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António Santos Pires 28/01/23

Palavras chave: disfunção sexual; comunicação humana; sintaxe; semântica, pragmática,


comunicação clara e ambígua; metacomunicação; axiomas da pragmática; comunicação
conteúdo e comunicação relação; comunicação analógica e digital; relações simétricas e
complementares; intimidade; pre e pseudo intimidade; síndroma D.Juan;

MODELO PLISSIT
O modelo PLISSIT, é utilizado no ensino da sexualidade e formação dos profissionais, fornece
um quadro conceptual para a formação individual, que permite diferentes graus de
envolvimento dos participantes baseados no nível de conhecimentos, capacidades e níveis de
conforto para gerir as questões sexuais a um nível mínimo de competências.

P Permissão
LI Informação Limitada
SS Sugestões Especificas
IT Terapia Intensiva

Permissão

Informação Limitada

Uma grande parte das disfunções sexuais são despoletadas por falta de conhecimento

Ex: É normal que um Homem não consiga ter uma erecção logo após e ejaculação, no entanto,
por vezes em conversas de amigos (onde nem tudo o que se diz é verdade) ficam com a ideia
que não é normal não conseguirem e isso deixa-os stressados. Essa ansiedade pode provocar
problemas em futuras erecções e tornar-se numa disfunção apenas criada pela ansiedade
proveniente da falta de informação

Sugestões específicas

Uma erecção depende de vários factores e não apenas da vontade, eu não tenho uma erecção
quando quero tal como levanto o braço porque simplesmente o quero levantar, com a erecção
não funciona assim. A ansiedade é um bloqueio, a ansiedade e o medo de falhar libertam
catecolaminas (Dopamina, adrenalina e noradrenalina, as três principais catecolaminas-
processos de cognição, emoção, memória e aprendizagem) e adrenalina e isso bloqueia o
processo de excitação. Basta que aconteça 1 vez, o homem não conseguir ter uma erecção no
momento esperado, que começa a dramatizar a sexualidade e torna-se numa disfunção.

O que fazer?
Devemos dar informação, desconstruir a ideia de “problema”, vamos tirar o horror do sexo
que está na cabeça dele. Recomendação- Durante x tempo (exemplo 15 dias) está proibida a
penetração. Desta forma é retirada a pressão ao homem de que tem de estar erecto para dar
prazer à mulher e dessa forma acaba por acontecer naturalmente. Não há problema de não
houver erecção porque não vai penetrar e dessa forma o Homem fica inconscientemente
tranquilizado e aumenta, não só o prazer como também a criatividade e erotismo. Cada um
conhecer como é que o outro reage às carícias (não incluindo os órgãos genitais numa primeira
fase).

Após este exercício, o casal apercebe-se de que não existe nenhum problema com eles, era só
ansiedade. E o problema fica solucionado.

Terapia intensiva

Funcionalidades de um casal
+ Sexual; - Conjugal => quando isto acontece a sexualidade por melhor que seja acaba por ser
afectada. Sobretudo porque as mulheres valorizam muito o afecto na sexualidade, mais do que
os homens. Quando o casal não está bem, o homem continua a querer sexo mas a mulher
chega a criar aversão ao sexo por falta de afectos.

Homens= + Sexo

Mulheres= + Afecto

Sexualidade Animal vs Humana (homem vs mulher)

A sexualidade animal tem como único objectivo, a manutenção da espécie. Por outro lado, a
sexualidade Humana têm vindo a fazer progressos nesse sentido. Com o tempo e com algumas
vitórias na história da emancipação da mulher tais como a invenção da pilula contraceptiva em
1960 na Alemanha, a mulher começou a explorar a sexualidade ganhando assim espaço para o
prazer e desejo. No entanto, ainda não tanto como os Homens.

Estudo caso

Paulo- “Doutor, viemos aqui à consulta porque a Paula é muito fraquinha no sexo”-
normalmente observações deste género vêm de homens com um padrão tradicional que dão
um beijinho na boca, um apalpão nas mamas e está pronto para a penetração. No entanto a
mulher não fica “pronta” apenas com isso.” - as mulheres dos meus amigos funcionam, mas a
minha não”
Doutor- “será que é a sua mulher que não funciona ou é o Paulo que não a sabe por a
funcionar?”

