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DISCIPLINA DOUTRINA DE SANTIDADE I

AVALIAÇÃO QUALITATIVA SEMANA 03

Aluno: Marcos Rodrigues de Melo

Partindo de nossa abordagem da terceira aula, como você conceituaria e


diferenciaria justificação, santificação inicial e inteira santificação?

O professor Vinícius Couto, com muita propriedade neste assunto na plataforma


moodle do STNB com slides Graça Justificadora, trás a luz um grande conteúdo
sobre este tema. A justificação é caracterizada pelo período em que o ser humano
percebe que é dependente de Deus, que ele não consegue mudar, e que precisa da
ajuda de um ser superior (essa visão calvinista). Dieter explica que a posição
soteriológica de Wesley é mais fácil de ser compreendida a partir de uma
perspectiva teleológica, pois “o propósito predominante e supremo do plano divino
de salvação é renovar o coração do homem à imagem e semelhança de Deus” e por
isso ele cria que “pela graça, Deus haveria de nos restaurar a santidade perdida na
Queda de nossos primeiros pais”. É o que Gutenson também explica ao dizer que a
justificação, para Wesley, não é um fim em si mesmo, pois o objetivo está apontado
para a restauração da imagem de Deus. Deste modo, a justificação é o ponto de
partida no qual essa imagem é restaurada, existindo, assim toda uma jornada para o
aperfeiçoamento dessa imagem recém restaurada na justificação. Deste modo,
devemos entender, num contexto amplo do Novo Testamento, que a justificação é
um ato judicial de Deus e que acontece instantaneamente e junto com a
regeneração e a santificação inicial. A justificação, bem como os outros atos que
ocorrem simultaneamente, configuram o que chamamos em nossa tradição de
primeira obra da graça, pois fomos “justificados gratuitamente pela sua graça,
mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3.24). Wiley definiu a justificação
como um ato “declarativo de Deus pelo qual considera os que, com fé, aceitam a
oferta propiciatória de Jesus Cristo, como absolvidos dos pecados, libertados da
pena e aceitos como justos diante de Deus”. A palavra “absolvidos” sempre terá
alguma relação com a justificação, isso porque essa doutrina tem ligação com
julgamentos em tribunais. “Como podemos, sendo nós pecadores, entrar num
relacionamento correto com Deus?” É a pergunta de Dunnan ao explicar a graça
justificadora.  “Como podemos fugir do sentimento de medo na presença de Deus e
da sensação de constrangimento e de julgamento?” Só nos tornamos inocentes é
porque Deus, por sua graça, justifica-nos, isto é, absolve-nos de nossa
culpabilidade. Esta culpa é oriunda do pecado que é um crime não contra a lei, mas
contra o amor de Deus. Wesley também seguia a visão reformada da justificação
forense, mas se apartou dos reformadores no que diz respeito aos resultados da
justificação: “Eu penso na justificação (...) exatamente como o Sr. Calvino. Neste
aspecto, eu não diferencio dele em um fio de cabelo.” Neal, por exemplo, explica
que no primeiro caso (a justificação forense) a teologia wesleyana entende que
quando dizemos “sim” para Cristo recebemos a graça justificadora, a qual arranca
fora a culpa de nossos pecados incorporando-nos no Corpo de Cristo. “Através da
graça justificadora a perfeita justiça do Senhor é atribuída a nós e – mesmo que
ainda sejamos pecadores – desta forma, Deus nos declara ‘inocente.’”
Na inteira santificação ou perfeição cristã, chamamos perfeitas aquelas coisas que
de nada carecem para o alcance do fim, por isso mesmo pode se dizer que o
homem que corresponde ao fim para que foi criado é perfeito; e como Deus exige
que o ser humano, o ame com todo o coração, alma e inteligência e com toda a
força e ao próximo com o a si mesmo, aquele que assim procede é perfeito, cumpre
o fim para o qual Deus o fez. Dr Adam Clarke.

No sentido critico, a perfeição cristã representa o aspecto mais positivo da


experiência una, conhecida teologicamente como a inteira santificação ou perfeição
cristã, a inteira santificação, como designativo, aplica-se ao lado da purificação do
pecado ou ao facto de tornar santo; enquanto a perfeição cristã ressalta a norma do
privilégio garantido ao crente pela obra expiatória de Jesus Cristo. Quando isso
acontece ele passa a ser uma terra fértil e absorve a palavra com amor e gratidão e
procura viver em obediência. A palavra do Senhor é clara quando fala que ele é a
videira verdadeira Jesus Cristo e todos nós somos o ramos se o ramo não estiver
conectado na videira ele é cortado e lançado fora (Jo 15).

REFERÊNCIA

BÍBLIA KING JAMES ATUALIZADA

SLIDE TERCEIRA SEMANA STNB

PROFESSOR VINÍCIUS

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