-energia-cria-nova-edicao-


-da-campanha-o-preco-da-luz-e-um-roubo/)

A Usina Hidrelétrica de Tucuruí está instalada no Rio Tocantins, no município de Tucuruí,


no estado do Pará, distante cerca de 300 km da capital do estado, Belém. A usina gerou uma
área inundada de 2430 km² e seu vertedouro, com capacidade para 110.000 m³/s, é o segundo
maior do mundo.
Atualmente a usina supre o mercado de energia elétrica da região polarizada por Belém e
pelo sudeste do Estado do Pará, Estado do Maranhão e norte de Goiás, bem como outros esta-
dos da região Nordeste do Brasil e ainda, complementarmente, as regiões sudeste e sul do país.
Funcionando a pleno vapor, tem uma capacidade geradora instalada de 8.370 MW. É a se-
gunda maior usina hidroelétrica 100% brasileira, atrás apenas da usina de Belo Monte.

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Fonte: https://www.google.com/maps/place/Usina+Hidrel%C3%A9trica+de+Tucuruí

As primeiras ideias para barrar o Rio Tocantins surgiram na intenção de suprir a neces-
sidade energética da cidade de Belém e as regiões vizinhas. Porém, mais tarde, o intuito de
gerar eletricidade para o projeto de alumínio da Albrás ganhou força. Ao final do processo, foi
o objetivo de fornecer energia ao projeto de extração mineral e as exploráveis de bauxita que
impulsionaram a construção.
Os primeiros estudos de engenheiros do Brasil para aproveitar o potencial hidrelétrico do
Rio Tocantins foram feitos por volta de 1957, mas somente na década de 1960 que o proje-
to ganhou força, pois passou a fazer parte de políticas do Governo Federal, que começou a
considerar a implantação de um sistema de duas eclusas e canal intermediário, garantindo a
navegabilidade do rio de Belém até Santa Isabel.
Tanto o projeto civil como a construção da usina foram realizados por empresas brasilei-
ras, o Consórcio Projetista Engevix-Themag e a Construtora Camargo Correa.
A Eletronorte contratou o consórcio Engevix-Themag para desenvolver o Projeto Básico da
Usina Hidrelétrica de Tucuruí. Em 1975 chegaram na cidade os primeiros trabalhadores das
obras preliminares da Usina Hidrelétrica de Tucuruí.
Em 1977 começou no canteiro de obras a implantação da Vila Residencial Definitiva e das
Vilas Provisórias, construídas em madeira que incluíam, além das residências, um centro comercial
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com um cinema, uma Escola Infantil, um hospital e um clube social, planejadas para 50 mil ha-
bitantes. Começaram também nesse ano o início das escavações em rochas para a fundação
das estruturas principais de concreto da usina.
No ano de 1981 foi concluído o fechamento da barragem do Rio Tocantins, e foram realiza-
das reuniões importantes na Aldeia dos índios da região, na tentativa de uma negociação da
passagem da linha de transmissão pela Reserva Indígena Mãe Maria, perto de Marabá que foi
efetivada no final daquele mesmo ano.
Em agosto de 1984 iniciaram-se os testes de rotação da primeira turbina da Casa de Força
já construída. Em novembro do mesmo ano teve início a sua operação comercial e no dia 22
de novembro, finalizada a primeira etapa da construção, a usina foi inaugurada pelo presidente
João Batista de Oliveira Figueiredo com capacidade de 4000 MW e as vilas temporárias, cons-
truídas para abrigar os trabalhadores foram gradualmente desativadas.
A construção da segunda etapa da hidrelétrica aumentou a capacidade final instalada para
cerca de 8000 MW, em 2006, sendo suficiente para abastecer cerca de 16,7 milhões de pessoas.
O custo da construção da Hidrelétrica de Tucuruí foi de aproximadamente US$ 7,5 bilhões
(considerando a cotação dólar de 1986) e foi considerada uma das maiores obras do regime
militar na região amazônica.
Tucuruí recebeu muitas críticas por ter um custo muito alto. Fez parte de um projeto muito
discutido que foi a construção do Projeto Grande Carajás que custou na época mais de 60 bi-
lhões de dólares com participação até de investidores japoneses.

