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TOMO 5
DIREITO TRIBUTÁRIO
COORDENAÇÃO DO TOMO 5
Paulo de Barros Carvalho
Maria Leonor Leite Vieira
Robson Maia Lins
Editora PUCSP
São Paulo
2019
ENCICLOPÉDIA JURÍDICA DA PUCSP
DIREITO TRIBUTÁRIO
DIRETOR
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA
Pedro Paulo Teixeira Manus
DE SÃO PAULO
DIRETOR ADJUNTO
FACULDADE DE DIREITO Vidal Serrano Nunes Júnior
CONSELHO EDITORIAL
1.Direito - Enciclopédia. I. Campilongo, Celso Fernandes. II. Gonzaga, Alvaro. III. Freire,
André Luiz. IV. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
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ENCICLOPÉDIA JURÍDICA DA PUCSP
DIREITO TRIBUTÁRIO
INTRODUÇÃO
A relação jurídica tributária não exsurge para perdurar eternamente: sua vocação,
como qualquer relação jurídica, é desaparecer. Seja pelo seu percurso natural e
axiologicamente pretendido pelo direito, que é o pagamento, seja pelo acontecimento de
outra circunstância, o fato que é a relação tributária há de ser extinta.
Muito bem. Os casos previstos para extinção do crédito tributário estão previstos
no art. 156 do Código Tributário Nacional que preveem o que segue:
“Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
I – o pagamento;
II – a compensação;
III – a transação;
IV – remissão;
V – a prescrição e a decadência;
VI – a conversão de depósito em renda;
VII – o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos
do disposto no art. 150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII – a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do art.
164;
IX – a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na
órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X – a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições
estabelecidas em lei.
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou
parcial do crédito sobre a ulterior verificação da irregularidade da sua
constituição, observado o disposto nos arts. 144 e 149.”
Nota-se, portanto, da veiculação do art. acima citado a presença de onze
hipóteses distintas para extinção do liame tributário.
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SUMÁRIO
Introdução ......................................................................................................................... 2
2. Da compensação...................................................................................................... 9
3. Da transação .......................................................................................................... 10
4. Da remissão ........................................................................................................... 10
5. Prescrição e decadência......................................................................................... 11
Referências ..................................................................................................................... 14
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contrariando o art. 5º, XXXV, da Lei Maior, seja por violar o próprio direito à
propriedade.
Uma interpretação mais compatível com a Constituição é aquela que reconhece
que, por vezes, o sujeito passivo da obrigação tributária não é o contribuinte, ou seja,
aquele que apresenta capacidade contributiva para arcar com a obrigação. Nessas
hipóteses, o próprio ordenamento confere mecanismos para o sujeito passivo se ressarcir
do contribuinte, evitando-se uma violação ao primado da capacidade contributiva, como,
por exemplo, opera-se com a sistemática de retenção na fonte.
É claro que, nessas hipóteses, o sujeito passivo tributário se torna muito mais um
agente arrecadador do que uma figura que teve seu patrimônio invadido pela tributação.
Daí por que em tais hipóteses é totalmente justificável a aplicação do art. 166 do Código
Tributário Nacional.
Em que pese a tal fator, não é essa a linha adotada pela jurisprudência como se
infere da decisão a seguir indicada:
“TRIBUTÁRIO. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL.
PEDIDO DE DEVOLUÇÃO OU COMPENSAÇÃO DO ICMS PAGO A
MAIOR NO REGIME DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.
NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DO ART. 166 DO CTN.
1. A orientação jurisprudencial deste Tribunal Superior é no sentido de
que “os tributos ditos indiretos, dentre eles o ICMS, sujeitam-se, em caso
de restituição, compensação ou creditamento, à demonstração dos
pressupostos estabelecidos no art. 166 do CTN”.
Precedentes AgRg no AREsp 31.660/SP, rel. min. Herman Benjamin,
Segunda Turma, j. 20/3/2013; REsp 1.209.607/SP, Segunda Turma, rel.
min. Mauro Campbell Marques, j. 12/11/2010.
2. O recurso especial não encontra óbice nas Súmulas 284/STF e 7/STJ,
tendo em vista que o ora agravado demonstrou objetivamente o ponto
central da controvérsia jurídica. E o comando da decisão foi justamente
para que o Tribunal de origem, à luz do contexto fático-probatório, aprecie
a pretensão sob a ótica dos requisitos do art. 166 do CTN.
3. Agravo interno a que se nega provimento.
(AgInt no REsp 1434905/PI, rel. min. Og Fernandes, Segunda Turma, j.
06.10.2016)
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2. DA COMPENSAÇÃO
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3. DA TRANSAÇÃO
4. DA REMISSÃO
Prescreve o art. 172 do Código Tributário Nacional que a lei pode autorizar a
autoridade administrativa a conceder, por despacho fundamentado, remissão, total ou
parcial do crédito tributário, atendendo o seguinte:
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fato;
(c) à diminuta importância do crédito tributário;
(d) a considerações de equidade, em relação com as características pessoais
ou materiais do caso; e
(e) a condições peculiares a determinada região do território da entidade
tributante.
Nesse sentido, a remissão é o perdão do crédito tributário, estatuído por lei. Em
sendo concedida, nos termos do art. 172 do Código Tributário Nacional, estará extinta a
obrigação tributária.
5. PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
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de ofício, uma vez procedido pelo contribuinte o depósito judicial, poderia acarretar
eventual decadência. O Superior Tribunal de Justiça entende que o depósito judicial
equivale a um pagamento antecipado do tributo, nos moldes do lançamento por
homologação, de tal modo que implicaria a constituição do crédito tributário, tal como se
depreende de julgados como o REsp 1637092/RS, AgInt no AREsp 939440/SP proferidos
pela Segunda Turma da referida Corte Superior.
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Dação em pagamento é o ato pelo qual o devedor adimple sua dívida mediante
a entrega de bens ao credor.
Nesse contexto, o art. 156, XI, do Código Tributário Nacional, prevê a
possibilidade da lei prever a possibilidade de extinção do crédito tributário mediante a
dação em pagamento em bens imóveis.
Caberá a lei de cada Ente Tributante instituir tal modalidade de extinção do
crédito tributário.
REFERÊNCIAS
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de direito tributário. 26. ed. São Paulo:
Saraiva, 2014.
__________________. Direito tributário, linguagem e método. 6. ed. São Paulo:
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Noeses, 2015.
SANTI, Eurico Marcos Diniz. Decadência e prescrição em direito tributário.
São Paulo: Max Limonad, 2001.
SILVA, Renata Elaine. Curso de decadência e prescrição no direito tributário.
– regras do direito e segurança jurídica. São Paulo: Noeses, 2013.
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