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UNIVERSIDADE VILA VELHA

ALINE MARCHESINI DA COSTA

1 CARACTERÍSTICAS E DIRETRIZES DOS CENTROS DE APOIO PARA


CRIANÇAS ESPECIAIS.

No presente capítulo serão descritas as principais características e objetivos dos centros


de apoio pedagógico para crianças especiais, assim como as suas metodologias de
ensino, quais são as preocupações dessas entidades e a importância delas na vida e no
desenvolvimento das crianças e dos adolescentes portadores de necessidades especiais,
além abordar sobre a importância das atividades físicas e do movimento Apaeano no
tratamento dos excepcionais.

Segundo o CENSO 2010, no Espírito Santo, são mais de oitocentos e vinte e quatro mil
pessoas com algum tipo de deficiência, ou seja, 23,45% da população do estado. No
Brasil esses números já ultrapassam quarenta e cinco milhões de habitantes, sendo
quase 24% da população portador de necessidades especiais.

Segundo Vescia (2012), as escolas regulares, de ensino público e privado, mudaram sua
metodologia e incluem entre seus alunos crianças e adolescentes com deficiências.
Dessa maneira, ao longo do tempo, surgiu-se a necessidade de criar locais que
funcionassem como apoio a essas escolas, recebendo e dando suporte aos deficientes. O
centro de apoio é um local aonde as pessoas portadoras de necessidades especiais
podem realizar atividades extracurriculares, aprimorar suas habilidades e desenvolver os
conteúdos aprendidos na escola, aprimorando o projeto de vida da criança, além de dar
apoio e o suporte necessário aos familiares.

O arquiteto, tendo o poder de definir os espaços e os usos da instituição


escolar, pode influenciar na definição do conceito de ensino da escola.
Nesse sentido, cabe ao arquiteto conhecer diversos aspectos
pedagógicos, pois estes serão os definidores do tipo de atividade que a
instituição em questão vai desenvolver, tornando-se elementos essenciais
à definição do programa de necessidades de uma edificação escolar. O
ambiente físico escolar deveria então contribuir de forma positiva para
estimular uma produção acadêmica expressiva e satisfatória.
(VESCIA,2012, p.5)

Segundo a Fenapaes (2011), uma das principais preocupações dos centros de apoio é
garantir a participação da família dos deficientes das diversas atividades promovidas pela
instituição, pois a família é o primeiro universo social da criança. O nascimento de um filho
com deficiência intelectual requer uma estrutura econômica, emocional, social, dentre
outros. A vida com uma criança especial pode fragilizar a família, trazendo sentimentos de
incertezas, de incapacidades e de menos-valia, mas também pode ocorrer o
fortalecimento, vencendo medos, incertezas e preconceitos.

De Acordo com Bucher-Maluschke (2011), é dever dos centros de apoios contribuir para o
fortalecimento dessas famílias, acompanhando e tratando das crianças desde o
nascimento até a fase de adolescência, ajudando-os a desenvolver suas habilidades e
procurando proporcionar a elas uma melhor qualidade de vida.

Fenapaes (2011) realizou uma pesquisa com 3.929 pais ou responsáveis pelos
portadores de necessidades especiais nas cinco regiões do Brasil que são atendidos pelo
movimento Apaeano. Após essa pesquisa foi aplicada para cada pessoa um questionário
que abordava a caracterização da ApaeS, tempo de frequência da pessoa na instituição, a
deficiência da pessoa e suas necessidades, tipo de residência em que a família vive grau
e como ela participa dos cuidados pessoais dela própria e as atividades de lazer.

Segundo a Apae, de acordo com o gráfico 1, é possível verificar um pequeno índice na


faixa dos usuários com menos de um ano, o que indica que os pais ainda têm receio de
matricularem seus filhos em instituições de apoio as crianças especiais por terem
dificuldade, muitas vezes, em assumir que o filho é especial ou mesmo por falta de
informação.

