Você está na página 1de 8

Revisão

Convite à Filosofia - Marilena Chaui


Capítulo 3
O universo das artes

A filósofa Marilena Chaui começa este capitulo citando o Unidade do eterno e do


novo, aproximando-se a essa concepção dimorfa através da poesia de Alberto Caeiro,
quem de acordo com a autora, nas frases que compõem O meu olhar é nítido como um
Girassol, o poeta consegue abordar o quid da arte, a essa "eterna novedade”1 que o poeta
relata e que a autora concebe como um antagonismo dual, bem, o eterno fala do que
permanece inalterável no tempo, e a novedade desse momentâneo dentro do tempo, entao
ambos elementos convergem no que é chamado de arte.

Arte também citando o filósofo Merleau-Ponty, O advento, a multiplicidade de


eventos, de momentos irrepetívels na realização artística, que fazem parte da Imago
Coletivo, que sempre se refere à própria história do homem, que sempre procurou aquele
Eterna novedade, a mesma coisa que o artista sempre procurou, e Caeiro chamar isso " o
pasmo essencial … reparasse que nascera deveras”2. O artista então sempre pesquisa o
que é inalterável no tempo, embora ele desconhece, porque a arte tem essa peculiaridade
de despojar o conhecido de sua forma primária para subtrair a essência do novo.

Assim também para Chaui "A literatura, como a pintura, a música, a escultura e
qualquer das artes, é a passagem do instituído ao instituinte, transfiguração do existente
numa outra realidade, que o faz renascer sob a forma de uma obra”3, para qual a filósofa
novamente apresenta uma oposição entre o instituído como que predefinida pelas
convenções, e que instituinte como o que precisa instuído ara legitimar-se.

Chaui também aborda as questões de arte e técnica; Arte como uma habilidade
que reúne um esquema de regras que predispõen o realmente artístico. Esta
particularidade pode ser aplicada a qualquer perspectiva que utilize tecné como também
fazer a partir das regras.

1
Marilena Chaui, Convite à Filosofia, Ed. Ática, São Paulo, 2000, p. 402
2
Ídem.
3
Ibid., p. 404
De acordo com a autora, o filósofo grego Platón nem sequer distinguiu a arte da
ciência ou da filosofia; sem embargo seu discípulo Aristóteles estabeleceu uma diferença
entre ciência-filosofia e arte-técnica, Plotinio completa a distinção de Aristóteles
separando a teoria da prática, as artes que obedecem a natureza e aquelas que
simplesmente servem o homem. Mais tarde se estabelece uma divisão entre o artístico e
o non-artístico, sendo o primeiro a arte na essência e o segundo o artesanato.

Chaui cita o Renascimento e a luta estabelecida desde essa época pela dignificação
do trabalho manual, desde que prevaleceu neste período a valorização do trabalho
intelectual sobre o trabalho manual. Esta luta teve sua primeira vitória elevando as artes
mecânicas à condição de artes liberais.

Afirma também que a diferenciação entre as artes dá utilidade e artes da beleza


trouxe com ele a separação entre a técnica e a arte, entre o útil e o útil apenas para a
apreciação estética. E é aqui que o artista é concebido como Gênio criador.

Em palavras da filósofa “as artes não pretendem imitar a realidade, nem


pretendem ser ilusões sobre a realidade, mas exprimir por meios artísticos a própria
realidade”4 deixando de lado a marca do Gênio criativo recentemente mencionado, o
artista procura uma ligação mais estreita com a realidade, apropriando de elementos que
comulguen com essa concepção.

São três manifestações de arte contemporâneo citado por Chaui aqueles que
definem esta nova abordagem para a arte; fotografia, cinema e o design, pois estas duas
primeiras se apropriam da realidade enquanto o design é responsável responsável por
garantir as possibilidades de reprodução dessas manifestações artísticas.