Disfunção Sexual- é uma perturbação na sexualidade que causa sofrimento a pelo menos 1
dos membros do casal e que se mantém no mínimo meio ano.

Homem precoce + Mulher que não gosta sexo = sexualidade coelho

Neste caso não se encontra uma disfunção, sendo que nenhum dos elementos sofre com a
situação, ambos gostam da sexualidade desta maneira. Por questões de saúde o homem
iniciou a toma de uma medicação que atrasava a ejaculação e ambos estavam desconfortáveis
coma demora da relação por isso foi pedida a alteração da medicação de forma a voltar à
medicação de coelho. Uma sexualidade “normal” é disfuncional para este casal. Se eles acham
a sexualidade coelho normal e não prejudicam ninguém, então não existe disfunção.

Comunicação Humana
Definição de Amor- não é interpretado por todos da mesma forma. Há quem diga que amor é
quando sentes ciúmes, ou é quando te sentes segura, ou quando queres a pessoa só para ti, ou
libertas a pessoa para que possa ser feliz. Não existe apenas uma única interpretação.

Intimidade- Caráter do que é íntimo, secreto, em que há muita proximidade. Onde há


tranquilidade, aconchego e espaço seguro para explorar e libertar a verdadeira essência sem
medo do julgamento. A intimidade necessita de comunicação. Tem de haver confiança mútua,
investimento afectivo, capacidade de partilhar e mostrar como realmente somos.

Casamento contrato vs casamento investimento

Os casamentos de antigamente (contrato) eram muito mais facilmente mantidos porque


existia um elevado compromisso e uma divisão de obrigações muito claras. O marido sustenta
a família, a mulher cuida da casa e dos filhos. Era fácil cumprir até porque o homem tinha
extremamente mais poder que a mulher e por isso havia um domínio

Hoje em dia, os casamentos (investimento) requerem intimidade, não existem funções


específicas nem superioridade de um face ao outro. É necessário um investimento diferente,
aprendizagem, ajustes constantes e dá muito mais trabalho manter.

Comunicação Humana- Processo Psicológico através do qual transmitimos aos outros valores,
ideias, atitudes e mensagens sobre o que pensamos.
3 áreas da Comunicação Humana:

Sintaxe- capacidade que temos do ponto de vista formal e técnico de sermos capazes de
transmitir ideias. Exprimir clareza e síntese. É necessária inteligência e cultura. Adaptarmos o
nosso discurso à pessoa que temos à nossa frente.

Semântica- O significado dos símbolos Ex: Palavra mãe, todos associamos à cuidadora, quem
nos ensinou, com quem temos uma ligação forte, aquela que nos deu a vida. No entanto eu
posso chorar ao ouvir essa palavra porque já não a tenho comigo e essa palavra me causa dor.
Dor é o significado que dou à palavra MÃE. Quando alguém reage de forma diferente a uma
palavra, é importante perceber que razões levam a pessoa a reagir assim. O que despoletou
essa reacção fora do normal

Pragmática- tem a ver com os efeitos comportamentais. Toda a comunicação desencadeia


comportamentos

COMUNICAÇÃO (varia entre) tipo balança

CLAREZA ex: “Sou a Maguie e sou Personal Treiner” – informação clara e direta

AMBIGUIDADE ex: “Não te preocupes”- necessária a metacomunicação –“o que queres dizer
com isso”; “Queres mesmo que não me preocupe contigo, ou estás apenas triste e
desanimada?”

Exemplo: O homem vai velho do mundo deu uma entrevista onde lhe perguntaram qual era o
segredo da sua longevidade, ao que respondeu: “nunca contradizer ninguém”, quando
entrevistador lhe disse que isso não era possivel, a sua resposta foi “POIS NÃO”.

Daqui podemos retirar que ele queria dizer que em tantos anos nunca contradisse ninguem e
que não era agora que o ia fazer. Mas podemos tirar a conclusão de que isso não é possivel
porque todas as pessoas em alguma fase da sua vida o fizeram e que a resposta do senhor
queria apenas comunicar que ele ainda tem sentido de humor. Devemos questionar de forma
inteligente, por exemplo- “Sr. Joao, então o que me está querer dizer é que o seu sentido de
humor está apuradíssimo não é?”