Verifica-se também no gráfico que o maior número de crianças entra na instituição a partir
de um ano de idade e os usuários ficam satisfeitos com o trabalho desenvolvido e passam
a ser usuários assíduos até um período de cinco anos, que é a frequência mais alta
analisada pela pesquisa. Pode-se verificar que, assim que essa faixa passa dos cinco
anos de tratamento, ela cai 20%, por o indivíduo ter desenvolvido suas habilidades e na
adolescência e conseguir ter autonomia nas suas atividades diárias. Já os usuários que
permanecem por mais de dez anos, são pessoas que dependem de um apoio mais
intensivo, geralmente pacientes com uma deficiência mais intensa e que necessitam de
apoio desde a infância até a velhice (BUCHER-MALUSCHKE, 2011).

Gráfico : Porcentagem de usuários por tempo na Apae.


Fonte: Site da Apae Brasil < http://www.apaebrasil.org.br>. Acesso em: Agosto de 2013.

No gráfico 2 a seguir é possível concluir que a deficiência predominante é a Intelectual


(55%), seguida pela múltipla (23%) e por alguma síndrome (14%). As doenças intelectuais
são o foco da pesquisa para a elaboração deste projeto, baseado nas necessidades das
crianças, adolescentes, adultos e idosos excepcionais que são tratados nos centros de
apoio do Brasil. As doenças que mais se destacam nos centros são: a Síndrome de
Down, o Espectro Autista, Esquizofrenia, entre outras abordadas no capítulo anterior,
sendo que cada uma dessas doenças têm a sua particularidade e diferentes tipos de
terapias a serem realizadas.

Gráfico : Porcentagem de usuários por tipo de deficiência.


Fonte: Site da Apae Brasil < http://www.apaebrasil.org.br>. Acesso em: Agosto de 2013.

Hoje no Brasil, a maior instituição que apoia e trata pessoas portadoras de necessidades
especiais é a Apae, que segundo Fenapaes (2013), já passam de 2.123 Instituições em
todo o Brasil1. A Apae trabalha diariamente para garantir aos portadores de necessidades
especiais um espaço aonde elas possam ser vistas como cidadãos que precisam de um
cuidado especial, dando todo o suporte psicológico e terapêutico que eles necessitam. E
é dentro desse contexto que o próximo subitem se refere (FENAPAES, 2013).

2.1 APAE: ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS:

Segundo Fenapaes (2013), a Apae foi fundada em 1954 no Rio de Janeiro e atualmente
conta com 2.123 unidades de apoio em todo o Brasil, como foi explanado anteriormente.
Essas unidades estão disponíveis em tempo integral ao seu público alvo, que são
pessoas com deficiências intelectuais, múltiplas e síndromes, além de suas famílias,
atuando na área da educação, saúde, trabalho e assistência social. Essa entidade está
muitas vezes assumindo o papel da saúde e da educação, fazendo um trabalho educativo

1 Na Região Norte são 119 unidades, no Nordeste são 266 unidades, no Centro Oeste 164
unidades, no Sul são 743 unidades e na Região Sudeste com o maior número de instituições que chegam a
831 unidades, sendo 40 delas no estado do Espírito Santo ( Fenapaes, 2013).
e preventivo de grande importância, há dezenas de anos.

Um estudo realizado pela Apae, segundo Tibola (2001), mostrou que a idade de
atendimento para os deficientes varia de 2 meses de idade até 88 anos, tendo uma média
de 12,4 anos, sendo 68% das pessoas com idade abaixo de 20 anos e somente 10%
possui mais de 30 anos.

Ainda segundo a autora, o Movimento Apaeano está dividido em quatro níveis, sendo eles
em ordem hierárquica, a Federação Nacional das Apaes, a Federação das Apaes do
Estado, a Delegacia Regional e a Apae, demonstrados na figura a seguir (Figura 7).

Figura : Níveis Hierárquicos do Movimento Apaeano.


Fonte: TIBOLA, 2001, p.24.

