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CONSTITUIÇÃO DO

ESTADO DO PARÁ
Princípios, Direitos e Garantias
Fundamentais

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PARÁ
Princípios, Direitos e Garantias Fundamentais
Diogo Surdi

Sumário
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Princípios, Direitos e Garantias Fundamentais......................................................................... 4
1. Princípios Fundamentais............................................................................................................ 4
1.1. Soberania.. ................................................................................................................................... 7
1.2. Cidadania.................................................................................................................................... 8
1.3. Dignidade da Pessoa Humana................................................................................................ 8
1.4. Valores Sociais do Trabalho e da Livre Iniciativa. . ............................................................. 9
1.5. Pluralismo Político. . .................................................................................................................. 9
1.6. Objetivos Fundamentais.. ...................................................................................................... 10
2. Direitos e Deveres Individuais e Coletivos. . ......................................................................... 10
3. Soberania Popular..................................................................................................................... 18
4. Organização do Estado............................................................................................................ 24
4.1. Disposições Preliminares. . .................................................................................................... 24
4.2. Símbolos e Bens do Estado.................................................................................................. 25
4.3. Competência do Estado........................................................................................................ 27
Exercícios......................................................................................................................................... 30
Gabarito............................................................................................................................................ 45

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Diogo Surdi

Apresentação
Olá, aluno(a), tudo bem? Espero que sim!
Na aula de hoje, veremos as regras expressas na Constituição do Estado do Pará em rela-
ção aos Princípios, Direitos e Garantias Fundamentais.
Para treinarmos tudo aquilo que foi estudado, e considerando que não contamos com mui-
tas questões anteriores, faremos uso das questões existentes (adaptadas, quando necessá-
rio) e, ainda, de questões inéditas.
Grande Abraço a todos e boa aula!
Diogo

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Princípios, Direitos e Garantias Fundamentais
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PRINCÍPIOS, DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS


1. Princípios Fundamentais
A República Federativa do Brasil é classificada, quanto à forma de estado, em federação.
Com isso, temos, em nosso ordenamento, vários entes federativos, sendo eles a União, os Es-
tados, o Distrito Federal e os Municípios.

Os Estados, assim como os demais entes, gozam de autonomia política, administrativa e


financeira. Como decorrência destas autonomias, inclusive, é que tais entes podem elaborar
as “normas máximas” que irão reger toda a sua forma de atuação.
Com relação aos Municípios e ao Distrito Federal, tal norma é representada por meio de
uma Lei Orgânica, que deve ser votada pela Câmara Municipal, em dois turnos, com o interstí-
cio mínimo de 10 dias e aprovação de 2/3 dos membros.
No âmbito dos Estados, por sua vez, a norma é a Constituição Estadual.
Em ambos as situações, salienta-se, as normas elaboradas por cada um dos entes federa-
tivos devem observar as diretrizes expressas no texto da Constituição Federal.
Neste sentido é o teor do artigo 1º da Constituição do Pará, que apresenta a seguin-
te redação:

Art. 1º. O Estado do Pará é parte integrante da República Federativa do Brasil, exercendo, em seu
território, os poderes decorrentes de sua autonomia, regendo-se por esta Constituição e leis que
adotar, observados os princípios da Constituição Federal.

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Assim, na medida em que um dos fundamentos é a soberania nacional, temos, no âmbito


dos demais entes federativos, a autonomia. Logo, é correto afirmar que o Estado do Pará é
autônomo, devendo observar, no âmbito de suas relações, a soberania da República Federativa
do Brasil.

Como decorrência da autonomia conferida a cada um dos entes federativos, o estado


do Pará possui a capacidade de auto-organização, auto legislação, autogoverno e autoad-
ministração.
Por meio da auto-organização, o ente federativo elabora suas próprias normas fundamen-
tais, que devem ser observadas quando da edição dos demais diplomas legais. No caso do
Pará, como estamos diante de um estado, a norma fundamental é, como já informado, a Cons-
tituição Estadual.
A auto legislação confere aos entes federativos a possibilidade de editarem suas próprias
normas jurídicas, tal como as leis ordinárias, as leis complementares e as resoluções.
Quando da sua edição, não devem tais entes sofrer influência das disposições emanadas
pelas demais pessoas jurídicas. Devem, contudo, observar as normas expressas pela Cons-
tituição Federal (que possui alcance nacional), e pela norma fundamental do respectivo ente
federativo (no caso do Pará, a Constituição Estadual).

O Estado do Pará, fazendo uso da prerrogativa de auto-organização, edita a respectiva Cons-


tituição Estadual. Tal norma deve ser observada por toda a população do respectivo ente
federativo.
Posteriormente, quando o estado, fazendo uso da auto legislação, editar normas com a fina-
lidade de regulamentar os mais diversos assuntos, deverá observar as regras emanadas pela
Constituição Estadual.
No entanto, todos os entes federativos, independente da obrigação de observar as regras
previstas nas respectivas normas fundamentais, devem obediência às disposições da Cons-
tituição Federal, uma vez que esta possui abrangência nacional, alcançando todos os entes
federados.

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A prerrogativa de autogoverno refere-se à possibilidade de cada um dos entes federati-


vos escolher seus próprios representantes e organizar os membros que irão atuar nos de-
mais Poderes.
No âmbito dos cargos eletivos, a escolha será feita de forma direta pela população, oportu-
nidade em que os eleitores serão convocados a, por meio do voto direto, obrigatório e secreto,
manifestar suas vontades em eleições realizadas periodicamente.
A autoadministração, por fim, refere-se às competências administrativas próprias que são
estabelecidas, pela Constituição Federal, a cada um dos entes federativos. Assim, ainda que
cada um dos entes se organize internamente e possuam a capacidade de criar normas desti-
nadas ao correto funcionamento interno, certas competências são atribuídas diretamente pela
Constituição Federal.
Importante frisar que, ao passo que certas competências são atribuídas aos entes em ca-
ráter exclusivo (não podendo ser exercidas por outro ente que não o previsto na Constituição),
inúmeras outras, ainda conforme as disposições da Constituição Federal, devem ser exercidas
cumulativamente, ou seja, por todos os entes da federação.

Os entes podem elaborar suas próprias Constituições (Federal


Auto-organização
ou Estadual) ou Leis Orgânicas
Os entes podem elaborar suas próprias normas, devendo obser-
Auto legislação var as regras da Constituição Federal e da respectiva norma
fundamental de cada ente
Os entes podem organizar seus próprios poderes. Nos cargos
Autogoverno eletivos, a escolha será feita pela população. Nos demais Pode-
res, será feita conforme previsão de cada um dos entes
Cada ente possui competências administrativas próprias, esta-
Autoadministração
belecidas pela Constituição de forma exclusiva ou cumulativa

Em seu parágrafo único, o artigo 1º da Constituição Estadual apresenta a seguinte previsão:

Art. 1º, Parágrafo Único - Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes
eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

Desta forma, temos que memorizar que o poder, que emana, sempre, do povo, pode ser
exercido de duas diferentes formas:
a) indiretamente, por meio de representantes eleitos em eleições diretas, periódicas
e secretas;
b) diretamente, por meio, dentre outros, dos institutos do plebiscito, do referendo e da ini-
ciativa popular;

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De acordo com o artigo 2º, temos o compromisso do Estado do Pará em manter e preser-
var a República Federativa do Brasil, que, por sua vez, está fundada em importantes princípios
fundamentais.

Art. 2º. O Pará proclama o seu compromisso e o de seu povo de manter e preservar a República
Federativa do Brasil como Estado de Direito Democrático, fundado na soberania nacional, na cidada-
nia, na dignidade do ser humano, nos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e no pluralismo
político.

Considerando a importância destes postulados, nada melhor do que fazermos uma “revi-
são” a respeito dos mencionados princípios fundamentais.

1.1. Soberania
A soberania está ligada à noção de independência de um país em relação aos de-
mais Estados.
Trata-se a soberania, desta forma, de atributo considerado essencial para que a República
Federativa do Brasil possa fazer valer a sua vontade sem se subordinar aos interesses de ou-
tros países.
Decorre da soberania, também, a obrigatoriedade de cumprimento das obrigações assumi-
das, por parte de cada uma das nações, em caso de celebração de acordo ou tratado.
Um exemplo desta situação, sendo, inclusive, uma decisão proferida pelo STF e pautada no
fundamento da soberania, foi a negativa, pelo presidente da República, de entrega do extradi-
tando ao país requerente, conforme verifica-se, de uma melhor forma, da análise do julgamento
proferido na RCL 11.243:
O art. 1º da Constituição assenta como um dos fundamentos do Estado brasileiro a sua so-
berania – que significa o poder político supremo dentro do território, e, no plano internacional,
no tocante às relações da República Federativa do Brasil com outros Estados soberanos, nos
termos do art. 4º, I, da Carta Magna. A soberania nacional no plano transnacional funda-se no
princípio da independência nacional, efetivada pelo presidente da República, consoante suas
atribuições previstas no art. 84, VII e VIII, da Lei Maior. A soberania, dicotomizada em interna
e externa, tem na primeira a exteriorização da vontade popular (art. 14 da CRFB) através dos
representantes do povo no parlamento e no governo; na segunda, a sua expressão no plano
internacional, por meio do presidente da República. No campo da soberania, relativamente à
extradição, é assente que o ato de entrega do extraditando é exclusivo, da competência indecli-
nável do presidente da República, conforme consagrado na Constituição, nas leis, nos tratados
e na própria decisão do Egrégio STF na Ext 1.085.