Posterior a estas novas manifestações artísticas, o texto divide a ligação entre arte
e religião, pois ambos foram unidos desde tempos imemoriais, isto de acordo com a autora
remonta aos tempos em que a arte era o ligação dos primeiros núcleos humanos,
delimitando espaço e tempo ligados com o sagrado. Também o texto menciona que as
belas artes nascem dentro dos cultos, e milhares de anos foram necessários a fim de criar
uma lacuna entre eles que os faria tomar distância e adquirir uma postura autônoma.

4
Ibid., p. 407
E entre religião e adoração, Chaui cite a aura. Walter. Benjamin e sua definição
para esta trama – aparición y lejanía, pois de acordo com a filósofa:

“A aura é a absoluta singularidade de um ser – natural ou artístico -, sua


condição de exemplar único que se oferece num aqui e agora irrepetível, sua
qualidade de eternidade e fugacidade simultâneas, seu pertencimento necessário ao 5
5
contexto onde se encontra e sua participação numa tradição que lhe dá sentido”.

Pois aplicado à arte, a aura fala de sua autenticidade, sua característica inédita,
única, como a obra de arte que carrega com ele um fardo aurática é aquele que ele retorna
perto desse distante, dotando o elemento de uma qualidade transcendente. Ao final a arte
em essência nasce das manifestações religiosas e, portanto, carrega com eles um fardo
aurática aunque sejam parcialmente autônomas.

Esta ligação aurática remite para a estética; a autora declara que Estética “significa
conhecimento sensorial, experiência, sensibilidade”6 pois de acordo com o texto, no
início, o Estética estava indo em direção a experiência sensorial de beleza como o
propósito da obra de arte. Mas a arte deixou de ser um mero veículo do sublime para se
tornar um portador de experiências, estes em comunhão com o mundano removeram da
arte da beleza para ligá-lo às subjetividades.

Posteriormente Chaui cita a relação entre arte e natureza, a filosofia na antiguidade


concebeu o vínculo como “a arte imita a Natureza” em palavras de Aristóteles. Mas não
a imitação em si, sino a representação de uma realidade idealizada.

Mas foi a partir do Romancismo quando a arte é definida como criação. Esta
definição também levanta a ideia de inspiração, de acordo com a autora, a arte já não
imita ou reproduz a natureza, mas torna a realidade a fantasia do artista.
Na contemporaneidade, de acordo com o texto é “concebe a arte como expressão
e construção”7, a arte não está mais limitada a mera representação realista, imitativa ou
reprodutiva, mas é uma coleção de liberdade de criatividade.

A relação entre Arte e Humano é apresentado no texto como antigo, eles vêm da
Grécia de Platón e Aristóteles. Platón concebeu-o como uma forma de conhecimento e
Aristóteles como uma atividade prática. No Renascimento a concepção platônica foi

5
Ibid., p. 409
6
Ibid., p. 411
7
Ibid., p. 412
retomada, embora com uma ótica diferente. No romantismo, a arte como expressão do
conhecimento encontra seu zênite

Seus finalidades-funções falan que sempre duas funções predominam para a arte,
sua condição pedagógica e expressiva. A ligacao entre arte e sociedade refere-se aos
acontecimentos ocorridos durante a história que deixou a sua marca na arte, a arte como
um elemento de doutrinação-como um propósito social, mas Chaui cita que a arte só pode
ser arte se for pura, enquanto que não interfira em circunstâncias além do mero deleite; e
em oposição, o valor da arte deriva do seu compromisso com as circunstâncias sociais
que a rodeiam.

Também O indústria Cultural e Cultura de Massa refere-se à autonomia estética


da arte, uma vez que se libertou da sua função religiosa. Embora esta autonomia tenha
custado um preço, para ser capaz de vender deve ser seduzido o comprador, este deve ser
despojado de toda a ação de lucidez a ser submetido a mercado da cultura. Para alcançar
essa doutrinação, é necessário meios de comunicação.