A hierarquia começa na base com as Apae’s que são prestadoras de serviços e de


atendimentos diretos. A delegacia regional tem o objetivo de organizar as Apae’s nas
microrregiões, orientando seus rumos. Já a Federação das Apae’s nos estados tem como
principal característica adotar as diretrizes estratégicas do movimento Apaeano, além de
defender os direitos e ações, em prol da defesa da pessoa portadora da deficiência. Essa
hierarquia forma a grande rede do maior movimento filantrópico do mundo, na área de
defesa de direitos, atendimento e garantia da qualidade de vida das pessoas portadoras
de deficiência (TIBOLA, 2001).

Ainda segundo Tibola (2001), a educação infantil é a primeira etapa da educação básica e
é nela que a criança de zero a seis anos começa a desenvolver aspectos físicos,
psicológicos, intelectual e social, com apoio da família. O ensino fundamental é obrigatório
para o desenvolvimento da capacidade de aprender e a formação de atitudes e valores
para a vida por meio da aprendizagem e o programa de formação profissional é formado
por três etapas (iniciação para o trabalho, qualificação para o trabalho e colocação no
trabalho) que dá ao educando a oportunidade de aprender uma profissão e ser inserido
em um mercado de trabalho.

No próximo subitem é abordada a importância da atividade física para os portadores de


necessidades especiais, trabalhando o equilíbrio e coordenação motora dos mesmos.

2.2 A ATIVIDADE FÍSICA PARA OS PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS.

O objetivo principal da Educação Física nos centros de apoio para portadores de


necessidades especiais é contribuir com o processo de construção da cultura corporal,
por meio da participação em atividades de Educação Física que valorizem a realização do
homem, respeitando todos os aspectos da dimensão humana e do meio ambiente
(TIBOLA, 2001).

Em estudos feitos pela Apae, concluiu-se que a atividade física para crianças e
adolescentes excepcionais como a dança, a natação, a educação física, são ótimos para
o desenvolvimento e a expressão corporal deles, prevenindo doenças que possam vir a
desencadear ao longo da vida (TIBOLA, 2001).

A Lei nº 9.394/96 do Conselho Nacional de Educação, estabelece para a educação


básica, a Educação Física como componente curricular, integrada a proposta pedagógica
da escola. A Educação Física passa a ser garantida também as pessoas portadoras de
deficiência e nesse sentido a área passa a rever seus conceitos na busca de um processo
pedagógico que vise ao desenvolvimento integral do aluno, respeitadas suas limitações e
potencialidades, além de trabalhar na direção da melhoria da qualidade de vida dos
indivíduos.

O conteúdos trabalhados nos centros de apoio ligados à atividades físicas indicados para
excepcionais de 7 a 9 anos são o trabalho com a expressão corporal como domínio sobre
os movimentos do corpo, controle da inibição, relações afetivas com objetos, participação
em lutas e jogos sem discriminação, participação e apreciação de brincadeiras mostradas
pelos colegas, resolução de problemas corporais de cada indivíduo, entre outras
atividades. Para crianças de 10 a 12 anos são trabalhadas a parte do eu-corporal como
participação de competições obedecendo as regras das mesmas suportando possíveis
frustrações, sem atitudes violentas, análise do desempenho dos colegas, além de reflexão
do seu próprio desempenho, participação da elaboração de coreografias e de
apresentações coletivas (TIBOLA, 2001).

A figura a seguir (Figura 8) mostra a estrutura da educação física, desporto e lazer do


movimento Apaeano para as crianças excepcionais. No item educação física está
proposto um programa que visa a melhoria da qualidade de vida dos deficientes com
atividades regulares e acompanhadas e orientadas por profissionais, como caminhada,
natação, ginástica, lutas marciais e dança. Entre de atividades de lazer estão as
ocupações prazerosas, livres, divertidas que as crianças têm para sair das obrigações
diárias. A escolha dessas atividades do “tempo livre” se dá de acordo com o cumprimento
das tarefas diárias e nesse programa são oferecidas atividades recreativas como
gincanas, festivais, acampamento, piquenique, passeios, jogos, entre outras.

No programa de Atividades de Treinamento Desportivo são oferecidos treinamentos para


a participação das crianças e adolescentes excepcionais em competições, locais,
regionais, nacionais e internacionais.