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1.2. Cidadania
Ao incluir a cidadania como um dos fundamentos da RFB, a ideia do legislador constituinte
foi a de incentivar uma maior participação popular nas decisões políticas do país.
Neste contexto, a definição de cidadão alcança todos aqueles que estejam em condições
de exercer o direito de votar. É por meio do voto, realizado em eleições diretas e periódicas, que
o corpo de eleitores escolhe os representantes populares, que serão, por um período de tempo,
os responsáveis pela proposição das medidas necessárias ao bem estar da coletividade.
Assim, o fundamento da cidadania está intimamente ligado à democracia, na medida em
que confere aos eleitores (cidadãos) a possibilidade de participação em diversas ações e pro-
cedimentos ligados às decisões fundamentais do Estado.

1.3. Dignidade da Pessoa Humana


Não é exagero afirmar que a dignidade da pessoa humana trata-se de princípio fundamental
extremamente utilizado tanto pelo legislador constituinte quanto pelo Supremo Tribunal Federal.
Neste último caso, o fundamento pauta as decisões do órgão no controle das normas
editadas. Para o legislador, serve de parâmetro para uma série de dispositivos da Constituição
Federal, dentre os quais merece destaque os direitos e as garantias fundamentais.

Como exemplo de utilização da dignidade da pessoa humana, podemos citar duas impor-
tantes Súmulas Vinculantes do STF, a saber:

Súmula Vinculante 11: Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado


receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de
terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disci-
plinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato proces-
sual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.
Súmula Vinculante 25: A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manu-
tenção do condenado em regime prisional mais gravoso, devendo-se observar, nessa
hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS.

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Além disso, podemos citar importantes decisões tomadas pelo STF e que decorrem da
dignidade da pessoa humana:
a) O direito à igualdade sem discriminações abranger a identidade ou a expressão de gênero;
b) As inúmeras políticas de inclusão, como as cotas para diversas classes de pessoas;
c) A possibilidade de realização de pesquisas com células-tronco embrionárias;
d) A impossibilidade, por violar a dignidade da pessoa humana, de submissão compulsória
do pai ao exame de DNA;
e) A legitimidade da união homo afetiva como entidade familiar;

1.4. Valores Sociais do Trabalho e da Livre Iniciativa


Ao elencar os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa como fundamento, a Consti-
tuição Federal estabelece, assim como ocorre em outros dispositivos, que somos um Estado
capitalista.
Consequentemente, teremos a valorização do trabalho e também da livre iniciativa para as
atividades econômicas.

1.5. Pluralismo Político


Como é sabido, é por meio da eleição de representantes que o corpo eleitoral participa,
indiretamente, do regime democrático.

Sendo assim, seria bastante complicado caso tivéssemos apenas uma agremiação parti-
dária disponível para a escolha dos representantes, não é mesmo?

Logo, o fundamento do pluralismo político está intimamente ligado à ideia do legislador


constituinte de possibilitar que diversas e diferentes ideologias políticas sejam defendidas, de
forma livre, em nosso ordenamento jurídico.
O pluralismo político não se limita ao aspecto “político” propriamente dito, mas sim tam-
bém à liberdade de opinião. Nestas situações, deve ser ressaltado que a Constituição Federal,
ainda que garanta o livre exercício da manifestação do pensamento, assegura também o direi-
to de resposta, que será proporcional ao agravo.
Uma importante exceção deve ser feita com relação ao pluralismo político. Ainda que a
regra geral seja a possibilidade de qualquer pessoa expressar livremente suas convicções po-
líticas ou filosóficas, esta liberdade não alcança, na visão do STF, os intitulados “discursos de
ódio”, ou seja, discursos realizados com o objetivo de inferiorizar grupos de pessoas com base
na raça, religião, gênero e nacionalidade.

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1.6. Objetivos Fundamentais


De acordo com o artigo 3º da Constituição Estadual,

O Estado do Pará atuará, com determinação, em todos os seus atos e pelos seus órgãos e agentes,
no sentido de realizar os objetivos fundamentais do País (...).

Desta forma, os objetivos fundamentais, como o próprio nome sugere, estão ligados
às metas a serem alcançadas pelo ente federativo no desempenho de todas as suas
atividades.
Logo, ainda que existam outros objetivos, os fundamentais são aqueles que servem como
“norte” para o exercício de todas as demais políticas públicas.
De acordo com a Constituição Estadual, cinco são os objetivos fundamentais do Estado do
Pará, a saber:
• Construir uma sociedade livre, justa e solidária;
• Garantir o desenvolvimento nacional;
• Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais, raciais e re-
gionais;
• Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, orientação sexual,
cor, idade, deficiência e quaisquer outras formas de discriminação.
• Dar prioridade absoluta aos assuntos de interesse dos cidadãos.

2. Direitos e Deveres Individuais e Coletivos


A origem dos direitos fundamentais está intimamente relacionada com a necessidade de
imposição de limites à atuação do Estado. Por intermédio dos direitos fundamentais, desta
forma, os indivíduos passaram a contar com uma proteção, gerando um aumento em sua liber-
dade e uma limitação na atuação do Poder Público.

 Obs.: Inicialmente, a atuação do Estado consistia em uma série de imposições e deveres aos
indivíduos que estavam sob a sua proteção.
 Como resultado destas ações do Poder Público, tínhamos uma população acuada e
que praticamente não podia expressar as suas vontades.
 Com o surgimento dos primeiros direitos fundamentais, passou-se a exigir uma “não
atuação” do Estado, resultando em um aumento das liberdades conferidas à popu-
lação e em uma maior autonomia das relações privadas ante a atuação do Poder
Público.

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Não devemos confundir os direitos fundamentais, contudo, com os direitos humanos.


O termo direitos humanos trata-se de um conceito mais amplo, compreendendo todos
os direitos reconhecidos em tratados e convenções internacionais pelo direito internacional
público. Tais tratados e convenções podem tanto ser de âmbito global como regional, sendo
necessário, para a sua inclusão no ordenamento jurídico de um país, que sejam positivados
pelo respectivo Estado.

Como exemplo de tratado global, pode-se citar o Pacto Internacional sobre Direitos Políticos.
Como exemplo de convenção regional, cita-se a Convenção Americana de Direitos Humanos.
Em ambas as situações, para que os direitos humanos previstos nos acordos possam ter vali-
dade em um determinado Estado, faz-se necessário que o respectivo país reconheça e positive
os direitos acordados.
Uma vez positivados, tais direitos podem ou não assumir o status de direitos fundamentais.

Usamos diversas vezes o termo “positivar”. Você sabe o que isso significa?

Positivar significa reconhecer, estar escrito, expresso em um documento. As normas po-


sitivadas são aquelas que foram reconhecidas como aptas a regular as relações jurídicas da
população de território determinado. São, em última análise, todas as normas expressas em
um ordenamento, desde a Constituição até as leis e pelos decretos regulamentares.
Os direitos fundamentais, por sua vez, são os direitos reconhecidos à população de um
dado território mediante a confecção de um documento específico. E este documento especí-
fico nada mais é do que a Constituição do respectivo país, responsável por instituir o ordena-
mento jurídico e por positivar os direitos assegurados aos seus indivíduos.
Com isso, chegamos à importante conclusão de que nem todos os direitos humanos são
considerados direitos fundamentais, mas sim apenas aqueles que foram positivados pela
Constituição Federal.

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Você já se perguntou o que é um direito? E uma garantia fundamental?

Os direitos fundamentais podem ser conceituados como os bens e as vantagens conferi-


dos pela Constituição Federal.
As garantias fundamentais, por outro lado, são os mecanismos constitucionalmente pre-
vistos com a finalidade de proteger os direitos fundamentais.

Como exemplo de direito fundamental, temos a liberdade de locomoção, prevista em nosso


ordenamento por meio do artigo 5º, XV, da Constituição Federal:
“É livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens.”
Para proteger tal direito e assegurar que este possa ser exercido, a própria Constituição Federal
estabelece, por exemplo, a garantia do habeas corpus, conforme previsão do artigo 5º, LXVIII:
“Conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer vio-
lência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.”

De acordo com o momento histórico em que surgiram e foram reconhecidos pelo orde-
namento jurídico, os direitos fundamentais podem ser classificados em cinco gerações ou
dimensões.
a) Primeira Geração: Até meados da Idade Média, o Estado era conduzido mediante as
ordens da monarquia. As opiniões do rei, nesta época, eram absolutas, não podendo ser objeto
de contestação por parte da população.

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Com o passar do tempo, os indivíduos começaram a se revoltar com os desmandos e


abusos cometidos, dando ensejo ao surgimento do Liberalismo e dos primeiros direitos
fundamentais.
Os direitos fundamentais de primeira geração são formados pela necessidade de uma “não
atuação” do Estado, aumentando assim a liberdade da população.
Por este motivo, tais direitos são comumente conhecidos como “direitos negativos” ou “di-
reitos de defesa”, uma vez que são resultados da necessidade de proteção à população ante
os desmandos do Estado.
b) Segunda Geração: Com os direitos de primeira geração, a população conquistou um
grande passo, passando a fazer jus, conforme mencionado, a uma maior liberdade de atuação.
Com o passar dos anos, contudo, a simples existência de uma não interferência estatal
se revelou insuficiente para que a integridade da população fosse mantida. Neste cenário, era
bastante comum que os trabalhadores fossem submetidos a jornadas de trabalho de mais de
15 horas diárias por 7 dias da semana.
Surgem, então, os direitos fundamentais de segunda geração, caracterizados por presta-
ções positivas do Estado para os indivíduos. Neste contexto, a sociedade exige que o Poder
Público não se restrinja ao fato de não interferir nas relações humanas, mas sim que ofereça
a todos os indivíduos sob a sua guarda uma série de direitos que permitam a manutenção da
dignidade da pessoa humana.
Na segunda geração, o paradigma utilizado é a igualdade, sendo exemplos os direitos so-
ciais, os direitos econômicos e os direitos culturais.
Por assegurar uma prestação à população, tais direitos também são conhecidos como “li-
berdades positivas” ou “direitos do bem-estar”, tendo tido início no final do século XIX e início
do século XX.

