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homem-objecto da filosofia ocidental, este devir conjunto deve-se precisamente
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"' a nao existencia de centralidade. Como disse Fang Shih-shu (Cheng, 1989: 41),
as montanhas, aguas, ervas e arvores, procedem da cria<;ao natural, encamam
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"'C o Cheio. 0 artista que apreende o universo pelo esp{rito, encama, ele pr6prio,
.g o Vazio. Trabalhando no Cheio, o artista deve fazer aparecer o Vazio na qualida
0 de de ser e nao-ser. Atraves desta abordagem o artista consegue atrair o Vazio
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u original e captar as imagens invisiveis.
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0 corpo subtil
Alberto Cameiro ap6s a leitura de Laozi aquando da sua estada em Lon-
dres em 1968, come<;ou a questionar a sua obra, ja reconhecida corn o premio
nacional de escultura no ano anterior. As anameneses surgiram como ponte
para a re-experiencia dos elementos naturais da sua inrancia rural. Na cria<;ao
de O canavial: mern6ria-metamorfose de um corpo ausente, "o escultor encontrou
uma forma de veicular um conjunto de ideias que determinou como sendo o
seu universo autoral" (Rosendo, 2007: 93) e de um modo mais amplo, estas
ideias tiveram um enorme impacto na arte portuguesa, seguindo ja o caminho
daquilo a que Rosalind Krauss cunhou como expanded.field (Krauss, 1998: 277-
290). Alberto Cameiro sempre sublinhou que a importancia de O canavial... se
encontrava mais no corpo ausente do que na articula<;ao dos diversos elementos
(canas) que constituem a instala<;ao. A. semelhan<;a de outras obras deste autor,
a movimenta<;ao do fruidor reconstruira uma experiencia, ja nao a do autor, mas