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RESUMO
O Pará possui cerca de 8,5 milhões de habitantes.
É o estado mais populoso da região Norte e o nono estado mais populoso do Brasil.
Possui baixa densidade demográfica.
Há três regiões metropolitanas:
• a região metropolitana de Belém,
• a região metropolitana de Marabá;
• região metropolitana de Santarém.

O IDH do estado do Pará é de 0,698 o qual é considerado um IDH médio.


Os aspectos culturais mais relevantes são:
• Círio de Nazaré;
• A folia do boi de máscara;
• Carnaval de Cametá;
• A Festa do Çairé;
• Danças;
• Culinária.

No âmbito energético, destacam-se:


• Usina Hidrelétrica de Belo Monte;
• Usina Hidrelétrica De Tucuruí.

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (ASSISTENTE DE ADMINISTRAÇÃO/AOCP/2018) O Pará é um dos maiores estados
do país, símbolo de riqueza cultural e natural. No ano de 1903, foi criado o Brasão ou Escudo
de Armas do Estado do Pará, pela lei estadual n. 912. Sobre esse brasão, assinale a alternati-
va correta.
a) O vermelho faz menção à influência comunista e ao sangue derramado dos paraenses na
Guerra de Canudos.
b) A banda em branco faz menção à linha imaginária do Equador, que corta o estado.
c) Os ramos de café e pau-brasil fazem menção às principais produções agrícolas à época.
d) O condor representava a nobreza portuguesa no Brasil.
e) A estrela representa a riqueza mineral da região do Carajás, maior reserva de ferro do mundo.

A estrela solitária: faz menção ao Pará como unidade da República Federativa do Brasil – à
época da proclamação da República, única unidade federativa cuja capital situava-se acima
da linha do Equador, fato esse representado na bandeira nacional por Espiga, figurada acima
da linha do azimute. As cores: vermelho faz menção à República e ao sangue derramado dos
paraenses nas diversas lutas em defesa pela soberania da pátria. A banda: branco faz menção
à linha imaginária do Equador, que corta o estado ao Norte. Os ramos: de cacaueiro e seringuei-
ra, fazem menção às principais produções agrícolas à época. A águia: guianense faz menção
à altivez, nobreza e realeza do povo do Estado.
Letra b.

002. (MOVENS/PC-PA/2009/DELEGADO/ADAPTADA) Considerando que a usina hidrelétrica


de Tucuruí foi um dos grandes empreendimentos brasileiros em infraestrutura nas últimas dé-
cadas, assinale a opção correta a respeito desse assunto.
a) Como consequência da construção da usina, o Município de Tucuruí tornou-se um dos mais
pobres do Estado do Pará.
b) A referida usina foi projetada para produzir energia elétrica para a Região Sudeste.
c) É a maior usina com área apenas em território da Amazônia Legal.
d) Essa usina hidrelétrica foi construída para aproveitar o potencial energético do rio Tocantins.

Obra construída com o intuito de aproveitar o potencial hidrelétrico do rio Tocantins e maximi-
zar a produção de energia na região.
Letra d.

003. (FGV/2014) Sem a construção de novas hidrelétricas com grandes reservatórios, diminui
a capacidade do Brasil de poupar água para produção de eletricidade nos meses de estiagem.

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a Questão Agrária e Minerária e os Conflitos Territoriais no Estado do Pará – Parte I
Rafael Valle

As novas hidrelétricas construídas no Brasil não possuem reservatórios volumosos. São as


chamadas usinas “a fio d’água”, que têm como ponto positivo a redução do impacto ambiental,
mas têm redução de produção de energia durante os meses de estiagem. No Brasil, o maior
exemplo de hidrelétrica a fio d’água, na atualidade, é:
a) Itaipu, no rio Paraná.
b) Santo Antônio, no rio Uruguai.
c) Belo Monte, no rio Xingu.
d) Sobradinho, no rio São Francisco.
e) Tucuruí, no rio Tocantins.