Na medida em que direitos sociais como as férias e o descanso semanal remunerado são
garantidos à população, temos um Estado que não apenas está deixando de agir, mas sim que
está ofertando à população melhores condições de vida.
Nesta situação, o que está pautando a atuação estatal é a igualdade, de forma que todas as
pessoas que estejam sob a mesma condição devem fazer jus aos mesmos benefícios e pres-
tações do Poder Público.

c) Terceira Geração: Os direitos de terceira geração surgiram da preocupação da comuni-


dade internacional com os ditos direitos transindividuais, ou seja, direitos que ultrapassam o
próprio indivíduo.
Desta forma, os direitos de terceira geração não se destinam apenas a um indivíduo ou
grupo de pessoas pertencentes a um determinado Estado. Sua incidência é ampla, difusa, re-
caindo sob toda a espécie humana.

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Como exemplo, cita-se o direito ao meio ambiente, ao progresso e à defesa do consumidor.


Em todas estas situações, o fundamento utilizado é a fraternidade.
d) Quarta Geração: Os direitos fundamentais de quarta geração são aqueles intimamente
relacionados com a globalização. De acordo com esta corrente, fazem parte de tal geração o
direito à democracia direta, o direito à informação e todos os direitos relacionados com a bio-
tecnologia.
Nesta dimensão, os direitos fundamentais seriam os responsáveis por evitar que as mani-
pulações genéticas ocorressem sem nenhum tipo de controle.
Marcelo Novelino apresenta uma importante definição acerca dos direito fundamentais de
quarta dimensão:

Tais direitos foram introduzidos no âmbito jurídico pela globalização política, compreendem o di-
reito à democracia, informação e pluralismo. Os direitos fundamentais de quarta dimensão com-
pendiam o futuro da cidadania e correspondem à derradeira fase da institucionalização do Estado
social sendo imprescindíveis para a realização e legitimidade da globalização política.

e) Quinta Geração: Parte da doutrina identifica, ainda, uma quinta dimensão ou geração
de direitos fundamentais. De acordo com esta corrente, fortemente defendida por constitucio-
nalistas como Paulo Bonavides, a quinta geração seria representada como o direito de toda a
espécie humana à paz.
De acordo com o mencionado autor, a concepção de paz deve ser a mais ampla possível,
abrangendo todas as nações e servindo de base para a preservação da dignidade da pes-
soa humana.
Desta forma, podemos resumir todas as características acerca das gerações ou dimen-
sões dos direitos fundamentais por meio do gráfico abaixo:

Geração ou Dimensão Fundamento Características


Surgiram no final do século XVIII.
Exigia uma não atuação do Estado.
1ª Geração Liberdade
São representados pelos direitos civis e políticos.
São conhecidos como “liberdades negativas”.
Surgiram no final do século XIX.
Exigia uma atuação positiva do Estado.
2ª Geração Igualdade São representados pelos direitos sociais, econômicos
e culturais.
São conhecidos como “liberdades positivas”.
Surgiram no século XX.
Direitos atribuídos a toda a humanidade.
3ª Geração Fraternidade
São representados pelo direito ao meio ambiente, ao
progresso e à defesa do consumidor.

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Surgiram em meados do século XX.


Fundamentados na ideia de uma sociedade sem
4ª Geração Biotecnologia fronteiras.
Representados pelos direitos à democracia, à infor-
mação e a todas as questões biotecnológicas.
Surgiram em meados do século XX.
Decorre da necessidade de toda a espécie humana,
5ª Geração Paz
independente das diferenças sociais e ideológicas,
possuir paz.

Em seu artigo 5º, a Constituição do Estado do Pará estabelece uma importante previsão,
decorrência direta das disposições da Constituição Federal:

Art. 4º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos bra-
sileiros e aos estrangeiros residentes no Estado a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos da Constituição Federal e desta Constituição.

Observe que o mencionado artigo faz menção a cinco direitos fundamentais, sendo eles os
direitos à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
Estes cinco direitos, de acordo com a doutrina majoritária, são a base de todos os demais
direitos e garantias fundamentais.
Deve-se frisar, contudo, que tais direitos não possuem uma hierarquia superior aos dele de-
correntes. Nem mesmo o direito à vida, expressão direta da dignidade da pessoa humana e ele-
mento necessário para a fruição dos demais direitos e garantias, apresenta esta superioridade.
Como consequência, é correto afirmar que não há hierarquia entre os direitos fundamentais
constitucionalmente previstos, ainda que alguns deles, conforme mencionado, sirvam como
base para a existência dos demais.

Importante questão refere-se ao alcance dos direitos fundamentais. Assim, ainda que o
caput do artigo 5º faça menção aos “brasileiros e aos estrangeiros residentes no Estado”, o en-
tendimento atual é de que os direitos fundamentais, como regra, podem ser usufruídos pelos
brasileiros, pelos estrangeiros residentes no Estado e até mesmo pelos estrangeiros residen-
tes no exterior e que estejam em território estadual por um curto espaço de tempo.

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Princípios, Direitos e Garantias Fundamentais
Diogo Surdi

Nas palavras do STF (proferidas no julgamento do HC 94.016),

O súdito estrangeiro, mesmo o não domiciliado no Brasil, tem plena legitimidade para
impetrar o remédio constitucional do habeas corpus, em ordem a tornar efetivo, nas hipó-
teses de persecução penal, o direito subjetivo, de que também é titular, à observância e ao
integral respeito, por parte do Estado, das prerrogativas que compõem e dão significado
à cláusula do devido processo legal.

Caso um argentino esteja passando uma semana de férias em território paraense, poderá ele,
ainda que sua residência não seja no Brasil e sua estadia seja breve, fazer uso, caso sofra
coação em sua liberdade de locomoção, do habeas corpus, remédio constitucional utilizado
com a finalidade de evitar que o direito de ir e vir seja prejudicado.

As questões de concurso podem ser exigidas de duas diferentes


formas no que se refere ao alcance dos direitos fundamentais:
a) De forma literal, exigindo o conhecimento da literalidade do
caput do artigo 5º (brasileiros e estrangeiros residentes no
Estado).
b) De maneira mais avançada, exigindo o entendimento do
STF (brasileiros, estrangeiros residentes e estrangeiros não
residentes).

Uma das principais características dos direitos fundamentais é a relatividade. Por meio
dela, não existem, em nosso ordenamento, direitos e garantias de caráter absoluto.

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Muitas são as questões de prova que exigem a característica da relatividade dos direitos
fundamentais. Em todos os casos, devemos memorizar que “não existem direitos ou garantias
de caráter absoluto”.
Como consequência, até mesmo o direito à vida, necessário para que o indivíduo possa
fazer uso dos demais direitos, pode, em determinadas situações, ser relativizado diante de um
caso concreto.
Neste sentido, o conceito de vida não abrange apenas a vida extrauterina, mas também a
vida intrauterina. Como consequência, a prática de aborto, ressalvadas as exceções previstas
em lei, é considerada crime em nosso ordenamento jurídico.
Uma destas exceções consta em importante julgado do STF, conforme se observa da leitu-
ra da ADPF 54, por meio da qual a Suprema Corte estabeleceu a possibilidade de interrupção
da gravidez no caso de fetos anencéfalos. No caso, foi levado em conta o fato de a anencefalia
ser considerada uma patologia letal, de forma que os bebês nascidos em tal condição morrem
poucas horas após o parto.

FETO ANENCÉFALO – INTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZ – MULHER - DIGNIDADE –DIREITOS FUN-


DAMENTAIS. Mostra-se inconstitucional interpretação de a interrupção da gravidez de feto
anencéfalo ser conduta tipificada nos artigos 124, 126 e 128, incisos I e II, do Código Penal.

Outra decisão importante do STF e intimamente relacionada com a inviolabilidade do direi-


to à vida refere-se à possibilidade de realização de pesquisas com células-tronco. De acordo
com o tribunal, a pesquisa é possível quando atender a duas condições:
a) as células embrionárias tenham sido obtidas de embriões humanos produzidos por
fertilização in vitro;
b) os embriões decorrentes da fertilização não sejam utilizados em procedimentos repro-
dutivos posteriores.
De acordo com a Constituição Estadual, será punido, na forma da lei, o agente público, in-
dependentemente da função que exerça, que violar os direitos constitucionais.
Como decorrência desta previsão, o §2º do artigo 5º determina que

incide na penalidade de destituição de mandato administrativo ou de cargo ou função de direção,


em órgão da administração direta ou indireta, o agente público que, dentro de noventa dias do re-
querimento do interessado, deixar, injustificadamente, de sanar omissão inviabilizadora do exercício
de direito constitucional.

Sendo assim, caso haja um requerimento do particular interessado e o agente público,


dentro do prazo de 90 dias, não promover, injustificadamente, as medidas necessárias para
que sejam sanadas as omissões inviabilizadoras do exercício de direito constitucional, será
ele sancionado com a penalidade de destituição do mandato administrativo ou do cargo ou
função de direção na Administração Pública Direta ou Indireta.

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Como forma de evitar qualquer tipo de discriminação em razão de uma eventual ação con-
tra o Poder Público, o §3º do artigo 5º estabelece que

nenhuma pessoa será discriminada ou de qualquer forma prejudicada pelo fato de litigar com órgão
estadual, no âmbito administrativo ou judicial.

Por fim, nos §4º a 6º do artigo 5º, a Constituição Estadual estabelece direitos e deveres
intimamente relacionados com o fundamento da dignidade da pessoa humana.