Embora de acordo com o autor há uma grande diferença entre o meios de


comunicação e cinema, bem embora ambos pertençam à indústria, a característica
particular do cinema é que é arte. De acordo com Chaui a coisa positiva é que o cinema
é a arte democrática do nosso tempo.
Reseña

Convite à Filosofia - Marilena Chaui


Capítulo 3
O universo das artes

La filósofa Marilena Chaui inicia este capítulo citando a la Unidade do eterno e


do novo, aproximándose a esa dimorfa concepción por medio de la poesía de Alberto
Caeiro, quien según la autora, en las frases que componen O meu olhar é nítido como um
girasol, el poeta logra acercarse al quid del arte, a esa “eterna novedade”8 que el poeta
relata y que la autora concibe como un antagonismo dual, pues lo eterno habla de aquello
que queda inalterable en el tiempo y la novedad de aquello momentáneo dentro del
tiempo, ambos elementos sin embargo confluyen en lo que se denomina arte.

Arte también citando al filósofo Merleau-Ponty, el advento, la multiplicidad de


sucesos, de instantes irrepetibles en el hacer artístico que forman parte del imago
colectivo, que remite siempre a la historia misma del hombre que siempre buscó aquella
eterna novedade, lo mismo que siempre buscó el artista, y Caeiro llama a eso “o pasmo
essencial … reparasse que nascera deveras”9. El artista entonces siempre busca aquello
inalterable en el tiempo, aunque lo desconozca, pues el arte tiene esa peculiaridad de
despojar a lo conocido de su forma primaria para sustraer la esencia de lo nuevo.

Así también para Chaui “A literatura, como a pintura, a música, a escultura e


qualquer das artes, é a passagem do instituído ao instituinte, transfiguração do existente
numa outra realidade, que o faz renascer sob a forma de uma obra”10, a lo cual la filósofa
presenta de nuevo una oposición entre lo instituído como aquello prefijado por las
convenciones, y lo instituinte como aquello de lo que precisa el instuído para legitimarse.

Chaui también aborda las cuestiones de arte y técnica; arte como una destreza que
cumple un esquema de reglas que conjuntamente propician lo realmente artístico. Esta
particularidad podría aplicarse a cualquier perspectiva que utilice tanto la tecné como el
hacer a partir de reglas.

8
Marilena Chaui, Convite à Filosofia, Ed. Ática, São Paulo, 2000, p. 402
9
Ídem.
10
Ibíd., p. 404
Según la autora, el filósofo griego Platón no distinguía siquiera al arte de las
ciencias o de la filosofía; sin embargo, su discípulo Aristóteles sí estableció una diferencia
entre ciencia-filosofía y arte-técnica, Plotinio completa la distinción de Aristóteles al
separar la teoría de la práctica, las artes que obedecen a la Naturaleza y las que
simplemente sirven al hombre. Más sim embargo posteriormente se establece una
división entre lo artístico y lo no artístico, siendo lo primero el arte en esencia y lo segundo
la artesanía.

Chaui cita el Renacimiento y la lucha establecida desde esa época por la


dignificación del trabajo manual, ya que primaba en ese periodo la valorización del
trabajo intelectual sobre el trabajo manual. Esta lucha consiguió su primera victoria al
elevar las artes mecánicas a la condición de artes liberales.

También manifiesta que la diferenciación entre artes da utilidade e artes da beleza


trajo consigo la separación entre la técnica y arte, entre lo útil y lo útil solamente para el
disfrute estético. Y es aquí donde se concibe al artista como genio creador.

En palabras de la filósofa “as artes não pretendem imitar a realidade, nem


pretendem ser ilusões sobre a realidade, mas exprimir por meios artísticos a própria
realidade”11 pues dejando de lado la impronta del genio creador mencionado
recientemente, el artista busca un vínculo más próximo con la realidad, apropiandose de
elementos que comulguen con esa concepción.

Son tres manifestaciones artísticas contemporáneas citadas por Chaui las que
definen esta nueva aproximación al arte; la fotografía, o cinema e o desing, pues estas dos
primeras se apropian de la realidad mientras el desing es el encargado de sostener las
posibilidades de reproducción de estas manifestaciones artísticas.

