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A Fragilidade Masculina

Suzi Pires revela que figuras paternas são as mais citadas quando se fala
em falta de sensibilidade entre homens; saiba mais sobre o assunto
Por Suzi Pires

Eita que assunto polêmico! Os homens realmente entendem que têm


fragilidades e que precisam olhar para isso? Digamos que 99% ainda não
consegue conceber esta ideia, mas 1% já está buscando seu desenvolvimento
pessoal, sua suavidade perdida, através dos séculos, e sua liberação para se
emocionar.
As heranças deixadas pelos modos rígidos ensinados através do patriarcado e
que sempre foram tratados como regra dentro da criação dos homens, vem
sendo cada vez mais colocados a prova diante do aumento do acesso a
informação e principalmente da quebra de estereótipos, tirando o que era
“Coisa de Homem” da sua zona de conforto.
Inclusive, conforto não é bem a palavra certa para ser usada, quando a maioria
dos homens é questionada sobre suas fragilidades. Cerca de milhares de
homens se dizem traumatizados por conta de terem sofrido pressão na infância
para fazer algum tipo de demonstração de sua masculinidade, como ignorar as
próprias emoções e menosprezar mulheres, muitas vezes isso sendo iniciado
em casa, desrespeitando a própria mãe.

As figuras paternas são as mais citadas quando o assunto é a falta de


sensibilidade entre homens, já que normalmente, acolhimento e carinho tem
como fonte as mães. Com que frequência vemos um pai abraçar o filho em
público? Ou andar de mãos dadas? Se formos analisar por esse lado
realmente fica mais clara a visão de como o que é passado de geração em
geração afeta o que conhecemos dentro da sociedade. Por que apenas as
mulheres desenvolvem esse importante papel na criação dos filhos?
Essa pergunta indagou um grupo de homens em João Pessoa que tem se
reunido para discutir sobre suas fragilidades, sexualidade, casamento,
paternidade, tentando assim, eliminar antigos “medos” que nunca foram
expostos por eles. A chamada “Roda de Homens”, que é gratuita, foi criada
dentro da Casa Lua Cheia que promovia encontros de casais que estão
grávidos e então o próprio marido da fundadora da Casa decidiu que era
necessário um bate-papo só de homens, ao perceber que muitos se calavam
diante de assuntos que são colocados como prioridade feminina.
A falta de liberdade para expressar sentimentos que ficam guardados sem o
apoio emocional que todo ser humano necessita, gera forte impacto na
personalidade e na saúde mental de homens ao redor do mundo, atingindo
todas as classes sociais. Existe um grande número de homens por exemplo,
que permanece solteiro durante toda a vida, por não superar o fim de um
relacionamento, ou de não ter conseguido falar o que sentia para alguém em
que estava interessado por medo da rejeição, mas são apresentados como
“Solteirões convictos”, o que claro, para uma mulher seria algo bastante
pejorativo!

Segundo pesquisa feita pelo site Papo de Homem, sete em cada dez homens
não costumam falar sobre suas emoções, tem distúrbios como ansiedade e
depressão e que tudo isso tem relação direta com a violência doméstica ser
uma espécie de epidemia no país. O mecânico Paulo Miranda criou o grupo
“Masculinidades Negras” quando sua empresa faliu e se viu sem dinheiro, sem
casa, divorciado e sem ter com quem se abrir sobre esse momento, trazendo
também a questão de raça, já que o homem negro é sempre ensinado a ser o
“forte” desde pequeno, o que não permitia Paulo demonstrar sua tristeza.
Inúmeros projetos voltados para homens colocarem suas inseguranças pra fora
vêm sendo desenvolvidos para auxiliar, com total desprendimento e sem
julgamentos. Isso é consequência direta da popularização do feminismo, o que
torna tudo mais interessante. Homens e mulheres unidos em busca de
aceitação, igualdade e respeito com certeza é uma atitude inovadora que, na
verdade, vinha sendo muito esperada ao longo de décadas. Que essas novas
iniciativas possam encontrar um lugar de permanência na atualidade,
impulsionando uma nova geração de homens a ser mais feliz e bem resolvida.

A partir do texto acima, responda às seguintes questões:


1. os homens realmente entendem que têm fragilidades e que precisam olhar
para isso?
2. Em que sentido o texto questiona a ideia de “coisa de homem” como
zona de conforto?
3. Por que a falta de liberdade para expressar sentimentos que ficam
guardados sem o apoio emocional que todo ser humano necessita, gera
forte impacto na personalidade e na saúde mental de homens?

1- 1% dos homens esta tentando entender mais essa


fragilidade e se cuidar mais em relação a isso.
2- Sua zona de conforto é ter essa masculinidade
tóxica, já que isso foi ensinado a eles.
3- Porque por eles não demonstra seus sentimentos,
isso acaba refletindo na sua personalidade e por
guarda tudo para si ele acaba tendo problemas
psicológico.

Esther Victoria 1°A

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