Art. 5º, § 4º. Ninguém poderá ser penalizado, especialmente com a perda do cargo, função ou em-
prego, quando se recusar a trabalhar em ambiente que ofereça iminente risco de vida, caracterizado
pela respectiva representação sindical, não se aplicando o aqui disposto aos casos em que esse
risco seja inerente à atividade exercida, salvo se não for dada a devida proteção.
§ 5º. É assegurado aos ministros de cultos religiosos, pertencentes a denominações religiosas le-
galmente existentes no País, o livre acesso para visitas a hospitais, estabelecimentos penitenci-
ários, delegacias de polícia e outros congêneres, para prestar assistência religiosa e espiritual a
doentes, reclusos ou detentos.
§ 6º. Nenhuma pessoa poderá ser submetida as condições degradantes de trabalho ou a práticas
análogas ao trabalho escravo, seja em ambiente doméstico ou rural, nem a qualquer outro cons-
trangimento que não os provenientes do ordenamento constitucional da União e do Estado do Pará.

3. Soberania Popular
Os direitos políticos podem ser divididos em ativos e passivos.
Os direitos políticos ativos nada mais são do que a possibilidade do eleitor alistar-se e
votar no candidato de sua escolha. Tais direitos são exercidos por meio da capacidade elei-
toral ativa.
Os direitos políticos passivos, ao contrário, podem ser conceituados como a possibilidade
dos cidadãos candidatarem-se e serem eleitos para os diversos cargos eletivos. Tais direitos
são exercidos por meio da capacidade eleitoral passiva.
Em conformidade com os direitos políticos, merece ser destacada a previsão do artigo 6º
da Constituição do Estado do Pará, de seguinte teor:

Art. 6º. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com
valor igual para todos, e mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular.

Em todas estas hipóteses, estamos diante dos Direitos Políticos Ativos (capacidade eleito-
ral ativa), que pode ser exercida diretamente (através de plebiscito, referendo e iniciativa popu-
lar) ou indiretamente (através da escolha dos representantes por meio do voto direto e secreto).

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O mencionado artigo constitucional, no entanto, pode levantar uma série de dúvidas: O


que é Sufrágio? O que é Plebiscito? E referendo?

Inicialmente, temos que saber que o sufrágio não se confunde com o voto. Enquanto o pri-
meiro conceito liga-se à ideia do próprio direito em si, o segundo atua como forma de exercer
este direito.

Ao exercer o voto, estamos escolhendo nossos representantes para um dado período de


tempo. Estamos, em outras palavras, exercendo um direito.
Mas vocês já pararam para pensar em qual direito que está sendo exercido por meio do ato de
votar?
A resposta para tal pergunta é o sufrágio, que, como mencionado, liga-se a uma ideia maior do
que o voto, uma vez que envolve o processo eleitoral como um todo.
Assim, o Sufrágio pode ser entendido como a soma da capacidade eleitoral ativa (direito de
votar) e da capacidade eleitoral passiva (direito de se eleger).

A doutrina identifica dois tipos de sufrágio, sendo eles o universal e o restrito.


O sufrágio universal, que é o atualmente vigente em nosso ordenamento, é aquele em que
o direito de votar é estendido a todos os nacionais, desde que obedeçam as condições previs-
tas em lei. Por isso mesmo é que em nosso país todos os brasileiros, em regra, podem votar.
O sufrágio restrito, por outro lado, é aquele que não possibilita que todos os nacionais
exerçam o direito do voto, mas sim apenas aqueles que atendam a algumas características
especiais. Tal tipo de sufrágio pode ser capacitário ou censitário.
Teremos sufrágio capacitário quando o direito de votar é conferido apenas às pessoas que
possuam alguma característica especial, tal como a conclusão de curso superior ou o domínio
de mais de um idioma.
Da mesma forma, teremos sufrágio censitário quando o direito de votar for assegurado
apenas àqueles que possuam determinadas condições econômicas, tais como uma renda mí-
nima ou a comprovação da posse de um número certo de bens.

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Afirmar que o voto é direto significa garantir que os próprios eleitores serão os responsá-
veis pela escolha dos governantes e parlamentares.
O voto indireto, em sentido contrário, é aquele em que os eleitores elegem delegados, que,
por sua vez, serão os responsáveis pela escolha dos representantes da população.
Neste sentido é o entendimento de Maria Helena Diniz: “Voto indireto Aquele em que os
eleitores elegem delegados que, por sua vez, escolherão aqueles que vão ocupar cargos
políticos”.
Além de direito, o voto também é secreto, de forma que o eleitor não é obrigado a mani-
festar publicamente em quem irá votar para o exercício dos cargos políticos. Trata-se esta,
talvez, da mais importante garantia assegurada ao voto, e, por consequência, da democracia
como um todo.

Já pensaram em como seria “complicado” se o voto fosse aberto?


Os empregados de uma empresa poderiam se sentir constrangidos em ter que votar em um
candidato que não fosse o da preferência do patrão.
As eleições, se assim o fosse, correriam o sério risco de não passar de processos de “fachada”,
uma vez que a democracia não estaria presente e os representantes eleitos não iriam refletir,
necessariamente, a vontade popular.

Por fim, temos que conhecer os conceitos de plebiscito e referendo.


Ambos os institutos são formas de manifestação direta da vontade popular, consistindo
em consulta à população sobre matéria constitucional, legislativa ou administrativa.
Enquanto no plebiscito a população é consultada previamente à edição do ato legislativo
ou administrativo, no referendo, em sentido oposto, o povo é consultado quando a lei ou o ato
administrativo já foram editados.

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Além disso, merece ser destacada a previsão do artigo 7º da Constituição Estadual:

Art. 7º. Através de plebiscito, o eleitorado se manifestará, especificamente, sobre fato, medida, deci-
são política, programa ou obra pública, e, pelo referendo, sobre emenda à Constituição, lei, projetos
de emenda à Constituição e de lei, no todo ou em parte.

São legitimados para requerer o plebiscito ou o referendo, de acordo com a Constituição,


as seguintes pessoas:
a) um por cento do eleitorado estadual;
b) o Governador do Estado;
c) um quinto, pelo menos, dos membros da Assembleia Legislativa.

 Obs.: Em todas as situações, a realização de plebiscito ou de referendo depende de autoriza-


ção da Assembleia Legislativa.

Vejamos agora o quórum necessário para que a decisão, no plebiscito ou no referendo, seja
considerada como efetivamente tomada.

Art. 7º, § 3º. A decisão do eleitorado, através de plebiscito ou referendo, considerar-se-á tomada,
quando obtiver a maioria dos votos, desde que tenham votado, pelo menos, mais da metade dos
eleitores, e, tratando-se de emenda à Constituição, é exigida a maioria absoluta de votos, não com-
putados os em branco e os nulos.

Da análise do artigo, conseguimos verificar que a regra geral, para tomada da decisão no
plebiscito ou no referendo, é a necessidade da maioria de votos, desde que tenham votado,
pelo menos, metade dos eleitores.

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Especificamente quando estivermos diante de emenda constitucional, é exigida a maioria


absoluta de votos, não sendo computados os votos brancos e nulos.

É permitido circunscrever plebiscito à área ou população diretamente interessada na de-


cisão a ser tomada, o que deve constar do ato de convocação, cabendo recurso à instância
judiciária competente se algum cidadão, Município ou o Estado considerar-se excluído da
decisão que possa lhe trazer consequências, devendo ser estabelecida pela lei a competên-
cia para requerer e convocar o plebiscito, neste caso, bem como os demais aspectos de sua
realização.

Como exemplo de plebiscito, podemos citar o caso do Estado do Pará, que, em 2011, convo-
cou a população interessada para decidir pela criação ou não de mais dois Estados: Carajás e
Tapajós.
Na época, surgiu uma dúvida acerca de qual seria a “população diretamente envolvida” no
desmembramento: apenas aqueles residentes nos municípios situados em território eventual-
mente pertencente aos novos Estados (em caso de aprovação) ou toda a população do Estado
do Pará.
Incitado a se manifestar, decidiu o STF, no julgamento da ADI 2650, que o artigo 7º da Lei
9.709, de 1998, é plenamente constitucional, de forma que toda a população do Estado esta-
ria obrigada a manifestar-se acerca do possível desmembramento. Vejamos o mencionado
artigo:
“(...) entende-se por população diretamente interessada tanto a do território que se pretende
desmembrar, quanto a do que sofrerá desmembramento; em caso de fusão ou anexação,
tanto a população da área que se quer anexar quanto a da que receberá o acréscimo; e a von-
tade popular se aferirá pelo percentual que se manifestar em relação ao total da população
consultada.”

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Devemos memorizar também que, assim como ocorre nas eleições para escolha de cargos
políticos, no plebiscito e no referendo:
a) O voto é facultativo para os analfabetos, para os maiores de 70 anos e para os eleitores
com idade entre 16 e 18 anos;
b) O voto é obrigatório para os eleitores com idade entre 18 e 70 anos;
c) Cada eleitor vota em sua seção eleitoral (a mesma das eleições);
d) Aqueles que deixarem de votar devem se justificar, sob pena de não ficarem em dia com
a Justiça Eleitoral.
Além do plebiscito e do referendo, temos, como forma de manifestação direta da sobera-
nia, a iniciativa popular.
Nos termos da Constituição Estadual, a iniciativa popular pode ser exercida pela apresen-
tação à Assembleia Legislativa de projetos subscritos por, no mínimo, meio por cento do elei-
torado do Estado.
Quando estivermos diante de emenda constitucional, os subscritores devem estar distribu-
ídos por, pelo menos, 10 municípios.
No caso de projeto de lei, os subscritores devem estar distribuídos por, no mínimo, 5
municípios.
Em ambas as hipóteses (projetos de lei ou emendas constitucionais) é necessário o míni-
mo de três décimos por cento dos eleitores de cada município.