Na intenção de evitar os prejuízos acarretados pela construção de hidrelétricas tradicionais,


foram criadas as usinas a fio d’água. Uma opção mais sustentável que não necessita de gran-
des reservatórios de água, reduzindo a estrutura das barragens e a dimensão dos lagos como
na hidrelétrica de Belo Monte (rio Xingu, PA). O problema desse modelo é que a geração de
energia pode ficar comprometida em época de estiagem prolongada.
Letra c.

004. (UFJF-MG/2011/ADAPTADA) Observe a imagem abaixo publicada no Diário do Comércio:

Em todo projeto energético de grande porte, existem impactos positivos e negativos.


Sobre o projeto da usina Belo Monte, assinale a alternativa correta.
a) A hidrelétrica ocupa parte da área de cinco municípios do Maranhão: Codó, São Luís, Impe-
ratriz, Graça Aranha e Guimarães.
b) A usina é capaz de gerar cerca de 11 000 MW de energia e em potência instalada, a usina de
Belo Monte é a quarta maior hidrelétrica do mundo.
c) A área onde foi construída a usina abriga tribos dos povos indígenas dos Maxacalis, que
tiveram que deixar as suas terras.
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d) Para a construção da usina, foi necessária a supressão de 1000 ha de vegetação, destruindo


a biodiversidade da Mata Atlântica.
e) Para o funcionamento da usina, foi construído um lago, às margens do rio Araguaia, que
provocou mudanças no microclima da região.

A usina hidrelétrica de belo monte, é umas das maiores usinas do Brasil, tendo grande impor-
tância para o abastecimento de energia da maior parte da população brasileira, os impactos
são inúmeros, porém também possuem ideias positivas.
Belo Monte é a quarta maior hidrelétrica do mundo, atrás das chinesas Três Gargantas com
potência de 20 300 MW e Xiluodu com potência de 13 800 MW e da brasileira/ paraguaia Itaipu
com potência de 14 000 MW, sendo a maior hidrelétrica 100% brasileira.
Letra b.

005. (INÉDITA/2021) Acerca das polêmicas que envolveram a construção da Usina Hidrelétri-
ca de Belo Monte, marque a alternativa correta:
a) A construção de Belo Monte foi contestada por grupos indígenas, que não admitiam a pas-
sagem dos trabalhadores da obra em suas terras.
b) O principal problema durante a construção da usina não estava relacionado à demanda por
energia, uma vez que o Brasil já havia encontrado autossuficiência energética para os 20 anos
seguintes.
c) A construção da hidrelétrica aflorou as disputas e discussões sobre desenvolvimento e con-
servação do meio natural.
d) A usina de Belo Monte gerou polêmicas por gerar graves impactos ambientais, inclusive os
relacionados com a emissão de poluentes na atmosfera.

Conforme ocorre o desenvolvimento econômico e social do país, maior é a demanda por ener-
gia. Isso exige novas medidas para o atendimento dessa demanda, como é o caso de Belo
Monte, que passou a ser uma alternativa para a construção de termoelétricas, consideradas
mais poluentes, confrontando mais uma vez o desenvolvimento com a preservação ambiental.
Letra c.

006. (IBADE/SEE-PB/2017/PROFESSOR GEOGRAFIA) A Usina Hidrelétrica de Tucuruí, cons-


truída na segunda metade do século XX, é uma das maiores UHE do Brasil. É a principal usina
integrante do Subsistema Norte e está instalada no Rio:
a) Madeira
b) São Francisco
c) Paranaíba

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d) Xingu
e) Tocantins

A Usina Hidrelétrica de Tucuruí é uma central hidroelétrica no Rio Tocantins, no município de


Tucuruí, no estado do Pará.
Letra e.

007. (INÉDITA/2021) A cidade de Melgaço possui o pior Índice de Desenvolvimento Humano


(IDH) do Brasil.