Exemplo 2:

O manuel sai do trabalho todos os dias às 18h, passa pelo café a tomar a sua cerveja com os
amigos e chega a casa às 20h onde encontra a mulher já com o seu jantar pronto. (tradicional)

Determinado dia o Manuel sai do trabalho às 18h e vai diretamente para casa (comunicação
ambigua não verbal) e a Maria interpretou…

Interpretação 1 – Este gajo hoje veio mais cedo só para me chatear


Interpretação 2 – Ele veio mais cedo porque tinha saudades minhas

Caso exista Metacomunicação – “Porque chegaste mais cedo?”

 O Manuel pode mentir e dizer que foi porque tinha saudades dela mas de
seguida vai deitar-se porque a verdadeira causa de ter vindo mais cedo é uma
dor de cabeça e volta a falhar a comunicação no casal e a crescerem os atritos.
 O Manuel pode explicar que tinha uma dor de cabeça

Exemplo 3

Ao chegarem a uma consulta, o terapeuta pergunta Ana porque estás de costas viradas com o
Diogo, ao que responde:

Ana- “Esse bruto sabe que eu detesto velocidade e veio a acelerar o caminho todo só para me
chatear”

O terapeuta pergunta ao Diogo porque acelerou e ele respondeu:

Diogo- “Sr doutor, a Ana demorou demasiado tempo a arranjar-se e saímos de casa muito
depois da hora prevista, por respeito a vocês, vim mais rápido para não atrasarmos o vosso
trabalho”

Metacomunicação

A metacomunicação designa a capacidade de comunicar sobre a dinâmica da comunicação


entre interlocutores. Este conceito é amplamente utilizado no âmbito da Psicologia Sistémica,
no estudo e compreensão da comunicação interpessoal.

“O que queres dizer com isso?”; “Qual o significado desta acção?”

Nesta comunicação é necessário, por um lado, tentar perceber o que é que o outro quis dizer
ou qual a intenção, no entanto é necessário, do outro lado haver uma resposta clara e
verdadeira sem julgamentos nem interpretações baseadas nas vivências ou na relação. A
metacomunicação nunca deve ser interpretada como um ataque, caso contrário perde o seu
efeito.

Axiomas da Pragmática
1- Impossibilidade de não comunicar - Não é possível não comunicar, todas as atitudes
humanas são atitudes de comunicação. Mesmo que não fales, estás a comunicar que não tens
interesse na comunicação

2- Toda a comunicação apresenta um nível de conteúdo e um nível de relação - tal que a


relação classifica o conteúdo. O nível de conteúdo diz respeito à informação veiculada na
mensagem (e.g. factos, opiniões). O nível de relação, por sua vez, refere-se ao que é
comunicado sobre a relação entre os comunicantes. A relação pode ajudar a esclarecer o
conteúdo veiculado, assim como o conteúdo redefine a cada momento a relação (e.g. “Estás
sempre a olhar para o telemóvel enquanto falo contigo!” – o nível de conteúdo respeita ao
facto de utilizar o telemóvel durante a conversa, o nível de relação respeita ao que este ato diz
sobre a relação).

Exemplo 2: “vou estar 1 mês fora, por isso vou ligar todos os dias”

Caso 1- O João vai para o serviço militar e diz essa frase à mulher

Caso 2- O João vai de férias e diz essa frase aos colegas de trabalho

Em ambos os casos, a resposta é “Não te preocupes com isso”

Ao voltar, cheio de saudades, é muito bem recebido no trabalho mas a mulher está chateada.
O que aconteceu no caso 1 foi que a mulher usou uma comunicação ambígua para dizer que
não queria que ele lhe ligasse por obrigação mas esperava que o fizesse por ter saudades. Essa
atitude de forma autónoma teria um simbolismo afectivo importante para ela.

O que varia entre os 2 casos é o contexto. Num contexto profissional é espectável que quem
vá de férias, não esteja preocupado em ligar para o trabalho porque está de férias e que esteja
realmente ausente. Num contexto de relacionamento, é expectável que acha um contacto, um
interesse, saudade, vontade de ouvir a pessoa. A mulher do João quis dizer, liga-me porque me
amas e tens saudades minhas e não como obrigação porque me disseste que o farias.