Art. 8º. A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Assembleia Legislativa de proje-
tos subscritos por, no mínimo, meio por cento do eleitorado do Estado.
Parágrafo único. Tratando-se de projeto de emenda à Constituição, os subscritores devem estar
distribuídos, pelo menos, por dez Municípios e, no caso de projeto de lei, no mínimo, por cinco Mu-
nicípios, sendo necessário, em qualquer hipótese, o mínimo de três décimos por cento dos eleitores
de cada Município.

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Por fim, merece ser destacado que, nos termos do artigo 9º, caberá à lei municipal regular,
no que couber, a iniciativa popular, estabelecendo a iniciativa para projetos de lei de interesse
específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, 5%
por do eleitorado.

4. Organização do Estado
4.1. Disposições Preliminares
O Estado do Pará irá se organizar, tanto política quanto administrativamente, de acordo
com as disposições da Constituição Estadual e das leis que efetivamente adotar. Neste sen-
tido, o território do Estado compreende o espaço físico que atualmente se encontra sob seu
domínio e jurisdição.
Neste contexto, precisamos memorizar que a capital do Estado é a cidade de Belém, sede
dos Poderes. Poderá o Governador, desde que mediante autorização da Assembleia Legislati-
va, decretar a transferência temporária da capital para outra cidade do território estadual.

Art. 10 - A cidade de Belém é a Capital do Estado do Pará.


Parágrafo único. O Governador, com autorização da Assembleia Legislativa, poderá decretar a trans-
ferência da capital, temporariamente, para outra cidade do território estadual.

O poder trata-se de um atributo inerente ao Estado, possuindo caráter instrumental e ser-


vindo como forma de alcançar o bem estar de toda a coletividade. Fazendo uso dos diversos
poderes a ele conferido, o Estado consegue executar todas as atividades necessárias ao aten-
dimento do interesse público.
Para que estas atividades sejam desempenhadas de uma melhor forma, o poder atribuído
ao Estado, que é uno, divide-se de acordo com as atividades desempenhadas, dando ensejo ao
surgimento dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Neste mesmo sentido é o teor do artigo 11 da Constituição Estadual, que estabelece, a um
só tempo, quais são os Poderes existentes em nosso ordenamento e as características basila-
res de cada um deles: independência e harmonia.

Art. 11 - São Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e
o Judiciário.
Parágrafo único. Salvo as exceções previstas nesta Constituição, é vedado a qualquer dos poderes
delegar atribuições, e quem for investido nas funções de um deles não poderá exercer a de outro.

Do mencionado artigo, consegue-se extrair que, ainda que cada um dos Poderes seja inde-
pendente no desempenho de suas atribuições, deve ser observada, quando da sua utilização, a
harmonia com os demais Poderes. Com isso, evita-se o abuso de exercício no desempenho de
uma atividade ligada a um determinado Poder, criando um sistema de controle, por parte dos
demais Poderes, sobre a atividade que está sendo desempenhada.

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Tal sistema é chamado de freios e contrapesos (checks and balances), consistindo, basi-
camente, na possibilidade de um Poder fiscalizar se a função típica dos demais Poderes está
sendo desempenhada de acordo com as diretrizes da Constituição.
Para entendermos melhor como este sistema funciona, precisamos saber, inicialmente,
que cada um dos Poderes do Estado possui uma função típica.
Ao Poder Executivo, cabe a função administrativa, que se materializa na execução das leis
e das demais normas de caráter tipicamente interno.
Ao Poder Legislativo, por sua vez, cabe a função de editar normas que inovem no ordena-
mento jurídico.
Ao Poder Judiciário cabe a função de julgar as demandas a ele propostas.
Entretanto, ainda que cada um dos Poderes do Estado possua uma função típica, estes
exercem, atipicamente, as funções inicialmente previstas para os demais Poderes.
Cabe ao Poder Executivo, desta forma, exercer, atipicamente, as funções de legislar e
de julgar.
Ao Poder Legislativo, neste sentido, cabem as funções, em caráter atípico, de julgar e de
executar as normas.
Ao Poder Judiciário, atipicamente, cabem as funções de executar as normas e de legislar.
Ainda que o Estado do Pará seja uno, poderá ele ser objeto de incorporação, subdivisão, des-
membramento para anexação a outros ou formação de novos Estados ou Territórios Federais.
Em todas estas situações, a medida apenas será possível mediante a aprovação da po-
pulação, a ser definida em lei, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por meio de lei
complementar.

Art. 14 - A incorporação, a subdivisão ou o desmembramento do Estado, para anexação a outros, ou


formação de novos Estados ou Territórios Federais, só poderá ocorrer mediante aprovação da po-
pulação, a ser definida em lei, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

4.2. Símbolos e Bens do Estado


A Constituição Estadual estabelece que são símbolos do Estado a Bandeira, o Hino e o
Brasão d`Armas, adotados à data da promulgação desta Constituição. Além disso, outros sím-
bolos podem ser estabelecidos por meio de lei.
Considerando a autonomia entre as diferentes esferas federativas, os municípios paraen-
ses, ainda que localizados no território do estado, poderão ter símbolos próprios.
A expressão Domínio Público pode ser compreendida de suas formas ou acepções: em
sentido amplo e em sentido estrito.
Em sentido amplo, o domínio público pode ser entendido como o decorrente do poder
eminente, ou seja, o poder político por meio do qual o Estado submete à sua vontade todas as
coisas do seu território.

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De acordo com o professor Hely Lopes Meirelles, o domínio público em sentido lato abran-
ge uma série de domínios, tais como o domínio terrestre, hídrico, mineral, florestal e espacial.
Em todas estas áreas, o poder público exerce seu poder de superioridade, devendo os adminis-
trados observar as normas emanadas do Poder Estatal.
Em sentido estrito, por sua vez, a expressão domínio público pode ser compreendida como
o conjunto de bens móveis e imóveis, corpóreos e incorpóreos, pertencentes ao Estado. É, em
última análise, o patrimônio público propriamente dito, motivo pelo qual a expressão é também
conhecida como domínio patrimonial.
Desta análise inicial, conseguimos perceber que a expressão domínio público, quando utili-
zada em seu sentido amplo, abrange não apenas os bens públicos, mas também os bens priva-
dos sujeitos à regulação do Estado. Já em seu sentido estrito, o domínio público compreende
apenas os bens públicos, assim considerados aqueles regidos pelo direito público.

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De acordo com a Constituição Estadual (art. 13) incluem-se dentre os bens do Esta-
do do Pará:

a) os que, atualmente, lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;


b) as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste
caso, na forma de lei, as decorrentes de obras da União;
c) as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob
domínio da União, Municípios ou terceiros;
d) as ilhas fluviais ou lacustres não pertencentes à União;
e) as terras devolutas não compreendidas entre as da União;
f) os lagos e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio os rios que têm nascente e
foz em seu território, bem como os terrenos marginais, manguezais e as praias respectivas.

Duas outras informações são importantes com relação aos bens públicos do Estado:
a) sempre que o Estado quiser alienar, onerosamente ou gratuitamente, um bem imóvel, a
medida dependerá, obrigatoriamente, de autorização da Assembleia Legislativa.
b) o arquipélago do Marajó é considerado área de proteção ambiental do Pará, devendo o
Estado levar em consideração, ao tomar decisões com vista ao seu desenvolvimento e melho-
ria das condições de vida da gente marajoara, a vocação econômica da região.

4.3. Competência do Estado


A Constituição Federal determina, em capítulo relacionado com as competências de cada
um dos entes federativos, que aos Estados compete o exercício das competências que não
tenham sido atribuídas aos demais entes.
Observa-se, assim, que a competência dos Estados é residual, sendo encontrada mediante
a não utilização das competências dos demais entes (Municípios e União) ou, ainda, das com-
petências vedadas pela Constituição Federal.
Neste sentido, por exemplo, é a previsão do artigo 16 da Constituição do Estado do Pará,
de seguinte teor:

Art. 16 - O Estado exerce, em seu território, as competências que não lhe sejam vedadas pela Cons-
tituição Federal.

Com relação às competências, precisamos saber, além da lista elencada pela constituição,
que estas se dividem em concorrentes e comuns.
a) como regra geral, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais,
cabendo ao Estado a competência suplementar.
b) inexistindo lei federal sobre normas gerais, o Estado exercerá a competência legislativa
plena, para atender a suas peculiaridades.

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c) a superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual
no que lhe for contrário.
d) desde que autorizado por lei complementar, o Estado poderá legislar sobre questões
específicas das matérias relacionadas como da competência legislativa privativa da União.
Nas competências comuns, em sentido diverso, tanto o Estado quanto a União e os Muni-
cípios podem exercer as respectivas atribuições.
Vejamos agora a lista de competências (concorrentes e comuns) estabelecidas pela Cons-
tituição Estadual:

Art. 17 - É competência comum do Estado e dos Municípios, com a União:


I – zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas, e conservar o patri-
mônio público;
II – cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de
deficiência;
III – proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monu-
mentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV – impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor
histórico, artístico ou cultural;
V – proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas, inclusive na orla
marítima, fluvial e lacustre;
VII – preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII – fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar;
IX – promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e
de saneamento básico;
X – combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social
dos setores desfavorecidos;
XI – registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recur-
sos hídricos e minerais em seus territórios;
XII – estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
Art. 18. Compete ao Estado, concorrentemente com a União, legislar sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;
III – juntas comerciais;
IV – custas dos serviços forenses;
V – produção e consumo;
VI – florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais,
proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII – proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII – responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artís-
tico, estético, histórico, turístico e paisagístico;
IX – educação, cultura, ensino e desporto;

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Princípios, Direitos e Garantias Fundamentais
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X – criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;


XI – procedimentos em matéria processual;
XII – previdência social, proteção e defesa da saúde:
XIII – assistência jurídica e defensoria pública;
XIV – proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
XV – proteção à infância, à juventude e ao idoso;
XVI – organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.