De acordo com o Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cidade possui IDH de
0,418, enquanto o Brasil possui um IDH de 0,699. Quanto mais próximo esse índice é de 1, mais
desenvolvido é o estado, país.
Certo.

008. (INÉDITA/2021) O estado do Pará se destaca por ser um dos melhores estados em con-
dições de saneamento básico e está entre os três primeiros na proteção dos recursos hídricos
do país, devido ao vasto recursos mananciais presentes em seu território.

Quem dera se fosse verdade. O estado do Pará está entre um dos piores estados brasileiros
no quesito saneamento básico, pois de acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre
Saneamento e com o Instituto Trata Brasil, apenas 1,18% da população possui tratamento de
esgoto, 54,4% não tem acesso à água e mais de 94% da população paraense não possui servi-
ços de coleta de esgoto.

Errado.

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009. (INÉDITA/2021) Epidemias relacionadas à ausência ou deficiência no sistema de sane-


amento básico causa doenças como diarreia, leptospirose, malária e hepatite. No Pará hou-
ve mais de 100 mortes decorrentes de doenças vinculadas aos recursos hídricos de sanea-
mento básico.

De acordo com o IBGE, de todos os municípios brasileiros, apenas 34,7% registraram epidemias
relacionadas a falta ou deficiência de saneamento básico. Dados apresentados pelo DATASUS.
Certo.

010. (INÉDITA/2021) Saneamento básico é o conjunto de serviços prestados à popula-


ção, serviços esse como a distribuição de água potável, tratamento de esgoto e limpeza de
logradouros.

Saneamento básico é: a captação de água do rio, tratamento dessa água para que ela seja apta
para o consumo; coleta do esgoto, e tratamento desse para que a água retorne ao rio; e assim
ocorreu um clico.

Errado.

011. (INÉDITA/2021) O estado do Pará está entre os piores estados brasileiros no quesito
saneamento básico, porém, há três municípios pertencentes a ele que possuem níveis de tra-
tamento satisfatório para a população paraense que são; Belém, Santarém e Ananindeua.

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Esses três municípios coletam menos que 15% de tratamento de esgoto. A média nacional é
de 53,15%, e esses municípios coletam bem menos que isso. Por exemplo, Ananindeua (PA)
apresenta 2,05% somente.
Errado.

012. (INÉDITA/2021) Antes da colonização do Brasil o território onde hoje é o estado do Pará
era povoado por diversas tribos indígenas. A formação do Estado do Pará se deu no início do
ano de 1600, mais precisamente em 1616, com a fundação do Forte do Presépio, primeiro mar-
co de construção da cidade de Belém, como se iniciou o seu povoamento?
a) Com a chegada dos portugueses
b) Somente com a chegada dos holandeses
c) Com a vinda dos Holandeses e ingleses, mas foi consolidada com a chegada dos portugueses
d) Com a vida dos espanhóis e dos portugueses no norte do país.

A formação do Estado do Pará se deu no início do ano de 1600, mais precisamente em 1616,
com a fundação do Forte do Presépio, primeiro marco de construção da cidade de Belém, na
época Santa Maria de Belém do Grão-Pará. Seu povoamento começou com a entrada de ho-
landeses e ingleses, que visavam a exploração de especiarias, mas foi realmente consolidado

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com a chegada dos portugueses que além da intenção de expandir a ocupação na região ama-
zônica, visavam a exploração da biodiversidade do local.
Letra c.

013. (INÉDITA/2021) O Pará possui vários patrimônios históricos e culturais espalhados por
seu território, dentre eles podemos citar alguns muito conhecidos como:
a) Monumento de Getúlio Vargas, Museu Emílio Goeldi, Estátua de Iracema Guardiã;
b) Monumento Getúlio Vargas, Monumento de Luiz Vaz de Camões e o Monumento aos
Intendentes;
c) Mausoléu Castello Branco, Museu Emílio Goeldi, Monumento às Bandeiras;
d) Monumento Getúlio Vargas, Estátua de Iracema Guardiã e monumento às Bandeiras.