Exercício sugerido na terapia de casal- dar um papel com pequenas coisa que gostarias de ver
aumentado no outro e pequenas coisas que gostavas de ver reduzido no outro. Quando isto
não funciona. É o óbito do casal.

3- A natureza de uma relação está na contingência da pontuação das sequências


comunicacionais entre os comunicantes – Este axioma postula que a comunicação assenta
numa sequência de trocas comunicacionais, ocorrendo uma mensagem em resposta à
mensagem do outro. A interpretação que cada comunicante realiza sobre a troca
comunicacional gera um comportamento, por sua vez gerador de um comportamento no
outro comunicante. Muitas vezes, as pontuações e interpretações dos comunicantes são
divergentes

EXEMPLO 1: A natureza da Joana é dizer que anda nervosa porque o João não dialoga. A
natureza do João é que não consegue comunicar com a Joana porque ela anda muito nervosa.
Ambos têm razão.

EXEMPLO 2: O Manuel queixa-se que na noite passada, quando estavam na cama se tentou
aproximar da Maria tocando-lhe no ombro e ela rosnou. A Maria responde que o fez porque
ao jantar, ele criticou a sopa que ela fez dizendo que estava salgada e ela tinha feito a mesma
receita de sempre. Não importa onde começou este carrossel, importa perceber que o querem
corrigir.

4-A comunicação é analógica ou digital – a digital define os conteúdos, a analógica defina as


relações. O ser humano pode comunicar analogicamente, isto é, através de qualquer
comunicação não-verbal (e.g. movimentos corporais, gestos, expressões faciais, ritmo das
palavras) ou digitalmente, através de comunicação verbal. Deste modo, pode dizer-se que o
nível de conteúdo é fundamentalmente transmitido através de comunicação digital e o nível
de relação é predominantemente analógico (e.g. Quando um indivíduo fala com outro, está a
comunicar algo verbalmente, mas também não verbalmente através das expressões faciais,
podendo estes dois níveis ser ou não congruentes). rever

5- Todas as trocas comunicacionais são ou simétricas ou complementares

Relação simétrica- Irmãos, colegas de trabalho, casal – onde há semelhança de poderes, o que
não invalida que hajam papéis diferentes

Patologia associada a esta relação- A ESCALADA- baseia-se na pontuação discordante dos


factos, cada um tenta ganhar pela força, atacando e magoando o outro. Pegando no exemplo
anterior da Joana e do João, é quando o João dialoga ainda menos para tocar na ferida à Joana,
e a Joana grita ainda mais para lesar o João. É necessário um deles baixar o ego e assumir as
culpas, ambos têm de o fazer à vez. Se não baixarem a guarda os dois, podem esperar
sentados pela mudança. Ambos têm de querer mudar. Este carrossel por vezes chega a um
extremo de deixar de haver comunicação possível e essa é ainda mais agressiva. É uma dor tão
profunda que chegam os pensamentos de “isto já não vale a pena”, ou são mesmo as pessoas
à tua volta que dizem para se separarem e que é toxico que vocês não têm nada a ver um com
o outro.

Relação Complementar- pai e filho, professor e aluno, médico e utente- onde ambos têm
poderes diferentes que se complementam

Patologia associada a esta relação- DOUBLEBIND- comunicação paradoxale, um dilema da


comunicação onde o indivíduo recebe duas ou mais mensagens conflitantes, onde uma nega a
outra.

Exemplo: uma mãe descompensada, que não tem uma relação equilibrada com o marido ou
outro tipo de relação e se apegam demasiado ao filho, cobrando a sua atenção e se vimizando
quando por exemplo o filho arranja uma namorada. “vai lá ter com ela, vai. Eu fico praqui
jogada e abandonada, já ninguém quer saber de mim, não faço falta a ninguém”.

Esta mãe está a criar no filho, uma responsabilidade que não é dele. Não é função do filho,
cobrir as necessidades emocionais de uma mãe. Neste caso ele vai estar sempre a sentir-se
culpado independentemente do que faça. Se ficar com a mãe sente-se culpado porque deveria
ter estado com a namorada porque esse é realmente a função dele enquanto namorado, mas
se for ter com ela, vai sentir-se culpado por estar a “abandonar” a mãe.