 Obs.: O Estado poderá celebrar convênios com a União, com outros Estados e com os Muni-
cípios, dando conhecimento e remetendo à Assembleia Legislativa cópias de seu con-
teúdo, no prazo de 15 dias, contado de sua celebração.

Por fim, a Constituição Estadual estabelece três importantes vedações a serem observa-
das tanto pelo Estado do Pará quanto pelos respectivos municípios. Em todas as situações,
estamos diante de mandamentos decorrentes dos princípios da isonomia e da legalidade.

Art. 15 - É vedado ao Estado e aos Municípios:


I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou
manter com eles ou seus representantes, relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma
da lei, a colaboração de interesse público;
II – recusar fé aos documentos públicos;
III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

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EXERCÍCIOS
001. (CESPE/AMCI/CGM J PESSOA/PREF JOÃO PESSOA/AUDITORIA, FISCALIZAÇÃO,
OUVIDORIA E TRANSPARÊNCIA/GERAL/2018/ADAPTADA) Conforme a Constituição Esta-
dual do Pará, o poder emana do povo e é exercido por meio de representantes eleitos, não
havendo previsão do exercício do poder diretamente pelo povo.

Estabelece a Constituição Estadual que todo o poder emana do povo. Entretanto, pode este
poder ser exercido tanto diretamente (por meio de plebiscito, referendo e iniciativa popular)
quanto indiretamente (por meio da escolha dos representantes legais).

Art. 1º. O Estado do Pará é parte integrante da República Federativa do Brasil, exercendo, em seu
território, os poderes decorrentes de sua autonomia, regendo-se por esta Constituição e leis que
adotar, observados os princípios da Constituição Federal.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos desta Constituição.
Errado.

002. (CESPE/TMCI/CGM J PESSOA/PREF JOÃO PESSOA/2018/ADAPTADA) De acordo


com a Constituição Estadual do Pará, todo o poder emana do povo, que o exerce diretamente
ou por meio de representantes eleitos.

De acordo com o parágrafo único do artigo 1º,

Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos
termos desta Constituição.
Certo.

003. (CESPE/TMCI/CGM J PESSOA/PREF JOÃO PESSOA/2018/ADAPTADA) Erradicar a


pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais, raciais e regionais constituem
objetivos previstos na Constituição do Estado do Pará.

Assim como informado pela questão, erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desi-
gualdades sociais, raciais e regionais é um objetivo no Estado do Pará.

Art. 3º. O Estado do Pará atuará, com determinação, em todos os seus atos e pelos seus órgãos e
agentes, no sentido de realizar os objetivos fundamentais do País:
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais, raciais e regionais;
Certo.

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Princípios, Direitos e Garantias Fundamentais
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004. (CESPE/AUD EST/TCM-BA/INFRAESTRUTURA/2018) O princípio fundamental da Cons-


tituição que consiste em fundamento da República Federativa do Brasil, de eficácia plena, e
que não alcança seus entes internos é
a) o pluralismo político.
b) a soberania.
c) o conjunto dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa.
d) a prevalência dos direitos humanos.
e) a dignidade da pessoa humana.

Ótima questão para memorizarmos que a soberania se trata de princípio fundamental que
rege, apenas, a República Federativa do Brasil. No caso dos Estados, como o do Pará, gozam
eles de autonomia, e não de soberania.
Logo, a soberania não alcança os entes internos (Estados e Municípios), mas sim apenas, con-
forme mencionado, a República Federativa como um todo.
Letra b.

005. (CESPE/TJ TRT8/TRT 8/ADMINISTRATIVA/2016/ADAPTADA) Constitui objetivo funda-


mental expresso na Constituição do Estado do Pará:
a) a independência nacional.
b) a solução pacífica de conflitos.
c) a autodeterminação dos povos.
d) a construção de uma sociedade livre, justa e solidária.
e) a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade.

Os objetivos fundamentais do Estado do Pará estão expressos no artigo 3º da Constituição


Estadual, de seguinte redação:

Art. 3º. O Estado do Pará atuará, com determinação, em todos os seus atos e pelos seus órgãos e
agentes, no sentido de realizar os objetivos fundamentais do País:
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional;
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais, raciais e regionais;
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, orientação sexual, cor, idade,
deficiência e quaisquer outras formas de discriminação;
V – dar prioridade absoluta aos assuntos de interesse dos cidadãos.
Letra d.

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Princípios, Direitos e Garantias Fundamentais
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006. (CESPE/ESC POL/PC GO/2016/ADAPTADA) Assinale a opção que apresenta um dos


fundamentos da República Federativa do Brasil que será defendido pela Constituição do Es-
tado do Pará
a) valores sociais do trabalho e da livre iniciativa
b) autodeterminação dos povos
c) igualdade entre os estados
d) erradicação da pobreza
e) solução pacífica dos conflitos

De acordo com o artigo 2º da Constituição Estadual, o Estado do Pará defenderá os fundamen-


tos expressamente previstos na Constituição Federal. Dentre as alternativas apresentadas,
apenas a Letra A apresenta um destes fundamentos.

Art. 2º. O Pará proclama o seu compromisso e o de seu povo de manter e preservar a República Fede-
rativa do Brasil como Estado de Direito Democrático, fundado na soberania nacional, na cidadania, na
dignidade do ser humano, nos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e no pluralismo político.
Letra a.

007. (CESPE/ASSIST/FUB/ADMINISTRAÇÃO/2015) De acordo com a Constituição do Esta-


do do Pará, o poder emana do povo, mas é dividido em três funções — executiva, legislativa e
judiciária —, que, bem delimitadas, são impedidas de exercer competências umas das outras.

O Poder, conforme informado pela questão, emana do povo, estando dividido em três diferen-
tes funções ou Poderes do Estado, a saber: Executivo, Legislativo e Judiciário.
No entanto, ainda que cada um dos Poderes tenha funções típicas, desempenham eles, ati-
picamente, as atividades desempenhadas pelos demais. Com isso, temos o surgimento do
sistema de freios e contrapesos.
Errado.

008. (CESPE/AFRE/SEFAZ RS/2019/ADAPTADA) O Legislativo, o Executivo e o Judiciário


são poderes harmônicos e preservam o equilíbrio no exercício das funções estatais essenciais,
coibindo o sistema de freios e contrapesos.

Ao contrário do que informado, o sistema de freios e contrapesos é exercido plenamente pelos


Poderes, uma vez que a atuação, de acordo com a Constituição Estadual, deve pautar-se na
independência e na harmonia.

Art. 11 - São Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e
o Judiciário.
Errado.

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Princípios, Direitos e Garantias Fundamentais
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009. (CESPE/TEC/FUB/ÓTICA/2015/ADAPTADA) O pluralismo político, fundamento previsto


na Constituição do Estado do Pará, apresenta duplo viés: assegura a liberdade ideológica, in-
cluída a apartidária, e, concomitantemente, impõe a tolerância às diferenças.

Conforme visto em aula, o pluralismo político apresenta um duplo sentido, assegurando desde
a liberdade ideológica (ou até mesmo apartidária) quanto a obrigação de respeitar as diferen-
ças (vedando, por exemplo, os discursos de ódio).
Certo.

010. (INÉDITA/2020) Considerando as disposições da Constituição do Estado do Pará relacio-


nadas com os Princípios Fundamentais e com os Direitos e Garantias Fundamentais, analise a
assertiva a seguir:
Dar prioridade absoluta aos assuntos de interesse dos cidadãos é um dos objetivos expressa-
mente previstos na Constituição Estadual.

Assim como informado na questão, um dos objetivos do Estado do Pará é o de dar prioridade
absoluta aos assuntos de interesse dos cidadãos.

Art. 3º. O Estado do Pará atuará, com determinação, em todos os seus atos e pelos seus órgãos e
agentes, no sentido de realizar os objetivos fundamentais do País:
V – dar prioridade absoluta aos assuntos de interesse dos cidadãos.
Certo.

011. (INÉDITA/2020) Considerando as disposições da Constituição do Estado do Pará relacio-


nadas com os Princípios Fundamentais e com os Direitos e Garantias Fundamentais, analise a
assertiva a seguir:
Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se apenas aos
brasileiros natos e aos estrangeiros residentes no Estado a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.

A inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade não é


assegurada apenas aos brasileiros natos, mas sim também aos naturalizados. E isso ocorre na
medida em que o termo “brasileiros” compreende estas duas classificações.

Art. 4º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos bra-
sileiros e aos estrangeiros residentes no Estado a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos da Constituição Federal e desta Constituição.
Errado.
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012. (INÉDITA/2020) Considerando as disposições da Constituição do Estado do Pará relacio-


nadas com os Princípios Fundamentais e com os Direitos e Garantias Fundamentais, analise a
assertiva a seguir:
Incide na penalidade de destituição de mandato administrativo ou de cargo ou função de dire-
ção em órgão da administração direta ou indireta, o agente público que, dentro de 30 dias do
requerimento do interessado, deixar, injustificadamente, de sanar omissão inviabilizadora do
exercício de direito constitucional.

O prazo que, quando não observado, enseja a aplicação da penalidade de destituição de man-
dato administrativo ou de cargo ou função de direção em órgão da administração direta ou
indireta, é, nos termos da Constituição Estadual, 90 dias.

Art. 5º, § 2º. Incide na penalidade de destituição de mandato administrativo ou de cargo ou função
de direção, em órgão da administração direta ou indireta, o agente público que, dentro de noventa
dias do requerimento do interessado, deixar, injustificadamente, de sanar omissão inviabilizadora do
exercício de direito constitucional.
Errado.