Monumento Getúlio Vargas – Localizado na da cidade de Belém.


Monumento de Luiz Vaz de Camões – Também localizado em Belém-PA, esse monumento foi
esculpido em bronze fundido, em homenagem ao poeta e importante nome da literatura da
língua portuguesa, pela comunidade Luso Brasileira do Pará e do Consulado de Portugal e o
Monumento aos Intendentes – Construído em 1906, baseado na Fonte de Médicis do Parque
do Palácio de Luxemburgo de Paris.
Letra b.

014. (PREFEITURA DE MAGALHÃES BARATA-PA/INAZ DO PARÁ/2019) A revolta dos Caba-


nos ou Cabanagem foi um movimento popular ocorrido na Província do Grão-Pará, sendo Cle-
mente Macher uma das lideranças do governo Cabano que fato levou a ocorreu que culminou
com a morte de Clemente Malcher.
a) Chegada da brigada do Império na província.
b) Fim da revolta.
c) A volta do antigo presidente da província Lobo de Souza.
d) Ruptura das lideranças cabanas.

No início, o movimento cabano associava-se a uma disputa política pelo poder no seio da elite
branca e parecia dar continuidade às disputas mal resolvidas desde a Independência. Naque-
la época, apesar da separação de Portugal, muitos portugueses ainda continuaram a ocupar
posições políticas e econômicas privilegiadas. Da mesma forma, muitos oficiais e soldados
portugueses mantiveram seus postos e soldos maiores do que os dos oficiais e soldados de
origem brasileira. Também a maioria dos párocos e sacerdotes era estrangeira. Se a insatis-
fação dos paraenses e brasileiros natos era notória, a Cabanagem, entretanto, foi mais do que
uma disputa para destronar os brancos portugueses residentes em Belém e colocar no poder

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os brancos e mestiços nacionais ou paraenses. Dessa briga política, elitista e “bairrista”, o mo-
vimento desembocou, já em fevereiro de 1835, por conta de conflitos internos, no assassinato
de seu líder, Felix Clemente Malcher.
Letra d.

015. (PREFEITURA DE MAGALHÃES BARATA-PA/INAZ DO PARÁ/2019) A presença de por-


tugueses no Pará deu-se no século XVII. Que personagem da história foi propulsor da ocupa-
ção da terra hoje denominada Belém?
a) Francisco Caldeira de Castelo Branco.
b) Pedro Teixeira.
c) Antônio Lemos.
d) Julio César.

A história de Belém começa em outra capital, a vizinha São Luís, no Maranhão: foi a partir dela
que a coroa portuguesa planejou conquistar uma terra nova no vale do rio Amazonas, para ga-
rantir proteção contra invasores de outras partes da Europa.
“O documento que enviou no caso Francisco Caldeira Castelo Branco para o Pará foi assinado
também aqui, ele é datado do dia 22 de dezembro de 1615. O mundo português precisava de
proteção ali pra entrada do Amazonas onde os holandeses, franceses, ingleses e irlandeses
mantinham contato com as populações indígenas de Cametá, Bragança, os Caetés, pacajá e
outras regiões” explica o turismólogo e historiador Antônio Norberto.
A preocupação da coroa portuguesa começou em 1615 – três anos após os franceses funda-
rem a cidade de São Luís em 1612. “A preocupação de Portugal era que esses franceses que
estavam aqui, chegassem à região de Belém, então para consolidar essa presença portugue-
sa, foi enviado Francisco Caldeira para fundar a cidade de Belém”, disse o historiador Rodri-
go do Norte.
Por conta disso, pode se afirmar que o marco zero de São Luís – o Palácio dos Leões – também
faz parte da história de Belém. “O norte do Brasil começou a ser colonizado pelos portugueses
a partir de São Luís e Belém porque antes dos franceses chegarem e fundarem a cidade de São
Luís, essa parte era abandonada”, afirma a escritora Ana Luíza Almeida.
Letra a.