Figura : Estrutura dos projetos especiais ligados a educação física, desporto e lazer.
Fonte: TIBOLA, 2001, p.28.

Outro fator importante na vida de um portador de necessidades especiais, além da


atividade física, é a formação de profissionais e a inserção dos mesmos no mercado de
trabalho. No próximo subitem será abordada a formação de profissionais dentro dos
Centros de Apoio, quais são as etapas que se deve percorrer até chegar ao curso de
formação e o que é importante pela parte do educador e do educando.

2.3 FORMANDO PROFISSIONAIS NOS CENTROS DE APOIO.

Para ingressar um deficiente intelectual no mercado de trabalho, há dois aspectos a


serem observados. Um deles é a A Lei nº 9.394/96, no art. 59, inciso IV, que menciona a
educação especial para o trabalho visando à efetiva integração da pessoa com deficiência
na vida em sociedade, inclusive em condições adequadas para os que não revelarem
capacidade de inserção no trabalho competitivo (FENAPAES, 2011).

Ainda Segundo a Fenapaes (2011), outro aspecto é em relação à vida do excepcional


teve dentro da Apae, de zero a três anos de idade, seguido do programa pré-escolar dos
três aos cinco anos e o fundamental, dos seis aos quatorze anos de idade, sendo a
formação profissional parte do programa do ensino fundamental, correspondendo aos
quatro anos finais dessa etapa.

Para ingressar no mercado de trabalho há algumas exigências a serem cumpridas, como


ter no mínimo doze anos de idade, ter relativa autonomia nas suas habilidades de vida
diária e social e ter a documentação correta para a sua identificação (identidade, CFP e
certidão de nascimento) (FENAPAES, 2011).

Ainda segundo Fenapaes (2011), no programa de formação para o trabalho é importante


que o educador promova o interesse e a motivação do aluno em todas as atividades e ao
realizar as tarefas de aprendizagem ele possa a cada dia desenvolver suas habilidades e
conhecimentos nas oficinas promovidas pelos centros de apoio. Essa formação para o
trabalho deve ocorrer na última fase do ensino fundamental, por meio de dois ciclos de
aprendizagem, no qual o adolescente especial deverá ter acima de 12 anos.

Nas atividades realizadas procura-se aumentar o nível de dificuldades das tarefas


gradativamente. O ambiente de aprendizagem tem que ser o mais similar possível com a
realidade no ambiente de trabalho (Figura 9). As habilidades de vida diária que são
trabalhadas nas oficinas são a comunicação verbal, a leitura, a escrita, a compreensão
dos cuidados com a saúde, a segurança no trabalho, a higiene, o vestuário, a preparação
dos alimentos, o uso do meio de transporte, o do uso de medicação, o manuseio com
dinheiro, o uso de telefone, entre outros (FENAPAES, 2011).

Figura : Cozinha montada na instituição Apae para o programa cozinha experimental com jovens
excepcionais.
Site da Apae ES < http://www.apaees.gov.br>. Acesso em: Outubro de 2013.
O programa de qualificação profissional oferece o desenvolvimento de suas habilidades
específicas em uma profissão e tem como objetivo treinar o trabalhador para exercer suas
atividades profissionais em um mercado de trabalho concorrido, aperfeiçoar os
conhecimentos básicos necessários para a profissionalização e oferecer a ele condições
para o desenvolvimento de sua postura adequada ao trabalho. (FIAROVANTE, 2011).

Ainda segundo o autor, o processo de formação e qualificação dos portadores de


necessidades especiais é uma das principais vias de inclusão social para as pessoas com
deficiência intelectual e esse processo envolve muitos desafios, como a capacitação do
corpo docente, buscar parcerias para aprimorar o processo, conscientizar a família de
como é importante a participação dela no programa, sensibilizar a sociedade quanto a
necessidade de se ter igualdade e de promover oportunidade a todos, além de ser
importante a preparação das empresas para receber esses profissionais e principalmente
a vontade e o desejo de evoluir de cada trabalhador que participou do programa.