013. (INÉDITA/2020) Considerando as disposições da Constituição do Estado do Pará relacio-


nadas com os Princípios Fundamentais e com os Direitos e Garantias Fundamentais, analise a
assertiva a seguir:
Pelo fato de litigar com órgão estadual, no âmbito administrativo ou judicial, poderá o particu-
lar sofrer discriminações por parte do Poder Público.

Ao contrário do que informa a questão, estabelece o § 3º do artigo 5º que

Nenhuma pessoa será discriminada ou de qualquer forma prejudicada pelo fato de litigar com órgão
estadual, no âmbito administrativo ou judicial.
Errado.

014. (INÉDITA/2020) Considerando as disposições da Constituição do Estado do Pará relacio-


nadas com os Princípios Fundamentais e com os Direitos e Garantias Fundamentais, analise a
assertiva a seguir:
Para prestar assistência religiosa e espiritual a doentes, reclusos ou detentos, é assegurado
aos ministros de cultos religiosos, pertencentes a denominações religiosas legalmente exis-
tentes no País, o livre acesso para visitas a hospitais, estabelecimentos penitenciários, delega-
cias de polícia e outros congêneres.

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Temos aqui uma importante previsão, decorrência direta do princípio da dignidade da pes-
soa humana.

Art. 5º, § 5º. É assegurado aos ministros de cultos religiosos, pertencentes a denominações religio-
sas legalmente existentes no País, o livre acesso para visitas a hospitais, estabelecimentos peniten-
ciários, delegacias de polícia e outros congêneres, para prestar assistência religiosa e espiritual a
doentes, reclusos ou detentos.
Certo.

015. (INÉDITA/2020) Considerando as disposições da Constituição do Estado do Pará relacio-


nadas com os Princípios Fundamentais e com os Direitos e Garantias Fundamentais, analise a
assertiva a seguir:
Nenhuma pessoa poderá ser submetida as condições degradantes de trabalho ou a práticas
análogas ao trabalho escravo, exceto se as atividades forem desempenhadas em ambiente
rural ou doméstico.

Ainda que em ambiente doméstico ou rural, nenhuma pessoa poderá ser submetida às as con-
dições degradantes de trabalho ou a práticas análogas ao trabalho escravo.

Art. 5º, § 6º. Nenhuma pessoa poderá ser submetida as condições degradantes de trabalho ou a prá-
ticas análogas ao trabalho escravo, seja em ambiente doméstico ou rural, nem a qualquer outro cons-
trangimento que não os provenientes do ordenamento constitucional da União e do Estado do Pará.
Errado.

016. (INÉDITA/2020) Considerando as disposições da Constituição do Estado do Pará relacio-


nadas com os Princípios Fundamentais e com os Direitos e Garantias Fundamentais, analise a
assertiva a seguir:
O plebiscito, o referendo e a iniciativa popular são formas de manifestação indireta da sobera-
nia popular.

Tanto o plebiscito quanto o referendo e a iniciativa popular são formas de manifestação direta
(e não indireta) da soberania popular.

Art. 6º. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com
valor igual para todos, e mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular.
Errado.

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017. (INÉDITA/2020) Considerando as disposições da Constituição do Estado do Pará relacio-


nadas com os Princípios Fundamentais e com os Direitos e Garantias Fundamentais, analise a
assertiva a seguir:
Através de referendo, o eleitorado se manifestará, especificamente, sobre fato, medida, deci-
são política, programa ou obra pública.

Os assuntos mencionados pela questão serão objeto de plebiscito, e não de referendo.

Art. 7º. Através de plebiscito, o eleitorado se manifestará, especificamente, sobre fato, medida, deci-
são política, programa ou obra pública, e, pelo referendo, sobre emenda à Constituição, lei, projetos
de emenda à Constituição e de lei, no todo ou em parte.
Errado.

018. (INÉDITA/2020) Considerando as disposições da Constituição do Estado do Pará relacio-


nadas com os Princípios Fundamentais e com os Direitos e Garantias Fundamentais, analise a
assertiva a seguir:
O plebiscito e o referendo podem ser requeridos por um por cento do eleitorado estadual, pelo
Governador do Estado ou, ainda, por um quinto, pelo menos, dos membros da Assembleia
Legislativa.

Temos aqui os legitimados para dar início ao processo de plebiscito e de referendo.

Art. 7º, § 1º. Pode requerer plebiscito ou referendo:


I – um por cento do eleitorado estadual;
II – o Governador do Estado;
III – um quinto, pelo menos, dos membros da Assembleia Legislativa.
Certo.

019. (INÉDITA/2020) Considerando as disposições da Constituição do Estado do Pará relacio-


nadas com os Princípios Fundamentais e com os Direitos e Garantias Fundamentais, analise a
assertiva a seguir:
A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Assembleia Legislativa de projetos
subscritos por, no mínimo, 5% do eleitorado do Estado.

O quórum exigido para a apresentação de projetos de lei à Assembleia Legislativa é de meio


por cento do eleitorado.

Art. 8º. A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Assembleia Legislativa de proje-
tos subscritos por, no mínimo, meio por cento do eleitorado do Estado.

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Princípios, Direitos e Garantias Fundamentais
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O percentual de 5% do eleitorado deve ser observado nos projetos de lei decorrentes da inicia-
tiva popular no âmbito dos municípios.

Art. 9º - A lei municipal regulará, no que couber, a matéria tratada neste capítulo, estabelecendo a
iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros,
através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado.
Errado.

020. (INÉDITA/2020) Considerando as disposições da Constituição do Estado do Pará relacio-


nadas com os Princípios Fundamentais e com os Direitos e Garantias Fundamentais, analise a
assertiva a seguir:
A cidade de Belém é a Capital do Estado do Pará. Poderá o Governador, no entanto, decretar a
transferência da capital, temporariamente, para outra cidade do território estadual, dependen-
do a medida, contudo, de autorização da Assembleia Legislativa.

A questão está correta, nos termos do artigo 10 da norma estadual objeto de estudo.

Art. 10 - A cidade de Belém é a Capital do Estado do Pará.


Parágrafo único. O Governador, com autorização da Assembleia Legislativa, poderá decretar a trans-
ferência da capital, temporariamente, para outra cidade do território estadual.
Certo.

021. (INÉDITA/2020) Considerando as disposições da Constituição do Estado do Pará relacio-


nadas com os Princípios Fundamentais e com os Direitos e Garantias Fundamentais, analise a
assertiva a seguir:
São Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o
Judiciário.

Assim como ocorre no âmbito da União, o Estado do Pará conta com três diferentes Poderes,
sendo eles o Executivo, o Legislativo e o Judiciário.

Art. 11 - São Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e
o Judiciário.
Certo.

022. (INÉDITA/2020) Considerando as disposições da Constituição do Estado do Pará relacio-


nadas com os Princípios Fundamentais e com os Direitos e Garantias Fundamentais, analise a
assertiva a seguir:
As ilhas fluviais ou lacustres não pertencentes à União estão incluídas dentre os bens do Estado.

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Pelo critério residual, as ilhas fluviais ou lacustres que não pertençam à União serão conside-
rados bens públicos do Estado do Pará.

Art. 13 - Incluem-se entre os bens do Estado do Pará:


IV – as ilhas fluviais ou lacustres não pertencentes à União;
Certo.

023. (INÉDITA/2020) Considerando as disposições da Constituição do Estado do Pará relacio-


nadas com os Princípios Fundamentais e com os Direitos e Garantias Fundamentais, analise a
assertiva a seguir:
A alienação, gratuita ou onerosa, de bens móveis ou imóveis do Estado, dependerá de autoriza-
ção prévia da Assembleia Legislativa.

A necessidade de autorização da Assembleia Legislativa para a alienação de bens alcança


apenas os imóveis, e não, conforme informado pela questão, os bens móveis.

Art. 13, § 1º- A alienação gratuita ou onerosa de bens imóveis do Estado dependerá de autorização
prévia da Assembleia Legislativa.
Errado.

024. (INÉDITA/2020) Considerando as disposições da Constituição do Estado do Pará relacio-


nadas com os Princípios Fundamentais e com os Direitos e Garantias Fundamentais, analise a
assertiva a seguir:
O arquipélago do Marajó é considerado área de proteção ambiental do Pará, devendo o Estado
levar em consideração a vocação econômica da região, ao tomar decisões com vista ao seu
desenvolvimento e melhoria das condições de vida da gente marajoara.

A questão exige, para resposta, a previsão do artigo 13, §2º, da Constituição Estadual.

Art. 13, § 2º. O arquipélago do Marajó é considerado área de proteção ambiental do Pará, devendo o
Estado levar em consideração a vocação econômica da região, ao tomar decisões com vista ao seu
desenvolvimento e melhoria das condições de vida da gente marajoara.
Certo.

025. (INÉDITA/2020) Considerando as disposições da Constituição do Estado do Pará relacio-


nadas com os Princípios Fundamentais e com os Direitos e Garantias Fundamentais, analise a
assertiva a seguir:
Recusar fé aos documentos públicos e criar distinções entre brasileiros ou preferências entre
si são vedações previstas para o Estado do Pará e para os respectivos Municípios.
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Temos aqui duas das vedações expressas no artigo 15 para o Estado do Pará e para os res-
pectivos Municípios.

Art. 15 - É vedado ao Estado e aos Municípios:


I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou
manter com eles ou seus representantes, relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma
da lei, a colaboração de interesse público;
II – recusar fé aos documentos públicos;
III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
Certo.