016. (INÉDITA/2021) O estado do Pará possui uma grande reserva de água, vinda principal-
mente do Rio Amazonas. Devido às grandes bacias hidrográficas, o Pará possui a segunda
maior usina hidrelétrica 100% brasileira, que é:
a) Usina de Belo Monte
b) Usina de Itaipu
c) Usina de Tucuruí
d) Usina de São Luiz do Tapajó
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A Usina Hidrelétrica de Tucuruí é uma central hidroelétrica no Rio Tocantins, no município de


Tucuruí (a cerca de 300 km ao sul de Belém), no estado do Pará, com uma capacidade gerado-
ra instalada de 8.370 MW.
Em potência instalada, Tucuruí é a segunda maior usina hidroelétrica 100% brasileira, ficando
apenas atrás da usina de Belo Monte.
Letra c.

017. (INÉDITA/2021) Acerca das manifestações culturais do Pará, qual das afirmativas se-
guintes corresponde a afirmação a seguir:
_________ consiste em uma procissão feita em Belém sempre no segundo domingo do mês
de outubro. É fruto da influência portuguesa e é considerada uma das maiores manifestações
religiosas do país.
a) A folia do Boi de Máscara
b) Carnaval de Cametá
c) Círio de Nazaré
d) A festa do Cairé

A procissão reúne milhares de devotos de Nossa Senhora de Nazaré para lembrar dos seus
milagres. Além de ser uma grande manifestação de fé, é também uma importante forma de
fortalecer a economia da região através do turismo religioso na região.
Letra c.

018. (INÉDITA/2021) O Pará, assim como os outros estados da Federação, possui várias mar-
cas culturais e históricas, uma delas é a sua dança característica, que dança tem origem no
estado do Pará?
a) Carimbó
b) Forró
c) Axé
d) Samba

A dança Carimbó é a forma de dança mais importante do Estado do Pará. Tem a influência os
índios Tupinambás, escravos africanos e de europeus portugueses.
Na dança encontram-se elementos destas três etnias, remanescentes do folclore português,
ritmos africanos e marcas indígenas.
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O Carimbó acontece com todos os participantes descalços. As mulheres usam roupas de co-
res vivas, saias com babados, colares e pulseiras feitas de sementes. Elas utilizam também
ramos de rosas em seus cabelos.
Letra a.

019. (INÉDITA/2021) O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) é utilizado para classificar


os países em: desenvolvido, em desenvolvimento, subdesenvolvidos. Além disso, o IDH pode
ser classificado em Muito alto, alto, médio, baixo e muito baixo. Dentre as alternativas a seguir,
qual cidade do Pará tem IDH considerado muito alto?

O Pará não possui nenhum município com IDH muito alto.


Errado.

020. (INÉDITA/2021) O Monumento de Luiz Vaz de Camões foi construído em 1906, baseado
na Fonte de Médici do Parque do Palácio de Luxemburgo de Paris. É uma homenagem feita
aos intendentes e chefes políticos que tomaram parte do Congresso Político de 15 de agosto
de 1903, no Pará

Localizado em Belém-PA, o Monumento de Luiz Vaz de Camões foi esculpido em bronze fun-
dido, em homenagem ao poeta e importante nome da literatura da língua portuguesa, pela
comunidade Luso Brasileira do Pará e do Consulado de Portugal.

Errado.

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GABARITO
1. b
2. d
3. c
4. b
5. c
6. e
7. C
8. E
9. C
10. E
11. E
12. c
13. b
14. d
15. a
16. c
17. c
18. a
19. E
20. E

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Rafael Valle
Bacharel e Licenciado em Geografia pela Universidade de Brasília (2012). Pós-graduado em Gestão
em Segurança Pública pelo IBEDF - Instituto Brasileiro de Educação. Pós-graduado em Constitucional
Administrativo pelo IBEDF - Instituto Brasileiro de Educação.
Exerce o cargo de Agente de Polícia Civil do Distrito Federal desde 2014. Professor das disciplinas de
Atualidades e Conhecimentos do DF em diversos cursos preparatórios do Distrito Federal e do Brasil.

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