Solução: O filho tem mostrar à mãe que ela também deixou os pais dela para ficar com o
marido e que essa é a lei da vida, ele não vai ficar em casa para sempre e a mãe não pode
atribuir a sua felicidade à presença do filho porque ele acabará por ir criar a sua própria
família. “é com a minha namorada que tenho de ir viver, não é contigo”. Quanto mais
compactuar com as atitudes imaturas da mãe, mais a irá prejudicar porque irá piorar os seus
comportamentos e cobranças.

Rigidificação-proteger os filhos apesar de eles já terem idade para irem na sua própria
bicicleta. A superprotecção não prepara ninguém para a vida e torna difícil a sua
funcionalidade nas outras relações. É necessária promoção da autonomia por parte da família.

Exemplo caso clinico:

O zé é tímido com as raparigas! A mãe leva-o à faculdade todos os dias, porque uma vez
quando era pequeno, foi atropelado e desde aí ela assumiu que ele era demasiado despistado
para andar sozinho, podia ser perigoso. Como tinha uma relação disfuncional com o marido
pois era traída, esta mãe, descobriu naquele dia, uma nova missão para a sua vida, garantir
que o filho estava sempre em segurança.

Solução: A mãe foi proibida de levar o filho à faculdade. Dessa forma percebeu que ele não
precisava disso e superprotege-lo não era a sua função. O filho começou a sentir-se mais
Autónomo e capaz e a sua relação com as raparigas começou a melhorar.

Intimidade
Conceito ambíguo mas é o suporte das relações românticas. As bases começam na infância na
relação com os pais e irmãos e p exemplo dos pais entre eles.

Interacções de intimidade- Diálogos de partilha ex: terapia, conversas com amigas

Relações de intimidade- relacionamentos amorosos- mentiras e traições reduzem


drasticamente a intimidade

Quando deixamos de ser apreciados, a intimidade cai, deixa de haver a possibilidade de


investimento na relação.

“posso ser um bocado chata e queixar-me demasiado mas sei que o posso fazer na minha
intimidade e não vou ser julgada”

Muitas vezes a intimidade desaparece porque escolhemos caminhos diferentes, por exemplo
em termos profissionais. Ex: eu e o ricardo
Para haver intimidade é necessária ligação e separação sem existir fusão. Amor não é querer
estar sempre com a pessoa. É necessária saudade para haver intimidade. Não temos de gostar
da mesma coisa nem devemos perder a nossa essência por medo de sermos julgados ou não
sermos amados por isso.

Pré e Pseudo Intimidade

Pré- intimidade: Não ser capaz de me entregar totalmente numa relação. Ex: Deixei uma
relação e não fiz o luto da relação anterior, então entrei nesta relação com um estado de pre-
intimidade.

Pseudo-intimidade: Não há uma entrega total, tem a ver com o doublebind, é alguém que é
impossível de ser conquistado. Está tão marcado pelas suas características pessoais e intimas
que nunca serão capazes de serem íntimos na relação. Está a dar 30% e a receber 100%

Antigamente o cimento das relações era o compromisso/contrato (+ fácil de manter), hoje é a


intimidade/investimento.

Síndrome D. Juan- Conquista muitas mulheres mas é incapaz de as fazer felizes e ele mesmo
não consegue ser feliz. Dedica-se apenas à conquista e é incapaz de se entregar à intimidade,
dessa forma, conquista e farta-se. O único prazer que tem é na conquista e atenção das
raparigas.

Características da intimidade

1- Percepção da disponibilidade do outro para ajudar quando necessário

2- Compreensão mútua, partilha, dar e receber apoio emocional

3- Comunicação profunda e honesta

4- Desejo de promover o bem estar do outro

5- Prazer por se estar com a pessoa de quem se é intimo

6- Imagem positiva dela

Como definir intimidade sexual

Factores dos quais a intimidade sexual depende:

 investimento afectivo
 Segurança pessoal
 Segurança emocional
 Segurança sexual
 Segurança na relação
 Confiança mútua
 Relação com o corpo

Uma boa sexualidade não salva uma relação, mas uma disfunção na relação pode causar
disfunções na sexualidade

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