026. (INÉDITA/2020) Considerando as disposições da Constituição do Estado do Pará relacio-


nadas com os Princípios Fundamentais e com os Direitos e Garantias Fundamentais, analise a
assertiva a seguir:
No desempenho da competência concorrente, o Estado observará as normas gerais estabele-
cidas pela União. No entanto, inexistindo lei federal sobre normas gerais, o Estado exercerá a
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

Trata-se da regra a ser observada no âmbito da competência concorrente, conforme previsão


do artigo 18, §§ 1º e 2º:

Art. 18, § 1º. No exercício de sua competência suplementar, o Estado observará as normas gerais,
estabelecidas pela União.
§ 2º. Inexistindo lei federal sobre normas gerais, o Estado exercerá a competência legislativa plena,
para atender a suas peculiaridades.
Certo.

027. (INÉDITA/2020) Considerando as disposições da Constituição do Estado do Pará relacio-


nadas com os Princípios Fundamentais e com os Direitos e Garantias Fundamentais, analise a
assertiva a seguir:
Desde que autorizado por lei complementar, o Estado poderá legislar sobre questões específi-
cas das matérias relacionadas como da competência legislativa privativa da União.

De acordo com o §4º do artigo 18,

Desde que autorizado por lei complementar, o Estado poderá legislar sobre questões específicas
das matérias relacionadas como da competência legislativa privativa da União.
Certo.

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028. (INÉDITA/2020) Considerando as disposições da Constituição do Estado do Pará relacio-


nadas com os Princípios Fundamentais e com os Direitos e Garantias Fundamentais, analise a
assertiva a seguir:
Impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor
histórico, artístico ou cultural, é um exemplo de competência comum do Estado e dos Municí-
pios, exercida com a União.

Temos aqui um exemplo de competência comum, ou seja, competência exercida pelo Estado
do Pará de forma conjunta com a União e os municípios do Estado.

Art. 17 - É competência comum do Estado e dos Municípios, com a União:


IV – impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor
histórico, artístico ou cultural;
Certo.

029. (INÉDITA/2020) Considerando as disposições da Constituição do Estado do Pará relacio-


nadas com os Princípios Fundamentais e com os Direitos e Garantias Fundamentais, analise a
assertiva a seguir:
São símbolos do Estado a Bandeira, o Hino e o Brasão d`Armas, sendo que os Municípios de-
verão, obrigatoriamente, adotar os mesmos símbolos da esfera estadual.

A Bandeira, o Hino e o Brasão d`Armas são, conforme afirmado, símbolos do Estado do Pará.
No entanto, os Municípios não estão obrigados a adotar os mesmos símbolos da esfera esta-
dual, podendo, diversamente, ter símbolos próprios.

Art. 12 - São símbolos do Estado a Bandeira, o Hino e o Brasão d`Armas, adotados à data da promul-
gação desta Constituição, e outros estabelecidos em lei.
Parágrafo único. Os Municípios poderão ter símbolos próprios.
Errado.

030. (INÉDITA/2020) Considerando as disposições da Constituição do Estado do Pará relacio-


nadas com os Princípios Fundamentais e com os Direitos e Garantias Fundamentais, analise a
assertiva a seguir:
No âmbito municipal, a iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Municí-
pio, da cidade ou de bairros, depende da manifestação de, pelo menos, 5% do eleitorado.

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O quórum a ser observado para que a iniciativa popular possa ser exercida nos municípios é
de, pelo menos, 5% do eleitorado.

Art. 9º - A lei municipal regulará, no que couber, a matéria tratada neste capítulo, estabelecendo a
iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros,
através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitorado.
Certo.

031. (CESPE/TEC NS/MPOG/”ENAP”/2015/ADAPTADA) Acerca dos princípios fundamen-


tais previstos na Constituição do Estado do Pará, julgue o item a seguir.
Os objetivos fundamentais do Estado do Pará incluem erradicar a pobreza e a marginalização
e reduzir as desigualdades sociais.

A previsão elencada pela questão é, de acordo com a Constituição Estadual, um dos objetivos
fundamentais do Pará, e não um fundamento.

Art. 3º. O Estado do Pará atuará, com determinação, em todos os seus atos e pelos seus órgãos e
agentes, no sentido de realizar os objetivos fundamentais do País:
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais, raciais e regionais;
Certo.

032. (CESPE/TEC NS/MPOG/”ENAP”/2015/ADAPTADA) Nos termos da nossa Constituição


Estadual, todo o poder emana do povo que, por sua vez, o exerce diretamente ou por meio de
representantes eleitos.

De acordo com o parágrafo único do artigo 1º da Constituição, temos a previsão de que

Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos
termos desta Constituição.
Certo.

033. (FCC/CONS TEC/CM FORTAL/CM FORTALEZA/ADMINISTRATIVO/2019/ADAPTADA)


Nos termos da Constituição Estadual, constituem objetivos fundamentais do Estado do Pará
a) assegurar a prevalência dos direitos humanos e a autodeterminação dos povos.
b) erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais, raciais e regionais
c) garantir o desenvolvimento nacional e a cooperação entre os povos para o progresso da
humanidade.

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d) promover o bem de todos, sem quaisquer formas de discriminação, e os valores sociais do


trabalho e da livre iniciativa.
e) assegurar o pluralismo político e promover a solução pacífica de conflitos.

Os objetivos do Estado do Pará constam no artigo 3º da Constituição Estadual, de seguin-


te redação:

Art. 3º. O Estado do Pará atuará, com determinação, em todos os seus atos e pelos seus órgãos e
agentes, no sentido de realizar os objetivos fundamentais do País:
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional;
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais, raciais e regionais;
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, orientação sexual, cor, idade,
deficiência e quaisquer outras formas de discriminação;
V – dar prioridade absoluta aos assuntos de interesse dos cidadãos.

Apenas a Letra B apresenta, de forma correta, um destes objetivos.


Letra b.

034. (FCC/AFRE/SEFAZ MA/ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA/2016– ADAPTADA) Erradicar


a pobreza e a marginalização é
a) um objetivo fundamental do Estado do Pará.
b) um fundamento do Estado do Pará.
c) uma norma constitucional de aplicabilidade imediata e eficácia plena.
d) uma regra constitucional auto executável.
e) uma competência privativa da União.

A erradicação da pobreza e da marginalização trata-se de um objetivo fundamental a ser ob-


servado pelo Estado do Pará:

Art. 3º. O Estado do Pará atuará, com determinação, em todos os seus atos e pelos seus órgãos e
agentes, no sentido de realizar os objetivos fundamentais do País:
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais, raciais e regionais;
Letra a.

035. (FCC/TEC/PGE MT/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/2016/ADAPTADA) É um dos objeti-


vos fundamentais do Estado do Pará:
a) garantir uma renda mínima a todo cidadão.
b) combater à fome.

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c) promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação.
d) erradicar o analfabetismo.
e) garantir a paz no território nacional.

Dentre as alternativas, a Letra C é a que apresenta um objetivo fundamental do Estado do Pará.

Art. 3º. O Estado do Pará atuará, com determinação, em todos os seus atos e pelos seus órgãos e
agentes, no sentido de realizar os objetivos fundamentais do País:
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, orientação sexual, cor, idade,
deficiência e quaisquer outras formas de discriminação;
Letra c.

036. (FCC/AJ/TRT 9/APOIO ESPECIALIZADO/TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2015/


ADAPTADA) Considere os itens abaixo:
I – Promover o bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer
outras formas de discriminação.
II – Fornecer saúde e educação à população.
III – Garantir a segurança pública.
IV – Garantir o desenvolvimento nacional.
Nos termos da Constituição Federal, constituem objetivos fundamentais da República Federa-
tiva do Brasil o constante APENAS em
a) I e IV.
b) II e III.
c) I, II e IV.
d) III e IV.
e) I, II e III.

Os objetivos fundamentais do Pará estão expressos no artigo 3º da Constituição Estadual:

Art. 3º. O Estado do Pará atuará, com determinação, em todos os seus atos e pelos seus órgãos e
agentes, no sentido de realizar os objetivos fundamentais do País:
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional; (Item IV)
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais, raciais e regionais;
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, orientação sexual, cor, idade,
deficiência e quaisquer outras formas de discriminação; (Item I)
V – dar prioridade absoluta aos assuntos de interesse dos cidadãos.
Letra a.

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037. (CETAP/TEC/MPC/TCM-PA/ADMINISTRAÇÃO/2015) É vedado ao Estado e aos Muni-


cípios, de acordo com o art. 15 da Constituição do Estado do Pará:
I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embarcar-lhes o funcionamento
ou manter com eles ou seus representantes, relações de dependência ou aliança, bem como a
colaboração de interesse público.
II – recusar fé aos documentos públicos.
III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
Após a leitura dos itens, marque a alternativa correta.
a) Apenas o item I está correto.
b) Apenas o item II está correto.
c) Apenas o item III está correto.
d) Apenas os itens I e II estão corretos.
e) Apenas os itens II e III estão corretos.

A questão exige o conhecimento das disposições do artigo 15 da Constituição Estadual, de


seguinte redação:

Art. 15 - É vedado ao Estado e aos Municípios:


I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou
manter com eles ou seus representantes, relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma
da lei, a colaboração de interesse público; (Erro do Item I)
II – recusar fé aos documentos públicos; (Item II)
III – criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. (Item III)
Letra e.

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GABARITO
1. E 14. C 27. C
2. C 15. E 28. C
3. C 16. E 29. E
4. b 17. E 30. C
5. d 18. C 31. C
6. a 19. E 32. C
7. E 20. C 33. b
8. E 21. C 34. a
9. C 22. C 35. c
10. C 23. E 36. a
11. E 24. C 37. e
12. E 25. C
13. E 26. C

Diogo Surdi
Diogo Surdi é formado em Administração Pública e é professor de Direito Administrativo em concursos
públicos, tendo sido aprovado para vários cargos, dentre os quais se destacam: Auditor-Fiscal da Receita
Federal do Brasil (2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013), Analista Tributário da Receita Federal do
Brasil (2012) e Técnico Judiciário dos seguintes órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-MS e MPU.

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