Porém, com a inclusão dos portadores de necessidades especiais no ensino regular os


centros de apoio de todo o país como os centros de apoio, como as Apaes, estão
aparentemente com os dias contados. Segundo Ploennes (2012), o início da inclusão de
alunos portadores de necessidades especiais no ensino regular se deu com o decreto nº
6.571, assinado dia 17 de novembro de 2008, pelo ex- presidente da república Luiz Inácio
Lula da Silva, com o objetivo principal de ampliar a educação especial no Brasil nas
escolas públicas do Brasil e estabelecendo que o atendimento educacional especializado
(AEE) poderia ser oferecido como educação complementar pelos sistemas públicos de
ensino, pelas instituições comunitárias e por instituições filantrópicas sem fins lucrativos,
sendo conveniado ao poder público.

Em contrapartida, no ano de 2011, a atual presidenta da república Dilma Rousseff,


assinou o decreto nº 7.611, afirmando que o poder público estimularia ao atendimento
educacional especializado, como uma forma complementar ou suplementar ao ensino
regular, criando então uma matrícula dupla, considerando para a educação especial, tanto
as matrículas no ensino regular quanto nas escolas especiais. Mas, com polêmicas
criadas a partir desse decreto pelo fato da matrícula dupla, foi feita uma revisão do
mesmo incluindo que, os alunos deveriam ser matriculados preferencialmente no ensino
regular, matriculando-os em escolas especiais somente se não houvesse uma adaptação
por parte do aluno (PLOENNES, 2012).

A Meta 4 do PNE2 do Plano Nacional de Educação cita o corte das verbas públicas que

2 O objetivo da Meta 4 do Pne é universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17


(dezessete) anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais
do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino. FONTE:
Revista Escola (2012).
hoje são repassadas para as Apaes e para outros centros de apoio para pessoas com
necessidades especiais do Brasil, ocasionando assim o seu fechamento. Essa alteração
está prevista para 2017 e vem causando protestos e petições, alegando que, o ensino
regular não tem a infraestrutura necessária para dar uma melhor educação e um bom
trabalho pedagógico para eles. O MEC fez ainda uma ressalva pedindo uma revisão do
texto para tentar negociar um acordo com os protestantes de todo o Brasil que são contra
o fim das verbas para essas instituições filantrópicas que dão apoio para os portadores de
necessidades especiais.

Segundo Mantoan (2013), apesar da Constituição Federal apoiar a inclusão de portadores


de necessidades especiais em ensino regular, a maioria dos pais brasileiros ainda não se
posicionaram sobre o assunto, preferindo buscar instituições que garantam a educação
de seus filhos.

A evolução dos serviços de educação especial caminhou de uma fase


inicial, eminentemente assistencial, visando apenas ao bem-estar da
pessoa com deficiência para uma segunda, em que foram priorizados os
aspectos médico e psicológico. Em seguida, chegou às instituições de
educação escolar e, depois, à integração da educação especial no
sistema geral de ensino. Hoje, finalmente, choca-se com a proposta de
inclusão total e incondicional desses alunos nas salas de aula do ensino
regular. (MANTOAN, 2013, p.3).

Portanto, os alunos excepcionais que serão incluídos no ensino regular terão a educação
base como todos os outros brasileiros, porém no ensino regular não se tem um
acompanhamento psicológico devido, nem terapias que possam ser trabalhadas as
limitações da criança ou do adolescente para um melhor desenvolvimento. Fica então a
dúvida com relação à inclusão escolar. Será que ela está suprindo as reais necessidades
de uma pessoa portadora de necessidades especiais e faz com o que o desenvolvimento
dela seja similar ou melhor do que em um centro de apoio? Uma medida de solucionar tal
problema talvez fosse conciliar o ensino regular e manter as atividades nos centros de
apoio pedagógico, como havia sido assinado o decreto nº 7.611, com a matrícula dupla.

No próximo capítulo são analisados três estudos de caso, um centro de apoio no Estado
do Espírito Santo, sendo a principal instituição de apoio do Estado; um centro de apoio
em São Paulo, que é uma referência no Brasil; um centro de apoio na Espanha que é um
modelo de instituição na Europa.

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