Posteriormente a estas nuevas manifestaciones artísticas, el texto desglosa el


vínculo entre el arte y la religión, pues ambos han estado unidos desde tiempos
inmemoriales, esto según la autora se remonta a las épocas donde el arte constituía el
vínculo propio de los primeros núcleos humanos delimitando el espacio y el tiempo
vinculándose con lo sagrado. También en el texto se menciona que las bellas artes nacen

11
Ibíd., p. 407
del interior de los cultos, y se precisaron miles de años para poder crear una brecha entre
ellas que las haga distanciarse y adoptar una postura autónoma.

Y entre religión y culto, Chaui cita el aura, a Walter Benjamin y su definición para
esta trama – aparición y lejanía, pues según la filósofa:
“A aura é a absoluta singularidade de um ser – natural ou artístico -, sua
condição de exemplar único que se oferece num aqui e agora irrepetível, sua
qualidade de eternidade e fugacidade simultâneas, seu pertencimento necessário ao 12
5
contexto onde se encontra e sua participação numa tradição que lhe dá sentido”.

Pues aplicado al arte, el aura habla de su autenticidad, su característica de inédito,


único, pues la obra de arte que lleva consigo una carga aurática es aquella que vuelve
cercano aquello distante, dotando al elemento de una cualidad de trascendente. A fin de
cuentas el arte en esencia nace de las manifestaciones religiosas y por ende llevar consigo
una carga aurática aunque sean en parte autónomas.

Este vínculo aurático remite a la estética; la autora afirma que Estética “significa
conhecimento sensorial, experiência, sensibilidade”13 pues según el texto, al inicio la
Estética apuntaba a la experiencia sensorial de la belleza como finalidad de la obra de
arte. Mas el arte dejó de ser un mero vehículo de lo sublime para volverse portador de
experiencias, éstas en comunión con lo mundano removeram al arte de la belleza para
atarla a subjetividades.

Posteriormente Chaui cita la relación entre el arte y la naturaleza, ya la filosofía


en la antigüedad concebía el vínculo como “a arte imita a Natureza” en palabras de
Aristóteles. Mas no la imitación propiamente dicha, sino la representación de una realidad
idealizada.

Pero fue a partir del Romancismo cuando al arte se lo define como criação. Con
esta definición surge también la idea de inspiração, pues según la autora, el arte ya no
imita ni reproduce la naturaleza, sino que hace realidad la fantasía del artista.
En la contemporaneidad, según el texto se “concebe a arte como expressão e

12
Ibíd., p. 409
13
Ibíd., p. 411
construção”14, el arte ya no se limita a la simple representación realista, imitativa o
reproductiva, sino que hace acopio de una libertad de creatividad.

La relación entre arte e humano se presenta en el texto como antiguas, provienen


de la Grecia de Platón y Aristóteles. Platón lo concebía como una forma de conocimiento
y Aristóteles cómo una actividad práctica. En el Renacimiento la concepción platónica
fue retomada, aunque con una óptica diferente. En el Romantismo el arte como expresión
de conocimiento encuentra su cenit.

Sus finalidades-funções hablan de que siempre dos funciones predominan para el


arte, su condición pedagógica y expresiva. El vínculo arte e sociedade remite a los
acontecimientos acaecidos durante la historia que dejaron su impronta en el arte, el arte
como elemento de adoctrinamiento - como finalidad social, pero Chaui cita que el arte
solo puede ser arte si es puro, en tanto no se inmiscuya en circunstancias ajenas al simple
hecho de deleitar; y en oposición, el valor del arte deriva de su compromiso con las
circunstancias sociales que le envuelven.

También la indústria cultural e cultura de massa remite a la autonomía estética del


arte, pues se liberó de su función religiosa. Aunque esta autonomía ha cobrado un precio
caro, pues para poder vender debe ser seducido el comprador, este debe ser despojado de
toda acción de lucidez para quedar sometido al mercado de la cultura. Para lograr este
adoctrinamiento se precisa de os meios de comunicação.

Aunque según la autora se presenta una gran diferencia entre los meios de
comunicação y el cine, pues aunque ambos pertenecen a la industria, la característica
particular del cine es que es arte. Según Chaui lo positivo es que o cinema a arte
democrática do nosso tempo.

14
Ibíd., p. 412

Você também pode gostar